One piece - New Generation escrita por haroPXG


Capítulo 6
Lembranças do passado


Notas iniciais do capítulo

De volta com um novo capitulo, podem começar a ler a partir do já...
hehe', já :3



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Kensuke e Uragiriko estavam correndo um na direção do outro, quando ficaram de frente para o outro, o ruivo acertou os dois punhos na barriga da mulher, eletrocutando ela. Só que ao mesmo tempo, ela acertou o machado no ombro direito de Kensuke, fazendo um corte fundo.

O garoto caiu de joelhos, pôs a mão no ombro para tapar o sangue, sentiu sua mão ficar encharcada de sangue, seu sangue, estava fluindo depressa como uma mini cachoeira.

Riariairiariai – Ela gargalhou, passou a mão na barriga, massageando. – Seu soco dói, cheguei até mesmo a sentir uma corrente elétrica dentro de mim. Não importa, porque agora, eu vou te matar! – Ela levantou o machado até ficar bem alto, quando abaixasse os braços, o ruivo perderia a cabeça.

– Não vou morrer aqui... – Kensuke começou a se lembrar do irmão. – Ele não teria orgulho de mim.

Flashback on:

Em uma tarde de segunda, um homem alto, musculoso, cabelos negros e com as roupas sujas de sangue, saia de um bar, completamente bêbado. Em sua mão, estava uma garrafa de sake, e na outra seu próprio cinto.

O homem andava cambaleando pela cidade, entrou em uma casa de madeira. Lá tinha uma mulher, sua esposa. Ela tentou tirar a garrafa e o cinto de suas mãos, mas, o homem bêbado, deu um chute em sua barriga, fazendo-a cair no chão.

– Mamãe... – Um garoto ruivo de seis anos foi até a mãe, tentando ajuda-la.

– Garoto, vai lavar minha blusa. Está suja de sangue! – O homem tentava falar, mas não conseguia, pois estava soluçando muito. Retirou sua blusa e jogou no pequeno garoto.

– Pai, você está bêbado... Para, por favor! – O garoto jogou a blusa suja do pai no chão, ajoelhou e implorou.

– Quer morrer moleque? – O homem bateu a garrafa de sake na parede, deixando vários cacos de vidro e bebida no chão, usou a parte que ficou em sua mão para amedrontar o filho.

O garoto se jogou para trás, foi recuando, estava tremendo de medo. Parou de se arrastar, pois se encostou ao sofá atrás dele, tentou escapar para os lados, mas seu pai bateu com sinto nele.

– Mãe, me ajuda! – O garoto gritava, implorando por ajuda.

Sua mãe se levantou, tentou parar o homem, mas ele disse que se ela fizesse algo, ele iria sair de casa, então ela parou, se virou, ficou apenas ouvindo o marido bater no seu filho de seis anos de idade.

Depois de horas batendo no filho com o cinto, o homem parou, pois seu cinto acabou por se desgastar demais e quebrou. Com raiva por seu único cinto estar quebrado e com sangue, o homem segurou o menino pelo pescoço, o levantou até ficar na altura de seu rosto, deu um soco no mesmo, fazendo seu rosto ficar com ainda mais sangue.

Depois jogou o ruivinho no chão, foi na direção de um cômodo, se jogou na cama de casal que tinha ali, e caiu em um profundo sono.

A mulher foi até o menino, o pegou no colo, o levou pra cozinha, o sentou em cima da mesa e foi pegar uma caixa de primeiros socorros.

– Mãe, porque não fez nada? – O garoto falava ainda chorando de dor.

– Não posso perder seu pai. – Ela dizia forçando um sorriso começou a cuidar dos diversos machucado que o garoto tinha na pele.

– Todos na cidade podem ouvir os meus gritos... Vou morrer assim! – O garoto falou como se já visse seu futuro morto.

– Não diga bobagens... Se todos ouvem seus gritos, não grite! – A mãe falou um pouco irritada.

O menino parou de falar, quando a mãe terminou de enfaixá-lo, ele foi pra sala, viu como ela estava cheia de cacos de vidro, sake e sangue. Ele já não aguentava mais, então abriu a porta, foi correndo na direção da floresta e nunca mais voltou.

Mesmo depois de um ano, ninguém saiu para procura-lo, nem mesmo sua mãe não havia procurado, nem por um momento um cartaz foi posto, a policia nem mesmo foi contatada. Depois veio a noticia que o pai deu por falta dele, arranjou briga com policiais e foi preso e a mãe não aguentou viver sem o marido, foi tentar o soltar, mas acabou sendo morta pelas forças da lei.

O garoto ficava triste ao se lembrar dos pais, das surras e de como era maltratado. Não fazia a menor ideia de como viver sozinho, mas felizmente um açougueiro o ajudava, dando algumas sobras de comida e alguns agasalhos velhos.

Ele também não tinha amigos, as outras crianças o odiavam por não ter uma casa e nem família.

– Quem disse que você pode ficar perto da gente?... – Um garoto de azul, o empurrou.

– É não queremos você aqui. Seu sozinho! – Outro garoto falou, desprezando-o.

– Só porque eu não tenho pais? – Kensuke começou a chorar, o que atraiu a atenção do garoto mais velho de todos ali.

– Ei, vocês fizeram meu amigo chorar! – Ele era loiro, alto e todas as outras crianças tinham medo dele.

As crianças começaram a tremer, saíram correndo gritando desculpas e chegaram até mesmo a chorar.

Kensuke enxugou os olhos, olhou para cima para tentar fixar o olhar no rosto do loiro.

– Quem é você? – Ele disse.

– Meu nome é Matt, você é meu amigo agora! – O loiro sorriu.

– Mas... – Kensuke gaguejou.

– Eu também não tenho pais... Se não quiser ser meu amigo vou entender, qual seu nome?

– Não tem pais? Não entenda mal, eu quero ser seu amigo! Meu nome é Kensuke. – O ruivo deu um sorriso enorme, maior que seu rosto até.

Passou-se mais anos, Kensuke passou a viver com Matt, eles eram inseparáveis, como irmãos. E isso foi oficializado naquele mês, quando Kensuke completou treze anos e Matt dezesseis.

O loiro começou a chamar Kensuke de irmão, o ruivo perguntava o porquê, mas Matt não respondia, até que um dia ele deu uma breve explicação:

– Eu não tenho pais. Você não tem pais. Somos amigos, somos irmãos! Discorda?

– Claro que não! – O ruivo ficou encantado, seus olhos brilhavam e tudo mais.

– Seu presente... Eu consegui em um jogo, era de um cara chamado Heir! – O loiro pegou uma caixa azul e jogou para Kensuke.

O ruivo segurou a caixa e a abriu, ficou muito feliz, seus olhos brilhavam mais, aquilo era dois socos-ingleses. O que o garoto mais gostava era lutar, isso iria o ajudar muito.

– Sabe Kensuke... Não me importa o que fará com isso! O mal é subjetivo. – Matt sorriu de canto, feliz pela felicidade de seu amigo. – E outra coisa, Heir disse que é feito de kairoseki.

Os olhos de Kensuke ficaram ainda mais brilhantes ao ouvir aquilo.

– Então não se importa que eu seja o navegador de um bando pirata? – Ele disse.

– Eu vou ser um revolucionário... Quero mostrar para as pessoas que esse mundo pode ser bom pra se viver, mesmo existindo tanto “mal”. Você não se importa né? – Ele perguntou, já sabendo a resposta.

– Claro que não!

– O mesmo pra mim, pode ser um pirata. Só prometa para seu irmão, que não vai morrer! – Ele ficou sério, então quando Kensuke prometeu, voltou a sorrir.

Três depois, Nobres chegaram à ilha, isso não parecia, mas era o fim dos irmãos. Pelo menos era o fim de um deles!

Matt... – Kensuke se jogou no chão, começando a chorar.

Mesmo assim, dois anos depois, Kensuke ainda estava vivo, ainda se lembrava de seu irmão. E vivia muito triste. Marcou a palavra “mal” no braço, em forma de tatuagem, para se lembrar de que tudo era culpa sua, quando na verdade nem era!

E mais um ano depois, ele conheceu um pirata que estava disposto a matar o atual líder, Kosuo, o nobre que comanda a cidade como se fosse um navio escravo.

– Rei... Interessante! Mesmo assim sou mais forte que ele, porque vou ser o rei dos piratas!

Aquelas palavras, na mente de Kensuke, eram um alivio. Ele amava a cidade mais que tudo. Além do mais, aquele pirata era semelhante ao seu irmão.

Flashback off:

A mulher então abaixou os braços em alta velocidade, mas antes de arrancar sua cabeça, o ruivo segurou o machado com a mão. Com a outra mão ele arrancou o machado das mãos da mulher, o jogou longe e começou a dar múltiplos socos nela.

Aquela eletricidade de antes se repetiu, e devido à velocidade e aos golpes repetidos, estava ainda mais elétrico.

– Eu vou te eletrocutar, com meus punhos de kairoseki! Denki... No burasuto (Explosão de eletricidade)! – Kensuke continuou com os socos, que eletrocutaram a mulher, deixando-a queimada.

Ele parou quando ela já estava inconsciente, se jogou para trás, colocou a mão no pescoço e gritou:

Eu vinguei sua morte, irmão!

Osoroshī estava ali, ouviu a frase do ruivo, percebeu que tinha errado em acusa-lo. Saiu correndo para a cidade chorando e se sentindo um idiota.


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Notas finais do capítulo

Gostou, desgostou? Comenta ai sua opinião, ela é sempre bem vinda!