Paixão Perigosa escrita por mich


Capítulo 7
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Notas iniciais do capítulo

Oi gente, obrigada á Mins que comentou o cap anterior!
se tiverem comentários suficientes e alguns favoritos eu faço um capitulo Bônus com o cast da fic!
Um beijo pra quem tá acopanhando até o próximo
Boa Leitura.



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Entrei um tanto espantada com o tamanho da casa, apesar de ser uma ‘’casa dos fundos’’ era o tamanho da minha casa e mais um pouco, o lugar era arrumado e clássico como se tivesse sido construído á muito tempo, por mais que parecesse um lugar digno de gente rica, ainda me dava calafrios como se alguma coisa muito importante e misteriosa tivesse acontecido ali.

–O que acharam? – perguntou a sra. Campbell, me tirando dos meus pensamentos.

–É perfeito – respondeu minha mãe com um sorriso de orelha á orelha.

–Que bom que gostaram, para comemorar vamos fazer um jantar de boas vindas hoje á noite, estejam prontos ás sete, peço para Luke vir chama-los, até mais tarde – ela saiu dando um abraço na minha mãe e acenando para mim e Nathan.

Minha mãe fechou a porta e se virou para nós para ver as nossas reações. O sorriso murchou ao ver minha cara.

–O que foi filha?... Olha Hanna eu sei que vai ser difícil para você ter que mudar de casa assim tão de repente e ter que olhar para o outro lado da rua todo dia e ver a casa que viveu a vida inteira... Mas foi isso que conseguimos agora e vamos aproveitar o máximo possível à hospitalidade dos Campbell, pode ser? Por mim Hanna. – ela disse e olhou fundo em meus olhos.

–Claro mãe, me desculpe ok, só estou me acostumando aos poucos. Já até me sinto em casa. –menti.

Um lampejo de felicidade parou em seus olhos. Ela riu.

–Estou tão feliz, é a primeira vez que me sinto segura desde que tudo aconteceu. –seus olhos já enchiam de lágrimas.

–Ah mãe, eu também quero que fiquemos bem e em segurança, eu vou cuidar de vocês ok. – disse Nathan abraçando nós duas.

–Tá , já fizemos cena o bastante, qual é a gente vai entrar para uma novela agora? – disse me soltando do abraço de Nathan, fazendo-os rir.

–Ah, para aproveitar a cena digna de novela, queria dizer que arrumei um emprego. – disse Nathan esperando nossa reação – Hm, eu vou trabalhar com o Hank na oficina, e aí oque acharam?

–Eu acho perfeito Nath! – eu disse feliz por ele.

–Eu acho precipitado – disse minha mãe.

–Qual é mãe!! Vai ser ótimo ter alguma coisa pra fazer antes da faculdade, e obrigado Hanna.

–Tá bom, você está certo, mas, por favor, tenha cuidado, e tenha certeza de que não vai se desviar dos estudos. –disse ela em tom cuidadoso.

–Valeu mãe. – ele falou entusiasmado.

–Tá gente eu tenho dever pra fazer e uma casa para vasculhar, vou procurar meu quarto e depois fazer um tour pela casa. - disse eu saindo na direção da escada.

–Ok vou com você. - Nathan falou me puxando pelo braço escada á cima

–Ei, qual é o problema? – disse me soltando de sua mão assim que nos afastamos o suficiente da sala, o que foi muito difícil, porque como eu disse várias vezes Nathan é maior e mais forte.

–Vai dizer que você não percebeu? – ele arqueou as sobrancelhas.

–Dá pra facilitar? – franzi o cenho.

–Qual é, quando pisei neste lugar senti um troço estranho, não sei o que foi, mas tem algo errado. E também desconfio dessa ação ‘’solidária’’ do Frank de nos deixar ficar aqui, ele nunca foi um homem dessas coisas. – ele me soltou.

–Eu também senti um ‘’troço’’ estranho - fiz aspas com a mão e abri a porta do que seria meu futuro quarto - e também me sinto insegura em relação o Frank, a mamãe não vê isso, pois está encantada com a possibilidade de começarmos uma vida nova, acontece que eu não posso continuar a seguir uma vida se não descobrir que droga aconteceu com meu pai!

Nosso pai esqueceu Hanna, não é só você que sente isso, só porque estou sorrindo o tempo todo não significa que não pense nisso, ele também era meu pai ok, mas eu tenho que continuar minha vida, e vou descobrir o que aconteceu ok. – ele falou aquilo com tanta convicção que me peguei olhando para ele e vendo meu pai lá no fundo.

–O que foi? –perguntou ele vendo minha cara.

–Nada... É só que... você falou igual ao papai quando perdia um jogo de sinuca- falei sorrindo com a lembrança.

–Idiota – ele falou rindo

–Ei, parece que minhas coisas já estão no quarto, você e Luke foram bem eficientes. – eu reparei que meu quarto já estava nos conformes.

–Ninguém é páreo para meus músculos – ele disse dando um beijo nos braços - mas Luke que me orientou mais ou menos onde colocar as coisas, ele até colocou algumas fotos na mesma ordem da sua cômoda lá em casa, sério, se eu não o conhecesse desde pequeno acharia que ele ainda é afim de você.

–Ainda? – perguntei meio confusa.

–Qual é vai dizer que você nunca sacou que ele era afim de você? Vamos deixar isso pra lá – disse ele sentando na minha cama – Ele cresceu e tem namorada, você cresceu e virou você! – percebi o sarcasmo na sua voz e peguei o travesseiro mais próximo e consegui acertá-lo na cara.

–Besta! – eu disse me sentando ao seu lado na cama.

–Ei, qual era o problema com você mais cedo? Aconteceu alguma coisa na escola? – perguntou Nathan num tom de preocupação.

–Não, é só que meu dia estava incrível, até que o sr. Gonzáles fez do Luke meu parceiro em matemática. – disse em voz baixa.

–Sério? Aquele professor é meio sem noção, mas é uma chance pra você voltar a falar com o Luke. – ele arqueou as sobrancelhas.

–Sem chance – completei rapidamente.

–Ok, você que sabe, bem, vou achar meu quarto – ele apontou para a porta com o dedo polegar. Me deu um beijo na testa e saiu.

Olhando em volta fiquei repassando meu dia, como pôde ter acontecido tanta coisa em tão pouco tempo, e quando falo assim me refiro á tudo em minha volta. A morte repentina do meu pai, nossa mudança súbita para a casa dos Campbell, e agora minha mãe queria que eu me acostumasse àquilo e seguisse uma vida normal, tendo que viver com o Luke, que me fazia sentir sensações estranhas, não sabia se era boa ou ruim isso ainda teria de descobrir.

Presa naqueles pensamentos adormeci, lentamente entrando num sonho frio e sombrio

Estava escuro e chovia, minha visão estava turva, minha mãe ia detestar que eu pegasse um resfriado na primeira semana de aula, mas aí me lembrei de estar deitada na cama e adormecer, aquilo era um sonho. Vi um cara de casaco preto e perfume de hortelã passar por mim correndo, reconheci o cheiro e o segui, ele corria depressa olhando para trás á cada minuto, temendo estar sendo perseguido, por incrível que pareça ele parecia não me ver.

Ele ainda corria virou bruscamente em um beco escuro olhando para trás pude ver cabelos castanhos e olhos verdes que reconheceria até debaixo d’gua. Meu pai.

–Pai?! –olhei novamente confusa – PAI! Eu estou aqui!- fui correndo na sua direção, mas ele parecia não me ver - Pai eu senti sua falta, volta pra mim pai! – quando fui tocá-lo minha mão atravessou seu braço como névoa.

Ele me olhou aturdido, eu via medo em seus olhos, muito medo, queria confortá-lo e leva-lo de volta comigo para ele me acalmar como sempre fazia, mas seus olhos não estavam nos meus, estavam atrás de mim. Tentei fazer força para virar o corpo e ver o que ele estava vendo, mas meus pés pareciam chumbo, colados ao chão.

–Não, por favor, não faça isso! – ele implorava desesperado. - NÃO! – ele deu um grito estridente e tudo desapareceu.

–Acorda Hanna, já são 6 horas temos um jantar ás sete lembra? – Nathan me sacudia pelo ombro.

–Hmm, cai fora – disse com a voz embriagada de sono, em parte por conta do sono horripilante que tive.

–Vou contar até três pra você se levantar ou vou sentar em você! – ele ameaçou em um tom confiante, mas não estava afim de papo então coloquei um travesseiro sobre a cara.

–1, 2,3 – ele falou rapidamente mas antes eu protestasse a trapaça dele senti um peso equivalente á um cofre sobre minha barriga.

–Eu avisei maninha, se você não se levantar eu posso dar uns pulinhos – ele ria enquanto eu ficava vermelha por causa do peso.

–Arrrgh! Socorro sai de cima de mim seu mamute – eu esperei que ele saísse como não ouve resposta me rendi – Tá booom, já to saindo. – senti o peso se esvaindo aos poucos, mas não antes de dar um pulinho na minha barriga.

–Seu filho de uma...- parei lembrando que éramos irmãos.

–Hmmmm, continua... – ele cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas.

–Sai daqui! – joguei um travesseiro em sua direção, que bateu inutilmente na porta ao seu lado.

Assim que ele saiu enfiei o rosto nas mãos, me lembrando de cada detalhe do sonho, parecia tão real, o cheiro, a chuva que caía o arrepio que senti quando vi o medo nos olhos do meu pai. Parei de pensar quando ouvi o barulho dos saltos altos da minha mãe.

Meu quarto era uma suíte, o que significava não ter que dividir o banheiro com Nathan, oque para minha já era um alívio, entrei tomei um banho que durou quase meia hora, queria que a água levasse embora tudo o que havia acontecido nos últimos tempos incluindo o sonho.

Quando saí eram 6:30, me vesti apressada, coloquei um vestido curto um pouco rodado preto e saltos altos, depois bastante lápis nos olhos me declarei pronta e pude ouvir Nathan bufar do outro lado do corredor.

–Que foi? – perguntei

–A mamãe disse que eu tenho que usar essa droga de gravata, mas não consigo colocar – vi sua cara de desanimo me encarando – Uau, você está bonita patinha. – ele riu

–Você também mamute – eu disse enquanto dava um nó na sua gravata.

–Valeu, caraca estou mais gato ainda com essa roupa! – ele falou se admirando no espelho.

–Ha-ha ! Na verdade tá parecendo que você está de coleira – falei virando as costas, senti seu olhar me fulminando pelas costas.

Desci ás escadas á procura da minha mãe, não á encontrei na cozinha, quando ia em direção ao seu quarto a campainha tocou, abri porta e encontrei Luke com o braço encostado ao pedestal da porta com uma roupa de grife formal. Ele estava lindo, nos seus olhos vi um brilho estranho, mas descartei qualquer possibilidade.

–Ah, oi...Hanna eu vim...Hmm, chamar vocês, quer dizer...minha mãe chamou – ele disse gaguejando – Porra, você está uma gata! – ele falou arqueando as sobrancelhas, eu ruborizei e me odiei por isso.

–Ahh...obrigada! A gente já tá indo! – bati a porta com força, e me encostei a ela, por que estava suando?

–Quem era? – perguntou minha mãe do alto da escada, estava com um vestido preto e cabelo preso á um coque.

–Ahh...era o Luke! Você está linda mãe.

–Obrigada filha, vamos Nathan está na hora. – ela falou

Seguimos os poucos metros que separam a ‘’nossa’’ casa da de Luke, a casa parecia mais um castelo do século XIX, já tinha ido lá inúmeras vezes mais ainda me assustava com o tamanho da casa. Encontramos os Campbell na sala de estar, nos receberam muito bem, não via Frank desde o enterro do meu pai, ele parecia mais magro, mas achei que era consequência da idade. O jantar foi chique, cheio de entradas e petiscos, depois o prato principal, tudo uma fartura. Evitei ao máximo encontrar o olhar de Luke a noite toda, mas na hora da despedida não pude escapar, não podia arrumar encrenca aqui.

–Até mais Hanna, obrigada por vir – ele se aproximou para um gesto falso de despedida e sussurrou no meu ouvido – Não pense que me esqueci do beijo, você se esqueceu? – meus pelos se eriçaram e me contraí como ele pôde?! Me recompus, ele não ia sair ganhando.

–Como me esqueceria? Meu cachorro Spoky sabe fazer melhor – sussurrei de volta.

–Você não tem um cachorro chamado Spoky! – ele me fitou com uma expressão indecifrável.

–Exatamente. – disse e saí. Ao me virar para acenar, vi seus olhos fulminado de raiva.

Satisfeita cheguei em casa e me joguei sobre a cama, enquanto olhava para o teto repassando aquele momento em minha mente senti meu celular vibrar no meu bolso. Olhei e não reconheci o número.

–Alô? – atendi

–Oi, é a Hanna? – perguntou a voz

–É sim, quem é? – juro que não reconheci sua voz

–Olá senhora representante! – disse a voz animada. Era Thomas. – Não reconheci sua voz no telefone.

–Nem eu a sua, espere, como conseguiu meu número? – perguntei intrigada.

–Não é difícil descobrir o número da representante de classe do segundo ano! – disse Thomas num tom brincalhão – Só pra saber, o que vai fazer agora?

–Hmm, nosso dever de física e algumas tarefas e depois, cama! – disse num tom cansado.

–Não quer sair pra comer alguma coisa? – espera ele estava me convidando pra sair?! Eu não podia aceitar de primeira como dizia a revista da minha mãe, ele ia achar que sou carente demais. Não que eu me importasse.

–Não dá mesmo acabei de vir de um jantar, tenho muita tarefa, e me mudei hoje então estou muito cansada. – eu respondi

–Que pena, mas não vai ficar assim, pode ser amanhã? – pensei um pouco.

–Ok! - não queria parecer empolgada demais.

–Beleza! Te apego ás sete Anjo! – ouvi um sorriso do outro lado da linha, e ele desligou.

–Combinado! Eu disse para mim mesma depois de pensar no que estava fazendo depois de tudo que passei! Mas eu podia fazer isso, tinha o direito, não tinha?


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?desculpe qualquer erro ortografico!
beijos ate o próximo *----*



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