Nunca é tarde para dizer eu te amo escrita por Nath Nascimento
– Contando um pouco sobre mim. – respondeu Jane, com diversão na voz, dando os ombros.
– Pois trate de parar. – ordenou ela – Não era nem para estar aqui.
– Mas estou. Agora para de ser rabugenta e desmancha essa cara feia. – disse ele, bebendo seu vinho.
– Só pra avisar não teria vergonha de te socar na frente dele. – comentou ela com um leve sorriso nos lábios.
– Acredite, eu não duvido! – respondeu ele, confiante.
– Já querem pedir? – perguntou Marcus ao voltar.
– Por mim tudo bem. – concordou Jane.
– Eu estou morrendo de fome! – comentou Lisbon.
Assim eles fizeram seus respectivos pedidos e jantaram tranquilamente. Marcus e Lisbon dispensaram a sobremesa, mas Jane não resistiu a um pedaço de bolo de chocolate.
– Hum! Deviam experimentar, está uma delícia. – alertou ele.
– Eu não aguento, estou satisfeito. – negou Marcus.
– Eu também estou. – comentou Lisbon.
– Lisbon, já conferiu se Marcus não é da Blake Association? Lembre-se de que faltavam nomes naquela lista, pode ser qualquer um. – perguntou Jane.
– Blake Association? – questionou desentendido, Marcus.
– Não é nada demais, ele está brincando. – desconversou Lisbon.
– Não estou não. É uma associação de policiais corruptor que fazem coisas ruins. Já verificou Lisbon? – insistiu Jane.
– Já Jane, Marcus não é da Blake Association. – disse ela, inquieta.
– Então já o viu sem camisa?! – sugeriu Jane.
– Acho que está bom por hoje! – disse Lisbon, se levantando constrangida – Amanhã será um dia agitado, teremos muito trabalho.
– Tem razão. – concordou Jane, comendo o último pedaço de bolo – Ótimo jantar e bem vindo a equipe. – disse Jane, apertando a mão de Marcus.
– Boa noite Jane. – disse ela, seriamente.
– Boa noite Lisbon. – respondeu antes que ela deixasse o local quase arrastando Marcus pela mão. Jane sorriu e também deixou o restaurante segundo mais tarde.
Aquela semana de trabalho foi muito produtiva, Marcus havia se adaptado muito bem à equipe a não ser por Jane, que sempre achava uma maneira de implicar com algo relacionado ao novo agente.
– Não pode impedir alguém de me agredir quando eu provoco. – explicou Jane, referindo-se ao atual caso que eles trabalhavam enquanto sentava-se em seu sofá – Ele ia me socar e seria preso, isso faria o assassino agir, mas agora vou ter que bolar outro plano.
– Desculpe, não sabia que queria se socado. – respondeu Marcus.
– Jane ele só quis te proteger. – comentou Lisbon.
– Só você pode me proteger, você sabe a hora certa para agir. – argumentou ele, eufórico.
– Eu deixo que te batam porque eu não posso fazer isso. – esclareceu Lisbon, fazendo Marcus rir.
– E essa sua mesa tinha que ir mais pra lá. Atrapalha a minha passagem. E se eu derrubar chá quente?! Não vai ser legal. – comentou ele, inquieto.
– Pare de reclamar, parece até um velho de noventa anos. – alertou Lisbon, mas não o abalou.
– Vou pegar um café, quer alguma coisa? – ofereceu Marcus.
– Não obrigada. – agradeceu Lisbon, sempre sorridente.
– Quanta gentileza... – comentou Jane, folheando um livro.
– A gentileza dele te incomoda? – questionou Lisbon, sem encará-lo.
– Não, ele me incomoda. Ele é egocêntrico, exibido e acha que sabe de tudo. – reclamou Jane.
– Você acabou de se descrever. – revelou Lisbon.
– Eu estou falando sério. Não gosto dele. – disse ele, com seriedade.
– Você não gosta dele porque ele está tirando a atenção que era sua. Não suporta perder Jane, é disso que não gosta. – esclareceu ela.
– Cho! – chamou a atenção do agente que passava por ali – O que acha do Marcus?
– Desculpe não é o meu tipo. – respondeu ele, seriamente, continuando seu percurso.
– Por que ninguém me leva a sério?! – perguntou a si mesmo inconformado.
Pensativo Jane permaneceu grande parte da tarde em seu sofá ouvindo o movimento dos funcionários pelo escritório , mas se irritou com o som que Marcus fazia ao ler algo em sua mesa, já que Lisbon havia saído para uma tarefa, e decidiu fazer um chá para se acalmar.
– Patrick, poderia ver se ainda tem café na garrafa? – pediu Marcus ao vê-lo caminhar para a cozinha.
– Com certeza. – respondeu ele irônico. Jane foi até os armários e pegou seu chá – Patrick, poderia ver se ainda tem café na garrafa? Idiota... – imitou ele, de forma engraçada.
– Falando sozinho?! – comentou Lisbon ao se aproximar, assustando Jane.
– Oh, você já voltou?! – disse após o leve susto.
– Ainda bem que hoje é sexta-feira, estou morta. – comentou ela, pegando um copo de café.
– Seus músculos estão tensos. – concordou ao ver seus ombros quando ela se sentou em uma das cadeiras – Deixe-me ver.... – pediu afastando seus cabelos para o lado.
– O que está fazen... Oh Deus exatamente ai que está doendo! – disse ela, quando ele massageou uma determinada parte de seu ombro.
– Melhor não acha?! – perguntou ele, satisfeito por estar ajudando.
– Muito. – respondeu de olhos fechados, aproveitando os movimentos.
– Então Patrick, tem café na garra... – chegou dizendo Marcus, mas parou ao ver a cena.
– Marcus! – assustou-se Lisbon – Eu... Eu peguei café pra você. – inventou ela, estendendo-lhe o copo de café que pegou para si mesma.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vish...