Mistério da Rosa escrita por Ma Black


Capítulo 4
Ajuda de Uma Pequena Atriz


Notas iniciais do capítulo

OE. Eu sei que demorei, me perdoem por isso.
MAAAAAAS a parte boa é que deu para escrever toda a fic. Tooooooda. Então de dois em dois dias, se os comentários aparecerem, porque não escrevo para fantasmas.
Aos meus leitores de carteirinha: tentarei fazer a mesma coisa com minha fic de Finnick e Katniss, ok? Hoje mesmo.
Não vou mais tomar o tempo de vocês, apenas leiam e aproveitem.



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Era um domingo e não perdi meu tempo. Acordei naquele dia e decidi que correria atrás da Katniss, que iria decifrá-la e que a teria nos meus braços com seu delicioso perfume. Tinha quatro coisas pra descobrir sobre a mulher misteriosa a qual eu estava apaixonado: onde ela morava, de onde me conhecia, como era seu rosto e por que não podíamos ficar juntos.

Decidi começar pelo mais simples: onde ela morava. Portanto, levantei cedo e fui para praça, pretendendo encontrar Gale ali em algum momento. Então ele apareceu, com Finnick, um antigo amigo nosso, ao seu lado. Finnick me cumprimentou e foi até a padaria, enquanto Gale sentava-se ao meu lado. O chamei para ir até a barbearia e enquanto tínhamos os pelos sendo tirados, conversamos um pouco. Aproveitei aquele momento e contei sobre a Katniss, sem citar nomes, por conta dos barbeiros fofoqueiros.

– Katniss Everdeen? – ele repetiu, ao sairmos do estabelecimento. – Irmã de Primrose Everdeen, certo? Bem, Primrose... Faz teatro com uma conhecida.

– Conhecida?

– Venha aqui – ele pediu, num sussurro e me aproximei: - Não conte para ninguém.

– Sabe muito bem que não gosto de fofoca!

– Sim, sim – ele falava mexendo a cabeça. – De qualquer maneira, a Madge Undersee, filha do prefeito, fugiu de casa, pois queria fazer teatro e o pai não apoiava.

– Cá entre nós, Gale, teatro não é lá algo muito decente para as moças.

– A sociedade evoluiu, Peeta. Deveria conhecê-la melhor, antes – ele advertiu. – De qualquer maneira... Madge está lá em casa.

– Vocês estão tendo um caso?

– Sim – ele confirmou. - Bom, Madge se apresentou com Primrose uma vez. Mesmo com uma diferença de idade considerável, cinco anos, elas devem ter feito alguma amizade.

– Posso falar com ela? – pedi. – Por favor.

– Tudo bem, mas... Peeta?

– Sim?

– Uma Everdeen? O sobrenome mais manchado dos Estados Unidos?

– Eu sei, eu sei – falei suspirando. – Vamos logo.

Então andamos e Gale deu três batidas seguidas na porta, uma pausa, e mais duas batidas. Demorou um pouco, mas uma loira, com um vestido amarelo sorriu ao abrir a porta. Ela se assustou ao me ver e olhou zangado para Gale, que lhe retribuiu com um sorriso amarelo.

Não sabia se gostava dela ou não. O modo como me olhou, como se fosse superior a tudo e todos por ser filha do prefeito e uma atriz famosa, não me fez ir muito com a cara dela. Ela mantinha o nariz em pé e sustentava bochechas salientes.

– Ele é de confiança – esclareceu Gale. – Pode confiar nele.

Sua expressão relaxou um pouco. Ela respirou fundo e corou, olhando além de nós dois para garantir que ninguém a visse.

– Prazer, eu sou a Madge – ela apresentou-se, tímida, abrindo espaço para que entrássemos. - Perdoe-me por isso, mas sabe como as pessoas são por aqui.

– Sei sim - disse gentil. – Sou Peeta.

– Peeta Mellark. Oh, sim, sei.

– Eu vou lá dentro, para que possam conversar – anunciou Gale e eu assenti.

– Senhorita Undersee, gostaria de pedir uma coisa. Poderia mentir para você, mas acho que serei honesto. Eu preciso entrar em contato com Primrose Everdeen. Sei que não é de sua obrigação me ajudar com nada, mas é de extrema importância.

– Sei onde fica a casa dela – a loira falou, brevemente. – Mas não julgo correto dar-lhe o seu endereço. Talvez, eu possa falar com a mesma e pedir para ela lhe encontrar em sua residência, para não levantar nenhuma fofoca de mau gosto.

– Eu ficaria agradecido.

– Então é apenas isso que posso fazer por você agora?

– Sim, apenas isso. Obrigado, senhorita.

Beijei sua mão e saí da casa de meu amigo, esquecendo-me de me despedir, tamanha era minha euforia.

Fui até o mercado, para comprar alguns suprimentos e permiti-me lembrar da Katniss. Como pude tentar esquecê-la? Era quase impossível uma coisa dessas. Seu toque fazia cada parte do meu corpo se arrepiar, seu cheiro me deixava hipnotizado e sua voz... Sua voz jamais sairia da minha cabeça. Sua voz transmitia conforto. Mesmo triste, transmitia alegria. Mesmo doce, era provocante.

Ao sair do mercado, pus minha vida em dia. Comprei uma nova roupa social, cortei o cabelo e respondi correspondências. Caminhava extremamente animado com a possibilidade de encontrar a irmã de minha amada e descobrir, talvez, mais alguma coisa sobre ela.

Então a porta de casa rangiu enquanto alguém dava batidinhas tímidas contra sua madeira. Ao abrir, encontrei Madge com um capuz vermelho, apoiando sua mão direita no ombro fino de uma garotinha loira de vestido rosa e tranças. Seus olhos eram azuis, como os meus, e cabelos loiros, também.

– Voltarei em meia hora – avisou Madge. – Estarei aqui ao lado, na casa dos Cresta. Conversem em paz.

– Gostaria de entrar, Prim? – convidei assim que Madge deu meia volta.

– Sim, obrigada – ela aceitou. – Estou com um spray de pimenta aqu, apenas avisando.

– Tudo bem – falei sorrindo. – Gostaria de falar sobre sua irmã, Katniss. Não é de hoje que passo mais tempo do que deveria pensando nela e preciso conhecê-la. Preciso conversar com ela. Você não faz ideia da quantidade de cenas imaginárias que formei em minha cabeça. Diversos assuntos se passaram aqui. Conversávamos uma hora sobre livros e na outra, brigávamos. Eram tantas conversas! E o rosto dela? A cada cena era um diferente. Preciso saber isso.

– Entendo perfeitamente. Mas é complicado. Você não pode exigir explicações minhas, sou apenas uma criança! – ela disse, começando a chorar.

– Peço, por favor, que não chore. Isso não é apenas uma curiosidade sobre os Everdeen, vai além disso.

E contei pra ela sem emitir nenhum detalhe do que estava passando desde que vi Katniss no ônibus naquele dia. A garotinha me encarava prestando atenção em cada palavra que dizia e respondendo com caras e bocas a cada etapa da história. Quando terminei um silencio reinou na sala, como se ela estivesse escolhendo as palavras para se dirigir até a mim.

– Não posso dizer nada, sinto muito – ela falou. – Por outro lado... Queria tanto que a história de vocês dois dessem certo! Irei lhe ajudar. Pois bem, posso fazer com que se vejam pelo menos uma última vez para se despedirem com decência. Há algum papel aqui?

– A senhorita não tem noção do quanto me faz feliz com essa ajuda! – falei, procurando um papel e uma caneta.

– Esse é o endereço de nossa casa. Escute atentamente. Hoje irei acordá-la à meia noite com a desculpa que tive um pesadelo e farei de tudo pra despertá-la. De 00:10 irei sair do quarto, deixando-a bem acordada e é ai que você entra. O quarto da Katniss é no segundo andar e o único que tem varanda, não vai ser difícil achá-lo.

– Senhorita Everdeen, agradeço toda ajuda, mas você quer que eu invada o quarto da sua irmã?

– Exatamente.


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Notas finais do capítulo

O que o Peeta poderia fazer num quarto com a Katniss? Hahaha. Até domingo, pipou, comentem, uh?
Milhares de beijos!



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