Okay? Okay. escrita por AgathadeLima


Capítulo 34
Uma sobrevivente depressiva e um bêbado apaixonado.


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEEEE
leiam!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/462091/chapter/34

Pov. Hazel

–Eu não entendi. -Falei.

Ela olhou em volta nervosamente.

–Será que podemos chegar em casa primeiro? -A voz dela estava tão suplicante que concordei.

****

Entramos e a primeira coisa que Isabel fez foi trancar a porta. Depois ela sorriu, parecendo estar puramente aliviada.

–Eu... eu tenho de falar. -Disse, sentando no sofá e abraçando a almofada, o rosto ficando preocupado.

–Comece. -Falou Gus.

–Ahn... melhor vocês sentarem também. -Avisou ela.

Eu e Gus nos entreolhamos, mas fizemos o que ela pediu. Era fácil notar o quanto estava nervosa.

–Eu não tive escolha. -Começou ela. -Ela nunca me deixaria sair de lá, eu nunca conseguiria sair de lá...

–Izzy. -Chamei. Ela esperou. -Seja direta.

–EumateiatiaJessica. -Disse ela, tudo de uma vez.

Não entendi nada.

–O que disse? -Perguntei.

–Eu. Matei. Jessica. -Falou, agora devagar. Ela parecia a ponto de chorar. -Eu estava tão desesperada. Mas o pior é que não me arrependo nem um pouco! E mesmo assim eu sei que eu nunca conseguiria sair de lá se não fizesse isso. Eu... eu me sinto um monstro agora que penso no assunto. Na hora eu gostei Hazel! Me senti uma vingadora do meu pai. Mas afinal, o que eu estava pensando? A única hora que me doeu foi quando não achei Thomas. E mamãe.

Ela deu um gritinho assustado. Eu estava tentando absorver.

–Mamãe! Roberto vai descontar tudo nela! Porque eu não fiquei lá? Agora ela vai sofrer ainda mais... Eu sou um monstro mes...

Ela não conseguiu completar. Eu já tinha absorvido. E a agora a estava abraçando.

–Eu entendo. Juro. Provavelmente eu tentaria fazer a mesma coisa, mas não conseguiria. Desde que chegou notei que era mais forte, Izzy. Você não é um monstro. É uma sobrevivente.

Ela sorriu e engoliu o choro.

–Obrigada. -Sussurrou.

Gus a abraçou também quando eu finalmente a larguei.

–Bem vinda de volta, cunhadinha. -Disse ele.

Ela riu. Meu telefone tocou. Número desconhecido. Já nervosa, atendi.

–Alô? -Perguntei.

–Finalmente. Quanto tempo iam me ignorar? Cadê a Emily?

–Sebastian. -Soltei, surpresa. A voz dele estava... bêbada.

Jura, Hazel? Não mude de assunto. CADÊ A EMILY?

–Sebastian... você não está bem. -Falei, o que era verdade.

Ouvi ele começando a chorar.

–Sua mãe é um furacão Hazel. Tão pouco tempo. Tão pouco... E ela já me deixa de cabeça pra baixo. Onde ela está? Ela não vai ao instituto... -Soluço. - Não atende minhas ligações... –Soluço. - Nem responde minhas mensagens...

Soluço mais uma vez. Uma ideia me veio.

–Ela... Sabe de uma coisa? Sebastian, amanhã de manhãzinha venha aqui em casa. Você vai ter uma surpresa, talvez nem um pouco agrdável, mas vai conseguir nos ajudar.

–Estarei ai, Hazel. Diga a sua mãe que ela nunca vai conseguir me deixar distante, não importa o que aquele desgraçado do ex marido dela tenha feito.

–Pode deixar, Sebastian... -Respondi, pensativa. -Pode deixar.

Pov. Isabel

Subi as escadas para meu quarto. Isso era surreal. Eu não conseguia acreditar. Eu estava mesmo em casa, eu estava mesmo entrando no meu quarto, eu estava mesmo longe do psicótico do Roberto, eu estava mesmo longe do cadáver fedido da vadia da minha tia.

Eu estava mesmo longe de mamãe. Do meu sobrinho. Eu podia ter salvado os dois. Porque não consegui? Não importava quantas vezes Hazel dissesse que eu era forte eu não conseguia realmente acreditar.

Achei uma foto do meu pai na cabeceira.

–Eu matei a tia Jessica, pai. O que você não deve estar pensando de mim agora? -Falei pro rosto sorridente dele. Suspirei. -Só te peço desculpas. E que proteja mamãe e Thomas. Eles não podem pagar por algo que eu cometi.

Eu devia estar parecendo uma louca, mas não me importei. Me deitei na cama. Na minha confortável cama.

A única coisa que eu acreditava do pequeno discurso da minha irmã era: "Você é uma sobrevivente."

–Eu sou uma sobrevivente, pai. Uma sobrevivente depressiva, mas uma sobrevivente. -Afirmei para o retrato, adormecendo logo depois.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sebastian é tão...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Okay? Okay." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.