Lua de Sangue escrita por Kat Salvatore


Capítulo 3
Terra de Lobisomens.


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capítulo. ^^
Quem por favor, puder comentar eu agradeço! :B



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Katherine mantinha o seu sorriso, olhando para mim e Jesse. Caminhei em torno do balcão dando a volta pelo mesmo até chegar perto dela, segurei em seu braço e o apertei, puxando ela para longe dali.

"Ai. Ai, Stefan. Tá me machucando." Ela falou, enquanto eu apertava seu braço com toda a força que eu conseguia, levando-a para o lado de fora do bar.

No beco que havia pelas saídas do fundo, a soltei quando já chegamos no beco.

"O que você está fazendo?" Eu gritei com raiva, olhando-a parada na minha frente e esfregando o braço com a mão onde eu apertei.

"Eu? O que eu estou fazendo? Eu não sou a idiota que está brincando de casinha com os humanos, você se lembra da última vez como acabou não é?"

"Não fui eu! Será que você não consegue entender? Tudo aquilo começou da última vez por sua culpa! Você trouxe todos os problemas para Mystic Falls!"

"Não é minha culpa que você sempre se apaixone por mim!" Katherine fez uma pausa. "Prove que não foi você."

"Eu não preciso provar nada para você nem para ninguém. Agora dê o fora da minha vida!" Lhe dei as costas e dei três passos para longe, quando ela me impediu.

"Stefan." A forma com que ela pronunciou meu nome não me deixou continuar, fiquei paralisado. "Eu... eu só estou preocupada com você."

"Você não se preocupa com ninguém além de si mesma, Katherine!" Me virei e a olhei, estudando seu rosto.

"Eu me importei o suficiente para vir aqui." A voz de Katherine era baixa, com os olhos fixos nos meus.

"Prove que veio aqui porque se importa."

A frase não pareceu tão ruim na minha cabeça, mas bastou olhar para Katherine para entender que aquilo saiu como um golpe. Os lábios dela se apertaram em uma linha fina, seus olhos me olhavam de forma dura. Raiva surgia em seus olhos queimando como fogo. Raiva dirigida a mim pela forma com que a tratei. Em momentos como esse Katherine ainda me faz ter esperanças com ela e agir como um humano, tentando ver o melhor nela. Mas toda vez que faço isso acaba mal, então eu prefiro apenas a manter distante.

"Eu não deveria ter vindo aqui." Ela acenou positivamente de forma relutante e então saiu dali.

Parado ali nas sombras eu a assisti desaparecer no beco. A idéia de que eu tenha matado aquele grupo era simplesmente ridícula, eu não os matei. Não que nos últimos anos eu não tenha sentido vontade e quase me deixei levar algumas vezes mas não fui eu, não dessa vez.
Quando cheguei em casa do trabalho Willa ainda não estava lá, acendi as luzes e deixei minhas chaves em cima da mesa. Liguei a TV que exibia um jornal, onde a moça do tempo falava, olhei para o horário no meu celular. Ainda era em tempo de eu sair para caçar alguma coisa e comprar jantar para mim e Willa, quando já estava pronto para sair ouvi na TV.

"E a história se repetiu novamente. O animal que recentemente atacou um grupo de jovens no acampando no Parque Graanville atacou novamente fazendo mais duas vítimas, dois pescadores, nesta madrugada."

Atento a televisão eu me aproximei mais, me sentando na beira do sofá e escutando.

"Os dois pescadores foram encontrados hoje pela manhã perto do rio Cleveland, onde eles estavam pescando. As condições dos corpos foram as mesmas do grupo de jovens, o que nos leva a crer que seja o mesmo animal. O parque e toda a sua região foi fechada e está cercada de políciais trabalhando no caso para abater a besta."

Mais duas vítimas, o que significava que o quer que fosse ainda está e não parece se incomar ou querer ir embora. Eu tenho que admitir que está me deixando intrigado e curioso saber quem está fazendo isso.
Como ainda era cedo, liguei para Willa e disse que iria me atrasar para o jantar pois tinha alguns assuntos para resolver. O que quer fosse que estava matando pessoas na floresta tem que ter deixado algum rastro. Peguei minha moto e fui direto até o parque. Deixei minha moto afastada e segui a maior parte do caminho apé, não posso chamar a atenção com todos os políciais que estavam ali.
Caminhei por áreas afastadas da floresta, usando minha audição de vampiro para ouvir quando um polícial se aproximava para ir para o lado oposto. Não tinha nada de errado ali ou eu que não tenha conseguido sentir, meus poderes de vampiros estavam realmente muito fracos com a alimentação que eu tinha agora. Com sentidos tão fracos que nem percebi quando fui pego de surpresa.
Alguém me atacou, empurrando meu peito para o chão e nós rolamos pela relva densa de folhas secas, parando apenas quando quem me atacou me imolizou no chão, segurando meus braços e sentada sobre meu quadril.

"Peguei você."

A voz causou um arrepiou na minha espinha. Olhei para Katherine, seus olhos castanhos me atravessaram e os cantos da sua boca se ergueirando em um sorriso mal. Não sei se meu coração parou por um momento pelo golpe ou pelo fato de ser Katherine ali, proxima de mim, me imobilizando com tanta facilidade que quase me fez sentir humano de novo. O sentimentou me abraçou como uma sombra mas eu o afastei para longe, Katherine continuava a me olhar com seu sorriso.

"O que você está fazendo aqui?" Perguntei, sem me importar com o fato de ela estar sobre mim.

"O mesmo que você." Ela olhou ao redor. "Procurando pelo assassino mas acho que já encontrei."

Torci meus pulsos alcançando as mãos delas com as minhas e a empurrei, usando toda a minha forma. A nossa posição virou e foi Katherine quem estava no meu lugar agora, na mesma posição.

"Aí, como você está bruto!" Ela riu, achando graça em tudo aquilo.

"Eu não sou o assassino!" Fiz uma pausa. "E estou aqui para provar isso.

"Bom para você. Agora mesmo não querendo que você saia de mim, saia por favor, porque esta calça custou oitocentos dólares."

Mesmo relutante fui soltando os pulsos de Katherine lentamente e me levantei, oferecendo a mão para ajudá-la a se levantar.

"Obrigado." Ela disse quando eu a puxei para cima.

Katherine espalmou suas roupas tirando as folhas secas grudadas em torno dela, até o momento em que ela simplesmente parou. Paralisada e escutando, olhando a sua volta com os olhos atentos. Ela conseguiu perceber algo se aproximando.

"O que..." Katherine não me deixou terminar a frase, correndo até mim em velocidade de vampiro e colocando o indicador sobre meus lábios, me impedindo de continuar.

Meus olhos caíram para o seu dedo tocando meus lábios e passando calor para os mesmos. Katherine percebeu para onde eu estava olhando e olhou também, a diversão em seus olhos era óbvia.

"Lobinho." Katherine disse e seu rosto se contorceu em surpresa. "Você pode sair daí." Ela tirou seu dedo dos meus lábios e se virou para a direção oposta.

Para onde Katherine olhava saiu um garoto, no máximo quinze ou dezesseis anos. Cabelos castanho escuro e ondulados para trás, usando regata e shortes jeans ele nos olhou como se não acreditasse no que via.

"Vocês são vampiros." Ele disse, confirmando minha teoria de surpresa.

"E você é muito novo para ser um lobisomem, não?" Katherine perguntou, dando um passo na direção dele e ele deu um para trás.

"Vocês não deveriam estar aqui, essas são terras da família Mellark."

"Família Mellark? Uma matilha, eu suponho?" Katherine falou.

"São vocês, não é? Que estão matando pessoas na nossas terras, isso nunca aconteceu antes."

"Era o que nós iamos acusar você agora porém, creio eu que você esteja tão confuso quanto nós com o que está acontecendo aqui." Katherine continuou.

"Escutem, fiquem fora das nossas terras. Vampiros não são bem vindos aqui, isso é assunto da nossa matilha. Vou fingir que não vi vocês aqui e espero não precisar ver de novo." Foram as palavras do garoto antes de voltar correndo pelo lugar que ele veio.

"Você viu?" Katherine se virou para mim. "Ele tinha o que? Dez? Onze anos?"

"Você ouviu o que ele disse, aqui é território de uma matilha. Vamos sair daqui ou caso você queira ficar, é até um favor para mim." Falei, me virando para sair.

"Mais um motivo para descobrirmos quem está matando pessoas aqui, você não achou ele meio suspeito?" Katherine continuou, correndo para me acompanhar.

"Katherine, é um menino."

"Um menino que já é um lobo ou seja, ele não é tão inocente assim. Você sabe muito bem como se quebra uma maldição de lobisomem. Talvez seja ele, garotos e seus hormônios. Descontrolados." Katherine sorriu para mim e eu revirei os olhos. "Então, vamos encontrar quem fez isso?"

"Não Katherine, nós não vamos. Você ouviu o que o garoto disse, os lobisomens vão cuidar disso."

"Lobisomens, eles são cachorros. O que você acha que eles podem fazer além de correr atrás do próprio rabo?"

"Se está esperando que eu faça um acordo para trabalhar com você para achar o psicopata local, não vai acontecer."

"Você está se esquecendo que a psicopata local sou eu." Katherine sorriu. "Eu já liguei para Damon, ele está chegando pela manhã com sua preciosa Elena. Eles estão dispostos a ajudar também. Vamos encontrar seu cara mal."


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