Crepúsculo - The Vampire Slayer escrita por Mary


Capítulo 1
Capítulo 1- Chegando em Forks




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/460681/chapter/1

Estamos sendo levadas ao aeroporto com as janelas do carro abertas. Faziam 29° em Phoenix, o céu estava azul e perfeito sem nem uma única nuvem. E eu me despedia da cidade com uma de minhas roupas preferidas - um vestido de renda sem mangas, acinzentado que ia até um palmo acima de meus joelhos e continha um cintinho branco que marcava muito bem minha cintura. Minha bagagem era composta de uma única mala de rodinhas prateada, enquanto a de Alice eram quatro com apenas roupas de inverno.

Na península Olympic, do noroeste do estado de Washington, há uma pequena cidade chamada Forks, quase constantemente abaixo de uma cobertura de nuvens. Neste local chove mais do que em qualquer outro local dos Estados Unidos e este era um dos muitos motivos de não idolatrar o local. Foi neste local melancólico e tedioso que nossa mãe, Esme, morreu quando eu e Alice tínhamos apenas sete anos de idade.

Eu adorava Phoenix, adorava o sol e o calor intenso que nos protegia. Adorava a cidade vigorosa e esparramada.

– Meninas – chamou Renée pela milésima vez-, os carros de vocês já estão as esperando em Forks – ela avisa antes de entrarmos no aeroporto.

– Em Port Angeles? – perguntei esperando não ir para casa com Charlie.

– Infelizmente não – Alice disse antes de Renée abrir a boca

– Ainda não entendo como ela faz isso – fala Renée.

Um silêncio constrangedor ficou no ar. Renée com uma expressão triste deixou uma lágrima solitária rolar.

– Vocês não precisam fazer isso – Renée diz limpando outra lágrima que insistia em cair.

– Eu quero ir – menti. Sempre menti muito bem, mas com esta não consegui e vi um pequeno sorriso de canto brotar nos lábios de Renée.

Renée é parecida comigo, mesmos olhos verdes e cabelos negros acho que as poucas coisas que nos diferenciam é seus cabelos curtos e suas rugas de expressão. Senti um espasmo de pânico ao fitar seus olhos arregalados e infantis que no momento estão chorosos. Como podia deixar a mulher que me criou todo este tempo? Ela era como uma mãe para mim e Alice. Só ai a verdade veio à tona e com isso um sorriso brotou em meus lábios. Ela agora tinha Phil e com certeza as contas seriam pagas, haveria comida na geladeira, gasolina no carro e alguém para chamar quando ela se perdesse. Phil viaja bastante e Renée sempre ficava em casa para – segundo ela – cuidar de suas sobrinhas, sentíamos que a privávamos de seus desejos e suas viagens ao lado do noivo. E claro, tínhamos um segundo motivo. Um sádico e atraente segundo motivo, a caçada.

– Se não se apressarem o avião irá partir sem vocês – fala Renée nos apressando.

– Não teria problema para mim – falei levantando as mãos e sorrindo de canto.

– Na verdade seria, e você com certeza surtaria e ameaçaria a balconista – fala Alice.

– Pelo amor! Vamos, entrem naquele avião antes que alguém seja assassinado!- fala Renée arrancando algumas risadas minhas e de Alice.

Alice deu um forte abraço em Renée e sussurrou frases como “Nos veremos logo” ou “Sabemos nos cuidar”. Quando ela acabou eu abracei Renée e quando nos separamos olhei nos profundos olhos verdes e sorri, um sorriso cruel que fez Renée tremer.

– Vou vingar minha mãe – falo séria a abraçando novamente.

– Apenas não deixe a vingança lhe cegar, pequena – ela fala me soltando – Boa Sorte – ela fala.

Eu e Alice nos despedimos novamente e seguimos para nosso avião. Forks que nos aguarde.

Alice point of view xx

De Phoenix a Seattle são quatro horas de voo, outra hora em um avião – minúsculo- até Port Angeles, depois uma hora de carro até Forks. Essa viagem não me incomodava; agora para Isabella, porém, era muito preocupante.

Charlie parecia satisfeito com nossa ida ao local, tenho quase certeza que ele não sabe – e nunca sobre nem uma circunstancia descobrir- um dos verdadeiros motivos de morarmos com ele por um período mais longo. Já havia nos matriculado na escola e se não estiver enganada, ele subornou a diretora para colocar a maioria de nossas aulas juntas.

Fechei os olhos e pequei o celular digitando uma mensagem rápida à Renée.

“Claro. Mandaremos lembranças a Charlie por você”

Fechei meus olhos e adormeci, sem pensar em nada apenas no futuro.

Acordei quando me chacoalharam. Abri os olhos dando de cara com uma Bella que discutia com uma aeromoça que insistia em abrir o uniforme para expor a boa dose de silicone em seus seios.

Isabella fazia gestos com as mãos e a aeromoça estava vermelha como um tomate. Levantei-me e andei até as duas com medo de ser mordida ou arranhada, mas decidida a acabar com aquilo.

– Bem vinda a Forks Srtª – fala a aeromoça notando minha aproximação.

– Tradução Allie: Bem vinda ao inferno congelado – fala Isabella apontando para a janela.

Quando olhei para a janela notei que estava chovendo. Não vi isso como um presságio como Isabella – era apenas inevitável. Eu ao contrário de Bella, já havia dado adeus ao sol.

Charlie nos aguardava na radiopatrulha. Eu não esperava por isso apesar de saber que Charlie era o chefe de policia do bom povo de Forks. Charlie era um bem sucedido dono de uma rede de hotéis, mas insistia em manter seu cargo de Chefe de Polícia. Charlie me deu um abraço desajeitado de um só braço e eu o abracei como qualquer um faria. Já Isabella apenas limitou-se a um aceno de cabeça e um sorriso torto. Eles não eram o que chamamos de falantes um com o outro.

– Você mudou bastante Allie, está mais madura e cresceu dois centímetros – fala Charlie me encarando de longe fazendo Bella soltar uma gargalhada.

– Vamos logo antes que eu seja mais insultada por vocês – falei fazendo bico.

Entramos na radiopatrulha e por todo o percurso ficavam nos olhando e eu já podia imaginar os boatos ou até mesmo uma manchete de jornal.

“As Swan voltaram para a cidade” ou “Órfãs voltam à cidade depois do terrível acidente”

Olhei a paisagem durante nosso caminho enquanto Charlie e Bella trocavam alguns comentários sobre o clima, que estava úmido, e a maior parte da conversa não passou disso. Fiquei olhando para a janela por todo o percurso.

Charlie virou em uma rua familiar, quase inabitada, onde eu e Bella morávamos. Estava ansiosa para chegar em casa e se conheço Charlie bem, ele provavelmente mudou tudo que conhecemos.

Quando o carro parou, eu praticamente pulei do banco traseiro para ver o que nos esperava. Surpreendi-me. Nosso antigo chalé havia sido transformado em uma casa de aparência acolhedora e principalmente aconchegante. Virei-me olhando Isabella que já puxava sua mala de rodinhas quase sem roupas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crepúsculo - The Vampire Slayer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.