The One escrita por Nat Martins


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem de tudo ... principalmente do Leonard... na verdade eu nunca gostei mto do Maxon



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O dia seria atormentador, eu podia prever isso. Já estava acordada, porém hesitava em abrir os olhos. Fiquei uma hora com meus olhos fechados. Com medo, muito medo de encarar a realidade. Não deixei de pensar quantas vezes mais eu vou quase cair da sacada por causa de Maxon. E quem vai me salvar? Se é que alguém vai me salvar.

Levantei da cama incentivada por Lucy que não parava de falar do vestido “vulgar” que ela tinha preparado para hoje. Questionei-a no mesmo instante:

–Lucy! Como assim !? Você quer me tornar uma Celeste da vida?

–Não, claro que não! Não se preocupe! O dia hoje é especial e necessitará de um visual muito elaborado, e eu só pensei em pender mais para o lado sensual. Só isso!

–Lado sensual Lucy!! E que história é essa de meu dia vai ser especial? - questionei-as. Neste momento elas se entreolharam, hesitando em me contar aquilo que elas sabem.

–Hm, me desculpe senhorita, nós não temos permissão para falar... perdoe-nos. – as três fizeram uma reverência que eu não entendi o motivo.

–AH É MESMO? SE RECUSAM A ME CONTAR. Então não vou vestir nenhuma droga sensual! – me rebelei contra elas. Elas pareceram ofendidas, apesar de não ser minha intenção. – desculpa gente. É só que nós tínhamos um plano juntas vocês se lembram?!

–Mas é claro que sim! É que nós prometemos também para outra pessoa manter segredo! – Anne explicou.

–Mas então porque me falaram que o dia é especial?! Querem que eu sofra! Podiam muito bem apenas ter enfiado o vestido em mim!

–É que não seria sensato fazer a senhorita usar esse vestido à toa...e – Lucy tentava justificar, quando sem paciência eu a interrompi.

–Vocês podem simplesmente pegar o vestido?! – vociferei.

Elas ficaram surpresas por um segundo, talvez porque pensassem que não fosse ser tão fácil me convencer. Mas hoje eu estava exausta, sem disposição para implicar. Logo o vestido estava em cima de minha de minha cama. “Ah meu Deus” exclamei. Ele era vermelho “flamejante”, era justo em meu corpo deixando minhas poucas curvas exageradamente aparentes. Tinha uma sustentação magnífica no busto, deixando meus seios espremidos e altos. E o principal e mais chamativo detalhe, uma fenda nas costas em formato de “V” deixando-as completamente nuas, incluindo um pedaço considerável de minha bunda.

Não consegui pronunciar uma sequer palavra. Minhas criadas estavam boquiabertas, incrédulas e admiradas ao mesmo tempo. Aquilo era definitivamente um atentado ao pudor! Depois de alguns minutos eu disse o que estava em minha mente:

–Mas minha calcinha vai aparecer!

–Se-senhorita, eu fiz esse vestido para ser usado sem calcinha... – Lucy disse tímida, e ainda boquiaberta.

–Hmm... e isso eu devo usar por que... –comecei a pronunciar lentamente.

–Confie em nós senhorita. – Lucy me interrompeu.

Eu apenas fiquei silêncio e desci ao Salão das Mulheres. O café da manhã já havia passado e o almoço seria daqui duas horas. Eu hesitava. Cada passo que eu dava eu ficada menos corajosa. O que será que o dia me reserva? Eu ruminava tudo em minha mente quando me dei conta de que estava na porta do salão. E a porta estava aberta.

Analisei a sala em geral. Fiquei parada, estática. Olhei para o grupo de meninas em minha frente, uma imagem de Kriss e Elise atônitas. Me virei para esquerda, e lá estavam Celeste e Leonard. Celeste ruborizou, estremeceu, gritou e berrou. Leonard estava estático, mas o que me deixou alegre foi o brilho em seus olhos. Acabei entrando em transe por causa deles. Olhos azuis, profundos, tão ternos como nenhum abraço que já tenha recebido. Estremeci.

Ele levantou da cadeira que estava sentado caminhou até mim, e me ofereceu a mão. Eu aceitei. Toquei-o pela primeira vez. Era macio de verdade. Me recordei de que trabalho com Kriss e Elise e alertei-o:

–Leonard... - ele parou e olhou direto em meus olhos. Aquilo amoleceu meu coração de tal maneira que mal pude continuar. - ... Eu vou me sentar com Elise e Kriss se não se importa...

–Ahh claro. Tudo bem. – ele sentou ao lado de Celeste novamente.

Andava até Kriss e Elise, quando um vento fraco fez minhas costas completamente descobertas tremerem. Leonard e Celeste não tinham visto meu decote até minha bunda antes. Fique ruborizei na hora, e não pude evitar olhar para trás. Celeste parecia que estava prendendo o ar de tanta raiva, como se fosse explodir à qualquer momento, e Leonard estava boquiaberto.

Ficamos lá ensaiando até a hora do almoço. Me levantei juntamente com Kriss e Elise e informei-as de que iria para o quarto. Estava completamente perturbada para encontrar Maxon, talvez, depois de tudo o que ele me submeteu, estarei sempre perturbada para encontra-lo.

Decidi dar uma volta pelo jardim para me acalmar, e quem sabe decorar minhas falas por lá mesmo. Foi então que percebi que Leonard me acompanhava:

–Leonard?! Não vai almoçar?

–Não, eu não almoço com eles, meu almoço já foi há duas horas atrás. Está indo ao jardim?

–Hmm, estou sim. Mas como assim foi a duas horas atrás?

–Eu almoço junto com os empregados... estou aqui como um. - ele explicou. Fiquei surpresa.

Quando chegamos ao jardim ele tirou um maço de cigarros do bolso. Pegou um e acendeu-o com seu isqueiro. Aquilo me irritou e eu não pude evitar questioná-lo sobre esse péssimo habito:

–Você fuma!? – disse irritada.

–É o que estou fazendo, não é? – ele disse irônico, o que me irritou mais ainda.

–Mas vo-você... - eu não sabia o que dizer, e qualquer coisa que dissesse pareceria ridícula. E foi o que aconteceu. - ... prejudica sua saúde!

–É minha escolha. – ele falou indiferente. Eu apenas fiquei quieta.

Ele andava devagar, perdido em seus pensamentos talvez. Não deveria pensar dessa maneira, mas ele era elegante. Bem vestido, com as roupas fornecidas pelo palácio, calça preta e camisa social branca. Ele era alto e andava com uma postura impecável, e o cigarro o tornava inevitavelmente elegante. De fato, não parecia ser um cinco.

–Como você sustenta seu vício!? – indaguei-o.

–Coloquei maços de cigarros como parte das exigências. Eles aceitaram.

–Eu quis dizer quando está casa... como um cinco...

–Eu não tenho casa América. Eu estou sempre arrumando trabalho como ator. –Ele explicou enquanto continuávamos caminhando.

–Sempre?

–Sempre.

–Por isso nunca o vi antes.

–Imagino que sim.

Ele apagou o cigarro e jogou-o na grama. Mantive a calma, respirando lentamente, deixando para lá tal atitude. Ele me ofereceu o braço e caminhamos até um banco próximo. Quando nos sentamos ele me provocou:

–Eu percebi que ficou nervosa quando joguei o cigarro na grama. Você odeia péssimos hábitos não é mesmo senhorita Singer?

–Sim eu odeio, e admito, afinal quem deve gostar de péssimos hábitos senhor White?

–Alguém que não tem motivos para viver. - Fiquei quieta. Ele pensava, como se a resposta lhe trouxesse lembranças à tona. O silêncio permaneceu no minuto seguinte até ele dizer - Você não costuma usar vestidos.

–Não, não costumo. – disse sorrindo. Ele sorriu também.

–Posso perguntar por que está assim hoje?

–Assim como?

–Com um vestido... - olhei para ele curiosa com o que ele iria dizer. - ...Provocante.

–Provocante!? - abri um sorriso maior. – Acha que estou provocante!?

–Se me permite dizer, acho sim! – Ele continuou sorrindo, olhou para meu vestido e em seguida olhou em meus olhos. Aquele mesmo olhar capaz de desfazer em mil pedaços a alma mais taciturna desse mundo. Será que ele tinha consciência desse poder? Provavelmente.

–É.... realmente um atentado ao pudor! Foi ideia de minhas criadas. Somos muito próximas, e elas fizeram questão de esconder o motivo do vestido. - Expliquei.

–Não é difícil de adivinhar o motivo. Meu Deus! Com esse vestido você pode fazer qualquer coisa! - ele falou empolgado. Começamos a rir.

Estava segurando o antebraço dele. Não conseguíamos parar de fitar um ao outro. Era uma espécie de vício. Eu estava completamente hipnotizada. Depois de minutos comecei a temer que nos encontrasse juntos, e acabassem interpretando mal a cena.

Avisei gentilmente para ele que precisava ir. Ele se ofereceu para me acompanhar ao meu quarto, mas neguei. Ele pareceu realmente magoado, o que me entristeceu. Ele beijou minha mão e se foi.

Passei o resto da tarde em um estado próximo a uma abstinência. O olhar de Leonard me fazia mais falta do que eu imaginava. Tentei afastar qualquer pensamento sobre Maxon. Já era tarde da noite e não o vi hoje, e ele sequer me procurou. Sinceramente, acho melhor assim.

Decorei praticamente todas as minhas falas, eram muito fáceis e escassas, e isso era muito bom. Amanhã faltará um dia para peça e o máximo que eu preciso fazer é ensaiar representações. O que mais me incomoda é Maxon vai eliminar alguém, e eu realmente não sei quem. Se ele não eliminar Celeste, será a prova mais evidente de que ele tem um caso real com ela. Mesmo os gemidos que eu ouvi sendo prova suficiente. Na realidade, não sei porque eu ainda tenho esperanças de que ele mande Celeste embora.

Estava começando a ficar nervosa, e então decidi tomar um comprimido para ansiedade. Fui ficando sonolenta, e fui me libertando pouco a pouco dos meus devaneios. Até que enfim Adormeci.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado bjs comentem pff!!!



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