One piece - New Generation escrita por haroPXG


Capítulo 8
Marinheiro, Cozinheiro e crianças


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 8 fresquinho feito sob medida para vocês! Espero que gostem ;)



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– Diário de bordo: Um dia perdido no oceano, sem água nem comida, tudo por culpa da incompetência do navegador. Ele esqueceu a comida, agora está muito cansado para ver a direção do barco e... – As palavras de Yusuji foram interrompidas por um soco de Kensuke, que ficou muito irritado por ser chamado de incompetente.

Incompetente é você... Quem cuida dessas coisas é o cozinheiro! – Kensuke gritou.

– Sério? Precisamos logo de um cozinheiro. Talvez, na próxima ilha! Adeus. – Yusuji falou com voz de narrador de filme de ação, imitando muito mal.

– Desliga isso!

Yusuji desligou o den-den mushi, se deitou no barco e colocou a língua pra fora.

– Estamos chegando? – Yusuji sussurrou, esperava ouvir um não, como em todas as histórias que leu, e depois perguntaria de novo, de novo, até o outro perder a paciência. Mas foi surpreendido por um grande “sim”. – Estragou a brincadeira, sem humor!

– Só não tenho tempo para palhaçadas de um espadachim idiota que por acaso é o capitão da tripulação na qual estou! – O ruivo pulou do barco ainda reclamando alto, segurou na gola do moreno, começou a arrasta-lo pela cidade, até que ele caiu e foi sendo literalmente arrastado.

– Pare de arrastar, prometo não fugir! – Ele fez bico, obviamente estava fingindo.

– Ah tudo bem. – Kensuke ficou sério, dando um sorriso de canto.

– Sério? – O moreno sorriu enquanto era arrastado.

– Não!

– Ah pare de me zoar! – Yusuji falou um pouco sem jeito.

Kensuke deixou Yusuji andar quando eles avistaram um restaurante mais na frente. Era impossível arrastar o moreno, porque além de todos ficarem olhando, ele era escandaloso, ainda mais quando vê comida.

Quando eles entraram no tal restaurante, foram atendidos pela única pessoa que estava ali, um homem, mais ou menos com 20 anos, ele vestia um smoking preto e seu cabelo era azul escuro, seu penteado era um clássico topete, em sua boca tinha um cigarro, e ele falava lentamente, deixando a fumaça ir embora algumas vezes.

– O que vocês querem? – O homem falou como se estivesse irritado.

– Eu estou com fome... Tem comida ai? – Yusuji olhou lá dentro por cima dos ombros do homem, e viu umas dez pessoas comendo.

– Tem comida sim seu idiota, isso é um restaurante... Vão comer ou não? – Ele saiu da frente da porta, quase ordenando que eles entrassem.

– Não sei não... A julgar pelas pessoas ai dentro, não me parece ser um bom lugar! – Kensuke olhou para as pessoas, não pareciam ser de classe alta, na verdade pareciam ser ladrões de quinta.

– Essa ilha só tem cozinheiros, porque essa é a ilha Food... – O homem tirou o cigarro da boca, assoprou a fumaça e voltou a falar. – Temos a melhor prática de culinária... No entanto a comida que eu faço é a melhor! Então se não quiser olhar pros meus clientes, feche os olhos, entre, sente e coma tudo bem quietinho.

Yusuji começou a rir quando o ruivo ficou enfurecido, ele chegou até mesmo a querer arranjar briga com o cozinheiro, mas foram interrompidos por um marinheiro que chegou ali botando moral.

– Vocês, seus vermes estúpidos... Parem de brigar e me sirvam!

– Eu? – Yusuji falou confuso.

– Acha que somos garçons? – Kensuke sussurrou.

– Escuta aqui Riko, não quero que fale assim com meus empregados... Entra logo nessa merda de espelunca e sente em qualquer mesa! – O cozinheiro resmungou, empurrando os piratas pra cozinha.

– Cala a boca, e me serve vadiazinha! – O marinheiro adentrou o restaurante, sentou-se, colocou o pé na mesa e ficou reclamando do atendimento. – Não irei pagar dessa vez também, sabe bem como é a vida de um guerrilheiro... Ah é, você é só um cozinheiro idiota, não sabe como é ser um guerreiro.

– Me chamou de seu empregado, seu cozinheiro de merda, quer morrer? – Kensuke colocou o soco-inglês do braço direito, insinuou que iria dar um soco.

– Me agradeça... Se ele descobrisse que vocês são piratas, iria prendê-los! – Ele sorriu de canto zombando do ruivo. – Quer uma briga? Espere até a noite!

– Você que pede... – Kensuke ficou vermelho de raiva.

– Aquele magricela com roupa de marinheirozinho disse que é... Um guerreiro! – Yusuji gargalhou. – E você é engraçado, seu cozinheiro!

– Quem você chamou de palhaço? – O cozinheiro levantou a perna direita e ameaçou chutar o moreno.

– Abaixa essa perninha de ave, cozinheiro com cara de moça... – Kensuke esticou o braço esquerdo, com o punho cerrado.

De repente a cozinha ficou repleta de uma aurea azul e outra vermelha. Yusuji continuou rindo mas foi bem na hora que sua barriga roncou alto que as aureas diabolicas sumiram.

– Não te chamei de palhaço, disse que era engraçado... – Yusuji passou a mão na barriga, sentou-se numa cadeira de madeira que havia ali, e jogou a cabeça sobra a mesa, colocou a lingua pra fora e ficou reclamando sobre morrer e fome.

– Você foi ironico, quis me chamar de palhaço, palhaços são engraçados! – O cozinheiro passou a mão no smoking para retirar a poeira, então foi cozinhar a comida do marinheiro, em poucos minutos tudo do bom e do melhor estava pronto. . – Aquele homem, ele é o marinheiro responsável pela ilha, come de graça em todos os restaurantes, inclusive nesse... Meu nome é Muchimaru, sou o melhor cozinheiro de todos os mares!

– Também é o melhor idiota de todos os mares! – Kensuke sussurrou, mas queria mesmo que o cozinheiro ouvisse.

– Melhor cozinheiro, melhor idiota, melhor lutador, melhor homem... – Ele falou enquanto pegava as bandejas de comida e levava para o marinheiro.

Não fique se achando! – Kensuke gritou. – Até porque eu luto melhor que você!

– Melhor cozinheiro? Sua comida é muito boa? Posso provar? – Yusuji encheu o ambiente de perguntas, que não foram respondidas, por que o cozinheiro estava mais interessado em arranjar briga com o navegador.

Quando Muchimaru voltou, sorriu de canto e falou:

– Luta melhor que eu? Pois eu ter venço sem usar as mãos! – Ele levantou a perna direita, olhando com raiva.

– Não me venceria nem se usasse elas! – Kensuke retrucou enquanto colocava seus socos ingleses e esfregava um no outro.

Yusuji viu que o homem tinha sobrado um pouco de comida em uma bandeja. Na encolha, ele foi lá e comeu tudo, sem que ninguém percebesse.

– Eu vi você usando esse soco-inglês ai, posso te vencer usando só meu sapato como arma! – O cozinheiro zombou.

– Você é um cozinheiro, você cozinha... Não é melhor opção de lutador! – Kensuke provocou.

– Ei idiotas, quem comeu a comida que estava ali? – O cozinheiro abaixou a perna rapidamente, rangeu os dentes e pensou em uma criança.

– Não fui eu! – Yusuji fez um bico e começou a assobiar.

– Claro que foi você! – Muchimaru abriu a porta da cozinha, voltou a ficar na frente de Yusuji, então deu um chute no garoto, fazendo atravessar a porta aberta.

– Yusuji... – Kensuke gritou preocupado.

Muchimaru começou a cozinhar de novo, colocou a comida naquela bandeja, e em mais dois pratos. Um dos pratos deu na mão de Kensuke, foi segurando a bandeja e o prato nas mãos até lá fora, entregou o prato para Yusuji que estava caído em uma barraca de frutas. Continuou andando, até chegar a um beco onde tinha umas crianças abandonadas.

– Ora, ora crianças... Ainda estão aqui! Não digo que é bom nem nada, mas olha só, fiz o lanche de vocês! – Ele deixou a bandeja ali e sorriu. – Vocês estão com fome, comam... Passar fome, não é bom!

– Se pensa que vai nos comprar com comida está... – Kensuke não pode terminar de falar, ao ver aquelas crianças comendo enquanto choravam, agradeciam, fez com que ele pensasse direito. – Foi por isso que... Desculpe o Yusuji!

– Sem problemas, eu posso cozinhar uma ótima comida em segundos... Aquilo foi só... Olha, nada contra, mais piratas me tiraram um coisa muito importante, só descontei um pouco da raiva que sinto! Sem ressentimentos.

– Eu não ligo... E olha, eu já comi aquela bandeja inteira, claro que ainda estou com fome, mas o Muchimaru vai me fazer o tanto de comida que eu quiser quando formos pro mar, então, crianças... Podem ficar! – Yusuji abaixou, entregou o prato para as crianças, que agradeceram chorando.

Eu não vou para o mar com você! – Muchimaru gritou bem irritado.

Não aceito a entrada desse idiota! – Kensuke gritou, também irritado.

– Eu que não seria companheiro de um navegador, ferrugem e fraco! – Muchimaru provocou enquanto sorria.

– O que disse idiota? Eu que não aceitaria sua presença fraca no mesmo barco que eu! – Ele cruzou os braços, logo em seguida começou a gritar com o cozinheiro. – Vou te mostrar quem é ferrugem, cozinheira.

– Cozinheira? Passou dos limites, sua ruivinha estupida! – Ele deu um chute na direção de Kensuke, que colocou os punhos na frente, que foi bloqueado por causa dos socos-ingleses.

– Engraçado... – Yusuji começou a rir junto com as crianças que estavam ali.

– Tio Muchi-kun... Você deveria ser um pirata, nós nos viramos! – Um dos garotos falou com um enorme sorriso.

– Piratas são livres, seremos um bando algum dia! – O menor falou com clareza.

– Pode apostar! – Todas as crianças falaram em coro.

– Irei encontrar aquele mar milagroso, e para isso, não poderei ser um cara mal! – Ele ajeitou o smoking sorrindo.

– Mar milagroso? Piratas, quem vai ser o capitão? Mar milagroso? Capitão? – Yusuji falou já se confundindo.

– Que idiota... – Kensuke sussurrou com a mão na testa.

– Eu vou ser a capitã... – Uma garota se levantou sorrindo. – Sou a mais forte e a mais velha!

– Capitã é? Quando vão para o mar? Mar milagroso? – Yusuji falou hesitando ao se lembrar do Mar milagroso.

– Que idiota...– Muchimaru ficou boquiaberto ao ver a estupidez de Yusuji.

– Sim... Meu nome é Ko, tenho 14 anos! – Ela sorriu, fazendo sentido, como se fosse marinheira.

– Eu sou Ao, tenho 13 anos! – Um garoto vestido todo de azul, sentado com as pernas cruzadas disse sorrindo.

– Eu sou o Gei, estou tão feliz de falar com piratas de verdade... Tenho 10 anos! – Um garoto com roupas amarelas começou a bater palma de felicidade.

– Eu sou... Eu sou... – Um garoto de preto, que estava escondido atrás de todos sussurrou sem conseguir falar.

– Aquele é o Sawagi, ele tem 12, e é timido! – Ko sorriu.

Vamos partir quando a Ko tiver 16! – Gei gritou animado.

– Então ela vai ter 16, você 20 e eles 10? – Yusuji tentou fazer as contas no dedo.

– Ela vai ter 16, Ao 15, Gei 13 e Sawagi 14, seu burro! – Muchimaru assoprou a fumaça do cigarro e sorriu. – Vai ser barra pesada pros mais novos...

– Não se preocupe, vamos nos tornar os mais fortes, mesmo eles sendo novinhos! – Ko sorriu.

– Piratinhas mirins? E você está incentivando, seu cozinheiro idiota... Vou ter que mata-los antes que causem o caos! – O marinheiro apareceu, foi andando até onde as crianças estavam, as segurou pelo braço enquanto elas gritavam e sorriu.

– O que está acontecendo? – Yusuji falou confuso.

– Solte as crianças, ou vai se ver comigo! – Muchimaru jogou o cigarro no chão, pisou nele, olhou bem sério para o homem e rangeu os dentes.

– Se encostar em mim, o Capitão Yowai vai se zangar... Você sabe como ele fica estressado, ainda mais quando mechem com um de seus subordinados! – O marinheiro falou sorrindo de canto.

– Não ligo... Se encostar nessas crianças, vou... – Muchimaru não pode terminar de falar, porque o marinheiro começou a gargalhar alto.

– Eles vão ser piratas, já esqueceu o que os piratas fizeram pra você no passado?

– Não... Claro que guardo rancor, mas não vou deixar você machucar meus amigos! – O cozinheiro abaixou a cabeça e apontou para o marinheiro. – Não vou te perdoar se fizer isso...

– Me perdoar... – Riko começou a gargalhar alto, zombando do cozinheiro. – Você faz ideia do que disse? Não tem poder de batalha, é só um cozinheiro arrogante.

– Você é um marinheiro, deveria arrumar um lugar para essas crianças morarem e não matar elas por nada. – Kensuke falou irritado, se lembrando de quando era um garoto de rua também.

– Você por acaso é um marinheiro? Não, é só um garçom que nem trabalha! – Riko respirou fundo.

– Não somos garções... Nem mesmo somos dessa ilha! – Kensuke retrucou.

Yusuji foi caminhando de cabeça até onde o homem estava, quando ficou de frente para ele, levantou a cabeça e gritou:

Somos piratas...

Nesse instante ele deu um soco no homem, fazendo-o cambalear para trás, sem soltar as crianças.

– Você vai ver... O Capitão Yowai vai te matar, espere só! – Riko saiu correndo sem soltar as crianças.

– Mande-o vir, eu e meus dois companheiros, vamos chutar a bunda dele! – Ele sorriu de canto.


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Notas finais do capítulo

Gostou, desgostou? Comenta ai sua opinião, ela é sempre bem vinda!