DEATH NOTE: O Retorno de Kira 4ª Temporada escrita por Beyond B Nat


Capítulo 2
O Oculto


Notas iniciais do capítulo

Pros que achavam que eu esqueci do BB, TANRAM!! Tá aqui ele! Não sei o que vou colocar no próximo capítulo, então não vou colocar uma prévia dessa vez...

Curtam o capítulo e comentem ^^



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Num quarto pouco iluminado, Beyond andava de um lado para o outro pensando um pouco no diálogo que teve com "A" a muitos dias atrás...

–-FlashBack On--

– Você tem um Death Note, escreveu o meu nome para que eu morresse no dia 21 de janeiro de 2004 e depois apagou o meu nome com uma Death Eraser para que eu ressuscitasse já fora da prisão, estou certo? E também abdicou a posse do caderno mas manteve um fragmento para que ainda pudesse se lembrar, não é?

"A" começou a rir.

– Você deduziu isso tão rápido! Ha ha ha! Sim, foi isso que eu fiz. Era o único jeito de te tirar da prisão, você me seria útil para um plano.

– Conseguir um segundo caderno? Pra quê? Você pode escrever um nome no pedaço que tem para "chamar" o seu shinigami e recupera o caderno que tinha, que eu sei.

– Sim, sim. Mas o que eu planejo contigo não é simplesmente adiquirir o Death Note que você tem em mãos. Sabe, é melhor eu te explicar tudo desdo do começo. Desde Wammy's House.

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Wammy's House era um orfanato de crianças superdotadas, muito inteligentes. Todas elas eram nomeadas por siglas e nomes falsos, para que as pessoas que elas foram antes de irem para Wammy's não tivesse importância lá, mas a única que sabia o nome verdadeiro de todas, com exceção do diretor do orfanato, conhecido como Watarri, era Beyond Birthday.

Depois de L, Beyond era um dos mais inteligentes do orfanato, Assim como "A". Ambos eram colegas de quarto, uns dos primeiros a morar no orfanato, mesmo assim as personalidades deles eram diferentes, enquanto "A" era gentil com as crianças mais novas e brincava de fazer origamis para elas BB era indiferente e preferia se isolar, ficar sozinho, porém "A" sempre tentava dar um jeito para "tirá-lo da caverna".

Não se sabe se eles podiam ser considerados "amigos", mas um contava ao outro de vez em quando o que pensava, o que sentia... Aliás, "A" era quase o único que sabia do próprio B que ele tem olhos de shinigami.

Personalidades tão peculiares, um jeito próprio de se relacionar com as pessoas... Parecia que tudo sempre seria assim, até o dia que foi revelado a eles: Eles seriam os primeiros na lista de sucessão ao L. L começou a investigar ainda criança, e num caso a vida dele quase entrou em risco, então foi resolvido melhor decidir logo quem o sucederia caso algo acontecesse.

Ambos ficaram chocados. BB de um certo modo sentiu um pouco de raiva, quer dizer que o tempo todo que ele esteve lá foi só para ser um "cópia" do L?! B já testou um pouco da inteligência dele num jogo de xadrez e apesar de tudo, quase dando um empate entre os dois, um pequeno deslize fez com que B perdesse a partida.

Quanto ao "A", ele ficou extremamente surpreso com isso, ele não esperava, até não achava que não era tão inteligente quanto o B, mas ele estava na frente dele! Parecia de certo modo que isso o fez se alto pressionar. "A" mudou muito, começou a dar o máximo de si para melhorar, ser o melhor assim como o L, mas isso era um peso que caiu cada vez mais sobre ele, até que ele não aguentou mais.

Certo dia, a pressão e o peso o consumiu, ele acordou deprimido e quase não falou com ninguém. Ele andou no jardim do orfanato pensando " Não consigo... Não consigo... Não vou conseguir ocupar o lugar do L.". Ele estava se sentindo tão mal que era capaz de cometer uma loucura, era capaz de se matar para acabar com o seu mal.

De repente ele reparou algo perto de uns arbustos. "A" se aproximou e viu algo que parecia ser um caderno preto. "Quem deixou isso aí?" ele pensou.

No momento que tocou o caderno ele levou um susto, tá grande que ele quase foi capaz de gritar.

– Hi hi hi! Por que os humanos sempre reagem assim? Hu hu.

– O-o que...

– Pode me chamar de Shini, sou uma shinigami, hi hi.

"Shinigami?" "A" pensou. Beyond já mencionou essa palavra quando o falou que podia ver o nome e o tempo restante de vida das pessoas, então shinigamis realmente são reais?! "A" se recuperou do choque e perguntou:

– Por que você tá aqui?

– Por causa do caderno. Sabe, deixei ele cair aqui faz uns dias, mas ninguém o achou, aí eu tive que pegar de volta, mas aí, por acaso, você o achou bem na hora que eu já ia pegá-lo! Ha ha ha! Isso parece o destino!

– Destino... E o que você vai fazer comigo quanto o caderno.

– Nada. Bom, como você o achou, devo te explicar como ele funciona, não sou obrigada, mas eu quero.

– An?

– Tem um lugar para conversarmos?

"A" guiou a shinigami até o seu quarto e trancou a porta. Shini contou o básico do funcionamento do Death Note e um pouco sobre o contrato do olhos.

– Além disso tudo... - Shini pega de um saquinho uma espécie de borracha - Tenho isso.

– Uma borracha?

– Uma Death Eraser. Foi meio difícil eu achar uma por que muitos shinigamis não se interessam em usá-las. Se você apagar com ela um nome escrito no Death Note, se as condições forem favoráveis e ainda tiver tempo extra de sua expectativa de vida original, a pessoa volta a vida.

– O que? Praticamente ressuscita?

– Digamos que sim, hu hu.

– Qualquer shinigami pode usá-la?

– Sim. Não é como aumentar o tempo de vida de uma pessoa evitando a morte dela mantando outra.

– Hum...

– O que foi?

– Lamento dizer isso, mas eu sinceramente tava pensando em me matar, não aguento mais a pressão de ter de substituir alguém que eu não chego aos pés.

– Suicídio? Mas você não pode! Você tem muita coisa pra viver.

– Não quero que me diga se vou conseguir ou não, mas com esse caderno e essa borracha... Acho que posso fazer uma coisa.

"A" contou o que ele havia pensado e Shini concordou com o plano.

– Esse meu amigo com olhos de shinigami com certeza vai perceber algo se não ver a minha expectativa de vida, então, vou ter que abdicá-lo pra você. O resto eu conto contigo.

– Ok.

No segundo depois de "A" entregar o caderno à Shini sua expressão mudou, ele ficou com a mesma feição deprimida que estava antes de encontrar o caderno, tal momento que ele no momento não lembrava mais. Uns minutos depois ele ouviu a porta bater.

– "A"?! Você tá ai?! Por que você trancou essa porta?!

– Já vou abrir, B...

"A" Abriu a porta e Beyond entrou com uma expressão de raiva.

– Qual é a sua? Eu durmo aqui também, caramba!

– Desculpa...

B percebeu a expressão de "A" e nesse momento a sua mudou.

– Que cara é essa?

– Nada, é só que... Ai... Eu não aguento mais!

"A" Senta em sua cama.

– Isso tudo tá me enlouquecendo! Eu não consigo, Eu não vou conseguir substituir o L!

– Pô também não precisa exagerar.

– Não tou exagerando. Eu... Eu vou me matar.

– O que?

– É isso mesmo que você ouviu. Eu sou capaz de me matar só pra finalmente me sentir em paz. Eu não aguento essa pressão que estou fazendo em mim!

Beyond liberou um pequeno riso e "A" ficou irritado.

– Do que você tá rindo?!

– Deixa de ser melodramático, Allen, você não vai conseguir.

– O que?!

– Você vai viver muito tempo, convivendo com isso ou não.

– Isso é mentira!!

– É verdade.

– MENTIRA!!

– Você vai viver exatamente ** anos, **meses, ** dias, ** horas, ** minutos e ** segundos. Você não vai conseguir se matar, não agora.

"A" ficou em choque, como B pode ser capaz assim em dizer logo pra ele o tempo exato que falta pra ele viver. Logo pra ele, que tem alta capacidade em definir datas.

– Você vai ver... EU VOU TE MOSTRAR QUE VOCÊ ESTÁ ERRADO!!!

Allen saiu do quarto cheio de raiva. Beyond não o seguiu, ele sabia que "A" não ia conseguir se matar, isso estava claro com o que ele viu com seus olhos.

Um tempo depois ele decide sair do quarto pra procurar o "A". Já estava escuro, mas ele sabia bem a planta do local. Olhou em vários locais até que ele entra na cozinha, então, nesse momento, ele teve um choque.

"A" Estava caído no chão, com um frasco com um líquido transparente derramado no chão e não era só isso. Beyond não estava vendo a expectativa nem o nome dele.

– "A"? "A"?!!

Beyond pôs-se no chão junto ao corpo e começou a sacudir o rapaz, mas ele não acordava. Será possível? Será que ele se matou mesmo? Será que foi culpa dele? Se ele não tivesse dito o tempo de vida dele "A" não teria se motivado a se matar de vez?

– "A", acorde!! ACORDE, PORRA!! AAAA!!!

Algumas pessoas ouviram os gritos de BB e entraram na cozinha, algumas crianças vendo aquela cena ficaram chocadas, os funcionários do orfanato tentaram afastá-las para não verem a cena, mas era quase impossível evitar, "A" estava morto. L estava entre os curiosos do evento e este também ficou em choque ao ver isso. Watarry afastou Beyond do corpo. No momento do ódio, B olhou para L e gritou.

– A culpa é sua! ISSO TUDO É POR SUA CAUSA!!!

– Calma, B, você tá muito nervoso. - Watarri tentou acalmá-lo.

–--

Algumas horas depois do corpo ter sido recolhido, Allen acordou.

– Bem vindo de volta, hu hu.

– Oi, Shini.

– Então, como é o mundo dos mortos?

O plano todo ocorreu dessa maneira: Após "A" entregar o caderno para Shini, a shinigami escreveu "Allen Agnelli, morte pacífica. Deprimido devido os últimos dias, ele confessa ao amigo que possui olhos de shinigami que pretende se matar, mas esse amigo o diz que ele não vai conseguir e o revela o tempo de vida restante dele. Movido pela raiva de o ter sido dito isso, ele corre para a cozinha e juntando alguns produtos monta um veneno, antes de engolir o líquido ele morre."

Allen armou para que até mesmo Beyond acreditasse que ele tinha morrido, depois Shini tocou um pedaço do caderno dele para que ele recobrasse a memoria assim que acordasse e apagou o nome dele do caderno, assim ele acordou.

Depois de tudo, ele pode agir como um detetive. Não como L, mas como ele mesmo. Ele até mesmo ajudou Beyond a fugir da prisão em 2004, mas isso era para um novo plano que ele teve, um plano a partir do que ele descobriu sobre o Death Note e que novos detalhes foram vindo a partir do evento Kira.

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Após esclarecer tudo, Beyond deu um soco no ombro dele.

– Você é um completo filho da puta, mesmo!

– Ha ha ha! Não fique irritado, nem você podia saber que eu estava vivo. Mas, você topa me ajudar no plano? Em troca posso lhe fazer um favor antes.

– O que?

– Recuperar seu rosto.

–-FlashBack Off--

Beyond para um pouco e olha para o espelho sujo que ficava atrás da porta daquele quarto. Aos poucos ele tirou os curativos que revestiam o seus rosto e finalmente, depois de todos esses anos ele o viu novo, sem aquelas queimaduras. Ele deixou escapar um pequeno riso malicioso, não por que "Beyond Birthday estava de volta", mas por que o plano traçado por "A", que exigiu que B colaborasse, estava prestes a ser executado.

– Isso será interessante...


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