Encarceradas - Interativa - HIATUS escrita por Akemi Hatagashi


Capítulo 6
Verdades


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o Nyah! voltou! Yoshaaa!
Bom, eu separarei os capítulos de duas maneiras:
Tem seis personagens. Duas narrarão cada capítulo, e eu irei variando. Ou seja, em um capítulo, por exemplo, a narração pode ser feita pela Noriko e pela Miki, noutro pela Evanecer e pela Annie, e depois Aria e Akemi, mas podem ocorrer outras variações, como num capítulo Evanecer e Miki, e noutro Evanecer e Annie, pois pode ter continuação das narrações.


LEIAM AS NOTAS FINAIS, IMPORTANTE!



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Akemi P.O.V

Fui para o meu quarto, estava me corroendo de raiva, quem eles pensavam que eram? Quem ele pensava que era? Um louco? Idiota? Bom, idiota ele era, sim.

Abri a porta e suspirei, não acredito que teria que me mudar para o quarto dele! Por que logo ele tinha que me escolher?

Eu simplesmente odiava Ayato Sakamaki.

Peguei a minha mala que estava em baixo da cama, abri-a e depois fui ao guarda-roupa. Peguei a mala e arrastei para perto do armário. Fui tirando as roupas e as jogando na mala.

— Que calcinha bonita, Akemi-chan. — arregalei os olhos e corei. Olhei para trás e vi que Ayato segurava uma calcinha preta de renda minha.

— Me devolva isso, Ayato! — me levantei e tentei pegar a minha calcinha que estava na mão dele — Me devolva, baka!

— Venha pegar. — ele levantou a mão até o máximo que podia para o alto, bufei, por que eu tinha que medir 1,58m? pulei e tentei pegar a calcinha que estava na sua mão, ele ria e me olhava com malícia.

Me irritei e lhe empurrei, ele perdeu o equilíbrio e abaixou a mão, aproveitei e peguei a minha calcinha de volta. Olhei ele e te dei língua.

Ele sorriu com o meu ato e quando eu ia me virar, ele me puxa pelo pulso e me empurra contra cama, arregalo os meus olhos enquanto caio e ele se posiciona sobre mim.

— Saia de cima de mim, idiota! — falei, tentando empurra-lo, mas ele era mil vezes mais forte que eu.

— Você me empurrou, estou apenas retribuindo.

— Você também já me empurrou, agora me solte! Já não basta eu ter que ser a sua noiva? É cruel demais.

— Sabe que eu posso decidir se eu tenho noiva ou não, sabe, né?

— Como assim? Você mesmo escolheu, eu vim para cá para ser a noiva de um de vocês e acabei sendo a sua noiva, não tem “mas”.

— Ah, Akemi. Você é tão ingênua. — ele se aproximou no meu pescoço e lambeu ali enquanto pousava a mão no meu seio, gemi involuntariamente — Você é minha noiva, sim. Mas eu posso decidir se eu deixo você viva ou não. — ele levantou o rosto e olhou nos meus olhos, corei, não, eu não sei por que eu corei. — Mas não se preocupe, mesmo com essa sua ousadia e pelo que percebi, sua teimosia, eu gosto de você. Mas mesmo assim, não tente me irritar verdadeiramente.

Engoli em seco e ele riu, nunca vi Ayato sério.

— Não vou te matar, por enquanto. — ele se aproximou do meu rosto, não recuei, mas não havia lugar para recuar.

Um choque percorreu o meu corpo quando senti seus lábios tocarem os meus. Seus lábios eram macios e frios, em contato com os meus lábios quentes. Outro choque quando a língua dele pediu passagem, a cedi. Estava atordoada, em estado de torpor.

Nossas línguas travavam uma batalha, estávamos sedentos. A mão de Ayato continuava no meu seio e a outra acariciava minha bochecha. Minhas duas mãos estavam em seus cabelos, ora fazendo carinho ora puxando.

Quando o ar me faltou, parei o beijo e ele se separou um pouco. Minha respiração estava ofegante e eu não conseguia tirar meus olhos dos de Ayato, que sorria.

Ele foi na direção do meu pescoço e eu já sabia o que ia fazer, fechei os meus olhos e então senti suas presas se fincarem em minha pele e a sucção começar.

Noriko P.O.V

Raito foi comigo até o meu quarto. Ele sorria com muita malícia e me olhava de vez em quando, bem, não para mim, exatamente. Ele olhava para os meus seios.

Chegamos, ele abriu a porta e eu entrei, peguei minha mala, ela estava ao lado da cama, Raito abriu meu guarda-roupa e ficou olhando minhas roupas. Até que ele chegou a gaveta de calcinhas e sutiãs.

— R-Raito! Não o-olhe isso! É p-pessoal! — gaguejei, enquanto ia na direção dele.

— Você é minha noiva, Nori-bitch-chan!

— Não me chame de Nori-bitch-chan.

— Então Bitch-chan.

— Nem isso — corei, enquanto pegava meu sutiã que ele havia enrolado no pescoço —, me chame de Nori-chan. Este é o meu apelido.

— Se insiste. — ele deu de ombros e sorriu, novamente cheio de malícia.

Ele se aproximou de mim e, rapidamente e de repente, me empurrou e me prensou contra a parede.

Soltei o ar que estava em meus pulmões com o susto. Ele abaixou a cabeça, ficando rente à minha.

Me deu um rápido selinho e depois se ajoelhou no chão.

— Raito? O-O que você v-vai fazer? — perguntei, temerosa.

Ele não me respondeu, apenas levantou um pouco a saia que eu usava. Sorriu novamente e levantou um pouco mais. Depois aproximou seu rosto daquela parte. Coloquei as mãos me tampando.

— Não faça isso!

Ele tirou as minhas mãos delicadamente, dando um beijo em cada. Ele se aproximou mais e deu mais beijo rápido na parte de dentro da minha coxa, tocando na alça na minha calcinha rosa.

Arfei e ele soltou um risada. Olhou rapidamente para o meu rosto e perguntou:

— Nori-chan... você não se importou de ter sido escolhida como minha noiva?

A pergunta me pegou de surpresa, mas apenas balancei a cabeça negativamente.

— Que bom.

Em seguida mordeu a parte onde tinha beijado anteriormente, gemi, mas de dor. Ali era bem mais sensível. Mas antes de perder a força, ele parou de sugar meu sangue e levantou-se.

— Raito... — ele sorriu e colocou a mão na minha nuca, me puxou mais pra perto, depois de tirou a mão. Se abaixou novamente, levantou uma perna minha e depois a outra, fui obrigada a enroscar minhas pernas em sua cintura e ele sorriu mais ainda, depois me beijou. Um beijo calmo e sem malícia. Ele separou o beijo e me olhou, minhas forças já se acabavam e eu apoiei minha cabeça em seu ombro largo, dando um beijo em seu pescoço. Minhas pálpebras se fechavam — Raito... — foi a última palavra que eu disse antes de cair no sono.

Akemi P.O.V

Ayato parou de me morder e lambeu o local da mordida.

— Vai mesmo continuar a me morder, idiota? — ele riu.

— Seu sangue é viciante. — ele se levantou, me deixando ali, deitada na cama.

Me sentei e olhei para os meus pés descalços. Seria sempre assim?

Ele me morderia, depois que chupasse meu sangue se levantaria, me deixando estirada no lugar onde eu estava?

Eu não sabia o que deu em mim, meus olhos arderam e as primeiras lágrimas caíram. Eu era só aquilo? Um saco cheio de sangue ambulante? Bom, acho que sim.

— O que deu em você? — Ayato havia percebido que eu chorava e entortou a boca, ainda suja de sangue.

Levantei-me, cabisbaixa, e voltei a arrumar minha mala.

— Me responda! O que deu em você? Por que tá chorando?

— Ayato... eu... — enxuguei as lágrimas e fechei a mala, já pronta. Levantei-me e o encarei. Meus olhos vermelhos como sangue olhando os seus olhos verdes como duas esmeraldas. — Eu... eu sou apenas o seu alimento?

A pergunta o pegou de surpresa, ele olhou para baixo por alguns segundos, depois voltou a me encarar.

— Você é uma noiva de sacrifício. — ele falou, a voz falhando. — Você pode ser a minha noiva, mas é meu alimento, sim.

— Bom saber — falei, as lágrimas quase que voltaram — Aonde é o seu quarto?

— Eu te mostro.

Ele saiu do meu quarto e seguiu pelo corredor, peguei minha mala e o segui, olhando apenas o chão.

Depois daquele beijo... eu era apenas o seu alimento?

Eu poderia negar eternamente, mas eu senti algo naquele beijo, percebi que Ayato também havia sentido, mas ele parecia tão verdadeiro quando disse que eu era apenas o seu alimento... meu mundo desabou.

Mal percebi que Ayato havia parado de andar e acabei esbarrando nele. Me afastei em um susto, ele riu.

— Você realmente... é bem distraída, né? — riu novamente, mas não respondi, apenas adentrei no quarto que estava com a porta aberta.

— Onde eu coloco minhas coisas?

— Pode colocar no guarda-roupa ao lado meu. — ele já ia passando a mão na minha bochecha, mas eu desviei, sem nenhuma expressão.

Cheguei no guarda-roupa falado, o abri, estava bem limpo e era que nem o do meu ex quarto. Comecei a guardar as coisas, Ayato se ajoelhou atrás e mim.

— O que está acontecendo contigo, Akemi? — perguntou, percebi que havia um pouco de tristeza na sua voz.

— Sou apenas o seu alimento, Ayato. Não se preocupe. O meu sangue só tem que estar bom para você beber.

Ele riu e me abraçou pela parte de trás.

— Então é por isso? — ele beijou o topo da minha cabeça — Akemi, Akemi... — falou meu nome com malícia — Eu gosto de você, mas enquanto não nos casarmos, o que vai acontecer daqui alguns meses, você é parcialmente meu alimento. Mas, acima disso, é minha noiva.

Ele deu outro beijo e começou a desabotoar a minha blusa branca.

— Ayato... — tombei a minha cabeça para trás — Você gosta de mim?

— É claro que gosto, se não eu não teria lhe escolhido como minha noiva. — terminou de desabotoar a minha camisa e admirou minha barriga branca e sem nenhuma marca. Passou a mão ali e eu estremeci, sua mão estava gelada. — Você é linda.

Olhou o meu sutiã branco e voltou a sorrir. Sorte a dele que o fecho era na parte da frente, ele a abriu e observou os meus seios medianos.

Levou suas até lá e os apertou, arfei e depois gemi.

— Parece que gosta disso.

Não consegui nem assentir, afirmando “sim, Ayato”.

Ele levantou, pegando-me pela cintura e caminhou até a sua cama. Deitou-me carinhosamente e beijou-me.

Colocou as mãos no botão do meu short e o abriu, logo descendo-o.

— Vou te provar que gosto de você...

Noriko P.O.V

Acordei e estava deitada em uma cama grande e macia. Estava coberta até o ombro.

Percebi que não estava no meu quarto e sim em outro.

Senti uma mão acariciando o meu cabelo, assustei-me e olhei para trás de mim. Suspirei aliviada, era apenas Raito.

— Você me assustou. — cheguei perto dele, encostei minha cabeça em seu peito e me encolhi. — Onde estamos?

— No meu quarto. — ele falou e sorriu, acariciando minha cabeça. — Te trouxe pra cá depois que desmaiou. Já até guardei suas coisas.

— Nossa. — falei. — Por quanto tempo estive desmaiada?

— Umas duas horas.

— S-Sério?

— Sim. — ele coçou o queixo.

— Você soube algo sobre as outras garotas?

— Não. O quarto de Ayato é ao lado do meu — ele apontou para a parede direita —, ouvi uns barulhos vindos de lá. Gemidos, talvez. Não prestei atenção.

— Akemi... — corei — O que será que eles estavam fazendo?

Raito se assustou e perguntou:

— Você não sabe mesmo?

Neguei com a cabeça e ele sorriu, nervosamente.

— Terei que te explicar como os bebês nascem. Bom, primeiro, tem um casal, a mulher e o homem, tem uma hora que eles vão para a cama, o homem...

— N-Não fale isso! — levantei-me rapidamente — E-Eu sei como os bebês nascem!

— Então pense nisso e naquilo — apontou a parede direita. — Mas não se preocupe. Vampiros não podem engravidar humanas. Apenas outras vampiras. Ou seja, quando vocês se transformarem.

— Mas vocês não sabem se resistiremos à transformação. — eu já devia estar tão corada quanto um camarão — E, aliás, o pai de vocês engravidou mulheres humanas.

— Meia-humanas. — ele se levantou, ficando ao meu lado — Elas foram meio transformadas. Mas... não dá para explicar isso agora. Bom, não é que não dá. Eu não posso.

— Por que?

— Ér... — ele coçou a cabeça — Você está com fome?

— Não muita.

— Pois é, eu estou faminto!

— Mas vampiros não comem comidas humanas!

— Ãhn... mudei meus conceitos. Venha — me puxou pela mão em direção à cozinha. Quando estávamos passando, percebi que Akemi, Miki, Evanecer, Aria e Annie conversavam.

— Raito. — o parei — Vou ficar com as garotas, tudo bem?

— Hum, claro. — falou e, num piscar de olhos, já havia sumido. Me sentei no sofá junto com Aria e Miki.

— Hey, oi, Nori-chan! — Evanecer me cumprimentou, sorridente.

— Ãhn... oi, Evy-chan! — olhei para Akemi, ela sorriu e acenou — Ake-chan... o que você estava fazendo com o Ayato-kun?

— E-Eu? C-Com o A-Ayato? — ela gaguejou e Annie sorriu.

— Só você não sabe, Nori-chan? — perguntou Annie, rindo.

— Bom, só pelo que Raito me disse. Ele ouviu uns... gemidos do quarto do Ayato.

Akemi abaixou a cabeça e corou, tive a impressão que até a cor de seus cabelos parecia meio rosado, mas foi só impressão mesmo.

— Vocês dois estão se entendendo? — perguntei, sorridente.

— Ãhn... m-mais ou menos... — ela balançou a cabeça, não estava mais corada quando nos olhou — Enfim, temos que descobrir o que tem naquele quarto.

— Que quarto? — perguntei, não me lembrava.

— O quarto em que fomos mais cedo, Noriko. — Aria respondeu. — Ele está trancado, Akemi. Não tem como estrarmos.

— Mas temos que descobrir o que tem lá! — Annie falou.

— Hey, e aquele caderno que havíamos achado? — Miki lembrou.

— É verdade! Que bom que você lembrou dele, Miki-chan! — Evy sorriu — Ele está na minha mala. Aria me entregou escondido. Vou buscar.

Apenas assentimos e ela subiu as escadas apressadamente, segundos depois, estava de volta com o pequeno livreto em mãos.

— Não acho bom lermos aqui. Os garotos podem descobrir.

— Se Reiji souber... a punição vai ser pior do que ainda vamos pagar por termos fuxicado lá em cima. — Aria balançou a cabeça.

— Vamos para o jardim — propus e elas aceitaram.

Saímos da mansão Sakamaki e fomos para o jardim na parte de trás. Era bem escondido por causa das árvores que compunham parte do jardim se estendendo para uma floresta.

Nos sentamos no chão mesmo e chegamos perto de Evanecer. A mesma abriu o livro e nós prendemos a respiração.

Noivas de Sacrifício. — Evanecer leu em voz alta.

— Aí deve falar sobre as noivas de sacrifício. — falei.

— Sim. — Aria balançou a cabeça positivamente — Continue, Evy-chan.

Evanecer assentiu e prosseguiu a leitura:

Desde os tempos antigos, uma noiva era escolha para morar por um tempo na Mansão Sakamaki. Os irmãos nunca as respeitavam, não importava sua idade ou de onde era. Eles só queriam o seu sangue, apenas isso.

“Shuu era mais tranquilo, ele não respeitava as noivas de sacrifício, só se aproximava para beber o sangue delas.”

“Reiji não respeitava as noivas, dizia que eram apenas alimentos ambulantes, tinham a vida frágil e fazia experiências com elas. O porquê eu nunca descobri.”

“Raito era o pervertido da Mansão. Brincava com as garotas e as enganava, fingindo ser o príncipe encantado que elas tanto esperavam. Depois chupava o seu sangue e aproveitava de seus corpos.”

“Ayato é o sádico, gosta de ver a dor nas pessoas e finge que se importa, o maior mentiroso de todos. É como seu irmão mais velho, Raito. Gosta do sangue e do corpo das noivas, nunca se importou de verdade para elas, ele mesmo já matou várias.”

“Kanato é meio paranoico. Parece uma criança, mas tem 16 anos. É bem gentil quando quer, mas pode ser macabro e assustador quando quer. Gosta de falar de outras noivas de sacrifício para a atual e do que fez com elas.”

“E por último. Subaru é como Shuu. Tranquilo e tenta não se envolver com as noivas. Não gosta muito de tirar o sangue delas, mas, mesmo assim, não deixa de dar suas mordidas. Subaru não fala muito e é na dele. Não gosta muito de companhia.”

Evanecer parou de ler e todas estávamos sentindo algo diferente.

Akemi estava com a cabeça baixa e cerrava os punhos. Miki olhava para as árvores como se estivesse tramando um plano de “como matar um certo vampiro chamado Reiji”. Aria e Evanecer estavam com uma cara macabra e olhavam para o “nada”. Annie olhava para o chão, sua expressão mostrava tristeza. Eu também olhava para o chão, não sabia dizer qual era o grau da minha tristeza.

— O maior mentiroso de todos? — Akemi sussurrou.

— Fazia experiências com as noivas? — Miki tocou a grama.

— Ignorava as noivas... — Aria começou.

— Só queria o seu sangue. — Annie completou.

— Macabro e assustador quando quer. — Evanecer tocou o rosto com a as costas de sua mão esquerda.

— Só queria usar os seus corpos... — falei para mim. Raito fora tão gentil comigo antes... fora tudo enganação. — Evanecer. — chamei-lhe — Tem algo a mais?

— Sobre as noivas de sacrifício? — ela balançou a cabeça — Não, mais nada.

— Não sobre elas... nós... enfim, algo mais?

Ela folheou o caderno, todas as outras páginas estavam em branco, menos as três últimas.

— Leia para a gente, Evy-chan. — Miki incitou.

A única noiva que os irmãos Sakamaki nunca desrespeitaram e, talvez, provavelmente, amaram, se chamava Hamiri Makiko.

“Era uma garota muito bonita. Tinha os cabelos verdes até a altura de seus ombros, eram repicados e na maior parte do tempo era bagunçado. Seus olhos eram de um verde musgo brilhante e ela cheia de sardas no rosto e nos braços.”

“Era bem gentil, mas tinha o pavio curto. Se irritava facilmente e poderia sair distribuindo cascudos em qualquer um que lhe aparece na frente.”

“Shuu era muito gentil com ela. Conversava e brincava. Nessa época mal queria ouvir música se isso significasse menos tempo com Harimi.”

“Reiji nunca fez experimentos com a garota, mal precisou, ela era muito inteligente e entendia muito bem de ciência. Ajudou na maior parte da pesquisa de Reiji. Para ela, ele nunca falava sobre como os humanos eram frágeis, ao contrário, apenas os elogiava. Alegava que isso a deixava feliz.”

“Raito continuava safado, mas se Harimi não estava num bom dia, ele se preocupava como uma mãe, fazia de tudo para fazê-la feliz.”

“Ayato nunca mentiu para Harimi, se bem que a garota não lhe dava brechas e sempre descobria, por menor que a mentira fosse. Também nunca tentou engana-la e alegava que era a garota da vida dele.”

“Kanato, assim como todos, era muito gentil. Diferentemente de seu comportamento com as outras noivas, de seu comportamento birrento, ele era obediente com Harimi. Sempre falava que ela era a garota mais linda que tinha visto.”

“Subaru não ficava para trás. Conversava e brincava muito com Harimi. Até a ensinou a nadar, já que a mesma não sabia. Nunca ficou ou falou grosso com ela. Era o poço da doçura.”

“Harimi Makiko, assim como todas as outras noivas, não sobreviveu à transformação. Mas nem foi esse motivo, Makiko-san sofria de câncer e isso a enfraqueceu. Na hora da transformação, ela já estava enfraquecida e seu coração parou. Soube-se que, mesmo os irmãos Sakamaki sendo gentis e os melhores vampiros que se podia encontrar, Harimi nunca amou eles. Os tratava como amigos.”

— Então... eles nunca amaram ninguém depois dessa tal de Harimi Makiko? — perguntou Akemi.

Evanecer negou com a cabeça.

— Pelo menos não que diga aqui.

— Como seriam essas outras noivas? — Aria perguntou, pensando.

— Deve ter algum registro. Acho que vi algum livro escrito “noivas” na capa, mas não sei se foi impressão. — Annie entortou a boca, franzindo o nariz.

— Vou lá ver. — Miki se levantou.

— Tem certeza, Miki-chan? Eles podem te ver. — falei, hesitante.

— Tenho. Não se preocupe.

— Eu vou com ela — Akemi se levantou — Aproveitar. Se Ayato cruzar meu caminho, irei soca-lo até ele se arrepender se ter nascido.

Estremeci, Akemi sabia dar medo às vezes. Todas concordaram e as duas foram.

Akemi P.O.V

Eu estava fervendo de raiva, meu sangue estava fervendo de ódio. Se alguém me mordesse ia achar que estava chupando ácido, queria testar a teoria com Ayato, mas Miki não deixou.

Fomos andando normalmente. Mas quando chegamos as escadas para o terceiro andar, ficamos cautelosas.

Subimos rapidamente, mas sem fazer barulho. Entramos em vários quartos até achar o que tinha o livro que achamos. Procuramos várias capas. Até que Miki me chama, ela havia achado.

— É esse? — murmurou, mostrando-me um livro que na capa dizia “noivas”.

— Deve ser. Vamos.

Ela assentiu e guardou o livro. Descemos até o segundo andar e voltamos a agir “normalmente”, se é que éramos normais.

Continuamos andando, já íamos descer quando uma voz nos interrompe.

— Aonde vocês vão? — nos viramos e encontramos Reiji.

— Iremos encontrar com as garotas no jardim. — Miki falou, virando-se novamente.

— Posso saber pra quê?

— Conversar. — voltamos a descer.

Olhei de esguelha e Reiji não nos observava mais, ao contrário, já havia desaparecido.

Continuamos a descer e, para a minha infelicidade, acabamos encontrando Ayato.

— Olá, Miki. Olá, Ayato. — ele sorriu malicioso.

Fiz uma cara de desprezo e falei, com um nojo supremo.

— Saia da nossa frente Ayato. Temos mais o que fazer do que perder o nosso precioso tempo com alguém como... você.

Ele me olhou sem entender e perguntou:

— O que deu em você?

— Finge que se preocupa que nem sente, como vai as mentiras que você já me contou? Hein? Se lembra delas? Saudades?

— Que mentiras? Tá louca?

— Você vai ver a louca. — avancei em cima dele, mas não há tempo de dar-lhe um soco, Miki me puxa para o lado de fora da Mansão enquanto eu falo um monte de coisas — Seus imbecil, idiota! É bom mentir, né? Vê se toma vergonha na cara, sua vadia homem! Otário! Eu te odeio! O-D-E-I-O! Sabe o que significa isso? Quer um dicionário?

Continuei falando, sem perceber que Miki já havia me largado e estávamos perto das garotas de novo. Elas me olhavam como se eu fosse louca, talvez fosse mesmo.

— Ake-chan? Aconteceu alguma coisa? — Nori perguntou, olhando-me enquanto me sentava ao lado da mesma.

— Encontramos com a Ayato no caminho.

— E com o Reiji. — Miki completou, apenas assenti, a raiva se dissipando.

— Então não conseguiram o livro? — Evanecer perguntou, triste.

— Conseguimos sim. — falei, orgulhosa — Dê para ela, Miki.

Miki apenas assentiu e entregou o livro para Evanecer, que entregou para Annie.

— Estou cansada de ler. — abanou a mão.

— Eu leio. Não tem problema. — Annie sorriu, fechando os olhos. Não aguentei e apertei suas bochechas, ela abriu os olhos corada e assustada. — A-Ake-chan?

— Você fica kawaii assim! — me desprendi das bochechas da mesma e ela riu.

— Obrigada. Bom, vou ler.

Assentimos e nos aproximamos.

“Noivas” — ela começou e engoliu em seco, abrindo na primeira página — Aqui fala a lista de noivas.

Assentimos, engolimos em seco e dissemos, em uníssono:

— Continue.

— Procure a tal de Harimi Makiko. — falei. Annie assentiu, folheou o livro e finalmente achou a tal de Harimi Makiko e começou a ler.

Nome: Harimi Makiko

“Idade: 17 anos”

“Tipo sanguíneo: AB”

“Sabia sobre os vampiros?: Sim”

“História: Desconhecida”

“Noiva de Sacrifício”

Morta

— Só tem isso? — Aria perguntou, descrente.

— Sim. — Annie virou a página e já falava de outra garota.

— Leia sobre as últimas noivas que tiveram. — Noriko falou.

— Tudo bem. — Annie foi para as últimas folhas do livro — Vou ler.

“Nome: Miyana Jonessa”

“Idade: 18 anos”

“Tipo sanguíneo: A”

“História: Desconhecida”

“Noiva de Sacrifício”

Morta

“Nome: Cawena (lê-se Cavênã) Gos”

“Idade: 14 anos”

“Tipo sanguíneo: A - negativo”

“História: Encontrada na rua, não se lembra de seu passado. Família pesquisada | Sem os pais e irmãos. | Orfã.

“Noiva de Sacrifício”

Morta

“Nome: Lena Hessa”

“Idade: 20 anos”

“Tipo sanguíneo: B”

“História: Fugiu de casa e foi encontrada na rua por Karl Heinz.”

“Noiva de Sacrifício”

Morta

— Essas são as últimas. — Annie falou.

— O que vocês estão fazendo com esses livros?! — um voz nervosa pergunta atrás da gente. Agora sim: estamos ferradas. Todos os garotos estavam lá. Raito e Ayato estavam com uma cara culpada, Shuu estava espantado, Reiji nervoso, Kanato batia os dedos nervosamente uns nos outros e Subaru não conseguia olhar a gente, estava corado.

Nos levantamos, não estávamos com medo. Queríamos saber a verdade.

— Quem era Harimi Makiko? — Aria pergunta, encarando os garotos com uma cara nada boa.

— Isso não lhe desrespeita.

— Desrespeita, sim, Reiji. — falei — Todo esse tempo... vocês mentiram para a gente — olhei diretamente para Ayato, que abaixou a cabeça.

— Acho que vocês já sabem quem é ela. — Shuu falou — Ela está morta. Não tem mais o quê saber.

— Tem sim. — Annie falou — Por que com ela vocês eram bonzinhos? Gentis, educados? A ajudavam e sempre que ela estava magoada, vocês a animavam? E conosco não? Qual a diferença?

— Vocês não entenderiam.

— Explique então.


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Notas finais do capítulo

Bom, aqui chegamos. Quero que, NOS COMENTÁRIOS, vocês respondam essas perguntas. OBS: Uma personagem para cada pergunta, nem mais nem menos.

1) Escolha uma personagem para ser uma amiga mais íntima sua:
2) Escolha uma personagem para ser mais distante de você:
3) Você contará seus segredos para a pessoa da pergunta 1?:
4) Você conversará normalmente com a pessoa da pergunta 2?:
5) Ao longo da história, você quer que a pessoa 1 (da pergunta 1) se torne sua melhor amiga?:
6) Ao longo da história, você quer que a pessoa 2 se torne sua inimiga?:
7) Você tem algum segredo em especial? (Diga sim OU não, se tiver, me fale por MP):

Bom, é isso! Tenho prova semana que vem, por isso não postarei, mas tenho dois capítulos prontos e assim que der eu posto.