O mundo surreal de Katheryne escrita por Ponyo


Capítulo 16
XV- Paris.




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Nota: Nessa parte do capitulo, várias pessoas falam ao mesmo tempo, para não confundir muito, as falas de Katheryne, terão a primeira letra em Negrito. Eu tenho como objetivo mostrar o que pessoas normais pensam da Katheryne e da guerra atual.

Um mês depois, navio a caminho de Paris.

Tenho ficar o mais confortável possível na rede, seria uma longa noite.
Olho em volta do velho, porém arrumado navio. Havia uma rede embaixo de mim e outras várias ao redor, todas ocupadas por outros Huntrys, uns queriam apenas chegar em casa , outros eram do mercado negro, outros estavam fugindo... Eu era a unica que queria "visitar" Paris no atual estado. Ajeito a touca que por sinal, já está começando a irritar.

Há muitos homens e algumas mulheres, todos deitados em suas redes com seus pertences junto consigo, com medo de alguém roubar. A maioria eram pessoas pobres que pagaram a viajem com os últimos trocados, me sinto triste em saber que tenho uma bolsa recheada de dinheiro comigo, para mim não é absolutamente nada, para eles é uma fortuna capaz de comprar seus maiores sonhos. Eu daria tudo sem pensar duas vezes, mas ninguém pode saber que sou rica, mestiça ou pior, rainha.

–Hei, o que vocês acham sobre essa maldita guerra? -Disse um homem velho que parecia ter uns setenta anos.

–Que é uma grande merda sem importância.

–Verdade, sempre estivemos em guerra, só que agora é oficial.

–Vários outros Huntrys estão decidido se continuam Honluxs ao se continuam ao lado vencedor.

–Eu jamais vou deixar de ser uma Huntrys, esses filhos da puta mataram toda minha família, na minha frente! -Gritou uma senhora, que parecia não ter dinheiro nem para comer.

–Os Honluxs são monstros! Matam sem misericórdia, dizem que o líder come todos os dias corações de jovens virgens, para continuar bonito e jovem.

–Não duvido nada mulher! Eu estava em um ataque deles, vi o imperador com meus próprios olhos! O monstro tem um olho verde e outro dourado, parecem de um dragão.- Disse um homem de no máximo 40 anos. Estranho, eu sempre achei os olhos de Lys tão magníficos...- O desgraçado matou uma mulher e sua filha na frente de todos, e nem sequer demostrou piedade ou olhou para trás.

–Devíamos matar todos logo!

–E pensar que vários dos nossos usam ByLux apenas por meros segundos de delírio...

Espere! Como assim delírio? -Digo para a velhinha embaixo de mim.

–Você não sabe? É claro que não sabe, é apenas uma jovem criança. -Todos na sala ficaram em silêncio, parecia que não era a unica que não tinha entendido. - Por que acha que existe tantos Splicers? Além de todas essas coisas que o Bylux proporciona, quando ejetado ele proporciona uma ilusão viciante por algum tempo. Várias pessoas que estavam na depressão o utilizavam, o governo dos Huntrys escondem esse fato com medo de dar mais Honluxs ao mundo para enfrentar. Na verdade, nem os próprios Honlux sabem muito bem disso, pois tomam a droga em hospitais e as enfermeira os deixam dormindo antes para que não tenha o efeito... Acho que eles tem medo de isso gerar Splincers.

–Qual é o efeito? -Percebo que a sala continua em silêncio. Quando eu voltar, vou perguntar "delicadamente" ao parlamento por que uma rainha não poderia saber disso.

–Você tem a alucinação do que seria "Um Mundo Perfeito". Por exemplo, você perdeu seu marido e filhos num ataque, ao utilizar o ByLux você tem uma alucinação de todos vocês vivos juntos, rindo e se divertindo.

Então, quando um Splincer usa muito o ByLux quer dizer que ele está tentando viver a visão?- Pergunto para ela, ela acenou a cabeça brevemente e fechou seus olhos para dormir em questão de segundos. Finalmente, depois de um tempo o silêncio foi embora e as pessoas voltaram a falar entre si.

–Hei! Algum de vocês já viram a nova rainha? -Me encolho na rede e puxo mais a touca para tentar cobrir meu rosto.

–Ninguém! Parece que apenas quem mora em Eldarya a viu. Ouvi boatos que a majestade nunca sai do castelo. -Eu saiu seu idiota, só que disfarçada ou a noite.

–Aposto que ela deve ser uma daquelas garotas mimadas!

–Pois você está muito errado! Ela morou sozinha durante a vida toda em uma mansão escondida no meio da floresta. Foi sozinha para Eldarya virar rainha, apenas com uma pistola! Eu tenho um primo em lá na capital que disse que a rainha é uma mestiça!

–Uma mestiça?!? Não é contra a lei?

–Claro que não! Lembre que Atlantis já teve um rei mestiço. Parece que Eldarya tirou a sorte grande, temos uma rainha que consegue se defender e lutar sozinha!

–Ha... Eu lembro da época em que não existia tantas mortes. Não vivíamos em harmonia, mas crianças podiam brincar e se divertir em publico sem o risco de morrer...

(...)

Paris- França.

–Imperador, espero que a mansão esteja de seu agrado, não é tão grande como seu palácio, mas acho que poderá viver aqui sem problemas.

–Não, aqui está perfeito, obrigado.- Lysandre olhou para a grande construção feita especialmente para a família real em tempos de guerra. A primeira vista era apenas uma velha mansão abandonada, estava com rachaduras e várias plantas cresciam em suas paredes, mas por dentro era uma mansão de totalmente limpa e com vários objetos luxuosos. - Fizeram o que pedi?

–Sim, movemos as tropas lestes e o máximo que os Huntrys estão chegando é a praia. Todos estão morrendo antes que possam notar, não teremos problemas com guerras aqui.

–Esses Huntrys são mesmo pragas peçonhentas, matamos cem e aparecem mais duzentos para irritar. Se ao menos tivéssemos uma bomba, poderíamos jogar logo em Eldarya matando a abelha rainha, ou a puta da Katheryne. Sem uma rainha á colmeia não é nada.

–Ela ainda não tem um herdeiro não é mesmo? - Rosalya deu um sorriso maldoso com o pensamento de finalmente a maldita imperatriz morrer.

–Sim, as únicas pessoas da família real vivas são a vadia, um primo de sete anos e uma velha de setenta e cinco anos. -Lysandre pegou um cigarro de seu bolso e o acendeu, dando uma forte tragada.

–Ouvi dizer que os Huntrys estão dando falsas esperanças, falando de terem conquistado países sem nem ao menos terem tropa lá.

–É uma boa estratégia, assim os soldados vão lutar com mais animo.

–Quando vai matar ela?-Disse Rosalya.

–Não é tão fácil, já treinei com ela, eu sou o inteligente, ela é um lutadora. Essa mulher treina mais de cinco horas por dia, por mais que me doa admitir, eu perderia facilmente. - O rei jogou o cigarro no chão antes mesmo de terminar e saiu andando ao lado de Rosalya, quando sentiu uma forte pancada na cabeça e desmaiou.

(...)

Cara, faz sete semanas que estou aqui, e tenho que admitir que é muito bom ter cabelo branco e ser uma mestiça. Eu passei pela fronteira de segurança e cheguei em Paris rapidamente, nenhum Honlux me parou. Tenho pena das pessoas que estavam no navio junto comigo, todas foram mortas.
Minha mochila está muito mais leve em comparada quando eu comecei essa aventura. Perdi vários itens meus em ataques e consegui pouco para compensar, um deles foi uma siringa contendo o ByLux, um Splicer que estava se viciando me atacou mais consegui matar ele.

Olho para uma cabana pequena, para ser sincera era fofa e bem arrumada. O mapa não podia estar certo, quer dizer que viajei, abandonei meu pais em um momento de guerra, e o "Grande Segredo de Dimitry" estava nessa merda de cabana? Bom, eu estava imaginando um grande castelo ou uma caverna cheia de segredos, mas até que dá pro gasto.

Abro a porta e vejo que dentro não há praticamente nada. Não tem moveis ou camas, nada. Apenas uma escada em espiral que vai para baixo. Chego perto e tento ver o final, ela acaba alguns metros para baixo, onde tem um elevador elegante aberto, como se me esperasse a minha entrada.


Acendo uma lanterna e desso as escadas


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Notas finais do capítulo

Para a alegria de uns e tristeza de outros, a história está quase chegando ao fim, vai durar no máximo dois capítulos...