Hinata ainda surpresa com o que tinha acontecido, pediu licença e se dirigiu para fora do salão. Estava muito surpresa... Além de descobrir quem era seu noivo ele ainda tinha que ser o cara mais lindo que vira. Sem falar que fora quem a salvara de um mauricinho qualquer. Estava atordoada, para ser sincera. Depois de andar um pouco notou que acabara no jardim que ficava em uma das laterais do palácio, sentou-se em um dos bancos afastados que ficava de frente para uma fonte e rodeado de rosas. Ficou ali sentada pensando, a mente vagueando. Nunca poderia esperar que ele pudesse ser Sasuke, e pensar que chegara a insinuar que ele era feio. Sentiu vontade de rir. Tinha medo de que ele a rejeitasse, sabia que era bonita, mas tinha insegurança. Como será que era a personalidade do príncipe? Tinha gostado muito da preocupação dele com ela na varanda, pelo menos.

Ouviu passos por perto e olhou para ver quem era. E viu ele, o ocupante de seus pensamentos. Ele se sentou do seu lado, olhou para a fonte e depois para ela.

- Eu sei como você se sente – falou ele calmo – não me sinto muito diferente!

Depois de alguns minutos Hinata falou:

- Talvez... Mas como você acha que se sente uma pessoa que se depara com algo que tentou ignorar por dois anos? – disse, para logo se arrepender da última parte.

- Tem me evitado por dois anos? – falou ele com as sobrancelhas arqueadas.

- Ah... Não de você em si, mas do que você representa – “ajoelhou tem que rezar” lembrou-se do ditado – imagina minha surpresa... Uma garota de quatorze anos descobre que está prometida em casamento, então sua única saída era se apoiar no fato de não conhecer seu noivo.

- sei como se sente, como se estivesse sendo usado, empurrado contra a cratera de um vulcão! – falou ele olhando para o céu, como se estivesse procurando respostas na viva lua nova.

- Exatamente, e pior é não saber se vai ser aceito! – falou Hinata, passando a mão por uma rosa vermelha que estava perto de onde estava.

- Parece que somos mais parecidos do que imaginamos! – falou Sasuke com um meio sorriso.

- Pelo menos podemos ser amigos! – falou Hinata, com vontade de completar “mas quero ser bem mais”.

- É podemos – Sasuke disse, “Você não pode beijá-la agora, vai estragar tudo” repetia para si mesmo, tentando evitar a vontade que tinha desde que a vira – vamos voltar, seus pais devem estar preocupados.

Levantaram-se, e seguiram em direção do castelo, quando estavam passando por um salgueiro viram um casal se beijando, tentaram passar sem olhar para eles, mas foi impossível para Hinata quando viu um pedaço do vestido rosa de Ino, parou abruptamente fazendo Sasuke parar, que olhou interrogativo para ela e quando viu seu olhar arregalado seguiu seu olhar, ficou tão surpreso quanto ela, estavam na sua frente Naruto e Ino.

- Bem... Parece que meu primo e sua amiga se deram bem - falou Sasuke, começando a andar de novo, deixaria para zoar Naruto depois da festa. Apesar de Naruto ter se saído melhor do que ele.

- Ino parece que melhor do que ninguém – falou Hinata rindo.

- Não é a toa que Naruto gostou dela – falou Sasuke rindo também.

- Ah, mais uma vez obrigada por ter impedido aquele cara! – falou Hinata.

- Já passou, não tem o que se preocupar, e nem agradecer – falou ele, entrando de novo no salão de festas – Isso não vai dar certo.

- O que não vai dar certo? – falou Hinata preocupada.

- Se você ficar cinco minutos a mais do meu lado, com certeza vou ser morto – falou ele olhando para o salão – a maioria dos caras querem me matar nesse momento.

- É exagero! – falou ela, um pouco vermelha e lisonjeada - nem olhando para cá estão!

- Estão sim!

- Não, não estão!

- Se eu a beijasse nesse momento você comprovaria o que estou falando!

- Como você não faria, depois comprovo – disse começando a andar em direção aos seus pais que faziam menção de ir embora.

- Você me subestima! - murmurou Sasuke, virando-a e dando um beijo que deixaria qualquer romântico satisfeito.

Os lábios pareciam ter vida, o calor que cada um tinha era singular. Mas misturados faziam sensações extraordinária, como dois ingredientes comuns que juntos faziam um delicioso prato.

A boca dela acariciava a dele, e vice e versa. Uma mão pousou na cintura dela e dois braços envolveram o pescoço dele.

E o cheiro... Ah o cheiro que entornava do abraço era intoxicante, envolvente e embriagador.

-Sasuke – murmurou ela contra seus lábios.

- Hinata – Sasuke murmurou em resposta.

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Hinata estava na frente do espelho, com a mão nos lábios lembrando-se do beijo que Sasuke lhe dera. Ainda estavam se beijando quando seu pai pigarreou atrás deles, se separaram rápido e sua mãe com um largo sorriso dissera que já estava na hora de irem embora. Ficara vermelha enquanto vira Ino sorrindo, ela que a esperasse, enquanto ela estava sorrindo por causa de dois beijos em Sasuke, talvez três, Hinata tinha pegado ela em uma situação comprometedora. Zombaria bastante no outro dia.

Tirando a maquiagem do rosto Hinata deu uma olhada em seu corpo, estava vestida em uma calcinha e um sutiã de renda pretos, balançando a cabeça, foi para o banheiro, tomou um banho e colocou uma camisola, deitou-se para dormir, mas quem disse que conseguiu, passou boa parte da noite acordada.

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No palácio alguém passava por uma situação parecida, não se esquecia dos beijos que trocara com Hinata, ficara bastante envergonhado quando foram interrompidos pelos pais dela, e quando eles foram embora ele ficou no salão de festa recebendo olhares assassinos de vários homens, se encostara ao canto e logo Itachi chegou perto com um sorriso de orelha a orelha.

- Se deu bem, irmãzinho – falou Itachi, era só o que faltava – Eu pensei que você nunca ia fazer nada, até que vi você beijando ela.

- Hm – falou Sasuke revirando os olhos. Vendo Naruto chegando com um olhar sonhador.

- Que foi Naruto tirou a sorte grande? – falou Itachi, curioso.

- Melhor que isso – falou Naruto.

- Também com um amasso daqueles na princesa de rosa - falou Sasuke quase rindo da expressão de Naruto.

- Como você sabe? – perguntou Naruto.

- Vamos dizer que eu vi quando estava no jardim com a Hinata – deixou escapar, para depois quase desmentir.

- Bem que eu vi duas pessoas passeando pelo jardim, Mas quem é Hinata? – perguntou Naruto com uma cara estranha.

- É a amiguinha de sua “namorada” - respondeu Itachi, maldito intrometido – Mas pense no lado bom Naruto, só foi o meu irmãozinho que o viu, enquanto ele não foi tão discreto assim.

- O que você quer dizer com isso? – falou Naruto, com os olhos brilhando.

- Que ele agarrou a Hinata na frente de todo mundo – explicou Itachi rindo.

- O que foi, esqueceu o noivado? – perguntou Naruto, sorrindo.

- Hm! Primeiro a vida é minha – falou irritado, fazendo os dois rirem mais ainda – e a Hinata “é” a noiva! – falou saindo para seu quarto, deixando dois rapazes estupefatos e calados, sem poderem acreditar na sorte do amigo.

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Depois de tomar café, Hinata foi para casa de Ino, que tinha acordado cedo e já tinha ido deixando o recado que era para ela encontrá-la em sua casa. E foi isso que Hinata fez, quando chegou lá encontrou Sakura e Ino conversando, e não demorou a Ino jogar uma piadinha:

- Olha, a Hina-chan, agarrou um dos caras mais gatos da festa - falou Ino.

- Olha a Ino, agarrou o gato do primo dele – Hinata não conseguiu agüentar.

- Como você sabe disso? – perguntou Ino.

- Eu vi querida! -

- Pêra aí! Vão ter que me dar detalhes - falou Sakura. Ino não se fez de rogada, tratou de contar tudo. E Hinata ficava olhando.

- Mas Hinata você é noiva, e você sabe que isso que você fez foi errado – falou Sakura.

- Na verdade, não! – falou Hinata, esperando elas olharem surpresas para ela – o Deus Grego ao qual eu troquei alguns beijos... É o Sasuke!

- O QUE? – gritou Sakura.

- Por que não me falou antes? – perguntou Ino, boquiaberta.

- Você tava muito ocupada sonhando - deu um sorrisinho, fazendo Ino corar.

- Mas como você descobriu que era ele, você não parecia saber quando chegamos – E Hinata explicou tudo detalhe por detalhe.

- Caramba que história – falou Sakura.

- Nem me fala, e o coitado ta no mesmo barco que eu – falou Hinata.

- Xi, já está até defendendo – Sakura e Ino.

- Engraçadinhas – falou Hinata – vamos assistir um filme?

- Vou pega um lá em cima! – Ino subiu as escadas. Teria que agüentar piadinhas por muito, muito tempo!

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Sasuke estava sentado atrás da sua mesa de trabalho, em um luxuoso escritório. Estava olhando pela janela que mostrava uma linda visão do vigésimo sétimo andar, estava pensativo, tinha achado sua noiva muito bela, tanto ao ponto de não conseguir se controlar e beijá-la, mas não queria se envolver sentimentalmente, a última vez que se envolvera seriamente saíra machucado, maldita Karin. Por que o traíra? Por quê? E logo com o Pein! Não suportava a presença dele. Mas mesmo assim, ela não tendo nada mais com a vida dele. Mesmo ele não a suportando. Ela deixara marcas quase impossível de ser retiradas, agora, por culpa dela, não conseguia amar. Era uma pena. Mas não poderia arriscar seu coração. Não mesmo. Não poderia se apaixonar pela bela Hinata. Se não, ela poderia magoá-lo, que nem Karin fez. E morria de medo que ela o fizesse.

De repente Itachi entrou em seu escritório, fazendo-o se virar. Itachi o olhou com uma cara intrigante, deu um sorrisinho e falou:

- Temos uma reunião com um dos magnatas do meio de transportes, tudo indica que ele vai querer fechar negócio com a minha e a sua empresa, só que tenho certeza você ficará feliz ao saber onde é a reunião!

Sasuke o olhou com expressão interrogativa:

- Onde? – perguntou Sasuke, estreitando os olhos.

- Na cidade da sua noivinha – falou Itachi com um sorriso- reservei uma mesa na Sultana’s, aquele restaurante que vive saindo nas colunas sociais, ás oito horas da noite. Então, já fiz minha parte, agora faça a sua convide-a para jantar conosco.

- Por que está fazendo isso? – perguntou Sasuke, amava seu irmão e sabia que ele o amava, mas não entendia por que estava fazendo aquilo.

- Por que não agüento mais ver meu irmãozinho suspirando pelos cantos – e Itachi saiu, deixando um Sasuke atônito e furioso, por ele ter usado aquele apelido ridículo.

Iria convidar a Hinata, mas somente para descobrir algum defeito dela, não poderia se deixar apaixonar. Só precisava saber de alguma coisa, qualquer coisa nela que ele não gostasse. Tipo... Se ela não soubesse conversar, não soubesse nada de negócios, talvez ela fosse uma esbanjadora de dinheiro, ou ainda não tivesse nenhum neurônio como várias moças que conhecera, talvez fosse frágil, coisa que odiava, ou ainda muito, mas muito fútil, odiava isso mais que a fragilidade... Não podia se apaixonar! Não podia!

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