A noite junto com Lia foi a melhor coisa que Ray podia querer, ele estava realmente muito feliz de poder fazer isso depois de tudo que passou e de tudo que conheceu. Sempre se lembrando de todo mundo que morreu enquanto buscava seu próprio universo, Lia. Crad, O Bombário, crianças e pessoas no mundo dos Bombários e metade da população de seu mundo. E nenhum vestígio de Glatons nas pessoas mortas. Só nas que resistiram fortemente com o único desejo que as moviam... Sobreviver nesse mundo caótico. Seus gritos ecoavam na mente de Ray, fortes sons desesperados por vida, seguido de gemidos de dor, vinha de Ray. Já estava incomodado com aqueles fantasmas assombrando sua mente. Quando já estava para acordar avistou novamente aquele campo de flores roxeadas e alguém no meio do campo de costas.

Tinha a aparência de um homem alto, usando um sobretudo preto e parecia que estava com um capuz sobre a cabeça, então presumia que usava também uma blusa de frio por baixo do sobretudo. De longe só isso dava para perceber, mais nada. Esse sonhos não terminou como o outro. Quando o homem ia se virar, só deu para ver sua boca. E antes que Ray acordasse, ele sorriu e apareceu uma espécie de portal na sua frente e ele entrou lá, sumindo logo depois.

Ray acorda sem fôlego.

Com um susto, sentou o mais rápido possível tentando controlar sua respiração. Levou a mão á cabeça para apoia-la depois de ficar certo tempo tonto.

– O que foi? – Perguntou Lia acordando, ainda era de madrugada. Nada se ouviu de Ray então ela o abraçou. – Vai ficar tudo bem... Estamos juntos agora.

– É... Você tem razão... Só preciso de água.

Ray atravessou a parede do quarto que dava para a cozinha e pegou um copo... Demorou para colocar água por que, quando ia fazer isso acabou dormindo em pé. E Lia percebendo que ele estava demorando para voltar para a cama, foi até a cozinha e usou seu domínio na água para encher o copo e jogar uma pequena bola no rosto dele fazendo-o acordar.

– Que? – Acordando com um susto não pior do que levara anteriormente.

– Você dorme em pé? – Perguntou Lia enquanto dava pausas para rir.

– Am... Sei lá...

Tomou água e os dois voltaram para o quarto.

– Está melhor agora? – Lia pergunta enquanto o abraçava, ambos sentados na cama.

– Sim... Desculpa.

– Desculpar o que?

– Ter te acordado...

– Haha besta. Vamos voltar á dormir logo.

– Ok.

Amanheceu. Ray e Lia dormiram até o entardecer. Aliás, só Lia dormiu tanto, já que Ray acordou antes. Só que continuou na cama observando Lia enquanto dormia. Ele estava feliz só dela continuar viva.

Quando ambos estavam finalmente acordados, se arrumaram para ir até o pedaço de trem novamente. Mas uma questão surgiu para a infelicidade de todos. “Como ir lá?”