Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hi Sweets!
Como vão?
Provavelmente bravas por que eu não respondi nenhum comentário Hahaha
Sorry!
Enfim, esse capítulo, como vocês vão poder perceber, se passa em uma das cenas em que o Harry tem "aula" com o Dumbledore, porém eu não fiz a minima questão de dar muita ênfase nessa cena, colocar muito detalhes e tal porque eu não acho necessário. Todos que já leram o livro - que eu acredito que seja a grande maioria - sabem qual cena é essa, e mesmo os que não leram não vão se perder - creio eu - porque não acho que seja uma cena tãooo importante assim, embora conte coisinhas sobre o nosso Voldy.
E também eu acho extremamente entediante e desnecessário repassar todas as cenas do livro pela visão da Evolet então resolvi dar uma boa editada na cena.
Espero que gostem de conhecer um pouquinho da antiga "casa" da Eve, but no spoilers hihihi!



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Segui os dois Dumbledore’s e Harry pela entrada do quarto observando detalhe por detalhe do local.

Eu tentava prestar atenção ao máximo que conseguia da lembrança de Dumbledore, mas a semelhança que eu tinha com tudo aquilo era surpreendente.

“Acho que não se deve confiar em orfanatos que você conheceu há mais de 40 anos.” O comentário que Dumbledore tinha feito há meses sobre o orfanato onde tinha me deixado voltou a minha mente como uma bala.

Há mais de quarenta anos... Era impossível.

Tudo, absolutamente tudo, era igual ao orfanato onde eu tinha sido deixada. Era a mesma entrada, os mesmos corredores, as mesmas paredes. O quarto em que estávamos então... Se não fosse o garoto magro e de cabelos pretos sentado na cama com as pernas esticadas e um grosso livro no colo eu poderia jurar que estava voltando para “casa”.

Era o meu quarto.

—O senhor também é bruxo? – perguntou o garoto depois de algum tempo conversando com o jovem Dumbledore de cabelos acaju sentado a sua frente.

Um belo garotinho de onze anos que eu nunca na minha vida imaginaria que um dia iria virar o Lord Voldemort.

Eu não estava dando muita atenção à cena que se passava, estava mais ocupada em me perder nas minhas próprias lembranças. Não que eu sentisse falta do lugar onde eu tinha sido abandonada, mas ainda assim havia algumas lembranças que eram impossíveis de não recordar afinal fazia pouco mais de um ano que eu não entrava no meu antigo quarto.

Ou melhor, faz mais de um ano que eu não entro já que aquele quarto não era o que um dia foi meu. Naquela cena aquele quarto ainda era do pequeno e assustador Tom Riddle.

Minhas lembranças foram rapidamente esquecidas quando o velho guarda-roupa de madeira pegou fogo atrás de mim. Pulei de susto ao mesmo tempo em que Tom pulou da cama berrando em choque e fúria para segundos depois avançar para Dumbledore.

Na mesma hora as chamas desapareceram deixando o guarda-roupa intacto, porém, com um estranho barulho de chacoalhar saindo de dentro dele.

Seguindo ordens de Dumbledore, Tom foi até o armário e tirou de dentro dele uma pequena caixinha que se sacudia na prateleira de cima.

—Há alguma coisa nela que você não deveria ter? – Dumbledore perguntou.

O garoto afirmou com uma voz inexpressiva e retirou o conteúdo da caixinha espalhando alguns tesouros roubados em cima da cama.

Uma gaita-de-boca oxidada, um dedal de prata e um ioiô.

Enquanto Dumbledore avisava ao garoto que em Hogwarts não era permitido furtos eu fui até o guarda-roupa e observei a parte de dentro da porta procurando por duas coisas que eu sabia que não estariam ali.

Procurando meu nome e consequentemente o de Tom Riddle.

Eu nunca conhecera verdadeiramente os antigos donos do quarto, mas conforme ele foi passando de dono todos nós assinamos nossos nomes em uma lista na parte de dentro da porta, ou melhor, quase todos. Parecia que o garotinho Riddle era bom demais para participar de uma coisa tão trouxa e banal como riscar seu nome na madeira.

O último nome era de Betânia Betley e eu sabia os próximos sete nomes que se seguiriam até chegar ao meu pois tinha decorado a lista graças aos dias em que eu perdia meu tempo pensando em quem teria usado o quarto antes de mim.

Em nenhum lugar no futuro estaria escrito Tom Riddle.

Ficamos mais algum tempo escutando a longa conversa do garoto com o jovem Dumbledore até que o velho e atual diretor de Hogwarts decidiu que por hora aquelas memórias já eram o bastante.

Eu não poderia concordar mais.


(...)


—Antony... – chamei baixinho tentando acorda-lo – Antony...

Eu não sabia se ria ou me preocupava com a cena a minha frente.

Antony Tribbiani estava ao lado da entrada do Salão Comunal da Sonserina, sentado com as pernas esticadas a sua frente, a coluna encostada na parede do corredor e a cabeça tombada para o lado. Um saco de papelão com o logotipo da Dedos de Mel fazia o papel de um ursinho de pelúcia abraçado ao peito.

Chamei-o mais três vezes até finalmente o corvino abrir os olhos.

—Italianos têm o sono pesado, ein? – comentei rindo de leve.

—Meu avô era italiano, eu sou britânico – resmungou coçando os olhos – Mas sim, eles têm.

—O que faz aqui, Tony? – perguntei sem nem reparar no uso do apelido.

—Achei que precisaria disso – respondeu me entregando o saco de doces e fazendo uma careta logo depois – Faz um favor pra mim? No futuro me lembra de que existem desculpas melhores pra ver uma garota.

—Desculpa? – repeti – Como se isso não fosse essencial para vida, já estava quase mandando os aurores atrás de você. – brinquei.

A essa altura eu já tinha me sentado no chão ao lado de Antony e fiquei observando-o por um tempinho.

Sem ter o que fazer Antony puxou a minha mão e a entrelaçou com a sua, brincando com meus dedos.

Olhei para as nossas mãos juntas sentindo a calmaria que era estar ao seu lado.

—Quanto tempo está aqui? – perguntei suavemente.

—Um tempinho considerável – respondeu sincero – Resolvi te procurar já que parece que você resolveu se trancar no quarto o domingo todo e fugir de mim o dia inteiro, mas quando cheguei aqui você não estava, o que fez a noite toda? – perguntou sem nenhuma cobrança.

Primeiro eu pensei em dizer que estava na biblioteca, mas já passava das onze e ela fechava as nove então resolvi dizer uma meia verdade já que a verdade completa iria desenvolver muitas perguntas que não tinham a necessidade de aparecer.

—Estava com Harry. – disse vagamente e já mudei de assunto – Alguém viu você me esperando?

—Um grupo de garotas do primeiro ou segundo ano, não tenho certeza, e alguns outros – respondeu paciente – Mas não se preocupe, o Malfoy não passou nenhuma vez por aqui.

—Eu não estava perguntando por causa dele – menti descaradamente.

—Claro que não. – concordou sarcástico.

Fiquei em silêncio como uma criança que tinha sido pega fazendo arte.

—Acha que isso vai dar em alguma coisa? – Antony perguntou depois de um tempo.

—Isso o que? – questionei.

—Nós... Não que já exista um “nós” – explicou – Mas eu e você juntos igual agora ou sábado, não vai passar disso, não é? – disse se referindo ao momento.

Respirei fundo e mordi o lábio, era difícil no entanto eu precisava acabar com isso antes que alguém saísse machucado.

—Não. – confirmei olhando seus olhos – É a mesma coisa que eu disse sábado na loja...

—Não sou eu, é você – interrompeu – Eu reparei, mas sabe o que eu reparei também? – balancei a cabeça negando – Que se o que aconteceu sábado tivesse acontecido daqui alguns meses seria tudo diferente.

—Antony...

—E, além disso, – ele continuou, sem me deixar falar – eu sou um cara paciente – sorriu.

—Não quero que você se machuque ou se iluda, Tony – confessei.

—Eu sei que não – falou – Mas é só você não me chamar de Tony e voltar a ser grossa como antes que está tudo certo – riu – Eu não estou apaixonado por você, Evolet, não se preocupe, não vou sair daqui com o coração partido. O ego ferido? – questionou franzindo a testa – Talvez, mas não vou precisar de semanas de chocolate e terapia com a Laurie pra superar isso, relaxe. – completou com um sorriso maroto.

Não consegui segurar uma gargalhada com a fala de Antony e ele me acompanhou na risada fazendo com que eu quase esquecesse a leve cutucada no meu orgulho ao ver que ele estava levando o assunto tão de tranquilo e não chorando baldes de lágrimas por mim.

Seria bom ter alguém sofrendo por mim de vez em quando e não ao contrário.

Mas era incrível como Antony em alguns momentos se tornava uma das pessoas mais compreensíveis do universo.

Eu não era assim.

Nunca seria.

—Mas veja bem, eu disse que não estou apaixonado por você, não que não possa ficar. – avisou sério – Vamos ver o que acontece daqui alguns meses, está bem?

Antony não esperou eu dizer algo, acho que ele não precisava de palavras. Deu-me um beijo casto na testa e me deixou sozinha no corredor.

Antony tinha tornado uma conversa que eu tinha imaginado que seria completamente constrangedora em uma coisa bem mais tranquila. Não completamente isolada de constrangimentos, mas tranquila como nunca antes vista.


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Notas finais do capítulo

Amo o Antony, sem mais!
Ps: Erros avisem, por favorzinho! Ah, e mais, caso tenha algum parágrafo grudado um no outro me digam porque eu estou escrevendo com um programa horrível que quando copia gruda tudo, da vontade de morrer! Acho que separei todos mas é possível que tenha deixado algum passar mesmo com as revisões então se verem me falem, please.