– Nos encontramos de novo Noriyuki! – Yutaka deu um sorriso de canto.

– Quem é ele, Mestre? – Yusuji apontou para Noriyuki.

– Não sou seu mestre... Esse é o líder da P.T, Perfect Thefts, a maior organização criminosa do East Blue. – Yutaka terminou de explicar, foi correndo na direção de Noriyuki.

O homem atirou cinco vezes, mas Yutaka desviou de todas as balas quando chegou perto desmaiou.

– Finalmente aquele tranquilizante fez efeito! – Aiko suspirou enquanto parava de tremer de medo.

– Ele desmaiou... Agora é comigo! – Yusuji começou a correr na direção do homem e de seu filho.

Noriyuki atirou duas vezes e percebeu que estava sem munição, ficou assustado, fechou os olhos, não sentiu nada, mas ouviu um grito, abriu o olho e viu seu filho encostado na parede que estava a mais ou menos 1 metro atrás deles, devido a um soco que levou de Yusuji.

– Filho! Você me paga! Homens matem-no. – Noriyuki gritou estrondando o navio.

Em minutos todos os seguranças do navio estavam ali atacando Yusuji com espadas, atirando com carabinas, socando e tudo mais. Era facil para o garoto desviar e contra-atacar, mas ter que proteger Yutaka que estava caído, já era demais, ele não conseguia. Por isso decidiu pegar o garoto e sair dali por hora.

– Ai, ai... Odeio fugir de uma boa briga! – Yusuji falou, tentando suportar o peso de Yutaka nas costas enquanto corria.

– Ei seu fracote... Coloque-me no chão! – Yutaka berrou.

– Saiba que só esta vivo por que eu te trouxe nas costas! – Yusuji colocou Yutaka no chão sem mais delongas.

– Eu não iria morrer, não sou fraco igual você! – O garoto sorriu debochando. – Você mal conseguiu lutar lá.

– Se não está satisfeito com minha força, me treine! – Yusuji sussurrou um tanto quanto irritado.

– Vou fazer isso! – Yutaka falou bem sério. – Você não vai se tornar forte se for fraco!

– Isso é o obvio... Mas tudo bem, eu aceito que você treine! – Yusuji riu.

– Você não pode aceitar pois você que pediu, eu estou aceitando. – Yutaka corrigiu.

– Mas antes você pediu... – O moreno retrucou.

– Antes eu afirmei, não perguntei! – O garoto apontou sua kukri para cima e em minutos apareceram corpos no chão.

– O quê? Quem são eles e o que fez isso? – Yusuji falou surpreso.

– Eu fiz isso, usando uma habilidade minha, eu posso matar e movimentar corpos em menos de um minuto... Nem tenho akuma no mi nem nada! – Yutaka contou vantagem.

– Me ensina? – Yusuji pediu com os olhos brilhando.

– Desculpa fracote... Você não iria conseguir, é de família! – Yutaka colocou a mão na cabeça de Yusuji e sorriu.

– Ah pai, eles acabaram com todos os nossos guardas! – Aiko chegou onde Yusuji e Yutaka estavam.

– Aiko... – Yutaka sorriu, foi correndo na direção de Aiko, fez um corte de cima para baixo que o partiu no meio.

– Você o matou! – Yusuji gritou bem assustado.

– Quem matou... Quem? – Noriyuki gritou desesperado ao ver o filho partido ao meio.

– Agora sua vez! – Yutaka sorriu, foi andando até Noriyuki, mas recuou quando sentiu uma pontada no coração, desmaiou em seguida.

– Irei me vingar... Vou matar os dois! – Noriyuki gritou, pegando dois formões que estavam na parede.

O homem correu na direção de Yusuji, fazendo várias tentativas de furar o garoto, que desviou todas às vezes.

Yusuji chutou uma das mãos de Noriyuki, assim jogando o formão para cima, o garoto esticou a mão e o pegou. O homem deu um golpe com seu formão, que se chocou contra o que Yusuji pegou, quebrando o do garoto no mesmo instante.

– Eu só pego as ruins! – Yusuji reclamou.

Noriyuki continuou com as tentativas de furar Yusuji, até que conseguiu fazer um corte de raspão no garoto, espirrando sangue em Yutaka.

– O quê... O que aconteceu? – Yutaka abriu os olhos, viu que Yusuji foi ferido, se preocupou e gritou para ajuda-lo. – Yusuji, use a meitou Reichō-rui no Kasai.

– Usar quem? – Yusuji ficou confuso, mas não parou de desviar.

– A katana vermelha, use-a. – Yutaka continuou a gritar.

Yusuji assentiu, puxou o embrulho, o rasgou em segundos, retirou a katana da bainha e sentiu sua mão queimar. Ignorou a dor, e chocou sua katana contra o formão de Noriyuki. O formão dele virou migalhas, logo depois Yusuji arrancou a cabeça do mesmo, chutando o corpo em seguida.

– Ah, minhas mãos! – Yusuji se ajoelhou, colocou sua katana ao seu lado e assoprou as mãos.

Yutaka se levantou, guardou sua kukri nas costas e foi andando na direção de Yusuji.

– Bom trabalho, conseguiu usar! – Ele sorriu.

– Mas arde... – Yusuji pegou na katana outra vez e não sentiu nada. – Espera, parou!

– Hehe’. – Yutaka deu um sorriso fraco. – Agora você controla ela!

– O que você havia falado sobre leite quente de canhão (foi o que Yusuji entendeu)? – Yusuji coçou a cabeça, guardou a katana na bainha e colocou na cintura.

–Meitou Reichō-rui no Kasai seu idiota! – Yutaka passou a mão no rosto.

– Tá, mas o que é isso? – Yusuji continuou confuso.

– O nome dessa katana ai, babaca! – Yutaka puxou a orelha de Yusuji. – Vamos logo sair desse navio, antes que a marinha chegue!

– É mesmo... Não posso ser capturado, ainda não tenho recompensa! – Yusuji correu na frente.

– Espera. – Yutaka correu atrás, o alcançando no lugar onde fica os botes salva-vidas.

– Vamos em qualquer um. – Yusuji pulou em um, foi logo abrindo o compartimento de suprimentos, pegando uma barra de doces e comendo.

– Idiota... Duvido que um fracote burro igual você consiga chegar à próxima ilha, por isso... Vou te levar, e te treinarei lá mesmo. Agora estou com vontade.

Yusuji pegou o resto do suprimento, colocou tudo na boca e gritou com a boca cheia: – É isso ai!

...

Um ano depois.

Yutaka estava vestindo roupas pretas, tais como uniforme da marinha, só que de cores diferentes.
Yusuji estava vestindo uma calça preta, uma regata da mesma cor, um pequeno haramaki vermelho e sua katana presa ao haramaki, assim como Zoro faz.

– Yusuji me ataque! – Yutaka sorriu.

– Agora Mestre? Tenho que partir agora. – Yusuji lembrou do dia que saiu de sua vila, já fazia um ano.

– Não dá tempo nem para um ultimo treininho? – Yutaka se decepcionou. – Está bem, não vou ver você partir. Tome isso e vá embora! – O garoto de preto jogou algo para Yusuji, que segurou firme.

– Um Den-den mushi gravador... Obrigado! – Yusuji sorriu, se despediu e foi correndo para o porto.

Chegando ao porto, pegou um barco pesqueiro que viu, subiu nele e começou a boiar pelo oceano a fora.