Lua de Sangue escrita por Kat Salvatore


Capítulo 4
Visita de Família.


Notas iniciais do capítulo

Obrigado Gabi e Dani que comentaram no capítulo anterior, esse capítulo é pra vcs! :3



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"Isso é nojento." Katherine disse bem atrás de mim. Com os braços cruzados e encostada em um tronco de árvore ela me assistia beber o sangue de uma coruja. "Isso é muito nojento." Ela insistiu, fazendo caretas pelas minhas costas.

"Eu sei que é e você ficar repetindo isso não ajuda eu engolir isso com facilidade." Falei, parando de sugar o animal sem vida em minhas mãos para falar com ela.

"Não sei porque se tortura desse jeito. Jogue isso fora, está embrulhando meu estômago e eu não sabia que isso era possível para um vampiro." Katherine disse se aproximando de mim. "Beba de mim, eu acabei de ter uma ótima refeição direto da veia. Meu sangue é mais nutritivo do que... do que... essa coisa." Ela fez uma careta olhando para o pássaro nas minhas mãos.

"Eu não ver beber de você!" Joguei o corpo do animal morto no chão e passei a mão pela boca, limpando.

"Não fale desse jeito, é uma honra beber do meu sangue. Eu sou uma dama. Já bebeu uma vez, qual o problema em beber de novo?"

"Eu não vou beber, você sabe porque." Comecei a andar para fora da floresta.

"Porque? Porque é pessoal? Nós dividimos momentos muito mais pessoais do que partilhar sangue. Ou você está apenas com medo dos efeitos colaterais? Como os sonhos que vai ter comigo assim que beber do meu sangue?"

Simplesmente a ignorei e continuei a andar.

"Se você arrancar a cabeça da sua namoradinha sem perceber a culpa não é minha."

"Cala a boca, Katherine."

Katherine caminhou em silêncio até onde minha moto estava estacionada. Fui até a mesma e montei, esperei por Katherine que não saiu do lugar.

"Suba." Falei e fiz um aceno com a cabeça para o espaço livre no banco.

"Eu não vou andar nessa coisa. Caso você tenha se esquecido, eu sou uma Lady." Ela disse, olhando com desprezo para a minha moto.

"Tudo bem, então você pode voltar andando." Continuei, dando partida na moto.

"Espera!" Ela disse apressada e sem escolha, olhando para a moto com uma careta que me fez rir. "Qual é a graça?"

"Você não gosta de motos. É engraçado porque eu nunca cheguei a ver você desconfortável com situação nenhuma até agora." Respondi. "Vamos."

"Você não tem nenhum capacete?" Ela perguntou, se aproximando da moto como se ela fosse uma arma letal.

"Você acha que eu preciso de um?" Olhei para ela com um sorriso debochado.

Katherine relutante passou uma perna sobre o banco e então se sentou, ajeitando-se ali. Ela olhou para os lados, como se pergunta-se o quão fácil seria cair dali.

"Porque você não é como os outros vampiros? Tenha um carro, de luxo e muito confortável. Não essa... essa coisa."

"É melhor se segurar." Falei suavemente, sem alertá-la do perigo.

Eu não poderia perder a oportunidade. Katherine apenas apoiava as mãos em meus ombros sem segurança nenhuma quando arranquei com a moto de uma vez, se não fossem seus reflexos de vampiro ela definitivamente teria caído para trás. Ela agora me envolvia em uma espécie de abraço mortal, com os dois braços em torno do meu tronco e a coxas me apertando enquanto ela pressionava o seu busto contra as minhas costas. Acelerei um pouco para pegar a pista quando ela já estava segura.

"Seu idiota." Katherine murmurou no meu ouvido, depois de ter finalmente se recuperado do choque.

Mesmo apesar da longa viagem e o vento gelado soprando contra o meu corpo me causando alguns arrepios por não estar usando nenhuma jaqueta, o corpo de Katherine envolvido no meu era o suficiente para me manter aquecido. Apesar das inúmeras vezes em que ela pressionava o nariz com a minha nuca ou o meu pescoço e cheirava ou esfregava a ponta do nariz apenas para me provocar, querendo ou não, quando ela fazia isso eu ainda me sentia mais aquecido.
Parei a moto na frente de um grande prédio de apartamentos de luxo onde Katherine estava hospedada na cidade. Ela desceu se segurando em mim para se equilibrar.

"Obrigado pela carona. Compre um carro ou roube um."

"Boa noite, Katherine."

"Mal posso esperar para vê-lo amanhã." Ela disse sorrindo e se afastando, olhando diretamente para mim.

"Mal posso esperar para não vê-la amanhã." Falei e arranquei com a moto.

Deixei Katherine e segui o caminho direito para a casa, quando cheguei Willa já estava lá. Sentada na mesa e já havia acabado de comer. Foi então que olhei para um relógio de parede que havia ali e percebi o quão atrasado eu estava.

"Eu sei, eu sei. Estou muito atrasado mas me desculpe, eu tive algumas coisas muito importantes para resolver." Falei caminhando até a mesa e me sentando ao lado dela.

"Que tipo de coisas importantes?" Willa me olhou sem entender, esperando por uma boa resposta devido ao meu atrasado de quase três horas.

"Bem... é complicado." Foi o que eu consegui na hora, para não saber dar outra resposta para ela.

"É tão complicado assim que eu não posso entender?" Willa se levantou para sair mas segurei em sua mão, impedindo-a de continuar. "Eu vou para a minha casa essa noite, Stefan."

"Eu... eu fui encontrar meu irmão." Em parte era verdade, porque hoje eu realmente fui encontrar meu irmão mas o motivo do meu atrasado agora era o fato de eu estar caçando um assassino com minha ex-namorada vampira louca.

"Sério?" Willa sorriu e mudou seu humor completamente, surpresa."Isso é ótimo, amor."

Willa se sentou novamente e segurou minha mão com as duas suas.

"É." Falei.

"E então, como foi?" Ela perguntou realmente empolgada, até mais do que eu. "Eu sei que você tem todo esses problemas de família e é muito difícil ver você falar disso mas isso é muito bom. Ele é sua única família e família é importante."

"É, nós conversamos e amanhã ele vem jantar conosco." Me amaldiçoei mentalmente por ter dito isso mas eu sabia que se falasse algo como isso ia deixar Willa ainda mais crente de que era verdade.

"Sério?" Ela sorriu. "Finalmente vou conhecer sua família misteriosa."

É, minha família mistériosa de quem tentei mantê-la afastada durante anos. Essa noite eu já estou sem cabeça para pensar no que vou fazer amanhã com Damon e Willa. Eu poderia simplesmente compelir ela se deixasse a verbena que eu dava para ela sair do seu sangue e fazer ela esquecer tudo isso mas seria muito egoísta e nada humano da minha parte. Mas amanhã eu poderia pensar em algo.
Mesmo depois de minha conversa com Willa ela achou melhor ir dormir na sua própria casa essa noite, o que eu aceitei numa boa. Acordei pela manhã com o som de Willa tocando a campainha e batendo na porta, ela só poderia ter esquecido alguma coisa e ter esquecido a sua chave para estar batendo ali, ela só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço.
Levantei da cama e fui direto até a porta, aqui a mesma.

"Bom dia, irmãozinho!"

Damon parado na porta com um sorriso no rosto e Elena bem ao seu lado, sorrindo também.


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Notas finais do capítulo

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