Assim fizeram eles, seguindo as orientações da Kim. Quando eles chegaram à casa de Jessika, foi preciso a identificação de todos para os seguranças que estavam ali, Jane se irritou levemente com tanta burocracia, mas depois se divertiu com o pequeno cachorro que veio correndo de dentro da casa.

– Mike volte aqui. – disse um homem enquanto corria com dificuldades atrás do cachorro, que correu na direção de Jane.

– Mike ah?! Bonito nome. – comentou Jane enquanto pegava o cão pug no colo.

– Desculpe por isso. Ele está incomodado com a agitação. – comentou o homem ao se aproximar.

– Você é? – perguntou Kim.

– Oh, desculpe. Sou Jonathan Parker, noivo de Jessika. – disse ele, com certa dor em sua voz.

– Eu sou a agente Fischer, estes são a agente Lisbon e Patrick Jane. – apresentou Kim.

– Venham por aqui, eu os levo onde tudo aconteceu. – ofereceu-se Jonathan.

Assim fez o rapaz, guiando-os até a cozinha. Enquanto Kim e Lisbon interrogavam Jonathan, Jane andava pelo cômodo acariciando o cachorrinho. Ele pode observar muitos vinhos na pequena adega em um dos cantos, inclusive um barril de médio porte. Caminhando mais para o lado, notou uma frigideira com algum alimento queimado dentro e logo ao lado, em cima da pia, uma tábua de carne com alguns pedaços de bacon picados junto com a peça maior. Olhando a geladeira Jane notou três fotos grudadas com imãs, em uma delas estavam Jessika e Mike, nas outras familiares que Jane imaginou serem os pais e a irmã.

– Jane, quer saber alguma coisa? – perguntou Lisbon.

– Na verdade sim. Os seguranças lá fora são de vocês? – questionou ele.

– Não. O pai de Jessika os mandou para garantir que ninguém entre e mexa nas evidências. Ele quer muito pegar o assassino. Jassika não gostava de ter seguranças. Dizia que estragavam a privacidade dela. – explicou ele.

– Hum... E você concordou com ela? – perguntou ele.

– Sim. Se ela se sentia melhor assim. – respondeu ele, melancólico.

– Ok. Então você acordou e desceu as escadas. Daí encontrou Jessika preparado o café, deu bom dia para ela e foi ao banheiro, certo? – reformulou o que o rapaz tinha dito até ali.

– Sim. – confirmou ele, desentendido.

– Daí ouviu ela gritando e voltou para a cozinha onde viu um homem mascarado atacando-a. Ele já tinha esfaqueado ela e você o surpreendeu. Então ele tentou fugir você tentou impedi-lo e levou uma facada. – prosseguiu ele enquanto todos o encaravam curiosos.

– Isso. Bem aqui. – disse ele exibindo a facada do lado direito de sua barriga.

– Ok, obrigado pela atenção. – disse entregando-lhe o cachorro.

Quando o homem esticou os braços para pegar o cão, Jane deu um leve tapa com uma das mãos em cima do ferimento. Nesse momento o homem gritou de dor e levou as mãos ao machucado.

– O que está fazendo? – questionou Kim, assustada com a cena, abaixando-se para dar algum suporte para o rapaz que gritava de dor.

– Desculpe, achei que a facada era falsa. – explicou ele, colocando o cachorro no chão – Era para ele estar em um hospital!

– O pai da Jessika me pediu para ficar. – disse ele entre gemidos de dor.

– Viu! É o que dá esconder informações da polícia... – disfarçou Jane, saindo de fininho sob o olhar furioso das agentes.