Um ano e Seis meses depois. Escritória da Rainha.

–Rainha Katheryne! Temos boas noticias, a Antiga Ucrânia está destruída. -Disse Nathaniel jogando uma pasta contendo todas as informações sobre o atual estado da guerra.

–Quantos países faltam agora general? -Levantei da cadeira e fui em direção a janela, observando a bela paisagem de Eldarya.

–Não muitos, na pasta está um mapa sobre nossos territórios e o do inimigo, estamos sobre absoluta vantagem. Desculpe rainha, mas tenho que me retirar agora.- Nathaniel fez uma reverencia e abriu a porta, mas antes se virou e me olhou nos olhos. - Espero que tudo isto esteja realmente valendo a pena Kathe, estávamos vencendo mas isso não significa que nenhum dos nossos não está morrendo. Será que isso tudo está certo? Tudo bem que os Honluxs são monstros que só se preocupam com o próprio rabo, mas até bestas tem família e crianças para cuidar...

–Nath, por favor, apenas vá. -Depois ouvi a porta do meu escritório se fechando. Sentei de volta na cadeira e suspirei tristemente. Com a guerra, Nathaniel e eu nos tornamos bons amigos, mas as vezes ele era tão irritantemente certinho... Abri a pasta e peguei a mapa, pelo jeito a situação estava critica pela Atlantis.

Por mais que me doa admitir, Nathaniel tem razão até um certo ponto... Pessoas realmente estão morrendo por causa da guerra, mas o que ninguém NUNCA lembra de falar, é o fato em que há lugares que por causa da guerra, a paz domina. Huntrys podem finalmente sair dos seus esconderijos e ver um mundo de segurança sem Honluxs ou bestas os intimidando. A situação nunca esteve tão boa no mundo! Bom, já esteve antigamente, antes do ByLux.

Aqui mesmo, em Eldarya as pessoas me mandam presentes e cartões de agradecimento todos os dias por estar finalmente acabando com os Honluxs e dando paz a eles, eles falam que sou o maior líder que já tiveram. Mas é claro que ninguém fala isso. A maioria dos ministros acham que declarei guerra apenas para vingar a morte de Agatha e Kentin mas vai muito além disso. Meu objetivo sempre foi acabar com a guerra, Lysandre tinha dito para mim que acabaríamos com a guerra se fizéssemos uma aliança e esse era o caminho fácil. Quando descobri que era apenas uma mentira eu decidi acabar com a guerra pelo caminho difícil, destruindo tudo.

Leio mais algumas coisas na pasta, a guardo e vou em direção ao meu quarto, estou com dor de cabeça novamente, elas estão constantes dês que declarei a guerra. Nenhum médico consegui-o fazer com que elas parecem.
Retiro um dos meus milhares de "vestidos de rainha" e fico apenas de roupa intima preta com renda, estou no meu quarto, se alguém viesse reclamar que não estou apresentável juro que vou mandar tomar no rabo. Ouça três batidas fracas na porta, significa que é uma empregada.

–Entre.-Pego um robe de seda preta e coloco rapidamente. Uma empregada com uma caixa de madeira aparece na porta com o rosto virado para o chão. Dês que mudei jeito de governa a um ano e meio atrás as pessoas acham que sou uma carrasca que mata quem olha nos meus olhos.

–Minha rainha, Castiel mandou entregar isso. Quando algumas outras empregadas estavam limpando o antigo escritório do falecido príncipe Dimitry, acharam isso. Parece que existia outro comodo secreto que também tinha sido incendiado, entre tanto não o suficiente para acabar com tudo que tinha lá... Elas conseguiram salvar isso e Castiel achou melhor entregar isso em suas mãos. -Dizendo isso, ela colocou a caixa em cima da mesa de centro, se curvou e saiu correndo. As pessoas me acham tão terrível assim?

Vou em direção a caixa a colocando no chão sentando do seu lado. Cara, elas conseguiram achar coisas! Quem sabe o segredo de meu pai não esteja tão perdido assim. Coloco a mão não grande caixa tomando cuidado para não ver nada, quero que cada item seja uma surpresa.

A primeira coisa que pego é a capa da adaga, o que é ótimo já que não preciso enrolar ela em um pano mais.

O segundo item é um mapa um pouco chamuscado de algum lugar em Paris, tinha um "X" preto marcado no centro.

O terceiro objeto era uma caixa de metal que contia uma carta dentro em perfeito estado e um saquinho com várias pedrinhas um pouco azuladas.

O quarto e ultimo item era uma página também chamuscada de um artigo sobre Jade, o criador do ByLux.

Coloco a adaga em sua verdadeira capa e resolvo ler logo a carta. Me surpreendo ao ver "Para Dimitry" na frente.

"Dimitry, sou eu meu amor, creio que essa será minha ultima carta para você.

Não tenho muito tempo, eles continuam a vir atrás de mim! Eu não sei mais o que fazer, estou desesperada! Logo eles vão me pegar... Mas eu consegui deixar Kathe a salvo. Ela está com minha melhor amiga Agatha, fiz o que me falou e coloquei a carta e o colar juntos e também disse sobre tudo que está acontecendo. Também falei para Agatha a treinar o máximo que conseguir, sei que vai ser essencial para ela sobreviver.

Eu estive pensando sobre tudo que aconteceu e que vai acontecer com nós e principalmente com Katheryne, cheguei a conclusão que vale a pena já que salvaremos a humanidade da total ruína. Amor, espero que ela não nos odeie.

Descobri que eles estão na frança, marquei o local exato no mapa. Devíamos jogar uma bomba lá, assim matamos os desgraçados de uma vez. Percebeu que eles tem alguma coisa diferente no olhar?

Ha, eu ia quase me esquecendo, Katheryne disse suas primeiras palavras, foram "Lux", irônico não? Mas á culpa é nossa, já que vivemos falando essa palavra perto dela. Cada dia nossa pequena Kathe fica cada vez mais linda e encantadora... Mas cá entre nós, ela herdou o seu jeito teimoso.

Quero que saiba embora tudo que aconteceu não bastou de um plano, o que senti por você foi verdadeiro. Nós dois nascemos para morrer, mas espero que possamos ficar juntos novamente na outra vida.

Com amor, Elizabeth."

(...)

Um dia depois.

Terminei de me arrumar e coloquei minha roupa preferida (NT: A mesma do primeiro capitulo) e coloquei minha mochila sobre meus ombros, estava um pouco pesada mas deixe isso de lado e fui em direção ao portão secreto de Eldarya.

Castiel me desejou boa sorte e Nathaniel mandou eu ficar viva, o parlamento foi contra a minha "viagem" mas não puderam falar nada, já estava a mais de um ano no poder e já posso decidir várias coisas sozinha sem eles meterem o nariz. Passo a mão por cima da adaga que está presa a minha coxa e aperto a arma em minha cintura. Estou novamente sozinha no grande mundo aqui fora, só que com outro objetivo.

Estou indo para Paris.

Só que tem um pequeno porém...

Os Honlux ainda dominam lá.