Encarceradas - Interativa - HIATUS escrita por Akemi Hatagashi


Capítulo 5
As Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, fofas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/460632/chapter/5

Miki Tsunayoshi P.O.V’s

Acordei, abri os olhos vagarosamente e fiquei fitando o teto. Eu estava em um hotel, que um tal de Karl Heinz pagou para mim.

Eu corria rapidamente pelas ruas do Japão, estava escuro e as ruas estavam totalmente vazias. Parecia que as pessoas haviam fugido.

A chuva apenas aumentava e me castigava, até que entrei em uma rua escura, hesitei por tempo suficiente até ouvir vozes gritando, e entrei, dessa vez sem hesitar e voltei a correr o mais rápido que podia.

Até que esbarrei em alguém e caí no chão. Olhei para o alto e era um homem, mas estava escuro demais para eu ver o seu rosto.

Ele me olhou e entortou a boca.

Qual o seu nome? perguntou.

Por que quer saber?

Eu posso te tirar dessa enrascada. apontou para um ponto atrás de mim e eu me virei, e vi que algumas pessoas vagavam por ali, e gritavam por meu nome.

Como?

Me fale o seu nome.

Miki Tsunayoshi! falei me desesperando, eles estavam cada vez mais próximos.

Eu estava procurando por uma garota bela mesmo Não creio, será que ele...? Quantos anos você tem?

18... me acanhei.

Perfeito. Eu posso te ajudar se você aceitar se tornar noiva de um dos meus filhos. Se não, te deixo aqui, mas não acho que aqueles caras estarão felizes por te ver... assim.

Mas... não era o certo eles pedirem...

Aceita ou não?

Sim, se isso me ajudar.

Ele apenas assentiu e me puxou, começou a correr e eu só via flashes de luzes e só via borrões de letras ou desenhos, ele corria realmente rápido!

Até que parou na frente de um hotel.

Um motorista vem lhe buscar às 8:00 da manhã, esteja pronta. Não se atrase.

Tá.

Em seguida, me deu um papel com um número de um quarto e eu assenti.

Ele saiu andando calmamente, e foi aí que eu percebi: Ele não estava molhado! Como isso era possível?

Dei de ombros, mas não deixei de pensar naquilo, então apenas subi para o “meu” quarto.

Pois é, eu aceitei me tornar “noiva” de um filho desse tal de Karl Heinz, – o qual eu descobri o nome quando olhei o verso do papel – eu não sabia o que esperar.

Olhei o meu relógio de pulso, e este marcava 7:50. Droga! Estava atrasada!

Por incrível que pareça, tinha uma mala cheia de roupas ao lado da cama, e eram do meu tamanho! O que fez eu questionar ainda mais quem era esse Karl.

Abri a mala, peguei um short jeans, uma blusa colorida e florida e calcei uma sapatilha preta com brilho.

Desci rapidamente, a moça da recepção mal me notou! Era grossa mesmo.

Um homem com uma limousine me esperava. Ele segurava uma pequena aplaca escrita: “Srta. Tsunayoshi”, fui até ele e falei:

– Me chamo Miki Tsunayoshi. – ele assentiu e abriu a porta de trás do carro, e eu entrei.

O homem dirigiu em silêncio, e em alguns minutos havíamos chegado à... mansão.

Saí do carro e o homem disse:

– Não se preocupe com a sua mala, madame. – apenas assenti e fui até a porta. Bati duas vezes e ninguém atendeu, então apenas esperei, observando o jardim.

– Ham... oi? – uma voz fofa falou atrás de mim e eu me virei, encontrando uma garota de uns 16 anos. Ela sorria tímida.

– Miki Tsunayoshi. – me apresentei, séria. Ela pareceu se acanhar um pouco.

– Ér... – ela era muito tímida.

– O que foi, Nori-chan? – uma garota de cabelos brancos e soltos, com olhos vermelhos apareceu na porta.

– Ela é a Miki...

– Deve ser a última noiva. – uma garota de cabelos louros e olhos vermelhos rubros apareceu ao lado da albina.

– Sim. Eu não sabia que tinham outras noivas.

– Sou Evanecer. – a loura falou.

– Me chamo Akemi.

– Eu sou a Noriko, mas me chame de Nori. – ela ruborizou.

– Venha tomar o café da manhã. – Evanecer sorriu amigavelmente para mim.

– Claro.

Entrei na mansão e as garotas me guiaram por ela, até chegarmos a uma sala (de jantar), lá tinham outras duas garotas.

Uma delas tinha cabelos castanhos, curtos e repicados até a altura dos ombros e seus olhos eram cinzas. Ela sorria amigavelmente e gesticulava com a mão esquerda, enquanto comia uma maçã com a outra.

A outra tinha longos e lisos cabelos castanhos escuros, seus olhos eram bem azuis e tinha a pele alva. Ela comia uma fatia de bolo e respondia vez ou outra o que a primeira garota falava.

– A de cabelos curtos é a Annie e a de cabelos longos é a Aria. – Evanecer nos apresentou, apenas assenti. Annie e Aria sorriram rapidamente para mim.

Nos sentamos na mesa e eu comecei a comer.

Akemi comia torradas e algumas fatias de manga, Evanecer comia frutas vermelhas enquanto bebia um suco de pêssego, Noriko se alimentava apenas de um pudim de leite condensado.

Peguei alguns cookies e comecei a comê-los, em silêncio.

Logo Annie, Akemi e Evanecer terminaram de comer, mas elas nos esperaram. E depois, Aria, Noriko e eu terminamos.

Decidimos que íamos dar uma volta. Aria não queria no começo, mas com a cara fofa da Noriko e da insistência da Evanecer, acabou cedendo.

Fomos andando até chegarmos no segundo andar da mansão. A partir dali, havia uma fina corrente na escada, como se dissesse “não passe daqui”.

– O que será que tem lá em cima? – Annie questionou.

– Por que não descobrimos? – Akemi sorriu sapeca.

– Não sei se é certo, Ake-chan.

– Ah, vamos lá, Nori-chan! – Annie se animou e Nori corou um pouco, mas assentiu.

Passamos por debaixo da corrente e começamos a subir. Haviam teias de aranha para todos os cantos e estava tudo cheio de poeira.

Continuamos tossindo, até que encontramos uma porta, ela estava fortemente trancada, diferente das outras, que estavam abertas.

– O que será que tem aqui? – Aria questionou.

– Algo que eles não querem que os outros saibam. – Noriko entortou a cabeça, observando a fechadura.

– Deveríamos investigar. – me intrometi na conversa. Elas me olharam e Annie falou:

– A porta está trancada, não há um modo de entrar, só com a chave, e não deve estar aqui nessa mansão, eles não deixariam algo assim aqui. É fácil de se descobrir.

Evanecer falou algo no ouvido de Aria e ela assentiu, pronunciando-se:

– Por que não vemos os outros quartos? Depois damos um jeito de ver este.

– Por mim tudo bem. – Annie falou.

– Por mim também. – Nori falou. Akemi e eu apenas assentimos e fomos para o quarto seguinte.

Ele estava meio escuro, mas Aria abriu a cortina.

Ele tinha uma poltrona velha e mofada, uma mesa de vidro quebrado e um tapete sujo.

Eu achei que ali não tinha nada, mas Aria nos chamou a atenção e a olhamos. Ela tinha um caderno de capa de couro preta. Ela assoprou a capa para tirar a poeira, mas acabou indo no rosto de Akemi, que era a mais próxima. Ela tossiu um pouco e fez uma cara de ódio para Aria, que apenas pediu desculpas.

Abrimos o livreto, mas quando íamos começar a ler, seis garotos aparecem na porta.

O primeiro tinha cabelos pretos, que podiam se confundir com roxos, olhos rosas avermelhados e usava óculos.

O segundo tinha cabelos louros com as pontas claras e olhos azuis, ouvia música.

O terceiro tinha cabelos ruivos curtos e repicados e olhos verdes.

O quarto tinha cabelos brancos e olhos rosas, e estava bem sério.

O quinto tinha cabelos ruivos ou castanhos – não vi muita diferença –, semi-longos e olhos verdes, e tinha um chapéu na cabeça.

E o sexto e último tinha cabelos curtos e repicados roxos, olhos também roxos e segurava um urso.

– O que fazem aqui? – o de óculos perguntou.

– Nós... hmm... bem... – Evanecer estava gaguejando, isso não era bom.

– Depois iremos puni-las por isso. – ele dirigiu o seu olhar para mim – Quem é você?

– Miki Tsunayoshi.

– Deve ser a última noiva. Me chamo Reiji. Estes são Ayato, Subaru, Shuu, Kanato e Raito – apontou para cada garoto e eu apenas assenti. – Nos sigam.

As garotas apenas assentiram cabisbaixas e os seguiram, não fiquei para trás.

Eles nos levaram para a sala e nos mandaram sentar. Nos sentamos e Reiji começou:

– Hoje cada um de nós vai escolher a noiva.

– Por que vocês? É injustiça! – Aria reclama e eu concordo.

– Por que sim, Aria. Subaru, comece.

O Subaru passou o olhar por cada uma de nós, avaliando-nos. E parou em Aria, será que ele se identificou com ela ou algo parecido?

– Escolho ela. – Reiji assentiu e disse:

– Tudo bem. Ayato, escolha.

Ele sorriu sapeca e passou o olhar por nós. Parou em Akemi e anunciou:

– Eu vou querer a Akemi.

– Não.

– Sim.

– Não.

– Sim, Akemi. – Reiji interferiu a discussão – Kanato, escolha.

– Eu vou querer a Evy-chan! – falou com uma voz infantil.

– Raito, escolha.

– Nori-bitch-chan!

– Shuu.

– Escolho a Annie. – ele falou e bocejou em seguida.

– Então sobrou para mim você, Miki. – ele falou como se quisesse outra garota, aquilo me encheu de raiva, francamente!

– Prefiro morrer. – quase cuspi as palavras para Reiji.

– Alguns pedidos podem virar realidade – ele falou rapidamente no meu ouvido, arrepiando-me. Só espero que ele não atice a minha segunda personalidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Última das noivas, uhuuul!

Gente, minha provas começam amanhã, então sem capítulos por um tempo, beijos e até o próximo capítulo!