Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Então, hoje eu tenho um monteeee de coisas pra falar então leiam primeiro que a gente conversa depois lá em baixo, ok?
Aproveitem u.u



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Eu me despedi de Laurie e Antony ainda nos jardins, lugar para onde tínhamos voltado após o jantar, e sai correndo para o sétimo andar onde se encontrava a sala de Dumbledore.

Tinha esquecido completamente da aula que Harry e eu tínhamos com o diretor e já estava cinco minutos atrasada.

No caminho esbarrei na professora Trelawney que estava com um baralho de cartas na mão e derrubou todas no chão. Gritei um “desculpe” por cima do ombro ainda correndo e a deixei pegando suas cartas do chão, irritada e provavelmente dizendo o quanto esses alunos de hoje em dia eram mal educados.

Cheguei ao corredor do sétimo andar e parei em frente à gárgula que dava acesso ao escritório do diretor.

_Acidinhas – falei para a gárgula que deslizou para o lado dando acesso a escada.

Subi as escadas correndo, dei três rápidas batidinhas na porta e entrei sem esperar licença.

_Daqui para frente eu poderei estar tão enganado quanto Humphrey Belcher, que acreditou que havia aceitação para caldeirões de queijo. – Dumbledore falava a Harry quando entrei.

_Desculpe, estou atrasada. – pedi parada a porta.

_Eu percebi Evolet, - Dumbledore disse dando um sorriso bondoso sentado atrás de sua escrivaninha – estava esclarecendo algumas coisas para Harry enquanto você não chegava, sente-se.

Dumbledore ergueu a varinha com a mão direita e conjurou uma cadeira que foi colocada de frente a sua escrivaninha e ao lado da cadeira de Harry. Fechei a porta do escritório e me sentei.

_Como eu dizia ao Harry, Evolet – Dumbledore falou – As informações que passarei para vocês se juntarão com um conglomerado de suposições feitas por mim que podem ou não estar certas. A meu ver, é claro, creio que estejam certas porém, embora eu seja, perdoem-me, bem mais inteligente que os demais, ainda erro.

_Então vamos torcer para que o senhor esteja certo – comentei séria.

_Definitivamente – Dumbledore concordou.

_Senhor, – Harry perguntou – o que vai me contar me ajudará a sobreviver? Tem a ver com a profecia?

Olhei para Dumbledore apreensiva.

_Muita relação com a profecia – respondeu o diretor – e tenho esperanças de que também lhe ajude a sobreviver.

Dumbledore me olhou ao terminar de falar e de certo modo tive a certeza que ele também estava falando isso para mim, porém achei confuso o fato dele não dizer isso diretamente.

Eu pretendia perguntar o motivo de eu estar aqui a Dumbledore assim que chegasse, só que o jeito que ele tinha falado agora me fez esperar e guardar minha pergunta para mais tarde pois tinha a sensação de que ele não responderia isso na frente de Harry.

Por que disso? Só Merlin sabe.

Dumbledore foi até o armário que ficava ao lado da porta de entrada, tirou de lá uma penseira e a trouxe para a mesa colocando-a de frente para mim e Harry.

Reconheci que era a mesma penseira que Snape usou durante as aulas de oclumência no ano anterior para guardar suas lembranças.

_Senhor, - chamei – por acaso Snape voltará a nos dar aulas de oclumência? Aliás, - corrigi quando lembrei que ele tinha abandonado as aulas de Harry logo no começo – me dar aulas.

_Por enquanto acho que não será necessário Evolet, soube que você aprendeu bem e fez bastante progresso mas pelo menos por enquanto não há a necessidade de mais aulas para você, já tinha conversado com Harry sobre isso. – respondeu Dumbledore – No entanto, peço que continue praticando, talvez essa prática pode vir a ser muito útil no futuro.

Arqueei a sobrancelha em forma de desconfiança.

Pode vir a ser muito útil no futuro, repeti a frase de Dumbledore em minha mente, o que ele queria dizer com isso?

Eu pretendia perguntar o que ele queria dizer com isso mas prevendo a pergunta e querendo fugir da mesma Dumbledore voltou a falar.

_Quero que entrem na penseira comigo – explicou destampando com dificuldade um frasquinho onde continha um fio prateado que não era nem liquido e nem gasoso e muito menos sólido – Vamos visitar as lembranças de Beto Ogden.

_Quem é ele, senhor? – perguntou Harry.

_Ele foi funcionário do Departamento de Execuções das Leis da Magia. Morreu há algum tempo, mas não antes que eu o tivesse convencido a me confidenciar essas lembranças, vamos acompanha-lo em uma das visitas que fez no desempenho de suas funções.

Dumbledore despejou o conteúdo do pequeno frasco dentro da penseira e olhou para mim.

_Primeiro você – disse-me.

Olhei apreensiva para Harry sem saber o que fazer.

_É só mergulhar – Harry explicou – Não se preocupe, estarei logo atrás de você.

_É bom que isso não estrague meu cabelo – murmurei e enfiei minha cabeça no líquido sem pensar duas vezes.

Meus pés deixaram o chão do escritório e eu me senti caindo na escuridão até ser acolhida pelo sol e pela terra firme.

Olhei para o lado e Dumbledore e Harry já estavam lá.

Ninguém disse nada, apenas observamos um bruxo mal vestido que eu acreditei ser Ogden andando por uma estrada de terra.

Começamos a segui-lo.


(...)



_O que aconteceu com a garota? – Harry e eu perguntamos ao mesmo tempo segundos depois de voltarmos ao escritório de Dumbledore.

A lembrança de Beto Ogden envolvia três pessoas além dele. Três Gaunt’s, herdeiros de Slytherin e pelo que eu entendi também dos Peverell uma antiga família bruxa que há muito tempo eu tinha ouvido falar.

Tanto tempo que eu nem me lembrava mais onde fora.

Durante a lembrança vimos um velho e seus dois filhos, Morfino e Mérope, serem visitados por Ogden a mando do Ministério da Magia graças ao ataque de Morfino a um trouxa da aldeia em que eles moravam e, durante todo o tempo, o velho exaltava o quanto sua família era nobre e antiga mostrando dois antigos artefatos, um medalhão e um anel, ao mesmo tempo em que maltratava a filha como se ela fosse um pedaço de lixo apenas por não ser uma boa feiticeira.

E os maus tratos aumentaram quando ele descobriu que a filha era apaixonada pelo trouxa que Morfino havia atacado.

E então a lembrança terminava com Ogden tentando ajudar a garota e fugindo após ser atacado por Morfino.

_Ah, ela sobreviveu – Dumbledore respondeu se sentando e fazendo um gesto para que eu e Harry fizéssemos o mesmo.

Eu me sentei e esperei que ele continuasse a falar.

_Ogden aparatou para o ministério após fugir e voltou, quinze minutos depois, com reforços. Morfino e o pai tentaram lutar mas foram subjugados e levados da casa e, mais tarde, condenados pela Suprema Corte dos Bruxos. Morfino foi condenado a três anos em Azkaban e Servolo a seis meses.

_Servolo? – Harry repetiu pegando alguma coisa que eu tinha deixado escapar – O velho era...?

_O avô de Voldemort. – Dumbledore terminou por Harry.

_Então Mérope era a mãe de Voldemort? – perguntei espantada.

_Exato. – concordou o diretor – E por acaso vimos de relance o pai de Voldemort, vocês registraram?

_O trouxa a cavalo? O homem que Morfino atacou? – perguntou Harry.

_Ele mesmo – respondeu Dumbledore.

Parei por um momento para pensar o quanto parecia esquisito que Voldemort tenha tido pais mesmo que por algum tempo.

Eu sabia que ele também era órfão e acabei me lembrando de uma passagem da profecia, não era só em poderes que Voldemort tinha igualado Harry a si mesmo mas também no quesito familiar.

_Aquele era Tom Riddle, pai, o trouxa bonitão que...

_Espera – interrompi Dumbledore – Pai?

_Perdão Evolet, - Dumbledore pediu – algumas vezes eu me esqueço de que você não está informada de todos os fatos, o verdadeiro nome de Lord Voldemort é Tom Riddle.

_Uoul – exclamei.

_Sim, acho que esta é uma exclamação adequada – Dumbledore disse e sorriu.

Depois da explicação sobre o pai de Voldemort, Dumbledore falou sobre algumas teorias de como Mérope tinha convencido Tom a fugir com ela, se casar e um ano depois ter um filho.

Assim como Dumbledore concordei que o mais provável era que ela tenha feito-o tomar uma poção do amor, só que, infelizmente para ela, uma hora a poção resolveu deixar de fazer efeito e o trouxa bonitão, como Dumbledore tinha dito, percebeu o que estava fazendo e foi embora abandonando Mérope grávida sem dó nem piedade.

_Espero que ele tenha morrido sozinho e doente – falei assim que o diretor disse que Tom a tinha abandonado.

Tudo bem que ele tinha sido enfeitiçado e iludido, mas ainda assim abandonar a garota grávida sozinha era sacanagem, não precisava de tanto.

_Bem, – Dumbledore disse – foi quase isso, porém isso é história para outra aula, acho que por hoje é o suficiente.

Balancei a cabeça concordando.

Harry se levantou e se dirigiu para a porta. Fiquei sentada esperando ele sair e Dumbledore nada disse sobre isso, ele sabia que eu tinha algumas perguntas que não deviam ser perguntadas, ou melhor, respondidas, na frente de Harry.

_Senhor? – Harry chamou antes de sair.

Virei-me para olha-lo, Harry encarava um anel de ouro que estava em cima de um dos armários cheios de coisinhas desconhecidas e delicadas de Dumbledore.

O anel tinha uma aparência antiga e encrustado nele havia uma grande pedra negra que estava rachada no meio,

Era o mesmo anel que Servolo Gaunt usava na lembrança que vimos e exibia como um troféu.

_É o mesmo anel! – afirmei encarando Dumbledore e apontando a peça.

_O mesmíssimo. – concordou Dumbledore.

_O senhor estava usando-o na noite em que visitamos o professor Slughorn. – Harry disse.

_Sim – Dumbledore concordou mais uma vez – De fato estava.

_Sempre o teve? – Harry perguntou.

_Não – respondeu o diretor – Eu o adquiri poucos dias antes de busca-los.

_Como? – perguntei mesmo já prevendo que a resposta não seria dada – Foi por causa dele que machucou a mão?

_É muito tarde, crianças – Dumbledore fugiu da pergunta – Essa história é outra que ficará para outro dia. Boa noite.

_Boa noite, senhor – Harry respondeu se contentando rápido demais – Evolet, vamos? – chamou.

_Na verdade gostaria de perguntar umas coisas ao diretor - respondi hesitante ainda sem sair da cadeira – Coisas da escola, nada de mais – completei quando vi o olhar desconfiado de Harry – Se importa, senhor? Não vou demorar. – afirmei encarando Dumbledore.

_De forma alguma. – respondeu – Pode fechar a porta ao sair, por favor, Harry?

_Claro, senhor. – Harry concordou – Boa noite.

_Boa noite – desejei.

Harry saiu da sala e fechou a porta atrás de si, mas antes de sair pude ver a cara de desconfiança com a qual ele me olhava.

_Parece que sua desculpa... Como posso dizer... – Dumbledore parou para procurar uma palavra adequada.

_Não colou? – completei.

_Exato.

_Não importa, sei que o senhor não iria responder minhas perguntas com ele aqui – falei.

_E quem afirma que mesmo sem a presença de Harry aqui eu responderei suas perguntas? – Dumbledore foi direto.

_Nada afirma, mas ainda assim eu tenho o direito de perguntar. – respondi.

Dumbledore me avaliou por cima dos óculos de meia-lua e antes de voltar a falar suspirou.

_Eu sei o que vai perguntar, Evolet. – avisou – Quer saber por que você precisa saber de tudo isso e também porque eu lhe obriguei a frequentar as aulas de oclumência com Snape, mas vai ter que entender que não posso responder essas e as outras perguntas que eu tenho certeza que você tem. Ainda não.

Dessa vez quem usou o olhar avaliativo antes de falar fui eu.

_Por que não? – perguntei tentando inutilmente manter a calma – Há menos de três meses afirmou nessa mesma sala que esconder as coisas que Harry trouxeram consequências que o senhor não previra, porquê acha que agora esconder as coisas de mim vai ajudar em alguma coisa? Porque ambos sabemos que tudo o que nos mostrou hoje serve para Harry, que ele sim precisa saber de tudo para ter alguma chance de sobreviver, ele é o eleito, não eu. – afirmei - Portanto, ou tem alguma coisa naquela profecia que diz que eu também faço parte de toda essa palhaçada e que o senhor não me contou, o que eu acho muito pouco provável, ou então o senhor tem algum plano idiota e está procurando algum meio de me manipular e me fazer entrar em alguma coisa nessa guerra mesmo sabendo que eu não quero me meter nela.

Dumbledore ponderou por alguns segundos sobre as minhas acusações. Encarei-o ansiosa enquanto ouvia um dos quatros dos antigos diretores de Hogwarts afirmarem que na época deles uma aluna jamais falaria assim.

_Sabe Evolet, você e Harry são realmente iguais aos seus pais. – Dumbledore comentou calmamente – Enquanto Harry confia de maneira obstinada em mim você não pensa duas vezes em me questionar e soltar toda a sua desconfiança. Lilian era igualzinha, porém, é claro, fazia o mesmo com um pouco mais de delicadeza.

_Sinal de que a minha mãe não era idiota e muito menos cega em ver que o senhor só usa as pessoas como brinquedos esperando que o seu joguinho de manipulação dê certo. – disse impaciente – Mas não estamos aqui para falar dos meus pais.

Dumbledore não pareceu surpreso com a minha acusação e balançou a cabeça.

_Sim, não estamos aqui para falar dos seus pais. – concordou – Porém não será agora que eu te explicarei o motivo de querer que você tenha, digamos, o mesmo treinamento que Harry, ainda é muito cedo, Evolet. Preciso que espere mais um pouco, posso pedir isso?

_Creio que o senhor não está em posição de pedir nada. – respondi seca.

_Não, não estou. – concordou mais uma vez – No entanto, por hora, é o que eu tenho para te responder. Espero que mesmo assim esteja aqui na próxima aula. – dizendo isso Dumbledore deixou claro que a conversa tinha chegado ao fim.

Levantei da cadeira e sai sem me despedir ou dizer que estaria sim na próxima aula, mas ele sabia disso, sabia que eu era curiosa e desconfiada o suficiente para esperar para ver no que aquilo iria dar.


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Notas finais do capítulo

Primeiro:
Eu sei que um monte de gente deve estar pensando "nossa que tédiooo", mas embora o capítulo tenha sido meio chato, e sim até eu estou pensando isso, ele é necessário. Eu até pensei em só falar que a Evolet viu tudo o que o Harry viu e depois colocar só a parte da conversa/discussão da Evolet com o Dumbledore mas acho que deve ter gente que não leu o livro ou leu há muito tempo e não se lembra com detalhes do que aconteceu então eu resolvi dar uma resumida e colocar quase tudo.
Segundo:
Estou adorando o amor/ódio que vocês estão tendo com o Tony - sim eu e ele já estamos na intimidade de apelidinhos ú.ú - e teve bastante gente que veio perguntar a aparência dele. Gente, eu descrevi ele em dois capítulos e realmente não culpo ninguém de não lembra já que eu demoro décadas pra postar então é normal esquecer, portanto vou colocar as descrições do meu lindo aqui, ok?
E sim, o Antony, igual ao Christian, é só meu, não divido então não se assanhem, já basta ter que dividir o Draco né.
Mas tá aqui a descrição:
"Estreitei os olhos agora realmente encarando-o e percebi que nunca tinha o notado em Hogwarts. Era um garoto de pele clara - talvez um pouco mais escura que a minha mas ainda assim clara - com cabelos extremamente pretos que davam um contraste imenso com a pele, consideravelmente bonito e com olhos que de longe eu não consegui definir a cor mas sabia que eram claros."(Cap. 7)
"Agora de perto observei Antony de uma melhor forma e reparei em alguns detalhes que antes, de longe, eu não tinha conseguido ver.
Seu rosto era em um formato quadrado, as sobrancelhas eram grossas e definitivamente seus olhos eram azuis, não azuis do tipo Draco – que na verdade eram mais cinzas do que azuis – mas um azul,azul, e o cabelo era arrumado em um estilo “ator de novela” meio bagunçado e arrumado ao mesmo tempo." (Cap. 9)
E para quem ficou meio na dúvida ainda se ele é bonito aqui vai a foto do ator que eu me inspirei pra cria-lo:
http://centraldicas.com.br/wp-content/uploads/2013/02/guilherme-leicam-7.jpg
Acho o Guilherme Leicam lindooo e embora não imagine o Antony igualzinho ele é mais ou menos por ai.
E terceiro:
Minhas aulas começam essa semana então me desculpem se eu sumir outra vez, sinto muito mas é a vida, terceirão ta ai e os vestibulares também então já sabem.
Enfim, era isso que eu tinha pra falar, qualquer erro no capítulo me avisem.
Beijos.