Mistério da Rosa escrita por Ma Black


Capítulo 3
Eu Fui Num Bordel


Notas iniciais do capítulo

Aêeee, galerinha do mal. Fiquei triste, porque não recebi o número de comentários esperado, tendo em vista comentários/favoritos/números de leitores/visualizações.
Entretaaaanto, estou aqui postando por dois motivos.
— Hoje é meu BDay. Isso mesmo! Estou ficando velhinha, rsrs. Não vou falar quantos anos, porque minha idade mental é completamente diferente, maaaaaaas... HOJE É MEU ANIVERSÁRIO. Tuts tuts tuts. Amo aniversários! Amo textos gays no facebook! Quem não, certo?
— A recomendação da Drummond com certeza me fez vim aqui. Segundo capítulo e já uma recomendação? Uow! Obrigada, de core.
Agora... Aproveitem o capítulo. E que tal me dar de aniversário comentários maravilhosos e recomendações inspiradoras? -q
Enjoy it!



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Acordei naquele domingo com uma dor de cabeça dos infernos... É no que dá passar a madrugada pensando na Katniss, né? Levantei da cama ainda com muito sono e fui até a cozinha preparar algo pra comer. Ao passar pela sala, percebi a presença de um envelope debaixo da porta dos fundos. De quem seria?

Levantei da mesa, curioso, e mesmo antes de abri-lo sabia de quem era... O cheiro não me deixava com dúvidas. A morena borrifou um pouco de seu perfume no papel, permitindo assim alguns poucos minutos de prazer para mim. Acordando dos meus pensamentos, abri o envelope e encontrei uma carta:

Você julga as pessoas muito mal, Peeta Mellark. Como eu te conheço? Isso talvez um dia você descubra, mas não hoje... Escrevi essa carta apenas para esclarecer que não sou nenhuma mimada que quer brincar com seus sentimentos, ao contrário do que você pensa.

Pode parecer loucura, mas do teu lado me sinto bem, sinto ondas de calafrios, sinto um friozinho na barriga e tenho medo de cair no chão, pois minhas pernas ficam bambas. Sim, Peeta, eu sinto a mesma coisa que você sente por mim e é aí que eu sofro. É com isso que me preocupo... Não podemos ficar juntos. Espero que entenda!”

Só com essas poucas palavras, Katniss conseguiu me derrubar, me deixar um homem arrasado, morto e sem vontade de viver, mas foi ao ler as duas últimas palavras que desabei chorando feito uma criança que teve seu doce roubado. No fim da carta tinha escrito:

Me esqueça...”

Como ela me pedia uma coisa dessas? Para que ela chorasse desesperadamente no meu ombro e agora dissesse que era para eu esqueça-la seu mistério era algo realmente muito sério. Depois de muito teimar comigo mesmo, coloquei algo em minha cabeça: era melhor seguir seu conselho e esquece-la. Aprendi com meu pai que as mulheres sempre estão certas. Mesmo erradas, elas estão certas. Era melhor não contrariar...

Implantei algo em minha cabeça: iria tirar Katniss Everdeen de meu coração. Foi uma coisa quase que impossível. Nas primeiras duas semanas, fiquei muito mal, pois toda vez que “Katniss Everdeen” fizesse menção em entrar nos meus pensamentos eu simplesmente corria para me preocupar com alguma outra coisa. E era exatamente isso que estava me fazendo mal, mesmo não tendo ela em meus braços somente a sensação de me lembrar dela me fazia feliz. O jeito como enterrou a cabecinha em meu peito procurando refúgio, a vibração que sinto toda vez que nossas peles entram em contato, o doce som de sua voz...

E me peguei pensando nela de novo... Estava muito pra baixo ultimamente, meu desempenho no trabalho havia caído, vinha comendo e dormindo pouco... Decidi, então, naquele dia que iria passar na casa de Gale e conversar um pouco, me distrair. Então me arrumei e bati em sua porta, uma rua detrás da minha.

Gale morava em uma casa ao lado da casa em que a mãe morava com os dois irmãos e a irmã. Ele era grandão, tinha cabelos escuros e olhos cinza. Muitas moças suspiravam quando ele passava, tanto por conta de sua aparência, como por conta de seu cargo. Gale era economista, e estava na linha de sucessão do banco da cidade.

Andei até sua casa e bati na porta de madeira branca. Observava um passarinho laranja enquanto ele não abria. Bati novamente. Duas, quatro, seis vezes até ele atender.

– Tinha hora melhor pra aparecer não? – ele resmungou ao me ver.

– Gale... O que você tá fazendo? – perguntei, desconfiado.

– Quer mesmo saber? – perguntou Gale ironizando.

– Deixa pra lá, vou na casa do Cato – falei dando meia volta.

– Ei, espera... – ele pediu, encostando-se na soleira da porta. - O que foi?

– Eu estou apaixonado – confessei. – Mas preciso esquecer a moça.

– Casada?

– Não sei – falei, encostando-me à cerca de sua varanda. – Realmente não sei.

– Quer entrar? – convidou. - Eu estava ocupado, mas...

– Não tem problema, amigo – respondi.

– Peeta, porque você não vai a um bordel? – ele sugeriu num sussurro.

– O que?

– Tenho certeza que se esqueceria da tal garota.

Eu assenti e dei meia volta, ouvindo a porta fechar atrás de mim. Caminhei um pouco e fui até o barbeiro. Depois, em casa, tomei um banho e coloquei uma camisa social branca com uma calça preta. Peguei as chaves do carro (havia ganhado um fusca preto por bom desempenho no trabalho) e saí de casa na intenção de esquecer os meus problemas.

Parei em frente a uma ruela, estacionei o carro e pensei um pouco antes de entrar, mas se queria esquecer a Katniss, tinha que fazer isso. Mulher é igual a musica: só se tira da cabeça com outra. Então caminhei na rua e entrei numa casa escura sombria. Uma morena apareceu e perguntou:

– Primeira vez aqui?

– É – respondi, olhando pros lados.

– Alguém chama a Johanna? – ela gritou.

– Johanna? – uma moça loira apareceu ao seu lado. – Francamente, ela não dá conta. Eu vou. Me siga, loiro. Meu nome é Glimmer, falando nisso.

Ela me deu copos de whisky e com certeza fiquei bêbado. Subimos algumas escadas, que pareceram vinte, embora agora eu soubesse que eram apenas duas. Enfim, a noite foi como um borrão para mim. Nenhuma memória do que aconteceu voltou na minha cabeça. Estava acordado em um quarto desconhecido com uma mulher desconhecida ao meu lado. Pequenos flashes passaram na minha cabeça da noite anterior. Me recordava da loira, Glitter, eu acho...

Ela já não estava mais no quarto, portanto juntei minhas coisas, vesti minha roupa e saí do quarto. Desci as escadas e encontrei a mesma morena de ontem, que me cobrou o valor da noite. Paguei e saí dali enquanto via um outro homem entrando. Aquele lugar me dava nojo. Mesmo querendo esquecer a Katniss, se não fosse a bebida, acho que jamais faria isso. A ideia passou pela minha cabeça, mas acho que não teria coragem. Porém, graças a bebida, eu tive, e fiquei com um terrível sentimento de culpa, tirando a dor de cabeça.

Coloquei um pensamento na cabeça: enquanto a bebida fosse minha amiga, Katniss estaria fora da minha cabeça e assim vivi dois meses, ou melhor, sobrevivi. De dia ocupado com o trabalho e de noite ocupado com as mulheres daquele local, na maioria das vezes, a Glimmer.

Estava jogado na cama, depois de mais uma noite com a loira. Ela estava se vestindo e ainda era noite. Fui para a janela e vi um casal aos beijos. A tristeza me atingiu em cheio, pois lembrei-me da Katniss. Como eu queria poder sentir o doce sabor dos seus lábios. Será que algum dia poderia sentir o seu sabor? Ter algo a mais para guardar da mulher que amava?

Entristecido, levantei da cama e com dificuldades para lembrar o caminho, por conta da bebida, fui para casa. Tomei um banho e dormi.

Acordei com o Sol batendo na minha cara. Droga! Estava tão bêbado no dia anterior que me esqueci de fechar a droga da cortina dessa droga de casa. Lembro também que esqueci minha droga de carro em alguma droga de lugar. Resumindo: minha vida estava uma droga. Como eu pude deixar uma mulher fazer isso comigo? Então eu percebi... É como se eu tivesse acordando do meu transe e voltando à realidade. Eu necessitava dela pra sobreviver. Sem ela estava acabando com minha vida. Quando fiquei tão dependente?

Estava na hora de voltar a ser homem. Queria fazer algo que fosse me lembrar depois com clareza e não com flashes seguidos de dor de cabeça. E daí que ela me disse pra esquecê-la? Estava sendo covarde o bastante para deixar a mulher que amava partir assim, sem ao menos lutar por ela. E daí que ela tinha um sério motivo para que não ficássemos juntos? Ela precisava de alguém agora, do seu lado, a ajudando com esse sério motivo e não ficar sofrendo de amor pelos cantos.

Chega desse Peeta flagelado. Eu ia voltar a ser quem eu era. Eu ia correr atrás da mulher que amava. Ia correr atrás de Katniss Everdeen.


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Notas finais do capítulo

Aiaiai, deuses... Gostaram? *-* Perdoem-me se tinha algum erro, ou mesmo se ficou um cu. Estou com pressa porque... Bem, hoje é meu BDay. Estou comemorando com amigos.
Hehe.
Beijão e até o próximo!