Casamento escrita por anonimo


Capítulo 8
um amigo e o resgate




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Hinata estava um pouco apavorada, não sentia seus dedos. Pois depois que comera, viera outro rapaz e a amarrou. Não o mesmo rapaz que trouxera a comida, pois notara o tom diferente de peles. O que eles fariam com ela? Esse pensamento não saia de sua cabeça. Olhava de um lado para o outro tentando ver alguma coisa que pudesse ajudá-la. Não tinha nada. Fazia horas que estava presa dentro daquele quarto, o céu já estava ficando claro. Não ouvia barulho algum. Ou seja, o lugar era deserto, impossível de ser achado. Sentou-se no colchão feito de palha. Ela olhou para o colchão. “Puxa, colchão de palha? Não podia ser de pedra não?” pensou irônica. Encostou as costas na parede, e fechou os olhos por alguns minutos. Ficou lembrando do sorriso do Sasuke quando lhe dera o anel. O anel? Ela desencostou a cabeça da parede. O anel. Como pudera se esquecer dele? Movimentou as mãos, e usou os dedos com destreza. Sentiu o anel em seu dedo anular. Retirou-o com um pouco de esforço, e colocou no bolso da calça. Não poderiam tirar dela a única coisa que lembrava o Sasuke. Olhou pela janela novamente. Já amanhecera, ouviu vozes na porta. Um rapaz irrompeu na entrada e logo fechou a porta. O rapaz colocou água em uma concha e levou aos seus lábios, ela tomou a água fervorosamente. O Rapaz fez menção de sair.


- Espere! – pediu ela. Ele parou, mas não se virou para ela – ontem quando me trouxe comida você me pediu desculpas, posso saber por quê?


Ele abaixou a cabeça, e se virou lentamente para ela. Ela viu os olhos amendoados pela brecha do capuz.


- Por que eu sei que o que estou fazendo é errado! – ele falou, mas não se mexeu.


- Então por que não me solta? – perguntou aflita, apesar de fingir fragilidade em outras horas, naquele momento era real.


- Eu não posso – gemeu ele com voz arrependida – pela minha mãe eu não posso – murmurou ele mais para si mesmo do que para outra pessoa.


- Como assim por sua mãe? – perguntou Hinata se levantando com dificuldade.


- Eu – ele a olhou com olhos arrependidos, Hinata já estava de pé ele era realmente alto – você não entenderia... Não uma menina rica como você!


- Tente - pediu Hinata, ele a olhou como se estivesse suspeitando de algo, mas viu pura inocência em Hinata – deixa ver seu eu adivinho... Você não está fazendo isso por que quer?


- Exato – suspirou ele, olhou outra vez Hinata, e ela notou algo deferente em seu olhar – Minha família, pela minha família.


- Sua família? Eu não entendo o que fala – ele olhou novamente para ela e saiu.


Hinata se sentou novamente suspirando. Era só o que faltava, gente complicada. Não bastava ser seqüestrada? Ser mantida em um cubículo, a base de pão, água e chá? E ainda tinha que ter gente complicada. Ela queria o quê, só existia gente complicada em sua vida. Ficou ali por mais longas horas. Sentada com a cabeça encostada na parede. Tentava mexer sua mão frequentemente, para não ficar mais adormecida do que estava. Fechou os olhos, pois estava cansada. Mas não dormia. Estava incrivelmente quente naquele quartinho. Ouvia vozes novamente. Estava com sede, muita sede. O mesmo rapaz complicado trouxe água novamente.


- Não vai me falar mesmo o que sua família tem a ver com isso? – perguntou ela.


- Você realmente é teimosa – replicou ele.


- Sou! E mais do que você imagina! – vociferou ela.


- Quer mesmo saber? – perguntou ele incrédulo.


- Se não quisesse não estaria insistindo! -


- Você nunca irá me perdoar, então porque quer saber?- balançou a cabeça, incrédulo – Minha família precisa do dinheiro!


- Você faz parte do grupo que me seqüestrou? – perguntou Hinata.


- Não exatamente! – falou ele – eu só sei o necessário, estou aqui para alimentá-la somente!


- Mas por que você precisa do dinheiro?


Ele suspirou. E retirou o capuz. Ele era belo. Hinata tinha que admitir, muito belo. Seus cabelos loiros batiam um pouco abaixo da orelha.


- Minha mãe sofreu um ataque cardíaco, precisa fazer uma cirurgia urgentemente! – falou ele pesadamente – preciso do dinheiro para semana que vem.


- Não tem irmãos ou tios para lhe ajudar? – perguntou Hinata, pensando porque tinha pena dele.


- A única família que tenho é um irmão mais novo – ele sorriu amarguradamente – ele é deficiente físico. Não pode trabalhar!


Hinata suspirou coitado dele.


- Por que não pegou um empréstimo no banco? – perguntou Hinata.


Ele riu amarguradamente – quem daria crédito para um joão-ninguém?


- Eu... Sinto muito! – murmurou ela.


- Você sente? – perguntou ele compadecido – você deveria estar tentando me esganar isso sim.


- E eu te perdôo! – completou Hinata. Essas palavras o fizeram levantar o rosto e a olhar carinhosamente.


- Você... Perdoa-me? – ele estava confuso – realmente você não tem somente a aparência pura! – ouviram vozes na porta, ele se levantou para sair.


- O que você vai fazer? – perguntou ela quando viu ele parar e a olhar por sobre o ombro.


- Fazer a coisa certa! – murmurou ele.


OooOooOooOooOooO


Hinata estava sentada no colchão novamente. Estava pensando o que poderia fazer? Teria que fugir, ela sabia disso. Mas como se nem conhecia o local? Espera! Era isso, primeiro deveria conhecê-lo. Mas como? Uma idéia passou pela sua cabeça. Levantou-se e começou a chutar a porta.


- Hei! Tem alguém aí?- chutou com mais força – OI! – um homem apareceu na porta, deu um passo atrás.


- O QUE É? – perguntou o homem vociferando.


- Eu queria ir ao banheiro! – falou Hinata – urgentemente!


- Segura! – falou o homem.


- Bom... – Hinata fez cara de inocente – eu tenho um problema, e se eu não for ao banheiro, posso ter convulsões. Se eu morrer ninguém pagará resgates!


- Que problema? – perguntou o homem, rude.


- Convulsalis bixiguilus – O que diabos era isso que tinha falado? Perguntou-se Hinata em pensamento – mas você quem sabe! Eu quero morrer mesmo, assim eu morro em menos de três horas!


- Ok! Ok! – falou o homem. “O que? Ele acreditou?” Hinata pensou. Ele segurou seu braço e começou a puxá-la. Hinata notou que ele esquecera a chave na fechadura. Ela observou todos os cômodos. Apesar de que eram poucos e espaçosos. Ele a colocou dentro de um banheiro podre. Ela olhou por todos os lugares. Notou uma janela, subiu em cima do vaso sanitário. A janela era pequena, ela não conseguiria passar. Mas notara que estava em algum lugar a beira-mar. Olhando melhor vira que era um armazém, o que facilitava bastante. Ouviu uma batida na porta.


- Terminou? – perguntou o homem.


- Terminei! – abriu a porta. E a puxou para fora. Que homem burro, como eu conseguiria se ele não soltou as cordas? Pensou Hinata. Quando estavam em frente à porta, ela parou. Virando-se para o homem. Ficando em frente à fechadura.


- O senhor poderia arranjar um pouco de comida para mim? – enquanto isso tentava tirar a chave. Mas antes que tirasse a chave, o homem a empurrou para dentro e fechou a porta. Ela praguejou baixinho por não ter conseguido a chave. Depois de alguns minutos ouviu passos. O rapaz que pedira desculpas a ela entrou com outra cesta de pão e água.


- Trouxe seu jantar - falou ele com um sorriso.


- Obrigada – falou agradecida, pensando que o próximo passo era tentar se livrar das cordas – você pode tirar essas cordas?


- Eles não tiraram? – perguntou ele surpreso.


Hinata somente balançou a cabeça negativamente. Ele foi a sua direção:


- Eu não acredito que eles não tiraram – mas antes que ele chegasse nela, a porta abriu. Um homem irrompeu na porta.


- Aki, você está de muita conversinha pro meu gosto, a partir de agora você não toma conta dela. - Aki? Esse era o nome dele? Pensava Hinata. Ele somente olhou para ela, e saiu. O homem botou a cesta de pães mais perto dela. E ficou de pé olhando-a. Hinata ficou olhando ele.


- Que é? Não vai comer? – perguntou o homem rudemente.


- Bom... Não sei se você notou, mas eu tenho cara de macaco? Não estou acostumada a usar os pés para me alimentar. – o homem a olhou, chegou perto e soltou as cordas que estavam apertadas. Começou a comer. Enquanto pensava como fazer o homem esquecer de amarrar-lhe as mãos. Ele continuava olhando-a. Quando terminou ele chegou perto e segurou seu queixo, virando seu rosto para lá e para cá. Analisando-a.


- Não! Você não se parece com um macaco – falou ele com voz estranha, deu uma olhada em seu corpo, e a levantou – não você é muito é da gostosa! – começou a se aproximar dela, imprensou-a na parede. E começou a beijar seu pescoço. Hinata se debatia e tentava gritar. Mais uma de suas mãos estava e sua boca. Ela sentia nojo, extremo nojo. Ele começou a subir a boca. E Hinata se debatia mais ainda, ele prendeu-a deixando uma de suas pernas no meio das pernas dele. Foi aí que ela viu uma brecha. Deu uma bela joelhada no meio de suas pernas. O homem gritou, e falou mal. Colocou as mãos no meio das pernas. E continuou blasfemando. Hinata correu para o outro lado do quarto. E viu seu erro. Pois para onde correria? Ele se levantou depois de vários minutos, os olhos com pura raiva, a boca retesada. Foi em direção dela em passos firmes, e lhe deu uma bofetada forte. Que doeu imensamente. Hinata sentiu o quarto rodar. Mas segurou firmemente. Tinha que agüentar. Tinha que irritá-lo para ele esquecer das suas mãos soltas. Virou o rosto para ele, encarando-o. Deu um sorrisinho irônico e disse:


- Só isso que você consegue fazer? – sabia que era arriscado o que estava fazendo, mas tinha que fazê-lo. Ela viu o rosto dele tomar-se pelo ódio. Mais ai alguém apareceu e lhe deu um murro. Ele caiu no chão e olhou para seu ofensor. Ele se levantou com a mão no queixo.


- Aki, por que fez isso? – falou ele se aproximado ameaçadoramente do rapaz.


O rapaz olhou para ela como se estivesse pensando.


- Você está maluco – falou Aki gritando – você iria violentar ela? – ele falou a palavra “ela” com nojo – se o principezinho descobre que a vadia dele foi mexida nos caçará até o inferno! – ele agarrou o braço do homem e começou a puxá-lo, enquanto isso ele lançava para Hinata um olhar de quem dizia “Não faça nada!”. Depois que eles saíram, Hinata sentiu a dor latejante no rosto se sentou no colchão de palha, e começou a massagear a face. Enquanto isso suspirava. Pelo menos tinha conseguido se livrar das cordas apertadas.


OooOooOooOooOooO


Depois de várias horas, Hinata ainda estava naquela mesma posição. Pelas suas contas só receberia água de manhã, e comida só na tarde do dia seguinte. Apesar das horas parecerem se arrastar, ela ainda tinha o relógio e seu pulso para lembrá-la do tempo. O que era pior, pois parecia que ela demorava mais a passar.


Estava com saudades de sua família, de suas amigas, do Sasuke. Sentiu vontade de chorar. “O que é isso Hinata? Você nunca foi chorona! Não vai ser agora que você vai fraquejar” pensava tentando segurar as lágrimas. Um pequeno sorriso despontou da boca de Hinata, lembrava-se de Sasuke. Como ele beijava bem. Como ficava depois de seus beijos. Lembrou do dia em que ele lhe dera o anel. Ficara tão feliz! O jeito que ele lhe beijou quando ela o abraçou a comoveu. O beijo era terno, carinhoso, esclarecedor. E ela amara o beijo. E amara mais ainda quando ele a fizera sentar-se em seu colo quando as pessoas começaram a bater palmas. De repente ouviu um barulho na porta. Abriu os olhos e olhou para a porta. Ouviu tentarem forçar a porta. Mas não conseguiram abri-la. Ouviu alguém dizer um “Droga” baixinho, e tudo se silenciou. “Deve ter sido um desses capangas idiotas que esqueceram a chave!” Hinata pensou recostando a cabeça novamente na parede. De repente ouviu um barulho ensurdecedor. Alguém tinha arrombado a porta. Olhou assustada para ver quem era, e abriu o mais largo sorriso ao ver quem era.


- Isso parece mais fácil na televisão! – resmungou Sasuke massageando o ombro. Ele olhou para Hinata com os olhos brilhando. Ela não se fez de rogada. Levantou-se de um pulo. E do mesmo jeito pulou nos braços dele, rindo alto. Ele a abraçou fortemente. Hinata sentiu lágrimas em seus olhos. Ele lhe beijou os cabelos repetidamente. De repente ele lhe segurou o rosto entre as mãos e lhe deu um beijo terno. Ouviram um barulho na porta. Um homem com o rosto ensangüentado. Com uma arma na mão, e a outra mão segurando o ombro. Sasuke se separou de Hinata.


- Você achou que tivesse me deixado inconsciente, não? – falou o homem com dificuldade – Por que você não pagava o resgate? Iria tê-la de volta do mesmo modo! Mas não o espertalhão tinha que por a vida dela em risco. Se você tivesse pagado nós iríamos comprar as armas que necessitamos e só. Mas o governo não pode ajudar delinqüente não?


Sasuke olhava com raiva para o homem, o mesmo homem que tentara tê-la a força.


- Bom, agora vou matá-los. E ela primeiro, para vê-lo sofrer! – nem deu tempo de terem alguma reação ele apontou a arma para Hinata e disparou. Hinata nem viu o que aconteceu. Simplesmente viu Sasuke caindo no chão. Ele tinha se colocado na frente da bala por ela. Ele caiu, e ela se ajoelhou ao lado dele. O tiro tinha pegado no ombro. E sangrava muito.


- Ah! Quis morrer primeiro foi? – perguntou o homem sarcasticamente, apontou a arma para ele – que seja!


Hinata não pensou duas vezes, tirou a caneta do cabelo e cravou na coxa do homem. Esse urrou de dor. O rosto dele se transformou em ódio por Hinata. Ele apontou a arma para ela. Hinata sabia que era o fim. Fechou os olhos e esperou. Depois de alguns segundos ouviu o barulho de um tiro.


OooOooOooOooOooO


Não muito longe dali estava Naruto que segurava um homem bastante machucado pelo pescoço.


- Agora que você notou que não deve se meter comigo vou lhe perguntar algo – falou Naruto mais suave para o integrante do grupo de seqüestradores – não teve uma garota que na hora do seqüestro levou uma coronhada com uma arma? Eu queria parabenizar o cara que fez isso com ela.


- Fui eu! - Falou o homem fracamente – fui eu que fiz isso com a vadia.


Naruto o soltou. Ele respirou aliviado. Naruto pegou a arma que lhe foi dada, segurou-a pelo cano e disse:


- A vadia... – falou ameaçadoramente – é a minha futura esposa!E deu uma forte coronhada no homem, que caiu inconsciente.


Ele respirou pesadamente. E olhou Itachi que estava cuidando de outro homem, um pouco longe.


Itachi estava descontando toda sua raiva no homem. Coitado e miserável.


- E isso... - falou Itachi, desferindo um golpe com muita, eu disse MUITA, força – é por se meter com a minha cunhada! – e quando o homem desmaiou foi que Itachi soltou o homem. Olhou um outro homem que estava com o queixo fora do lugar, esse homem estava encostado na parede. Inconsciente. E quem o tinha deixado lá foi o seu irmãozinho. Que tinha descontado também sua raiva. Viu Naruto vir em sua direção. E ficou pensando se Sasuke já tinha achado sua cunhadinha.


OooOooOooOooOooO


Hinata ficou esperando a dor quando ouviu o tiro. Mas essa não veio. Abriu os olhos vagarosamente. E viu Aki segurando uma arma. E o homem que a ameaçava caído no chão. Aki olhou para Sasuke. E saiu gritando por alguém.


OooOooOooOooOooO


Agora Hinata estava ali. Dentro de uma ambulância recebendo os cuidados médicos. Ficara sabendo de tudo. Que o grupo que a seqüestrara era um grupo especializado em seqüestros. Precisavam de armas, e por isso a seqüestraram. Ficara sabendo também, que Aki fora atrás de Sasuke e contara tudo. E fora Aki que os instruíram dentro do armazém, ao qual mantinham Hinata. Agora Sasuke estava em outra ambulância. A bala não tinha perfurado muito, por isso conseguiram tira-la lá mesmo. Naruto entrou no carro.


- Oi – falou ele, Hinata respondeu com um sorriso fraco – legal aquele seu amigo, Aki. Ele foi à primeira pessoa que eu vi tirar o Sasuke verdadeiramente do sério.


Hinata o olhou com um a expressão de quem não entendia nada.


- É! – afirmou Naruto – quando Aki foi atrás do Sasu, ele nos chamou para ouvir o que Aki tinha a quando Sasuke perguntou porque que ele estava nos ajudando. Ele simplesmente respondeu que Sasuke não sabia a mulher que ele tinha como noiva.


Depois de Naruto sair. Hinata se dirigiu para a ambulância onde Sasuke estava. Ele abriu um grande sorriso quando a viu, ela chegou perto dele e acariciou seu rosto.


- Obrigado por vir me salvar... – agradeceu Hinata, e gostou quando ele inclinou o rosto para sentir melhor o toque – mais uma vez.


- Eu tinha que vir – falou ele aproximando seus rostos, lhe deu um casto beijo – Eu prometi que me casaria com você esqueceu?


OooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOo


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