Sinal escrita por Universo das Garotas


Capítulo 21
21º Capítulo




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21º Capítulo – Fred


– Nós não iremos para outra Cidade até eu retornar da Alemanha, estamos entendidos?


Eu encarava Jason da minha mesa de maneira furiosa. Ele irrompeu na minha sala exigindo que mudássemos o quanto antes, pois o filho de mãe comprou uma casa para ele e a atriz que ele supostamente estava namorando.


– Mas Fred, eu prometi a Pamela que estaríamos lá até o carnaval. Combinamos de dar uma mega festa e tudo mais...


– Jason, seus problemas pessoais não são da minha conta. Você pode fazer da sua vida o que quiser mas não vou mudar o rumo da empresa para atender suas necessidades. Não podemos realizar as demissões agora, não com advogados fugando meu patrimônio!


Jason estava vermelho e suas narinas começaram a dilatar. Ele estava claramente no limite e essa atriz parecia realmente ser levada a sério por ele. Mas eu não poderia recuar. Tratava-se também de Beatriz. Não podia me afastar dela, não agora. Ainda não tinha certeza de meus sentimentos por ela. Tudo que eu sei é que não conseguia ficar distante dela.

– Eu irei – ele falou em tom baixo mas claramente me desafiando – vou coordenar a futura mudança de lá, se você não se importar. Mas não fico mais uma semana nessa Cidade...


E saiu da sala. Fiquei perplexo com Jason pela primeira vez. Conhecia ele desde menino e jamais ele me desafiou dessa maneira. Decidi esperar para abordar novamente o assunto com ele, antes de lhe dar o ultimato.


Não tive notícias de Beatriz nos últimos dias e no fim da semana eu viajaria para Alemanha. Precisava vê-la, ter certeza de que estávamos bem (ou pelo menos progredindo para isso). Hoje ela foi na sede da Companhia de seu pai. Provavelmente herdou todo o patrimônio. Isso deveria girar em torno da casa de alguns bilhões.


Afugentando o pensamento sobre uma Beatriz rica e distante de mim, saí da minha sala em direção ao seu apartamento. No caminho peguei apenas meu paletó e não comuniquei minha saída para ninguém. Fui para o apartamento dela mas não a encontrei. Estranho que já eram 20hs. Beatriz não estava no trabalho. Aonde poderia estar?


Sabia onde ficava as dependências da Companhia Engenheiros da Moda e fui para lá na esperança de encontrá-la. Parei o carro na rua próxima e saí em direção ao que parecia ser a recepção. Não pareciam ter ninguém no prédio além dos seguranças e do porteiro.

– Boa noite. Beatriz Figueiroa ainda está no prédio?


– Não sei Senhor. Peguei meu turno agora mas posso interfonar.


Encorajei-o a fazer exatamente isso com um movimento de cabeça. Aguardei ansioso a resposta. Mas ela veio com uma negativa:

– Sinto muito, ela saiu faz um tempo daqui. Parece que ela foi com as garotas tomar uns drinques.


Beatriz? Tomando drinques e com outras garotas? Meu radar acendeu totalmente e eu precisava saber aonde ela estava. Mais cedo liguei para o Sr. Carlos, meu motorista, perguntando que horas ele buscaria Beatriz. Ele apenas me disse sem graça que ela dispensou o categoricamente, com a desculpa de que não sabia que horas deixaria a empresa. Pegaria um táxi se precisasse. Eu quase surtei com Sr. Carlos mas seria um fracasso culpar alguém pela teimosia de Beatriz.


Enquanto pensava nisso pensei em um local que Beatriz poderia ter ido. Ela claramente gostava daquele lugar. E apesar de termos saído de lá com a péssima notícia da morte de seu pai, isso provavelmente não deteria uma Beatriz querendo tomar drinques.

Se ela estivesse bêbada como da última vez o que lhe poderia acontecer? Algum safado provavelmente a cantaria e eu nem queria pensar na possibilidade de Beatriz lhe corresponder. Eu morreria diante de uma cena dessas...


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