– Lisbon o que acha de irmos ver buquês? – sugeriu ele.

– Jane eu estou trabalhando. – disse ela, focada no computador.

– Hum... Tudo bem então. – concordou ele, caminhando para fora do escritório.

Jane sabia que Lisbon não iria querer deixar o trabalho para fazer as compras do casamento. E se Lisbon não saísse do trabalho também não sairia de perto de Marcus, então precisava agir.

Seguindo esse pensamento Patrick foi até a sala de Kim e bateu na porta chamando a atenção.

– O que foi? – perguntou ela, notando o consultor na porta.

– Preciso de um favor. – iniciou ele, entrando na sala.

– Depende. – disse ela, atenciosamente.

– Lisbon gosta demais do trabalho para fazer as compras necessárias para o casamento. Se eu não a obrigar ela vai deixar tudo para a última hora. – explicou ele – E para ajudá-la eu preciso da sua ajuda.

– Quer que eu dispense ela? – entendeu Kim – Desculpe Jane, não posso dispensar uma agente sem grandes motivos. Estamos falando de FBI.

– Eu prometo não arrumar confusão nos próximos dois casos. – propôs ele.

– Ouviu o que eu acabei de dizer? – confirmou Kim após a insistência de Jane.

– Cinco. – aumentou ele, fazendo-a o encarar séria – Sete e não se fala mais nisso.

– Sete casos com você trabalhando com disciplina e sem truques? – questionou ela.

– Você mandou eu obedeço. – concordou ele.

– Acho que Lisbon vai ter um pequeno problema de saúde amanhã. – fechou o acordo.

– Você é demais. – disse ele, animado antes de deixar a sala.

Sorridente ele caminhou pela cozinha em busca de chá. Ele estava extremamente otimista com seu plano. Naquela semana Jane precisava mostrar que era um novo homem, mas com os mesmos princípios. Nesse pensamento ele voltou para seu sofá com sua xícara em mãos.

– Marcus, acho que não estamos falando a mesma língua. – disse ele ao se sentar – O que acha de começarmos de novo? Não quero que o marido da minha parceira não goste de mim.

– Quem disse que eu não gosto de você? – perguntou ele, confuso com a conversa.

– Não precisa que ninguém me diga. Eu sinto isso, mas não se preocupe porque eu vou mudar seu pensamento sobre mim. – avisou Jane, fazendo Lisbon rir em sua mesa.

– Se é o que está dizendo. – concordou Marcus, olhando para Lisbon desentendido.

– Pra começar vou tirar uma dúvida da sua cabeça. – iniciou ele – Não. Eu e Lisbon nunca tivemos um relacionamento. – revelou ele, fazendo Lisbon se engasgar com o café que bebia.

– Tudo bem querida? – perguntou Marcus preocupado, obtendo um sinal de joia de Lisbon – Eu não tinha essa dúvida na cabeça.

– Aham... Segundo, eu não sou o psicopata que você pensa. Sim matei duas pessoas, porém duas pessoas más, apenas ajudei o mundo a ser um lugar melhor. – explicou ele – Eu sou completamente inofensivo. E por último, eu vou ajudar a Lisbon a ser a mais linda noiva pra mostrar o quanto eu estou feliz pelo casamento. – finalizou ele.

– Eu agradeço, mas ela já é linda. Não precisa de mais ajuda. – respondeu ele, fazendo-a sorrir.

– Claro, como um princesinha raivosa. – concordou ele, com um sorriso sincero no rosto. Lisbon virou-se para ele notando um brilho diferente em seus olhos.

– Essa frase me faz lembrar minha antiga sala, não faça isso comigo. – disfarçou Lisbon.

– Bons tempos. – lembrou Jane, sem mudar a expressão.

– É bons tempos... – concordou fugindo de seu olhar.

Jane deitou-se de um modo que sua visão ficou centrada na agente, como se nada mais estivesse ali, apenas Lisbon. Ele passou horas apenas olhando-a trabalhar, mas a hora de irem embora chegou rapidamente, decepcionando Jane.

– Boa noite Jane. Até amanhã. – despediu-se Lisbon, levantando-se.

– Boa noite Teresa. – disse ele, carinhosamente.

Ele a assistiu deixar o escritório e se levantou preguiçosamente. O sorriso bobo não saia de seu rosto. Ele estava certo de que, no dia seguinte, colocaria uma dúvida na cabeça de Lisbon e ela se perguntaria se desejava mesmo prosseguir com o casamento. Aquela noite foi muito mais leve, fazendo Jane dormir como um bebê.

O toque insistente do celular de Jane fez com que ele despertasse do sono profundo. Lembrando-se de que o dia seria bom, Jane pulou da cama e atendeu ao telefone com animação.

– Olá Lisbon. – disse ele, parecendo um adolescente.

– Kim ligou me dispensando do trabalho hoje. E eu espero que você não ter nada a ver com isso! – avisou ela.

– Devo informar que está enganada. Eu pedi para que ela te dispensasse, assim podemos cuidar dos detalhes do casamento. – explicou ele.

– Tinha razão, eu realmente devia ter chamado a Van Pelt! – respondeu ela, raivosa.

– Não seja chata. – disse ele, se divertindo com a situação – Me encontre naquela mesma rua que fomos ontem. Quanto mais rápido terminarmos as compras mais rápido você volta para o trabalho. – lembrou ele.

– É bom que você já esteja lá quando eu chegar. – disse antes de desligar o telefone.

Jane sorriu ao guardar o aparelho e correu se trocar para encontrar Lisbon. Ele colocou sua melhor roupa, se perfumou e caprichou no cabelo de forma que nenhuma mulher poderia resistir ao seu charme.