Nightmare escrita por Filho do Mar, Laris Darwin


Capítulo 4
Singular


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey peoples!

Sou a Larissa, também escrevo essa historia. Eae, tão gostando? Espero que sim :D
Qualquer dúvida é só perguntar, e se tiver algum erro é só nos comunicar. Beleza?
Então tá, vou deixar vcs lerem.



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P.O.Vs Elizabeth Taylor

Levanto antes que meu despertador tocar. Ótimo, pontualidade é tudo. Fico até surpresa comigo, fui dormir bem tarde, nem sei como consegui levantar. Vou ao banheiro tomar um banho e fazer minha higiene pessoal, ao terminar procuro uma roupa para o primeiro dia de aula. Escolho uma blusa branca com um coração vermelho na frente, uma calça jeans com lavagem azul e sapatilhas vermelhas. Amarro o cabelo em um rabo de cavalo alto. Preparo minha mochila com meus materiais, depois coloco a mochila nas costas.

Desço as escadas e vou direto a cozinha. Mas antes, deixo a mochila sobre o balcão. Minha mãe preparou panquecas e suco de laranja. Tem algumas frutas em cima da mesa. Meus pais me encaram enquanto eu sento-me à mesa e começo a servir comida em meu prato.

— Bom dia — digo.

— Bom dia, querida. — diz minha mãe e logo depois me dar um beijo na testa. Meu pai apenas me olha.

Já me acostumei com seu o jeito frio, cansei de esperar alguma demonstração de carinho vindo de sua parte. Ultimamente ele só me dirige a palavra para cobrar um desempenho maior nos estudos- como se eu não me esforça-se ao bastante. Minha mãe também cobra muito de mim, mas ela sabe ser humana de vez em quando.

— Você foi dormir que horas ontem? — Diz ele.

— No horário de sempre— respondo. Estou morta caso ele descobrir a verdade.

— Tem certeza? Pois não é isso que essas olheiras estão dizendo? — diz apontando para meu rosto. Ele me descobriu, merda!

— Ando muito ocupada ultimamente. Mãe, você pode me levar ao colégio hoje? — tento mudar de assunto.

—Claro. Pegue suas coisas e me espere no carro.

Termino o café da manhã e me despeço do meu pai. Pego minha mochila e vou para o carro. Moro em um bairro de classe média, minha vizinhança é calma. Os vizinhos não são encrenqueiros, são apenas fofoqueiros. Nada de incomum. A maioria é idosos, creio que tenha somente eu de adolescente nessa rua.

Essa cidade é boa para morar e construir raízes. Sempre gostei de Summerside, tudo é pequeno e comum. Moro aqui desde meus três anos. Todos aqui se conhecem, na escola estudo com as mesmas pessoas desde de sempre. Raramente entra pessoas novas.

Minha mãe começa a dirigir, eu perco nos pensamentos.

Não consigo pensar com clareza por causa daquele pesadelo. Antigamente, quando eu era criança, esses pesadelos eram frequentes. Mas com o tempo pioraram, passei a tomar remédios para dormir. Tomava remédios até os quinze anos, minha mãe achou que seria bom parar pois eu poderia ficar viciada. Parei com os remédios e os pesadelos foram embora. Cheguei a fazer acompanhamento na psicóloga, de acordo com ela isso era uma forma do meu cérebro transformar as coisas novas pela qual estava passando na época. As responsabilidades que meus pais estavam colocando em meus ombros.

Cresci independente. Meus pais trabalhavam demais e eu ficava na companhia de empregadas. Nunca tive irmãos, até uma época eu tinha amigos, mas eles me esqueceram e me substituíram por outros. Aprendi desde cedo que esse é o destino de todos, sempre vamos ser abandonados. Na época que meus amigos foram embora eu não entendia o real motivo, mas agora compreendo que tudo aquilo que vai embora na verdade nunca te pertenceu. Também entendi que não era udo tristeza, uma hora a vida sorri para você e pronto. Tudo volta a caminhar do seu modo.

No começo do verão eu conheci alguém como eu, alguém que entendia meus monstros internos. O nome dela era Amélia, a conheci no colégio. Ela era alta, cabelos ruivos e olhos castanhos. Minha única amiga. Nossa amizade era neutra, mas ás vezes eu desconfiava de suas atitudes. Ela era estranha, desaparecia e não dava noticias. Eu não ligava e ela também não. Aprendi a nunca se intrometer na vida dos outros. Eu não perguntava nada para ela pelo simples motivo de também não gostar que as pessoas se intrometam nos meus assuntos. Se ela não deu espaço para eu saber os motivos de sumir, não é da minha conta exigir que ela conte.

O colégio é um inferno para pessoas tímidas como eu. Antes era possível aturar, mas pessoas crescem e ficam chatas. Aqueles que eram seus amigos, agora são apenas estranhos. São seres fúteis, que se importam com status. Gabam-se pelo fato de ter uma roupa de marca, por ter um carro caro ou pelo fato de que o papaizinho é dono de algum negócio importante.

O colégio também pode ser considerado como a selva. Existem os fortes e os fracos, sobrevivem os espertos. Às vezes os grandes são burros, dando uma vantagem para nós pequenos. Como eu disse, às vezes.

Toda escola tem uma pirâmide social, bom, eu fico lá em baixo. No topo estão os jogadores de futebol e as lideres de torcidas, no meio estão os normais- aqueles que conseguem ser sociáveis, mas não tem tanta influência quantos os do topo- e por último estão pessoas como eu.

Mas esse é meu último ano aqui, quando tudo isso aqui acabar vou embora. Vou sumir, evaporar. Ninguém saberá da minha existência. Procurarei um emprego qualquer, não vou fazer faculdade de engenharia, vou poder viajar sem rumo, sem dar explicação a ninguém. Poderei ser livre.

Sou apenas um passarinho preso dentro da gaiola, um passarinho que necessita de sua liberdade para poder ser feliz.

Felicidade, o que é felicidade? Não sei. Alguns dizem que é algo bom, outros dizem que é algo comum. Se é algo comum, por que eu não sinto?

Chego ao inferno, digo, colégio.

Meu colégio consiste em dois prédios enormes, com uma tintura velha. As paredes são beges com detalhes verdes. O colégio é muito grande. Tem um espaço verde ao redor.

Minha mãe para o carro e me deseja boa sorte, lhe dou o sorriso mais falso que possuo. Coitada, nem sabe o que eu tenho que enfrentar. Crio coragem e abro a porta do carro. E aqui vou eu, sobreviver mais um dia entre os animais.


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Notas finais do capítulo

Ficou bom ou ruim? Me digam!!

Até a próxima *-*



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