A dúvida assombrou Ray só de pensar que talvez tudo estivesse perdido novamente, sem volta, não podia voltar no tempo novamente. Isso ia fazer com que todo o curso da história de desfizesse e talvez, viria acompanhado de Lia definitivamente morta. Ele tinha poder para voltar no tempo. Mas resolveu não arriscar por medo do que iria acontecer.

– Vamos? – Lia perguntou como se fosse algo do dia-a-dia viajar entre dimensões, enquanto vestia uma blusa de frio. Aliás, a blusa de frio era do Ray que Lia pegou quando percebeu que havia esquecido a sua em casa.

– Er... Vamos... – Disse Ray com um tom de dúvida e desconforto. – É... Por que você está com a minha blusa mesmo?

– Eu esqueci a minha.

– E eu vou ficar com frio se chover ou algo do tipo?

– Isso mesmo. Não mando ter só uma blusa de frio...!

– Ah... Droga... Está bom. Só... Tenho que ir a um lugar antes.

– Ok. – Disse Lia enquanto um olhar de repulsa espanta Ray depois que coloca a Trogs nos ombros. – O que é essa... Coisa?

– Ah! Essa? É só a velha e adorável Trogs. Uma máquina feita por Holf e Levar Typh para parar o tempo, tele transportar coisas e viajar para outros universos paralelos. Foi feita para ensinar os aprendizes de Holf.

– Esse treco parece você.

– É. Hahahaha eu sou um Trogs ambulante.

– Acho que é assim que deveria se chamar já que não é mais humano...

– Trogs ambulante?

Lia já sem paciência dá um tapa na testa de Ray.

– Nãaao lerdo! Trogs. Só, Trogs. A nova raça que pode manipular o tempo assim como os Belkrons, só que derivado de humanos normais haha.

– Aaaah sim... Faz sentido. Então a partir de hoje... Eu sou UM Trogs! E... Vamos logo senão o mundo já era!

E assim foram para o G49. O universo dos Ingrys. Chegando lá Ray já acostumado com o local só seguiu direto para a casa de Levar Typh enquanto deixava Lia para trás hipnotizada com a beleza da era steampunk.

– Lia... Vai ficar aí mesmo?

Como se estivesse dormindo acordada Lia desperta.

– Ah! Estou indo... Você já percebeu que estamos em um universo onde o steampunk é mundialmente real?

– É... – Disse rindo. – Foi a primeira coisa que notei.

Chegaram á casa de Levar Typh e logo notaram que nem ele, nem sua filha estavam em casa. A porta estava trancada e nenhum barulho se ouviu lá de dentro enquanto Ray e Lia chamavam.