The One escrita por Nat Martins


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

UIUIUIU VIRAM O QUE AMÉRICA TEM QUE ATURAR? COITADA >.< ...



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A noite me rendeu por volta de duas horas de sono. Quando acordei Anne, Mary e Lucy estavam atônitas com meu estado, inchada por ter chorado consideravelmente e completamente vestida. Uma única pergunta se sucedeu:

–A senhorita está bem? – Lucy arriscou

–Pra falar a verdade não... eu gostaria muito de permanecer no quarto hoje, meninas... – expliquei.

–É possível faltar no café da manhã, porém hoje é o dia que eles apresentarão o novo projeto e é necessário que a senhorita compareça...- Lucy disse compadecida.

A nova atividade, aquela que eu tinha me esquecido completamente e a partir de agora não preciso me empenhar nenhum pouquinho.

Tomei um banho revigorante. Elas me vestiram empenhadas, com um verde de alças e joias de brilhantes. - Como explicar a elas que a T.I não é mais necessária? Melhor não explicar.

A hora da apresentação chegou e eu desci para o Salão das Mulheres. Sylvia estava animada, e quando eu cheguei ela pôde dar início. Não consegui olhar para Celeste.

–Bom meninas como vocês sabem as eliminações são baseadas em projetos, e aqueles que tem sucesso no projeto têm chances extras de permanecer no palácio... Mas desta vez, uma eliminação direta será feita assim que o projeto for realizado...- Silvia explica até ser interrompida.

A rainha Amberly entra nesse exato momento como se estivesse apressada:

–Bom... eu faço questão de explicar se não se importar...Silvia.

–Majestade. – ela consente e faz uma referência se afastando.

–O projeto consiste em um teatro, onde vocês seguirão um roteiro criado por mim, chegando em um consenso para decidir os personagens que cada uma deve interpretar. A peça será apresentada daqui três dia, ela é simples portanto devem organizar juntas e ensaiarem sozinhas também. O ideal seria que nos dias seguintes vocês se ocupassem da atividade. O Salão das Mulheres estará completamente disponível para ensaios. Perguntas?

Teatro? Estranho.

– Sofreremos algum tipo de avaliação a partir de nossa performance? – pergunta Elise.

–Ah sim! Havia me esquecido... Os ensaios serão gravados e editados para serem exibidos na programação de Iléa, assim como a peça, que será exibida ao vivo.

Agora tudo faz mais sentido... seremos vigiadas...

A rainha se retira e Silvia distribui uma cópia do roteiro. É curto, compreende duas folhas de papel frente e verso.

Quando me dei conta, percebi que era uma versão sucinta de A Bela Adormecida, com uma bruxa, três madrinhas e o casal apaixonado.

Silvia prosseguiu:

–Apresento agora o cavaleiro que representará o jovem apaixonado da trama... ele vem da casta cinco e como artista ele está no castelo apenas profissionalmente.

A voz dela é interrompida por passos fortes no corredor, se não soubesse pensaria até ser o rei. A porta do Salão é aberta e um rapaz loiro e alto adentra o ambiente. Ele é sério, e seus olhos azuis são impressionantes, e o que mais me impressiona é o fato dele ser um cinco e eu nunca tê-lo visto antes.

–Bom dia senhoritas. – disse o rapaz.

–Bom dia. – respondemos em uníssono.

–Este é Leonard White. – diz Sílvia apresentando-o.

Leonard. O nome não me era nem um pouco familiar. Mas ele era bonito, muito bonito.

–Agora podemos dar continuidade escolhendo os personagens. - Sílvia suspirou. – Bom, como sabemos a jovem principal da trama é a plebeia, ela será vulnerável, uma vítima da circunstâncias, e apaixonada a ponto de cometer loucuras. Alguém tem preferência?

Jovem principal? Com certeza não quero isso, porém Celeste se manifesta:

–Eu a-do-ra-ria ser a personagem principal. Acho que estou muito acostumada com as câmera. Sabia que eu sou modelo Leonard? – Celeste falou atraindo a atenção do rapaz.

–Hm, já tinha ouvido falar. – ele falou com indiferença. Espera?! Ele fala com Celeste de maneira indiferente! Já gostei dele.

–Ok, se ninguém se opor... - ela falou e ninguém se opôs. Por um segundo pensei se deveria impedir que ela conseguisse o papel que tanto almeja, mas pensando bem, isso é irrisório.

Silvia continuou e explicou que a bruxa seria criada como uma boneca, portanto eu, Elise e Kriss seríamos as Madrinhas. Leonard faria par com celeste o que me deixava um pouco irritada. Ele é um cinco e Celeste, com todo seu ego infinito, é uma dois, o ela quer com ele?

A tarde continuou e tivemos algum tempo para analisar as falas. Estava trabalhando com Elise e Kriss, enquanto Leonard ensaiava as falas em um canto junto com Celeste, ele estava visivelmente consternado com o jeito de Celeste. Depois de alguns minutos ele decidiu se juntar a nós:

–Olá meninas, como vai a peça para vocês? – ele perguntou.

–Hmm bem... e pra você? – Kriss questionou fitando Celeste que fazia encenações em um canto próximo. Ele riu.

Estava exausta. Não fisicamente, mas de ficar naquele ambiente ensaiando uma coisa ridícula que não tem muito fundamento nem para as selecionadas que querem ganhar. A eliminação será feita instantaneamente quando a peça terminar, sinceramente, não entendo como a atuação pode demonstrar qualquer coisa... talvez seja só um motivo para antecipar a escolha. Já era quase noite, e decidi sair com a desculpa de que iria me arrumar pra jantar, apesar de não ter essa intenção.

Entrei no quarto e Mary, Lucy e Anne ainda estavam lá, não as dispensei hoje. Aproveitei a presença delas me arrumei pra dormir.

Quando estava já quase entrando na cama o barulho de alguém batendo na porta me alerta. Anne abre a porta. Nessa hora minhas lembranças e sentimentos da noite anterior voltam à tona. Estremeço.

–Com licença, a senhorita América está? – escuto Maxon.

–Sim, Vossa Alteza. - Anne o responde.

–Gostaria de conversar à sós com ela.

Ele adentra o quarto e estamos sozinhos.

–América você está bem? Você jantou hoje? – ele perguntou preocupado quando tampouco tenho forças para responde-lo

–Estou bem eu garanto- falo com uma voz sentimental de visível perturbação.

–América, o que você tem? Eu te magoei? Me diga, por favor! – ele fala inocentemente enquanto não pude reunir forças para encará-lo.

–Se você me magoou?! Qual é Maxon... você pisoteou meu coração, cortou ele em mil pedacinhos! Eu não consigo olhar para você sem sentir repulsa! - falo sem qualquer culpa, e fitando-o nos olhos enquanto lágrimas de sofrimento são derramadas em minha face. Ele parec surpreso.

–Mas América quando foi que você nos...- ele para sabendo o quão difícil seria pra min aguentar tais palavras - ...não era nada demais... eu juro ... beijei-a porque ela cedeu, e é muito difícil ela ceder, eu só quis esclarecer o que sinto por ela e é irrelevante comparado com meu amor...

Não aguentei tamanha cara de pau e explodi:

– Há-Há - dei risadas nervosas e sarcásticas – Beijou-a porque ela cedeu?! Isso é algum tipo de piada?! Beijou-a e penetrou-a porque ela cedeu não é? - ele arregalou os olhos e pareceu confuso enquanto se aproximava de min. – Você é ridículo. Veio aqui por que? Quer ver meu sofrimento ao vivo e em cores, bem aqui estou! – falei abrindo os braços. Ele pareceu mais confuso.

–Você pirou América, eu só queria que você escrevesse a droga da carta pro seu pai para eu encaminhar a caneta. – ele disse se aproximando lentamente de mim ao passo que eu me afastava. – América você não está definitivamente bem!

–Sai daqui, vai embora pelo amor de Deus! Eu não quero ver mais você e aquela vadia. – vociferava enquanto continuava caminhando para longe dele, que cada vez mais se aproximava. – Quero sumir dessa droga de seleção!

Ãhn?!- ele parecia não entender.

–Sim Maxon, Sim! É isso! Ou melhor aqueles, aqueles malditos gemido que me atormentam a cada segundo nas últimas horas! Eu não mereço isso! - Disse ferozmente em prantos quando percebi que eu estava desequilibrando no beiral da sacada pois Maxon me encurralara.

O meu corpo se desestabilizou, meus pés não tocavam mais o chão. O mundo estava perdido quando Maxon me entrelaçou com seus braços de uma maneira que nunca vi fazê-lo. Forte, determinado, como se fosse a coisa mais preciosa de sua vida. Pena que não era verdade.

–Não Maxon, pare! – suplicava com o corpo mole devido à adrenalina liberada pela quase queda.

Ele não falava nada. Seu hálito fresco e seu calor me forneciam uma sensação única, tão terna e abrigada como jamais me senti em toda minha vida. Pena que nada estava correto. Tentei me afastar um pouco de seu abraço, mas era impossível, ele me agarrava com tamanha força e empenho que eu me tornava pequena diante daqueles braços torneados e determinados.

Ergui meu olhar. Ele era um Maxon assustado. Assustado não, apavorado. Suas mandíbulas contraídas, seu olhos lacrimejantes, como se o ar lhe fosse tirado. Estremeci. Aquilo era errado, eu não era dele, nunca fui, ele nunca permitiu, eu não devo permitir.

Juntei resquícios de forças, que até então eram, inexistentes. E empurrei seu tórax, firme e forte para longe de meu corpo. Estava livre. Corri para a cama e me joguei com tudo.

–América, eu te amo! Eu nunca quis te magoar! Eu te amo! - ele disse correndo para o meu lado e segurando a borda da cama.

–Maxon você sabe o que aconteceu, não posso te perdoar! - fiz uma pausa e durante alguns segundos ficamos ouvindo as respirações desesperadas um do outro. – Vá em bora. Agora.

Ele se levantou e se foi. Eu estava com a cabeça enterrada no travesseiro que já estava ensopado. Estava tão exausta que dormi.


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Notas finais do capítulo

Me digam se querem que eu continue.!!! bjo. bjo.



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