Battlefield escrita por A Stupid Lamb


Capítulo 2
2 - O Começo I


Notas iniciais do capítulo

Mudei os nomes para evitar que a história seja excluída.



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Elise’s POV

Mas um meio de ano chegou e isso significava que tinha trabalho voluntario a se fazer. Isso começara a alguns anos, quando terminei com uma pessoa e tive o coração partido pela primeira vez.

Uma amiga viera a minha casa, tentando me animar e acabou dando exemplos de inúmeras famílias que não tinham nada, e isso me fez querer ajudá-las. Desde então, aonde quer que eu esteja, sempre volto para San Francisco nessa época.

As pessoas que vinham de outros estados geralmente ficavam em uma casa grande, no centro. Por sorte, meu irmão e minha mãe mantiveram nossa casa e eu não precisaria ficar com estranhos e compartilhar minhas manias.

Eu olhava distraída a paisagem, encantada – como sempre – com a cidade onde eu nascera e crescera, encantada com o quão diferente porém igual, ela estava, quando meu irmão parou o carro.

“Quando acabar tudo, é só me ligar” Jason é meu irmão mais novo. Embora a distancia não nos permita tanto contato como antigamente, ainda tínhamos uma conexão muito forte. O abracei, agradecendo e saltando do quarto.

Esperei até que o carro virasse, para poder entrar na casa e fingir que estou prestando atenção na primeira reunião. Respirei fundo e abri a porta, encontrando os mesmos rostos sorridentes, e braços me envolvendo a cada segundo.

Quando eu era pequena, cada pessoa que agora me abraçava, já havia me xingado, pelo menos uma vez, por razões diferentes. Hoje em dia, porém, até a turma Hittler me envolvia nos braços, me dando uma calorosa recepção.

Sentamos todos na grande sala que, com exceção das pessoas e de um quadro negro, estava fazia. A senhora Brooks, assim como em todos os anos, tomou a frente, falando eu mesmo discurso antes da divisão dos grupos.

Eu já conhecia todo ele, então, depois do terceiro ano que eu me voluntariava, eu parei de prestar atenção.

Quando eu estava quase pegando no sono, escutei meu nome. Pensei que tivesse imaginando coisas, mas quando mãos firmes me balançaram, forcei-me a focalizar no rosto impaciente da senhora Brooks que me fitava.

“Levante senhorita Agron e venha até aqui”. Pelo tom de voz usado, percebi que ela já falara aquilo antes. Me levantei, ainda aturdida e me postei ao lado dela e de outra menina, que tinha um sorriso orgulhoso nos lábios. “Vocês querem escolher ou posso fazer isso?”

Quando me dei conta do que se tratava, senti meu corpo gelar e o coração parar por um instante. Nunca, em nenhum desses anos eu sonhara, ou se quer queria, me tornar líder de um dos grupos de campo.

“Não, eu não quero isso” Disse, mais histérica do que queria. Eu não tinha nenhum espírito de liderança, muito menos para liderar pessoas que haviam me zoado.

“Eu escolho”. Disse a senhora Brooks, ignorando completamente meu protesto.

Ao final, meu grupo ficou com as faixas azuis e com um a menos.

Enquanto falavam que um de meus membros estava atrasado, a porta se abriu. A primeira vista, apenas duas enormes malas pareciam andar em nossa direção, até que a pessoa tropeçou, caindo por cima das malas. A sala toda riu. Eu revirei os olhos, indo em direção a menina baixinha que tentava desajeitadamente se levantar.

“Você esta bem?” Disse, a segurando pelo braço e a ajudando a levantar.

“Tudo ótimo, obrigada” Quando ela se virou, eu me perdi completamente nos olhos castanhos que me fitavam. Tão brilhantes e cheios de vida. Ela parecia igualmente aturdida. Depois de um tempo ela sorriu timidamente, fazendo com que eu me esquecesse de como se respira.

“El.. El... Agron... Elise” Consegui gaguejar, oferecendo a mão para um aperto. Ela olhou para a minha mão e então me abraçou, me pegando de guarda baixa.

“Luciana Michele” Disse firme, sorrindo ainda mais. Senti meu rosto corar e me virei, na esperança de que o feitiço que aquela estranha exercia em mim parasse, mas foi em vão.

Peguei as malas dela, ainda tentando evitar olha-la, mas sentindo sua presença e seus olhos me observando com determinação. Caminhei o mais rápido possível para perto do grupo, deixando as malas perto da senhora Brooks e me distanciando o máximo da pequena.

Vi pelo canto de olho o que parecia a senhora Brooks dando um sermão na menina, que mantinha um sorriso radiante, enquanto defendia seu atraso. Por fim, com um pesado suspiro de descontentamento, o que eu conhecia bastante, a senhora Brooks se virou pra mim.

“É sua responsabilidade, cuide dela”

Senti meu corpo gelar e meu coração parar por um tempo. Sabia que era loucura me sentir assim por alguém que eu acabara de ver, mas desde que eu a vira, eu sentia uma necessidade de protegê-la e de toca-la, que eu não conseguia explicar.

Permiti uma breve olhada para a menina, que me encarava com uma expressão séria, como se me analisasse. Assim que seus olhos perceberam o meu, ela abriu um sorriso enorme, que fez meu coração acelerar. Ela acenava freneticamente para mim, como uma criança, arrancando um sorriso meu.

Ela se virou, indo em direção aos quartos. Vendo a dificuldade da menina, corri para ajuda-la.

“Obrigada” Ela sussurrou, prendendo uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. Apenas meneei com a cabeça, a guiando para a escada.

Durante o caminho, um lado meu só conseguia pensar em como aquela baixinha era linda, com um sorriso incrível e que eu a queria para mim, queria cuidar dela e faria de tudo para conseguir isso. Mas o outro lado, lembrava da minha mãe, de como ela ficou antes. Eu não podia, não tinha forças para brigar com ela novamente.

É, Elise; esse será um longo voluntariado.

Pensei, prometendo a mim mesma que iria usar todas as minhas forças para me manter longe da garota problema.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado... Sugestões, xingamentos ou qualquer coisa do gênero, comentem!! Até a próxima.



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