POV TEDDY

Depois de uma certa dificuldade e de ter que usar minha autoridade como professor(ajudante) consegui chegar a beira do lago, mas precisamente atrás de Rose, Scorpius, Dominique e Lily Evans. Eles, assim como a multidão olhavam ora rindo, ora boquiabertos para a cena a frente. Exatamente acima do meio do lago estavam pendurados seis jovens, ou pelo menos parecia isso, todos de cabeça para baixo por causa do Leviscorpus. Eles estavam cheios de furúnculos pelo rosto e pareciam ter sofrido algumas transfigurações já que uns tinham bicos de pato, outros rabos de macaco, outros galhadas e outros narizes de porco. Além disso, os seus dentes e unhas estavam maiores do que o normal, todos tinham cabelos longos e coloridos e estavam vestidos com fantasias de sereia, com longas caudas brilhantes. Longo acima deles estava um letreiro cheio de luzes que dizia: Pense antes de mexer com um Potter, o que me dava um idéia dos responsáveis. Por toda a borda do lago ainda tinha umas espécies de máquinas de tiro ao alvo, que atiravam bombas de bosta, e quem quisesse podia se divertir atirando nos meninos flutuando.

Me virei um pouco ao ouvir gargalhadas e logo vi James, Alvo, Lily, Hugo e os Marotos chegando até nós rindo feito doidos mas com um misto de orgulho e satisfação no rosto.

_ Vocês são realmente uns idiotas. – digo quando eles chegam. Os marotos me olham intrigados como se esperassem uma bronca. – Fazem isso e colocam o nome de vocês brilhando? Vocês sabem que não devemos cometer esses deslizes em marotices!

_ Mas não foi uma marotice, foi vingança, e isso muda tudo. – Alvo explica enquanto os Marotos me olham animados.

_ Ah, foram eles que bateram em você? – pergunto observando Marlene McKinnon atirar duas bombas em cheio no estomago de um dos meninos.

_ Sim. – Alvo responde e percebo que ele e os outros apontam discretamente a varinha para os garotos, os mantendo no ar.

_ Mas, eles não sabem que você é um Potter Alvo, e nem podem saber. – digo franzindo a testa pro letreiro.

_ Já pensamos nisso. – James P. diz. – Se tivermos que explicar diremos que eu me vinguei porque Alvo é meu amigo, e porque eles falaram mal de nós e da Lily.

_ Ok... – afirmo rindo. – Só tomem cuidado. Mas, na minha opinião, foi uma ótima vingança... De quem foi a idéia das perucas e das fantasias de sereia?

_ Minha. – Lily responde rindo. – Foi uma idéia boba mas, não tinha mais o que fazer. E eu achei que ia combinar com o final.

_ Que final? – pergunto curioso.

_ Esse. – James S. diz quando olha para o castelo. Os professores vêm em grupo em direção ao lago. Com um único movimento os meninos soltam suas “vítimas” no lago gelado e James e Alvo somem com as armas de bomba de bosta e com o letreiro.

_ Realmente tenho que dar os parabéns pela agilidade. – eu digo boquiaberto.

_ Obrigado Teddy, mas eu já sei que sou demais. – James S. diz rindo no momento que vejo minha loira andando apressada até nós.

_ Sinceramente, precisava de tudo isso? – ela exclama olhando perigosamente para os meninos. – Eu estou a par da situação e da vingança mas... os meninos quase se afogaram até a Minerva fazê-los boiar....

_ Eles não se afogaram? – Hugo indaga com clara decepção da voz. – Achei que as caudas de sereia purpurinadas iam levá-los direto pro fundo do lago...

_ Não Hugo, não queríamos matar eles. – Alvo diz recebendo um sorriso de aprovação de Vic. – Nós planejamos vinganças pro resto da semana, se eles morressem agora seria muito sem graça! – eu seguro o riso ao ver a cara de Vic em choque enquanto Lily E. e os outros se aproximam de nós.

_ Brilhante, mas meio cruel. – Lily E. comenta dando um selinho no seu futuro marido e abraçando o ombro de Lily, sua neta.

_ Sinceramente, vocês foram idiotas em por o letreiro, a culpa vai cair em James. Mas os professores sabem que existem outros três Potters. – Rose diz displicente. – VocÊs serão punidos.

_ Não quando contarmos tudo. – James S. diz dando de ombros.

_ O que aconteceu não justifica! – Vic diz recuperando o choque. – Pensei que fosse mais responsáveis, imaginem os danos que essa brincadeira pode causar no futuro! Foi algo muito grande e perigoso e vocês não pensaram! Porque está com esse sorriso Black?

_ Porque eu não consigo levar bronca de alguém tão bonito e ficar sério! – ele responde e eu fecho a cara.

_ Ei, maneira aí Sirius. – digo abraçando Vic. – Essa loira já tem dono! E ela é 40 anos mais nova que você.

_ Detalhes... – Sirius comenta rindo.

_ VAMOS, TODOS PARA A AULA! – os professores começaram a gritar e eu e Vic fomos ajuda-los mandando a multidão de volta ao castelo para o jantar. Aqui e ali eu ouvia alguém parabenizando os marotos e os outros que pareciam ter se separado na multidão para despistar. Não por muito tempo.

_ Ei Teddy! – ouço me chamar e me viro vendo Lily Luna correr até mim.

_ Que foi Lilu? – pergunto abraçando ela pelo ombro e me dirigindo ao castelo.

_ Nada, eu... só queria saber um pouco sobre um feitiço... Somente para fins acadêmico é claro. – ela responde com um sorrisinho falso de anjo que eu conheço bem.

_ Ook, vou fingir que acredito no última parte porque fiquei curioso... Qual feitiço?

_ Hãm, é o ... fogo maldito. – ela diz rápido se encolhendo a espera da minha resposta que não vem rápido, Eu primeiro a encaro me perguntando o porque dela querer saber sobre esse feitiço que é extremamente complicado e perigoso, eu mesmo que sou professor não me atreveria em lança-lo.

_ Porque o interesse? – pergunto cauteloso e ela se afasta um pouco.

_ Nada, já disse. Eu só queria saber como é sabe? Qual é o encantamento e como controlar. – Lily responde torcendo as mãos.

_ Lily, esse feitiço é perigoso, muito perigoso, não tem porque eu te falar essas coisas se você só tem curiosidade. É só curiosidade certo? – digo levantando as sobrancelhas e ela faz um bico cruzando os braços sobre o peito.

_ Ok “professor”, tudo bem, tranqüilo... Mas da próxima vez que eu tiver uma curiosidade eu vou procurar alguém mais qualificado! – e com isso ela dá meia volta e sai a passos firmes, vai entender!

Suspiro, passo as mãos pelos cabelos e olho meu relógio. Ainda dá tempo de tomar um banho antes do jantar. A Lily sempre foi uma menina muito curiosa e energética, só Merlin sabe como foi difícil controlar ela da última vez que eles voltaram no tempo, ela e os irmãos na verdade... Um dia eu ainda vou descobrir qual é o problema dos genes Potter, que sempre criam crianças inclinadas a problemas. Mas voltando ao fogo maldito, eu não via motivo para ela querer saber sobre aquilo, o feitiço além de ser considerado extremamente avançado era classificado como magia negra, o fogo, depois de conjurado facilmente saia do controle e poderia ser desastroso. Eu nunca ouvi falar de um fogo maldito feito corretamente desde Dumbledore, mas era Dumbledore! Meu padrinho até tinha nos contado sobre um cara que na batalha conjurou e acabou morrendo com o fogo... Mas isso foi na Sala Precisa enquanto eles caçam uma das Horcruxes então... AH CARA!

Dei meia volta e desci as escadas passando em seguida por uma passagem por trás de uma tapeçaria que mostrava três bruxas em um ritual maluco.

Saí no corredor da sala comunal da Grifinória e apressei o passo até o Retrato da Mulher Gorda.

Ah, Lily... Isso não, as Horcruxes não...

_ Senha?

_ Sei lá, eu sou professor abre!

_ Não, e até onde eu sei você é um professor “ajudante”. – ela retruca voltando a comer um maldito cacho de uvas.

_ Cara, Mulher Gorda, por favor... – suplico e ela ergue as sobrancelhas. Mas antes de eu suspirar o quadro se abre.

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POV JAMES SIRIUS

_ Anda James, quer ficar e se ferrar? – Alvo indaga me puxando para um dos corredores do segundo andar. Depois que nossa linda obra marota acabou no lago nós, os responsáveis, nos separamos... Cada um para um lado, cada um por si...

_ Não, e tire suas patinhas sonserinas de mim. – digo me soltando e pegando o mapa no bolso. – Filch está no hall, os professores estão no salão, e na sala dos professores, e o... CARA...Dumbledore está vindo para cá!

_ Vixi, bom eu vou embora. – Alvo diz puxando a capa e se cobrindo. – Até Jay...

_ Ei, volta aqui! A CAPA É MINHA TAMBÉM! – grito puxando ele.

_ Não essa semana! – ele afirma rindo e sinto ele puxar a capa de volta literalmente sumindo de vista. Maldito! Imagina se não fosse meu irmão!

Olho o mapa de novo e calculo a velocidade que eu vou correr para virar o corredor antes de Dumbledore. Ok, muito rápido. Começo a correr e em segundos chego até a escada descendo dois degraus por vez.

– Pronto, agora é só desviar na passagem da estatua perneta e vira no salão e eu chego no...

_ Senhor Petterson.

_ Ah CARAMBA! – grito parando em choque no corredor e encarando o velho de barba branca a minha frente. Dumbledore parecia estar andando casualmente ali se deliciando com... Aquilo é picolé? Certo, ele é maluco! – Diretor! O se-senhor me assustou, aparecendo assim... do nada.

_ Me desculpe James. – ele diz sorrindo e eu afirmo com a cabeça me recuperando do susto. – Parecia com pressa...

_ É... é que eu... Como você fez isso? Você, você aparatou? – pergunto curioso e fecho um brilho faiscar nos olhos dele.

_ Não sei do que está falando James. Aparatar em Hogwarts é tão absurdo quanto existir um mapa que mostra tudo que acontece no castelo... – ele responde calmamente e eu não seguro meu queixo, que cai totalmente de surpresa.

_ O...A....Que.... Puxa! Hãm... Então, o senhor... – gaguejo passando a mão pelos meus cabelos.

_ James eu gostaria que você e seus amigos envolvidos no incidente de agora a pouco venham ao meu escritório depois do jantar. – Dumbledore informa como se me convidasse para tomar chá de camomila e tricotar. – E depois eu gostaria de falar com vocês sobre... sobre seu pai.

_ Claro, tudo bem... – digo confuso e com um sorriso ele se vira e vai embora cantarolando. E aí se vai o grande e super poderoso Dumbledore, com um picolé e cantando sei lá o que... ta certo...

Depois de me recuperar do susto e me dirijo para a sala comunal da Grifinória e vejo que todos já chegaram e estão conversando, sendo interrompidos hora ou outra por alguém lhes parabenizando.

_ Nós devíamos causar assim mais vezes... Essa atenção é incrível! – Sirius exclama piscando para um grupo de meninas no canto que se enche de risadinhas.

_ Idiota! – Marlene exclama lhe dano um tapa e saindo do seu colo e se sentando ao lado de Hugo. – Você não tem jeito Black!

_ Leeene! Não vá... – Sirius geme se ajoelhando no chão. Marlene cruza os braços e vira a cara com desdém. – Por favor, eu te amo!

_ Se me amasse não ia ficar aí com piscadinhas e sorrisinhos para todo lado. Galinha imbecil! – ela exclama com a voz tremida. – Sabe, é melhor terminarmos, e quando eu morrer anos no futuro você nem vai sentir...

_ Eita, tenso! – Dominique exclama.

_ Não fale isso Lene, eu nunca vou deixar você, nunca vou me separar de você, mesmo que você queira! – Sirius diz ficando sério. – Nós vamos ficar juntos, e eu vou proteger você, e você não vai morrer! Eu te amo Marlene.

_ Sei... – ela murmura relaxando um pouco. – Bobo...

_ Ok, eu prefiro um : Oh, eu também te amo Sirius, mas esse bobo está bom por enquanto. – Sirius diz antes de puxar Hugo e se sentar ao lado de Marlene agarrando ela no sofá.

_ Qual é, tem crianças aqui! – James exclama tampando os olhos de Lils.

_ Vocês estão lindos se socializando assim mas eu tenho notícias. – digo me sentando no colo de Dominique que reclama e me empurra pro chão. – Dominique! Doeu...

_ Muito bien! – ela diz empinando o nariz. Eu me levanto rápido e antes de ela pensar lhe dando um beijo na ponta do nariz. – JAMES!

_ DOMINIQUE! – grito de volta e me sento aos seus pés rindo do rosto corado dela.

_ Hãm, desculpe interromper o momento romântico de vocês, mas as notícias... – Rose diz gesticulando com as mãos.

_ Que? Ah, é... – digo tirando a loira da cabeça. – Dumbledore quer nós ver depois do jantar, e com NÓS eu quero dizer as pessoas que ajudaram na paradinha do lago.

_ Se ferraram! – Rose exclama rindo satisfeita.

_ Chaaata... – Hugo comenta levando um tapa da irmã.

_ Viu só James, vocês exageraram! – Lily E. exclama olhando feio para meu avô. – Agora os nossos ne... nossos amigos e vocês vão levar uma detenção, ou SEREM EXPULSOS!

_ Relaxa Lirio, ta de boa... Se fosse a Minerva eu ia ficar nervoso, mas é o Dumbledore. – James diz dando de ombros.

_ Pessoas, vocês viram o Pedro? – uma menina loira pergunta meio afobada.

_ Não, e nem quero saber. – James responde nervoso. – E se achar ele, fala para não aparacer na minha frente Mia, senão eu mato ele.

_ Hãm, ok Potter... Tchau. – ela diz meio assustada e saindo apressada.

_ Faz tempo que não vemos o Pedro não é? Ele dorme cedo, acorda tarde... – Sirius comenta sombrio. – Vocês acham que ele já é... um comensal?

_ Não faço idéia. – Remo responde com a voz grave e nós entramos em um silencio pesado até sermos interrompidos denovo, dessa vez por um garoto moreno.

_ Oi... Lily Petterson? – ele pergunta sorrindo para Lily. – Eu posso falar com você?

_ Ah, claro... Július Markan certo? – Lily diz incerta e ele sorri novamente em resposta.

_ Isso, eu queria saber se você vai a Hogsmeade nesse final de semana, e se gostaria de ir comigo. – ele diz direto e reto. Que metido!

_ Bom, eu nem sei se vou... Posso te dar a resposta amanhã? – Lily responde meio corada e ele afirma com a cabeça lhe dando um beijo na bochecha e indo embora.

_ Não vá Lils, ele é um metido! – Lily E. minha linda vovó diz concordando com meu pensamento. – E beija mal..

_ E como a senhorita sabe disso? – James pergunta olhando feio para ela.

_ Como você acha? – ela pergunta revirando os olhos. – E desmancha essa cara porque você já beijou metade da escola!

_ Mas a Lily não vai com ele. – Hugo diz dando uma risada seca.

_ Como você tem certeza? – Lily pergunta cruzando os braços.

_ Ele é do passado esqueceu? – Hugo responde revirando os olhos.

_ Não Hugo, não esqueci! – Lily diz extremamente irritada. – E escuta aqui, ruivo, meus irmãos são enrolados, assim como minhas primas e você tem namorada! Eu quero alguém também, e não ligo no momento se ele for desse tempo!

_ Que..? Não viaja Lily, eu não disse nada parecido com isso e você NÃO pode namorar alguém aqui! – Hugo diz meio confuso. – NÃO dá!

_ Pois eu discordo! – ela exclama se virando e indo para a retrato da mulher gorda.

_ O que deu nela? – Hugo pergunta com a voz esganiçada.

_ Sei lá, véi... Mulheres são indecifráveis, garotas são estranhas, mas a Lily, a Lily é um caso mais sério. – eu respondo rindo. James concorda comigo e aponta para minha avó sussurrando: “é de família”, e leva um tapa.

_ Acho que eu posso entender a Lily, mas não cons... Teddy? Lily? – Rose indaga olhando os dois entrando. Teddy meio irritado e Lily contrariada.

_ Ok, senta aí. – Teddy diz empurrando Lily no sofá e se ajoelhando a frente dela. – Agora Lilu, eu vou ser bem direto. Você está querendo achar as Horcruxes?