The One escrita por Nat Martins


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OIOIOI tudo bem? Esse capítulo tá meio chatinho eu admito, mas vale a pena ler, porque o próximo..... UIUIUI, VAI FERVER DE TANTA EMOÇÃO!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/462417/chapter/5

A noite foi longa. Eu não aguento mais. Nada disso. Quero ir para casa. Eu não quero representar uma ameaça. Não quero. Não quero continuar tentando. Ficar aqui é uma ilusão. Eu não sou isso, nunca serei. As pessoas não devem se basear em mim. Não contem comigo. Não contem.

– América você está bem? – abro os olhos e me deparo com um Maxon de olhos arregalados bem próximos a mim. – Você estava sussurrando!

–Sussurrando!? – perguntei.

–É. – Ele confirmou. Ignorei. Devo ter falado qualquer coisa que estava pensando.

Eu sabia que uma hora ou outra Maxon viria falar comigo. Eu só não imaginei que seria tão cedo, e sem me avisar previamente.

–América... – ele começou. – Você anda muito estranha ultimamente....

– Eu não estou estranha. Só vá direto ao ponto, porque eu não quero que nossa conversa regrida. – Falei. E eu realmente não queria que a nossa conversa voltasse para a história da traição. Maxon me traiu e não existe desculpa.

– Você está estranha. Por que tá usando vestidos assim agora? - Ele me perguntou.

Nessa hora reparei que ainda estava com o vestido do dia anterior. Aquele vestido justo, curto e decotado.

– Não gostou Maxon? É meu novo estilo. – Levantei da cama. Abri os braços e dei uma voltinha para ele analisar o visual. Provoquei-o. – Como estou?

– O que você pretende com isso?! O que você está fazendo América!? Você está me matando! – ele disse frustrado enterrando o rosto em suas mão.

– Por que!? Eu não estou bem com essa cor? – Eu não entendia o que Maxon sentia por mim. Ele me fez sofrer de verdade. Quem sabe, até mesmo intencionalmente. E se eu estou deixando-o mal, não vejo porque não fazê-lo.

– Não América, não! Você não está bem! Você está me deixando com vontade de ir para cama com você, isso sim! – Ele disse com um desespero real. Eu ri.

– Eu tenho CERTEZA de que Celeste, é MUITO melhor que eu nesse aspecto!

Pronto! Lá estávamos, discutindo o indiscutível.

–América! Como vou saber!? Eu não desejo Celeste! – ele disse levantando da poltrona.

–Maxon... – respirei fundo. Não sei porque, mas eu decidi narrar o dia do ocorrido. – Lá estava eu, caminhando pelo corredor. Na noite antes da apresentação do projeto. Eu estava no corredor. – ele me fitava atento. – Eu ouvi barulhos do quarto de Celeste. Cheguei mais perto. E lá estava, atrás daquela maldita porta você e ela. Gemendo de prazer. – uma lágrima escorreu do meu olho quando pronunciei a última frase.

– Não era eu! Eu nunca fiz nada disso! – ele falava gesticulando.

– Você mesmo confirmou! – e era o que ele tinha feito.

– Eu não transei com Celeste! – Ai! Doeu ouvir a palavra eu, transei e Celeste na mesma frase. Ele prosseguiu. – Eu pensava que você estava falando do meu beijo com Kriss! Aquele dia eu pensei que você tivesse me visto beijando Kriss! Eu não falo mais com Celeste! Eu mantenho distância dela, por você América, POR VOCÊ!

– Beijou Kriss? – Eu perguntei me sentando na cama. Lágrimas caíam.

– Ela se ofereceu. Acabou com aquela história de beijar depois do casamento, e eu querendo esclarecer o que sinto por ela, beijei-a. – ele falou mais calmo, porém muito emotivo, desesperado.

– Beija as pessoas para esclarecer sentimentos. – falei triste, olhando para frente, sem encará-lo.

– Eu tenho que interagir com as outras selecionadas América! – Essa ideia era de partir o coração. Interagir... Ele continuou, sentando-se ao meu lado. Eu não olhava para ele, mas posso jurar que eu vi uma lágrima em seu rosto. – Mas que droga América, Eu te AMO! Eu quero você, SÓ VOCÊ!

Eu estava imóvel. Sentada observando o jardim atrás da janela. As lágrimas tornavam minha visão turva, parecia uma pintura Impressionista. Maxon estava ao meu lado. Ele pegou minha mão e segurou-a. Ele se abaixou e juntou nossas mãos unidas a seu rosto. Sim, ele estava chorando. Eu estava chorando.

– Eu acabei de me lembrar... - disse meio que hipnotizada com a minha visão Impressionista da janela. - Tenho que ensaiar. Hoje é a apresentação.

Me virei para ele. Ele se ergueu, mantendo nossas mão unidas. Se aproximou de meu rosto, e apoiou sua cabeça eu meu ombro. Ele estava tremendo. Então fiquei ali por mais alguns minutos até decidir partir.

Estava com a mesma roupa do dia anterior, e Maxon deve ter dispensado Lucy, Anne e Mary hoje cedo, portanto decidi descer com a roupa de ontem mesmo.

Não sei por que, mas eu me lembrei de Leonard, quando me disse “Não se preocupe, vai ficar tudo bem.”, e o quanto eu me senti bem depois que ele disse isso. Portanto fiz o mesmo com Maxon. Me levantei relutante e abaixei para sussurrar em seu ouvido uma mensagem, diferente, mas espero que seja tão acolhedora quanto a de Leonard:

– Não se preocupe, vamos ficar bem.

–---- / ----- / ------

O ensaio seria no palco real da peça. Era grande e foi montado em um dos principais salões. Na frente do palco foram colocadas mesas grandes para os espectadores imagino, que no caso, não eram poucos.

Silvia estava me esperando, e quando eu cheguei, ela veio até mim. Começou a explicar passo por passo. Subimos ao palco, e ela indicou minha posição em cada cena. Fiquei prestando atenção.

Na hora da última cena levei um susto quando ela falou indiferentemente:

–... aqui – ela disse indicando o local no palco. – você vai estar desmaiada. E vai ser a hora do beijo. Naquele canto....

– Quê?! Mas que beijo? – falei surpresa

– Como assim que beijo? Leonard vai te beijar nessa hora! Está no roteiro!

– Está no roteiro?

– Sim! – ela confirmou mostrando para mim o roteiro.

Era apenas uma observação. Estava no final demonstrado por um asterisco.

– Tem mais algum asterisco? – perguntei.

– Hmmm... não, só esse.

Odeio observações. Por quê um beijo deve ser representado por um asterisco?! É como se não fosse importante. É para ser um beijo técnico. Será que Maxon sabe disso? Que diferença faz, é um beijo técnico.

O ensaio terminou e Silvia disse para mim subir para meu quarto, minhas criadas já tinham sido informadas sobre o figurino da peça e elas me ajudariam com preparações. As sete horas, eu deveria estar presente nas coxias do palco.

Estava indo para o quarto quando fui surpreendida por Aspen. Ele abriu um sorriso esperançoso quando me viu.

– Meri! – ele disse se voltando para mim.

– Oi Aspen! – eu parei na frente dele e sorri.

Eu não tive tempo para pensar sobre a inocência de Maxon, mas uma coisa é certa, Aspen não tem nada a ver com isso. Ele não merece] ser tratado como uma segunda opção. Eu gosto muito dele e nunca vai poder ser diferente. Ele é importante para mim.

– Estou prestes a fazer uma grande apresentação. – falei indiferente

– É, eu sei. Uma de vocês será eliminada no final. – ele disse com o olhar fixo em mim.

–É verdade! Eu estava até me esquecendo dessa parte. – comentei.

Eu estava tão centrada em todas as revoltas e discussões que eu havia me esquecido que alguém iria embora hoje.

–Não vai ser você. – ele disse sério. Não sei ao certo, mas havia um “quê” de tristeza em sua voz.

–Vou me arrumar Aspen. Me deseje boa sorte! – falei rindo.

Ele se aproximou de mim e enlaçou-me em seus braços fortes. Caramba! Que sensação maravilhosa! Ele se afastou, fitou-me e disse:

–Só lhe dou boa sorte porque quero que você fique mais tempo perto de mim! – ele disse tímido. Eu ri.

–---- / ----- / ------

Quando cheguei ao quarto Lucy, Anne e Mary me esperavam. Ela prepararam meu banho, e meu figurino estava em cima da cama coberto por uma capa preta. Eu estava me despindo quando Lucy perguntou:

–A senhorita ainda está brava conosco?

–Vocês foram péssimas.

–Sabemos.

–MAS, eu posso perdoá-las desde que me falem TUDO o que aconteceu, o porquê, e prometam que NUNCA MAIS vão fazer isso de novo. – falei. Não poderia ficar brava com elas para sempre.

Ela se entreolharam e por fim concordaram.

Elas me contaram que elas fizeram aquilo por causa da injustiça do sistema de castas. Elas quiseram contribuir com a revolução. Do jeito que elas me contaram, era como se elas tivessem me oferecido como “símbolo”, e eu odiava essa ideia. Os criados do castelo ficavam sabendo de tudo o que eu fiz, e eles fizeram com que as pessoas fora do palácio ficassem sabendo também.

– Mas existe alguém em específico que “divulgou” o que eu fiz? – perguntei. Elas se entreolharam.

– Existe uma espécie de confraria entre os trabalhadores do castelo. – respondeu Anne. – Mas foi Marlee que fez isso quando deixou secretamente o palácio.

– Que?! – exclamei. – Como assim?! Marlee deixou o palácio sem sequer me avisar!

– Acho que ela sabia que a senhorita nunca ia deixar ela partir. – Anne disse.

– Alguém tem ideia de seu paradeiro? – perguntei ao mesmo tempo que sentava na cama. Lágrimas caíam no meu rosto enquanto falava.

Elas negaram com a cabeça.

Enquanto tomava banho, o pensamento de quão péssima eu fui com Marlee nas últimas semanas se remoía em minha cabeça. Sem tempo para uma visita sequer, preocupada demais com meus problemas. Onde ela deve estar agora? Com certeza escondida, e espero, que sobre proteção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? O próximo cap. vai ser muuuuitoo melhor!
bjs bjs bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The One" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.