Casamento escrita por anonimo


Capítulo 4
O Jantar




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/46185/chapter/4

Já haviam passado cinco dias desde a festa e Hinata vivia suspirando pelos cantos, sonhando acordada, lembrando de cada detalhe de Sasuke. As piadinhas cessaram, finalmente. Mas as lembranças não quiseram seguir o exemplo das piadinhas, continuavam persistentes, e bem que Hinata não reclamava. Eram todas ótimas lembranças, realmente ótimas.

Ino, Sakura e Hinata estavam na sala de televisão, tentando estudar para o vestibular que aconteceria cinco semanas após. Ino faria vestibular para psicologia, ela dizia que desde quando fora para uma psicóloga para tratar sua fobia se apaixonara pela profissão. Sakura faria vestibular para médico-veterinário, amava animais todos sabiam. Já Hinata faria para Direito, a paixão pela profissão era herança de família, e nunca renunciava seus instintos.

A capainha tocou, Hinata bufou e se levantou. Andou pela casa. A campainha tocou novamente. Naquele dia era folga dos funcionários então teria que atender a porta. Olhou para sua roupa, estava de calça jeans, um top preto, o cabelo preso em um rabo de cavalo, sem maquiagem, e descalça.

- Droga – murmurou Hinata. Chegou à frente da porta e a abriu de supetão, quase caiu para traz ao ver quem era. Ele, o Sasuke! Lindo! Vestido em uma calça de couro marrom, camisa esporte cinza colada, de mangas longas. Encostado no batente da porta, com as mãos nos bolsos traseiros.

- Olá! – falou ele com o sorriso mais lindo que já vira.

- O... Oi! – Hinata responde gaguejando.

- Estava passando pela cidade e resolvi vir aqui. – falou ele desencostando do batente.

- Vamos entrar – falou ela com um sorriso, amaldiçoando o jeito que estava.

- Não precisa, não vou me demorar – falou ele balançando a cabeça – tenho uma reunião daqui a meia hora!

- Certo – respondeu, seu vocabulário parecia ter sido reduzido a monossílabos.

- Mas não foi somente para te ver que eu vim aqui – ele falou tirando as mãos dos bolsos traseiros. Fazendo Hinata ficar com uma expressão interrogativa.

- Eu vim lhe convidar para jantar comigo e com meu irmão – ele falou com cara de cachorro pidão.

- Jantar... Com você? – perguntou ela não acreditando.

- Exatamente! – respondeu ele abrindo um sorriso.

Depois de alguns segundos, que pareceram minutos, ela respondeu.

- É claro – abrindo o sorriso mais belo que Sasuke poderia sonhar em ganhar.

- Certo! Pego-lhe às oito e meia – informou a ela.

- Ok! Ah! Roupa formal? – perguntou quando ele começou a se virar, o fazendo voltar à posição anterior.

- Se vista como sentir mais a vontade! – respondeu ele, dando uma piscadela.

- Hinata por que está demorando tanto? – perguntou as meninas atrás dela, cada uma levando um susto ao ver quem estava na porta, Ino mais ainda, pois reconhecia quem era.

Sasuke falou assustando a todas:

- Oi Ino! – fazendo Ino se assustar por ele saber seu nome – Também não vim aqui somente para convidá-la Hinata, iria pedir-lhe para entregar o número de Naruto para Ino, ele não agüenta mais ficar sem vê-la! E só vive mal-humorado – disse estendendo um cartão para Ino. Fazendo-a dar um sorriso e responder um ‘muito obrigada’ – já a senhorita eu não conheço – falou estendendo a mão para Sakura.

- Sakura – ela falou apresentando-se.

- Sasuke! – falou ele beijando as costas de sua mão, fazendo Sakura arregalar os olhos - Bom Hinata, ás oito e meia eu venho lhe pegar, até a noite! – ele falou dando um selinho em Hinata, e se dirigindo ao carro dele um BMW-5 prateada, com vidros escuros, que estava estacionado na frente de sua casa, de lá ele acenou. E saiu pelo caminho que dava no grande portão de ferro, que dava acesso à rua.

Hinata estava estática por causa do simples e casto beijo, se dissesse que não tinha gostado, poderiam colocar em cima de sua cabeça uma placa em néon dizendo: “MENTIROSA”, tinha amado o beijo.

As meninas a puxaram pelo braço, a fazendo entrar e explicar tudo “Tim, Tim por Tim, Tim”.

OooOooOooOooOooOooO

Sasuke estava dirigindo a BMW, bateu com força no volante “por que ela tinha que estar tão bonita?” se perguntava, estava perturbado, Hinata estava muito bela. Descalça “Qual é agora Sasuke você nunca foi doido por pés”, mas os pés dela descalços o deixaram louco, e aquela blusa mostrando todas as suas curvas. Sasuke gemeu passando a mão no rosto. E achara ela ainda mais bela sem maquiagem. Mas o selinho dessa vez ele quis, e como quis! Ele sorriu, lembrando da expressão surpresa dela. Balançando a cabeça ele disse:

- Hinata... Você está me deixando louco! -

OooOooOooOooOooOooO

Hinata tinha escolhido um vestido azul claro o vestido ficaria bem em qualquer ocasião, tanto faz se eles fossem para uma pastelaria ou para o Minna’s Place, o restaurante mais chique da cidade. Colocou uma maquiagem leve, e uma sandália de salto alto prateada, deixou o cabelo solto, que nem o dia em que conhecera Sasuke.

Estava passando um perfume com essência de Jasmim chamado Le’Jasmine, quando sua mãe bateu na porta:

- Filha! Tem alguém lhe esperando lá em baixo! – falou a senhora Hyuuga, lembrando-se que Hinata nem queria se casar e agora já saía para jantar com o rapaz.

- Está bem mãe já estou indo! – falou Hinata, não levaria bolsa, não sabia para onde iriam.

Começou a se dirigir a escada, quando estava descendo avistou seu pai conversando com Sasuke. Ele estava lindo de terno azul escuro. Começou a descer as escadas, e viu quando Sasuke a avistou, ele se levantou e a ficou olhando com olhar admirado, seu pai seguiu seu olhar e sorriu ao ver por que Sasuke estava com um sorriso bobo na cara.

- Você está Linda! – falou Sasuke segurando sua mão, fazendo Hinata ficar vermelha – Vamos?

Hinata assentiu com um gesto de cabeça.

- Tchau, senhor Hyuuga! – falou Sasuke começando a se retirar sem soltar a mão de Hinata.

- Tchau, até minha filha - falou seu pai.

- Até, papai! -

Saiu da casa em direção ao carro, ele abriu a porta para ela, ajustou o cinto de segurança, se dirigiu para o lado do motorista, e começou a dirigir. Um silêncio estranho começou a se formar.

- Seu primo está gostando mesmo da Ino!- falou Hinata com um risinho.

- Pode apostar – falou Sasuke, depois riu – ele vive falando dela, e quando conversamos, ele não presta atenção ao que falamos.

- rs, a Ino não está muito diferente, até parece que vive em outro mundo – falou Hinata.

- Hm... – depois de um tempo ele falou, iria começar a sacaniá-la – a empresa de seu pai constrói motores de carros?

- Sim, igualmente a sua empresa – falou Hinata.

- Era o que eu imaginava. A empresa de meu irmão monta carros, então ele usa meus motores e peças de outras empresas.

- Existe uma diferença entre a empresa de meu pai e a sua – falo Hinata – a do meu pai meche com motores de tração, como tratores, e a sua com carros pequenos caminhonetes, carros familiares.

- Exatamente, por isso acorrerá à junção, para mexermos com os dois ramos – disse Sasuke com um sorriso – Bons... Chegamos.

Hinata estava tão absorta que nem notara que haviam parado, quando Hinata olhou para o restaurante ao qual iriam jantar arregalou os olhos, estava na frente do Sultana´s um dos restaurantes mais caros da cidade.

Ele a ajudou a descer do carro e se dirigiram para recepção.

- Olá – falou para a recepcionista – tenho reserva.

- Sobrenome, por favor!– falou a recepcionista com um sorriso cordial.

- Uchiha  – falou Sasuke.

- Certo, há um senhor os esperando, esse garçom os levará ao local da mesa!

- Obrigada! – foram conduzidos para uma mesa onde estava sentado o mesmo homem de cabelos negros que Hinata vira no dia da festa.

- Olá, irmãozinho – falou Itachi, com um sorriso, ao vê-los chegarem juntos.

- Oi – falou Sasuke fuzilando-o com o olhar.

- Deixe-me me apresentar – falou Itachi, se levantando – Meu nome é Itachi, irmão de Sasuke.

- Hinata– falou estendendo a mão, ele fez o mesmo que Sasuke fez com Sakura naquela tarde.

Sentaram-se e Hinata começou a olhar o local discretamente, um lugar imponente, com paredes em tom rosa, mesas com toalhas de linho puro, um palco onde um cantor cantava uma música lenta, um aquário enorme ficava em uma das paredes, ela sentia o cheiro da maresia que entrava pelas altas janelas. Sentiu-se calma, o ambiente fazia uma pessoa se sentir assim.

Sentaram-se, o garçom chegou e perguntou o que eles escolheriam para jantar, escolheram um vinho tinto suave, Hinata pediu pato ao molho de laranja. O garçom se retirou e logo trouxe o vinho. Hinata levou a taça aos lábios, o líquido doce borbulhou na língua. Os olhos se cruzaram com os de sasuke do outro lado da mesa.

Sentiu-se tomada por uma agonia gradativa. Apertava com força a haste da taça. Instintivamente deu outro gole. Sentia o vinho gelado descer pela garganta.

A agonia deveria ter diminuído, mas se sentia cada vez mais tensa. Não conseguia se controlar.

Ele era incrivelmente sedutor. O cabelo negro, o nariz definido, o rosto esculpido como o de uma estátua, os olhos – Ah, os olhos! – misteriosos, indecifráveis, ardentes. Por um instante, longo e caloroso, contemplou-o.

Mas eis que Itachi começou a conversar sobre negócios com Sasuke.

- Eu estou um pouco apreensivo, por causa da campanha ambientalista para lançar motores movidos a Bio-combustível lançada há dois meses! – falou Sasuke para o irmão – os donos das indústrias de petróleos nos ameaçaram, dizendo que se lançarmos esse tipo de motores nos colocariam na justiça, e teríamos que pagar indenização para eles e com certeza não seria menos que um bilhão de dólares para cada empresa.

- Se você lançar terá que pagar indenização, se não lançar essa linha de motores sua empresa perderá a credibilidade, pois você já lançou a campanha! – falou Itachi sério, com a testa franzida, e com cara de homem de negócios.

- Ou seja, estou no meio de um dilema – resumiu Sasuke, suspirando longamente, e deixando os lábios em fina linha.

- Na verdade tem uma solução – pronunciou-se Hinata pela primeira vez desde que começaram a conversa. Os dois olharam para ela curiosos – O Bio-combustível usa a mesma válvula do combustível comum, então com o cálculo certo, você poderá programar o motor para funcionar com os dois tipos de combustíveis, tipo um carro com tecnologia flex. Assim as indústrias de combustíveis petrolíferos não poderiam pedir indenização, pois o combustível apartir do petróleo também estaria sendo usado.

- É uma ótima idéia – falou Itachi, com um sorriso admirado. Enquanto Sasuke a olhava com cara de abestalhado, teria que tirar um dos supostos defeitos que ela poderia ter, Com certeza ela entendia de negócios. E Itachi continuou:

– pena que meu irmãozinho não poderá realizar seu sonho de lançar um motor que polua menos a atmosfera. Pois o combustível comum ainda estaria sendo usado.

Hinata estava admirada, o Sasuke um ambientalista, gostava cada vez mais desse homem.

- Não exatamente – falou Hinata dando uma risadinha linda e discreta – o Bio-combustível é mais barato que o combustível comum, que pessoa em sua sã consciência compraria o produto mais caro, sendo que dariam o mesmo efeito? Eu mesma nunca gastaria centavos a mais tendo outra opção, sou um pouco careta, ganho real gasto centavos.

Outro suposto defeito que ele expulsaria a chutes de sua lista, ela não era esbanjadora de dinheiro.

- Não, você não é careta! – falou Itachi – é uma Hyuuga nata!

Hinata deu um sorriso, agradecida.

- Aí me aparece outro problema – falou Sasuke, com um sorriso triste – A distribuição de Bio-combustível no país é escassa.

- Então cabe a você... – falou Hinata com os olhos brilhando – lançar uma campanha para incentivar a distribuição desse combustível, pense bem, sua empresa ficará visada como ambientalista e que se preocupa com a economia nacional.

Depois de um longo sorriso orgulhoso Sasuke comentou:

- Amanhã mesmo lançarei essa idéia para a comitiva da empresa – ele falou para ela – Mas, não viemos aqui para falar de negócios, já basta o que passo a semana inteira – falou divertido.

Começaram a conversar sobre variados assuntos livros, música, política, esportes, filmes... Lista indefinível. No final da noite Sasuke já tinha tirado todos os possíveis defeitos dela da lista que tinha criado mentalmente. Estava lascado!

Ao dar onze horas Itachi se retirou dizendo que acordaria cedo no outro dia, se levantou e falou para Hinata:

- Eu mais que ninguém, a não ser o meu irmãozinho aqui, ficará feliz em tê-la na família – falou com um sorriso, e saiu deixando os dois corados.

- Vamos dar uma volta pelo porto? – sugeriu Sasuke.

- Claro – Hinata assentiu. Sasuke pagou a conta, e saíram. Ficaram andando pelo chão de madeira que margeava o mar, a maresia soprava os cabelos de Hinata, deixando-a ainda mais bela, os olhos brilhavam, e Sasuke se afogava naquelas branquiadas meio lilás que eram seus olhos. Viu quando ela tremeu. Tirou a parte de cima do terno, e colocou em cima dos ombros dela, ela o olhou surpresa.

- Não está com frio? – perguntou ela.

- Não – ele respondeu sorrindo, ele arregaçou as mangas, e tirou a gravata, colocando no bolso do paletó, que estava vestido nela, sua mão roçou no quadril da moça, por sobre o tecido interno do bolso.

Sentaram-se em um banco que ficava de frente para o mar, ela cruzou as pernas, ele também ele passou o braço por detrás dos ombros dela e falou:

- Você ainda acredita que o noivado é surreal?

- Não, agora ele parece mais real que nunca – ela respondeu sem olhar para ele – E você? Já notou que teremos de passar nossas vidas juntos?

- Sim – falou ele baixinho. E olhou para ela.

- Vamos? – perguntou ela, ele estava perigosamente perto – amanhã de manhã terei de ir para a casa de        Ino estudar para o vestibular.

- Vestibular? Para quê? – perguntou ele curioso.

- Direito – sorriu ela.

- Vai precisar estudar, é difícil passar – informou ele.

- Você fez vestibular para direito? -

- Sim, fiz dois vestibulares na época, para Direito e para Administração de empresas, passei nas duas, mais preferi fazer Administração! – respondeu ele se levantando.

-Ah!- exclamou ela, depois ela perguntou rindo – Por que vocês nunca aparecem em Jornais ou na televisão?

- Gostamos de nossa privacidade – disse ele rindo – Meu pai diz que a pior coisa que existe e se ver focado por todos, todos saberem quem você é. Eu não reclamo por ninguém saber quem sou muito menos Itachi.

- Era o que eu imaginava – Hinata falou, já estavam chegando ao restaurante, Sasuke deu o ticket para o manobrista e ficaram esperando.

- Tipo assim: se um jornal mostrar alguma coisa que denuncie a minha aparência ou a do meu irmão, é processo na hora – explicou Sasuke – regras de meu pai, desde quando nascemos.

- Não quero estar na pele do repórter que falar de vocês um dia – exclamou Hinata.

- Pior eu!

O carro chegou, ele abriu a porta para ela, ajustou o cinto dela, e fez a volta no carro, logo estavam a caminho da casa dela. Quando chegaram à frente da casa de Hinata, ele desceu abriu a porta para ela e estendeu a mão.

- Eu adorei a noite – Falou Hinata.

- Eu também! – ela começou a se virar quando o ouviu chama-la, ela se virou novamente para ele, e não entendeu o que aconteceu depois, só se lembrava de estar nos braços de Sasuke e de o estar correspondendo arduamente ao beijo selvagem.

Sentira-se encostada no carro, os corpos juntos, coxa com coxa, peito com peito. Colocou os braços em volta do pescoço dele, e sentiu os seios roçando no peito musculoso, levantou a mão acariciando seu coro cabeludo, ouviu quando ele gemeu. Estava gostando muito, e esse pensamento a alertou de que se não parasse naquele momento, não conseguiria parar depois. Afastou-se com dificuldade, e sentiu quando ele ficou tenso.

- É melhor... Eu entrar – falou Hinata ofegante.

- Também acho! – falou ele, mesmo sendo mentira, pois queria muito que ela ficasse. Ele a soltou, e ela sentiu que suas pernas estavam bambas. Começou a se retirar, mas parou. Virou-se para ele e deu um selinho nos lábios que beijara há pouco.

- Realmente, eu amei a noite – e saiu andando rápido para dentro de casa. Deixando um Sasuke surpreso e sorridente pela ação da garota. Entrou dentro do carro e começou a dirigir.

OooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOooOo

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Casamento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.