Nunca é tarde para dizer eu te amo escrita por Nath Nascimento


Capítulo 16
Capítulo 16




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Na porta de saída Jane parou e pensou por alguns segundos. Olhando para a sua mão, ele rodou a aliança no dedo, deu um leve sorriso e a retirou do dedo, depositando-a em cima do móvel. Respirando fundo ele entendeu a importância que aquele dia teria para seu futuro e, para que tudo saísse bem, precisava deixar o passado para trás, não esquecê-lo, mas deixar de viver o que não existia mais. Seguindo esse pensamento, Jane fechou a porta atrás de si e partiu ao encontro de Lisbon.

Ele chagou primeiro, assim como ela queria, e quando ele a viu dobrar a esquina teve a certeza de que suas pupilas haviam dilatado e lamentou ter olhos claros.

– Oi. – disse ele, bobamente.

– Vamos acabar com isso logo. – respondeu ela, apressada.

– Qual é?! É o seu casamento, devia estar aproveitando mais. – lembrou ele, tentando fazê-la mudar de humor – Vamos lá, me dê um sorriso. – pediu ele e Lisbon, na resistindo sorriu sem querer – Assim está melhor.

– Vamos, temos muitas coisas pra escolher. – disse ela, passando por ele.

Jane e Lisbon passaram em diversas lojas encomendando buquê, lembrancinhas, comprando sapato e acessórios.

– Marcus me mandou comprar a aliança que eu gostasse. – informou ela enquanto almoçavam.

– Então faremos isso. – concordou ele, alegremente.

– Falando em aliança vi que tirou a sua. – comentou ela, ao notar a marca do objeto no dedo de Jane.

– É... – confirmou olhando para sua mão – Acho que já estava na hora. – explicou ele, encarando-a – Quero seguir em frente. Não que eu queira esquecê-la, mas preciso deixa-la ir, começar tudo de novo, entende?!

– Estou orgulhosa. – respondeu ela, da mesma forma.

– Eu também. – concordou olhando-a profundamente.

– Já acabou? Precisamos ver a aliança. E também algo para você, só compramos coisas para mim. – disfarçou ela, fugindo de seu olhar.

– Depois eu me viro. Hoje é o seu dia! – argumentou ele, pegando delicadamente em sua mão.

– Então vamos. – disse ela, levantando-se.

– Tudo bem, vamos. – concordou ele, seguindo-a.

Eles caminharam um pouco adiante e Jane viu um pequeno parque de diversões um pouco a frente e arregalou os olhos.

– Vamos! – disse ele, animado apontando na direção do parque.

– Oh não, não mesmo. – negou ela

– Por favor! Pra ficarmos quites por eu te ajudar com as compras, por favor? – pediu ele, alegremente. Lisbon o encarou desanimada, mas não resistiu ao seu olhar.

– Está bem... Vinte minutos. – respondeu ela, fazendo-o comemorar.

Jane quase correu na direção do parque arrastando Lisbon pela mão. Ele comprou as entradas e começou a leva-la nos brinquedos do parque. Lisbon se conteve no começo, mas depois de três ou quatro brinquedos ambos pareciam crianças. Os vinte minutos chegaram, mas o passeio estava tão bom que Lisbon nem se lembrou de que tinha um celular para olhar as horas, nem para atender as ligações de Marcus.

– Aposto que não consegue derrubar todos. - desafiou Jane, encarando Lisbon em frente à um jogo de tirou ao alvo onde era preciso acertar os pobres patinhos de borracha no fundo da barraca.

– Me dá uma ficha. – pediu ela ao homem, orgulhosa, aceitando o desafio. Ela deu os tiros e acertou todos os tiros e ganhando como prêmio um grande urso de pelúcia.

– Não acredito! – disse ele boquiaberto olhando-a segurar o brinquedo. Ela deu os ombros ao olhar espantado dele e sorriu.

Os vinte minutos previstos por Lisbon se tornaram uma hora e meia ao lado de Jane. Ela só se deu conta de que havia passado tanto tempo quando chegou ao último brinquedo.

– Jane as alianças! – lembrou-se ela – Temos que ir!

– É mesmo... Que pena, está tão divertido. – lamentou ele, seguindo-a.

– Só você para me fazer andar nesses brinquedos. – comentou ela, quando deixaram o parque.

– Fazia tempo que não me divertia assim. Quando você derrubou todos aqueles patos eu fiquei impressionado. Agora tenho dó dos bandidos que ficarem na sua mira. Eu nunca mais quero ficar entre você e seu alvo. – lembrou ele, divertidamente.

– Eu te disse que acertaria. – disse ela, orgulhosa.

– Olha aquela loja ali. Prece legal. – apontou ele, do outro lado da rua - Vamos dar uma olhada lá – completou ele, atravessando.

Eles entraram na loja e olharam as vitrines, Lisbon experimentou algumas alianças e no final ficou em dúvida entre dois modelos.

– Qual você escolheria? – perguntou ela, exibindo uma aliança em cada mão.

– Hum... – pesou ele, enquanto analisava as peças – Se eu fosse escolher uma das duas para te dar no dia do nosso casamento, eu escolheria a que eu achasse que conseguiria te mostrar o tanto que eu te amo, que conseguisse transmitir o tanto que você é importante para mim, a que te fizesse abrir um sorriso lindo, porque é ele que faz meu dia mais bonito. Eu escolheria uma aliança que carregasse no brilho do ouro o brilho dos meus olhos quando olho pra você e vejo a linda e maravilhosa mulher que você é. – respondeu ele, seriamente, olhando em seus olhos – Agora basta você saber qual dessas vai transmitir isso ao Marcus. – completou ele após uns minutos de silêncio – Vou te deixar escolher em paz, vou esperar lá fora.

Jane saiu da loja ofegante, sentou-se no pequeno muro na frente da vitrine com as mãos no rosto tentando controlar os batimentos do seu coração. Ele realmente não sabia o que ia fazer se seu plano não funcionasse, mas não poderia vê-la casa-se com outro homem. Minutos depois Lisbon saiu com sua aliança comprada em mãos e chamou por Jane, que estava concentrado em seus pensamentos.

– Podemos ir. – informou ela, exibindo a sacola.

– Encontrou a que queria? – perguntou ele, caminhando ao seu lado com as mãos no bolso.

– Acho que sim. Marcus não é muito exigente. – comentou ela, um pouco sem graça.


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Notas finais do capítulo

É... Ta difícil do Jane!



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