Okay? Okay. escrita por AgathadeLima


Capítulo 15
As primeiras semanas, os primeiros problemas.


Notas iniciais do capítulo

Minha gente, tenho notícias a dar: A fic vai acabar no capítulo 20. É, é triste, mas achei que foi o melhor a fazer. Então aproveitem enquanto tem capítulos, okay? okay.
Por falar nisso, boa leitura!



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Pov. Emily

–MÃE! -Gritou Hazel de algum ponto da casa.

Corri, desesperada, até onde ela estava, me guiando pela voz. A encontrei deitada na cama, respirando pausadamente e com a mão na barriga ainda pequena, os olhos fechados e uma careta que dizia que ela estava com muita dor.

–Hazel! -Exclamei, indo até ela.

Uma lágrima escorreu dos olhos da minha filha e ela falou, a voz falhando e fraca:

–Mãe, tá doendo... eu acho que vou perder meu bebê... mãe, você precisa me ajudar... tá doendo!

Ela apertou com a mão livre o lençol com força e desmaiou.

Comecei a ficar ainda mais desesperada, se é que isso é possível. Primeiras providencias: Ligar para o hospital e para Gus.

–Alô, é do Hospital de Pediatria? Meu nome é Emily Lancaster Grace. Sim, sou a mãe de Hazel Grace, a que recentemente fez uma cirurgia de transplante e sobreviveu. Ela está grávida e parece estar com complicações, diz que dói e acaba de desmaiar. Venham o mais rápido possível, sim? Obrigada. -Falei, urgentemente, para a recepcionista do outro lado da linha.

Cliquei e digitei o número de Gus. Na primeira vez, já atendeu.

Sra.Grace? O que foi? Hazel quer que eu vá ai, mas esqueceu o celular de novo? Deus sabe o quanto isso acontece. Anda tão desastrada... -Começou ele, falando desenfreadamente.

–Gus. -Interrompi. -Hazel não está bem. Ela está a caminho do Hospital Pediátrico. Aliás, já chamei a ambulância, estão vindo buscá-la. Se quiser, pode ficar lá esperando por ela. Se não, eu te ligo depois e explico o que aconteceu. Estou com medo que ela perca o bebê. Mas não é uma certeza. Tente se acalmar, depois falo com você.

E desliguei, sem sequer me despedir. A ambulância tinha chegado.

****

–Sra.Grace? Sr.Waters? -Falou o médico, entrando na sala de espera.

Eu e Gus nos levantamos num pulo. Não se sabia quem estava mais nervoso.

–Sim? Ela está bem? -Perguntei.

Ele suspirou.

–A Hazel está bem, e o bebê também, mas há problemas. Problemas graves, e que precisam ser resolvidos o mais rápido possível. -Respondeu.

–Que tipo de problemas? -Se agoniou Gus.

O médico olhou para ele.

–É o pai, não? - Questionou. Gus assentiu. - Bem, parece que a gravidez é de alto risco, e na hora do parto pode ser que um deles dois morra: A srta.Grace ou o bebê, talvez os dois. Nada nesse caso é previsível, e infelizmente, as chances de que algo dê errado são maiores das que tudo corra como planejado.

Gus desabou na poltrona, estático, e provavelmente apavorado. Eu noto o quanto ele a ama, e o brilho nos olhos quando fala do bebê. Agora ele tinha de, muito provavelmente, escolher qual dos dois devia morrer. Eu também estava a ponto de me esconder em algum canto e chorar.

Mas tinha de ser forte. Pela minha filha, e pela minha neta. E pelo Gus.

–Há outra maneira? -Perguntei.

Ele se virou para mim.

–Bem, podemos tentar manter. Mas ela vai ter de ficar em repouso absoluto e tomar alguns remédios. Ah, e o parto deverá ser cesariana. O que de certa forma não é bom.

–Por mim, tudo bem. -Se manisfestou Gus.

–Por mim também. -Falei.

O doutor acenou afirmativamente e foi para dentro, nos deixando lá.

Eu e Gus nos entreolhamos. Ia ser difícil, principalmente porque Hazel é uma amante da liberdade, mas daríamos um jeito. Tínhamos de dar.

****

–Isso é tudo culpa minha. -Murmurou Hazel.

Olhei para ela, dando o melhor sorriso que conseguia.

–Não, querida, não é. Você não podia ter feito nada.

Ela continuou com a expressão de remorso.

–Você não está entendendo. Eu estava sentindo dores, mas achei que devia ser coisa da gravidez... não contei a ninguém...

Franzi a testa.

–Você é mãe de primeira viagem, Hazel Grace. Não se culpe por estar confusa no que fazer. -Tranquilizou-a Gus.

Ela imediatamente se acalmou. É impressionante em como Gus faz efeito nela. Se fosse eu a consolá-la, duvido se teria conseguido.

–Obrigada por estarem do meu lado. Vocês dois. - Falou ela. Depois franziu a testa. -Ué, cadê o papai?

Respirei fundo. Roberto tinha me traído ultimamente, eu sabia. Desde que viajamos para Amsterdã. Mas não quis dizer nada. E ele continua me traindo. Então agora provavelmente está com alguma prostituta num cabaré, ou coisa do tipo.

–Não sei, querida. Ele só não está aqui porque não liguei, não queria preocupá-lo. -Respondi. - Agora, está um pouco tarde, porque não dorme?

Ela franziu a testa, desconfiada, mas chamei as enfermeiras, elas poeram o analgésico. Logo, ela adormeceu.

Suspirei e me ajeitei. Eu e Gus dormiríamos ali, e fingi que já estava com sono. Mas na verdade, estava sofrendo, por causa do meu marido.


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Notas finais do capítulo

Então, desculpe a demora, e leiam as notas iniciais!



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