Battlefield escrita por A Stupid Lamb


Capítulo 3
O Começo II


Notas iniciais do capítulo

Só relembrando que os nomes foram "trocados". Na verdade estão sendo usados os nomes do meio. Espero que vocês gostem do capítulo.



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Michele’s POV

Eu dormia um sono tranquilo, alheia a movimentação da cidade, como se eu pertencesse a outro lugar, quando a porta do meu quarto é bruscamente aberta e a voz furiosa da minha mãe preenche o quarto.

“MICHELE SARFATI, O QUE VOCÊ AINDA ESTA FAZENDO NA CAMA? VOCÊ DEVERIA ESTAR NO AEROPORTO”

Levantei de um pulo. Geralmente eu acordava bem antes da hora do meu compromisso, para evitar qualquer tipo de atraso. Peguei o celular para ver a hora.

“Ai, droga”

Levantei cambaleante, indo em direção ao banheiro.

“Por que a senhora não me acordou?” Berrei para minha mãe.

“Porque não sou relógio”

Ouvi o baque da porta e revirei os olhos.

Durante o banho, com Barbra de fundo, agradeci por essa folga. Eu amava estar nos palcos, eu amava o pessoal, fiz um ótimo melhor amigo e consegui uma namorada, mas eu estava cansada da correria que era.

Participar de um voluntariado era o que eu mais queria e, com a pausa, eu vi a chance perfeita. Não entendi quando falaram que eu tinha que ir até San Francisco, mas se me chamaram para lá, é por algum motivo.

Me vesti apressadamente e corri para a parte de baixo da casa, beijando meus pais, gritando “amo vocês” por cima do ombro, enquanto saia.

Por sorte meu pai me ajudara na noite seguinte a colocar a mala no carro, reclamando que ela era muito grande.

Cheguei ao aeroporto em tempo recorde, porém de nada adiantou, eu já havia perdido meu voo. Depois de contar uma triste história para umas três pessoas diferente, que queriam me vender passagem apenas para o dia seguinte, consegui uma para daqui a cinco minutos.

A viagem fora tranquila, o que me permitiu dormir um pouco. Havia um único taxi parado na porta do aeroporto. Entre tropeços com a mala e olhares ameaçadores para uma loira que também corria em direção ao carro, eu me dei melhor. Dei um sorriso debochado para a cara de ódio que a menina me lançava e dei o endereço ao motorista.

Não muito depois, eu estava parada na porta de uma enorme casa, com a mala gigante ao meu lado. Abri a porta devagar, tentando fazer o mínimo de barulho possível, mas me desajeitei com a mala e acabei caindo.

Escutei a sala romper em risadas e desejei poder sumir, tentei me levantar, ainda desajeitada, até que senti mãos me segurando e uma voz linda perguntando se eu estava bem.

“Tudo ótimo, obrigada” Disse me virando, dando de cara com uma pessoa que mais parecia um anjo. Ficamos um tempo nos encarando, ambas perdidas no olhar uma da outra. Sorri timidamente, tentando quebrar o encanto, notando que a menina prendera a respiração por um tempo.

“El... El.. Agron... Elise” Ela estendeu a mão.

Olhei para a mão da garota, revirando os olhos mentalmente e a abracei, coisa que eu queria desde que a vira. Notei que a pegara desprevenida e sorri com isso.

“Michele Sarfati” Disse, enquanto reunia toda a minha força para sair do abraço caloroso da menina. Tentei soar o mais firme que pude, camuflando o efeito que ela causava em mim. Dei meu melhor sorriso, notando que a menina corava.

Ela se virou, levando a mala até perto de uma senhora e se encaminhando para a outra ponta. Enquanto eu caminhava, mantive meus olhos nela, tentando identificar esse sentimento tão forte que eu sentia por uma completa estranha.

A senhora se apresentou para mim, mas eu não prestava muita atenção no que ela falava, apenas no final das frases e tentava dar uma resposta coerente. Minha atenção estava voltada para a loira. Por algum motivo, eu não conseguia tirar os olhos dela. Por fim, notei que a senhora soltou um suspiro, talvez desistindo de prender a minha atenção.

“É sua responsabilidade, cuide dela” Ela se dirigiu a menina loira.

Senti que ela foi pega de surpresa. Sorri mentalmente. Ao que parece, não sou a única com os sentimentos confusos. Pensei, já imaginando inúmeras formas de brincar com a situação.

Quando vi que ela me encarava, dei meu melhor sorriso e acenei. Eu tinha em mente me virar e sair arrastando a minha mala, da maneira mais provocativa possível, mas o tamanho não me permitia e eu acabei mais atolada que antes.

Senti a mala ser puxada, olhei apara ver o problema e me deparei com a menina.

“Obrigada” Falei mais delicado do que pretendia e prendi uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Subi as escadas na frente dela, sabendo que ela tinha os olhos fixos em mim.

É, Michele; será um longo voluntariado.

Pensei, sabendo naquele momento que, embora conhecesse aquela loira a poucos minutos, eu tinha que tê-la por perto e, quando eu abraçasse novamente, seria impossível solta-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Sugestões, xingamentos, elogios e qualquer outra coisa, venham nos comentários!! Beijos, até a próxima.



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