O mundo surreal de Katheryne escrita por Ponyo


Capítulo 12
XI- Adaga


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS PELA DEMORA!



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Três meses depois. Escritório da imperatriz de Eldarya. 02:00h da manhã.

–Eu desisto. - Disse gritando para Kentin.

Fechei meus olhos e me aconcheguei na grande cadeira de couro no meu grande escritório, estou prestes a explodir. Já reviramos cada canto dessa maldita biblioteca faz semanas, mas não encontramos absolutamente nada. Nenhuma pista sobre o plano de eu pai ou algo assim.

–Não podemos desistir agora Kathe, estamos muito perto de conseguir algo, só precisamos pensar mais um pouco.

–Céus, é bem difícil pensar em algo quando e tem mil outras coisas para resolver.

–Não é muito fácil ser rainha, não é mesmo? - Kentin disse sorrindo. Ele veio em minha direção e sentou-se em cima da mesa. Iria pedir para ele sair de cima pois, se alguém visse ele teria sérios problemas por "Não se comportar devidamente na presença da Rainha", mas isso se deszipou rapidamente da minha mente quando lembro das horas. Não tem ninguém acordado felizmente.

–"Faça isso", "Assine isso", "Você não pode dar isso para os cachorros", "Katheryne por favor, tenha modos!" é uma grande merda ser rainha. Uma GRANDE merda mesmo. - levantei e fui em direção a Kentin, passando minhas mãos ao redor do seu pescoço, encostando meu corpo no seu.-Eu devia ter um filho logo, assim terei que aguentar isso apenas por mais dezoito anos.

–Relaxa, no começo é sempre assim, daqui alguns messes tudo volta ao normal e você finalmente vai poder aproveitar. - Disse colocando a mão sobre meus quadris, quando estava prestes a beija-lo, se separou bruscamente e pegou minha mão me guiando para fora dos escritório.- "Aproveitar" É isso! Pode ser uma passagem secreta na biblioteca!

–Certo, mas o que raios "Aproveitar" tem em comum com "Passagem secreta"?

–Sinceramente? Nada.

–Mas então por que... Esquece. - Chegamos na biblioteca e tranquei a porta, não quero ninguém interrompendo. Fui em direção as paredes tentando procurar alguma alavanca ou algo assim. Meu pai era um gênio, não faria algo tão clichê e fácil como esconder a pista em uma passagem secreta aberta por uma alavanca, teria que ser algo único e que ninguém jamais pensaria. Também não colocou a pista dentro de um livro, já reviramos todos. Então aonde está? E se...

–Ken! Por acaso existe outra biblioteca? - Kentin virou-se para mim com a sobrancelha erguida, ele fica tão sexy quando faz isso.

–Não que eu saib... Na verdade, acho que tem sim. -Ele segurou novamente minha mão e me guiou pelo palácio até chegarmos em frente a uma porta preta com detalhes de mármore. Geralmente ele não faz esse tipo de demostrações de afeto, mas como ainda é de madrugada e todos estão dormindo, não há problema. Essa é uma das coisas que eu não gosto em ser rainha, só posso ficar com pessoas que o conselho aprova e Kentin não foi uma delas. Mês passado quando um empregado viu eu e ele juntos dormindo na cama, dedurou para o ministro e no final todos decidirão (Sem minha aprovação) que se fizéssemos qual quer coisa do tipo novamente Kentin perderia o cargo. Claro que não paramos e continuamos juntos, só que em segredo.

–Esse é o escritório de Dimitry. - Kentin abriu a porta e entrou junto comigo - Ele tem uma biblioteca particular pequena, mas ainda sim uma biblioteca.

–Acha que pode estar aqui?

–Sim mas eu não descarto a ideia de uma passagem secreta, empregados vivem vindo aqui para arrumar e seu pai não deixaria algo tão importante exposto.

–Antes de procurarmos, temos de "riscar" tudo que sabemos que é muito obvio ou não faz o estilo dele.

–Sabemos que nos livros provavelmente não, já que as empregadas limpam eles e as prateleiras. - Comecei a andar em volta do escritório mal iluminado, com apenas uma escrivaninha e várias estantes de livros, e por mais incrível que pareça esse lugar é acolhedor e quentinho, com um leve cheiro de um perfume que conheço mas não sei de onde... - Uma passagem no chão talvez?

–Não, estamos no terceiro andar.

–Espera, pode ser que seja algo realmente obvio! Ninguém nunca procura em lugares assim.

–Já sei, a escrivaninha! Pode ser um botão secreto ou algo do tipo.- Fomos em direção a ela e começamos a procurar desesperadamente algo. Já era quase 3:00h e em pouco mais de duas horas o castelo voltaria a "acordar" e teríamos que estar em nossos quartos dormindo ou fingindo pelo menos.

–Achei algo. - Kentin exclamou sorrindo pegando um objeto da gaveta. Era uma adaga muito bonita e com uma forma unica, parece ser BEM afiada. -Acho que era algo que ele tinha para a própria segurança... Acho que ficará seguro em suas mãos.

Peguei a adaga e a apertei com força. Era uma lembrança dele, algo que ele possuía e que agora passou para mim... De algum modo ela me deixou feliz, mais confiante e de algum modo mais ligada ao meu pai.

–Kathe, olha isso - Disse Ken apontando para uma parte inferior escondida na escrivania. Era apenas um pequeno furo, mas no entanto, era muito reto e perfeito para ser algo feito por cupins. -Posso estar ficando louco, mas tem a mesma forma da sua adaga.

Olhei para a adaga e a forma do furo, ela cabia perfeitamente, principalmente por causa da sua forma unica dela. Não pensei duas vezes, coloquei a adaga o mais fundo que consegui, nada aconteceu.

–Eu jurava que ia acontecer algo... Já sei, tenta virar ela como se fosse uma chave. -Fiz o que Kentin sugeri-o e ouvimos um som de destrancamento, e cerca de cinco segundos depois a parede na lateral escorregou para o lado revelando um comodo secreto bem escuro.

–Bom... Primeiro as damas?

–Está brincando? Vá você primeiro!

–Eu estou sem minha arma, e como você tem a adaga super legal e uma força capaz de quebrar uma pessoa ao meio...

–Okay...Eu vou primeiro, mas na próxima vez que nos aventurarmos dentro de um comodo secreto, você vai na frente.

–Se tiver uma próxima vez. Estou começando a ficar com trauma de sair com você.

–Eu nunca esculto esse tipo de palavra saindo da sua boca quando você vai no meu quarto a noite Kentin...

–O que acha que tem ai dentro? -Disse ele desviando de assunto, com suas bochechas vermelhas.

–Sinceramente? Algo que possa finalmente esclarecer onde diabos estamos no metendo.

Ken sorriu e pegou minha mão e colocou na outra uma tocha para enxergamos no escuro do cômodo, ignorando totalmente a "discussão" que tivemos de quem iria entrar primeiro no comodo.

Quando estávamos quase colocando o pé na sala, ouvimos um barulho de vidro quebrado vindo da direção da janela, viramos rapidamente e vimos algo que eu realmente posso acreditar.


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Notas finais do capítulo

E novamente, peço desculpas pela demora e pelo tamanho da cap. ;w;

Mas e ai, o que acham que é?







SPOILER: Não é o Vicktor. Gente, ele morreu, não vai ressuscitar òwó



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