Enquanto elas esperavam o atendimento do rapaz, Jane caminhou pelo quintal da casa, cheirando plantas, olhando a decoração, até ser interrompido por uma mulher não muito alta, morena com vestimentas elegantes.

– Você que estapeou meu cunhado? – perguntou ela, seriamente.

– Sinto muito por isso, foi um engano terrível, eu... – tentou de justificar, mas a moça o interrompeu.

– Não se desculpe. Eu já estava para fazer isso. – revelou ela – Sou Amanda Brown.

– Patrick Jane. – cumprimentou-a educadamente – Por que queria estapear seu cunhado?

– Ele é um imbecil. Não sei como minha irmã o suportava. – explicou ela – Tudo o que ele queria era um cargo político.

– Então estamos falando de um interesseiro?! – comentou Jane.

– Sim. Ele pode ter enganado a todos, mas não a mim. Vai encontrar quem fez isso com a Jessika? – perguntou ela, tristemente.

– Pretendo. – respondeu ele - Como era o seu relacionamento com ela?

– Bom. Nós não nos víamos com muita frequência, estou sempre trabalhando com meu pai, mas quando nos encontrávamos era sempre divertido. – respondeu ela.

– Hum. Acredita que tenha sido uma tentativa de assalto mal sucedida? – questionou Jane.

– Sinceramente? Não. – revelou ela – Acho que foi um crime político.

– Por que algum político iria querer matar a filha de um concorrente? – estranhou Jane.

– Todos sabem que meu pai é ligado à família. Com a morte de um ente chegado ele desviaria seu foco do trabalho, perdendo votos na eleição deste ano. – explicou ela.

– Interessante. Algum palpite? – perguntou charmosamente.

– Brenda Smith. – respondeu ela com firmeza – Ela sempre quis o cargo do meu pai.

– Obrigado pela sua atenção. Entraremos em contato. – agradeceu Jane, voltando para dentro da casa – Já podemos ir? – perguntou ele ao ver Lisbon – Quero falar com o pai.

– Jura, você quer?! – ironizou ela – Pensasse nisso antes de bater no ferimento do rapaz.

– Eu já pedi desculpas. – lembrou ele.

– Quer saber Jane, agora eu estou com dor de cabeça. – informou ela – voltando para o atendimento ao Jonathan.

Alguns minutos passados e eles puderam voltar ao escritório. Kim e Lisbon estavam muito bravas com Jane. Jerry Brown havia ligado para Abbott pedindo a retirada de Jane do caso, mas, como de costume, o chefe conseguir contornar a situação, garantindo a permanência do consultor no caso.

– Alguma coisa Cho? – perguntou Kim.

– Sem arma do crime, sem digitais. A casa só tinha câmeras na parte da frente, o fundo que dá acesso à um muro não muito alto. Segundo o depoimento do noivo, o assassino saiu pela janela da cozinha, que dá nos fundos. – informou Cho.

– Vizinhos, pedestres, ninguém viu nada? – perguntou Lisbon.

– Não. – respondeu Cho, seriamente.

– Então não temos com o que trabalhar?! – concluiu Kim.

– Temos uma coisa. – chamou a atenção Jane – Enquanto vocês brincavam de enfermeiras com o noivo, eu falei com a irmã Amanda. – revelou ele em seu sofá – Ela me disse que o noivo é um interesseiro, que a irmã era uma boa pessoa e que acha que foi um crime político. Brenda Smith para ser mais exato. – concluiu ele.

– Pesquise sobre ela Jason. – ordenou Kim.

– Claro. – acatou o garoto.

– Hora do almoço, até mais tarde! – disse Jane, ameaçando deixar o escritório.

– Vamos falar com o pai da vítima. – disse Kim, caminhando seguida por Lisbon.

– Almoço adiado! – comentou Jane dando meia volta.