Crepúsculo - The Vampire Slayer escrita por Mary


Capítulo 2
Nossa primeira noite em Forks


Notas iniciais do capítulo

Bom primeiro, eu nunca pensei que receberia comentários e quando entro estou com 5! Obrigada mesmo.
E segundo, demorei a postar por motivos pessoais e delicados.
Boa Leitura!



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Alice point of view xx

Fiquei com o quarto do primeiro andar, ele estava adorável e me pertencia desde que nasci. Charlie fez algumas modificações, porém manteve coisas sentimentais como, por exemplo, minha cortina branca, me lembro de ter me escondido atrás dela quando tinha quatro anos apenas para livrar-me da vacina.

Andei até a janela olhando minha nova região. Era lindo, é claro; eu e Isabella não podemos negar isso. Tudo era verde: as árvores, os troncos cobertos de musgo, os galhos que pendiam nas copas, a terra coberta de samambaias. Até o ar filtrava o verde das folhas.

Olhei para minha cama que me chamava, não tinha noção do quão estava exausta. Tomei um banho quente e me vesti me deitando na cama.

Na manhã seguinte acordei cedo para aproveitar o tempo livre e organizar minhas roupas no closet e é claro me organizar para o Colégio. Quando acabei, peguei minha nécessaire e fui ao meu banheiro me lavar para meu primeiro dia escolar. Estava nervosa com toda a certeza, pessoas falariam que sentem muito por minha mãe e depois um “Seja bem vinda” como qualquer outra escola comum diferente desta.

Forks High School tinha um total completamente assustador de 357 – agora 359 – alunos; em Phoenix, havia mais de setecentas pessoas apenas no meu ano e eu conhecia todas. Agora não conhecia ninguém, nem um único nome. Eu e Isabella seriamos as intrusas. E se conheço bem Isabella, ela será completamente grossa com todos que tentarem se aproximar e eu tentaria acalma-la quando alguém a chamar de antissocial. Isabella era apenas uma pessoa normal com um passado trágico e doloroso, ela é uma pessoa que faz questão de demonstrar o quanto te detesta se conquistar sua inimizade.

Vesti uma calça jeans azul clara, com uma bata branca e um cachecol azul bebê, em meus pés estavam sapatilhas brancas e meus cabelos estavam soltos batendo em meus ombros com seus cachinhos em suas pontas, sorri satisfeita.

Saí de meu quarto e como esperado a cozinha estava vazia e fria. Um bilhete de Charlie estava na bancada que dividia a sala da cozinha, não me dei o trabalho de levantar-me ele provavelmente esta nos desejando um ótimo dia.

Bella point of view xx

Fiquei com o quarto da costa oeste, que dava para uma imensa floresta e para uma rua deserta. Charlie praticamente o tinha decorado como o meu em Phoenix. Sentei-me na cama e olhei pela janela, uma grossa camada de nuvens vinha em direção a Forks e com isso me encolhi.

Quando terminei de guardar minhas roupas, peguei minha nécessaire e fui ao meu banheiro me lavar depois deste dia de viagem. Olhei meu reflexo no espelho enquanto escovava meu cabelo úmido e embaraçado. Talvez fosse a luz, mas eu parecia mais pálida, doentia. Minha pele pode ser bonita – muito clara, quase translúcida -, mas tudo dependia da cor. Não tinha cor nenhuma ali. Talvez tente me socializar com alguns neste inferno congelado, mas nenhum iria substituir ele. Matt, como sinto sua falta.

Matt era um grande amigo com o passado mais trágico que o meu. Nunca havia conhecido seus pais e como família tinha apenas sua irmã mais nova. Ele e a irmã viviam em um orfanato até, é claro, serem adotados por um casar de empresários muito bem sucedidos. Anos se passaram e eu fiquei próxima a Mattew ele sabe tudo sobre mim e eu tudo sobre ele. Ano passado eu recebi a noticia que Matt havia desaparecido depois da casa dele ser incinerada e somente ele e o pai adotivo sobreviverem e até hoje nunca tiveram noticias do garoto.

Ao ver meu reflexo pálido no espelho, fui obrigada a admitir que estava mentindo para mim mesma. Eu nunca me adaptarei com nada e nunca farei amizades neste local. E quais seriam minhas chances aqui, se eu não conseguir achar um nicho em uma escola de trezentas pessoas?

Eu não me relaciono bem com as pessoas de minha idade. Talvez a verdade seja que eu não me relaciono bem com ninguém, e ponto final. Até Allie, que é a pessoa que eu sou mais próxima deste planeta, nunca esteve em sintonia comigo, nunca esteve exatamente na mesma página. Às vezes me pergunto se vejo as mesmas coisas que o resto do mundo, e a resposta sempre era a mesma, não.

Mas para mim sempre ira importar a causa e sempre o efeito. E amanhã seria apenas o começo.

Não consegui dormir bem esta noite, mesmo depois de gritar. Ao fundo o ruído constante da chuva e do vento no telhado não desaparecia assim como a preocupação e angustia presentes. A cama já não era tão confortável e eu estava incomodada. Levantei-me de minha cama andando em direção a minha enorme janela que me permitia ter uma ótima visão de quem passava na rua. Encostei minha cabeça no vidro frio e pela primeira vez em anos, me permiti soltar uma lágrima. Abri a janela e as cortinas vermelhas voaram e eu estava ali quando meus joelhos fraquejaram e me permiti sentar no parapeito da janela.

Se pudesse me atiraria daqui, mesmo que não morresse apenas me sentiria feliz em ser machucada. Era doentio. Talvez se Allie não existisse já teria me jogado e acabado com minha dor sem motivos.

Me levantei apoiando na janela. Droga de cidade! Por que ela tem este efeito comigo?

Abaixei a cabeça e com as costas de minhas mãos limpei a lágrima que insistia em cair. Me virei para a penteadeira encostada no canto da janela, andei até a mesma e peguei a adaga que continha ali. A lâmina refletia a luz do luar dando uma aparência ameaçadora. O cabo era fino e nele eram gravados palavras em várias línguas diferentes que significavam “morte”, “destruição” e “vingança”.

Senti um vento frio entrar em meu quarto, corri para a janela. O barulho dos galhos se batendo, nuvens carregadas e um vento frio. Forks estava assim como meus sentimentos, e algo me diria que isso iria seguir até amanhã.

Olhei para a rua quase desértica e vi um rosto pálido saindo da floresta, cabelos acobreados e olhos negros. Um estava um pouco atrás dele, seus olhos vermelhos e seus cabelos louros bagunçados eram as poucas coisas que eram possíveis ser vistas. Logo outro ser surgiu, os cabelos cor mel e seu corpo magro ainda era considerado musculoso, este rodava algo entre os dedos tão rapidamente que não pude identificar o que era. Ele vinha da direção do quarto de Alice e isso me preocupou. Não conseguia ver muito bem na chuva, mas tinha quase certeza que o de cabelos acobreados me encarava como se fosse seu próximo jantar, um pedaço suculento de carne talvez.

Meu pensamento primeiramente foi: Ele é um anjo. Mas ele era o contrário. Um demônio sugador de sangue. E com a decisão tomada, joguei minha adaga assim que ele estava começando a se virar e ir para a floresta. Ela cravou perfeitamente na parte de trás de sua perna. Logo o que rodava algo nos dedos fora ajudar o outro e eu sorri.

Depois deste acontecimento fechei a janela e fui para a cama.

Só o que eu conseguia ver pela minha janela esta manhã era uma neblina densa, e podia sentir a claustrofobia rastejando em minha direção. Jamais será possível ver o céu aqui; parecia uma gaiola.

Me levantei cansada e com os olhos ardendo. Minhas esperanças de me enturmar eram vãs. Meus bons sociáveis foram embora assim como meu ânimo nesta noite.


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