Always by your Side escrita por Jules


Capítulo 30
Visita ao Charlie


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, me perdoem!
Eu sei que demorei muito, para postar esse daqui,
Peço que me perdoem, eu tinha desistido de postar aqui.
Mas, eu voltei e vou pelo menos finalizar essa fic.

Se vemos la embaixo!



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"A suprema felicidade da vida é ter a convicção de que somos amados".

Victor Hugo

 

 

Abri a porta da mansão acompanhada de Clary e Gus, os dois estavam arrumados e cheirosos. Hoje, por uma ideia de Bella iriamos leva-los para conhecer Charlie. O plano inicial era dizer que eles eram filhos de um primo de Edward que havia morrido em um acidente de avião. Em passos calmos cheguei até a sala, aonde Clary correu até Rose de braços abertos.

— Titia – Clary a abraçou com carinho.

— Como passou a noite, querida? – Rose correspondeu o abraço, dando um beijo na testa de Clary.

— Bem...- respondeu de forma meiga, passando a mão em seus cabelos sedosos. Ela usava um vestido vermelho que cobria o seus joelhos, um casaco preto, uma meia-calça branca e uma sapatilha preta. Fitei Gus, ele usava uma calça jeans preta, uma camiseta azul escura e um casaco vinho. Seus cabelos eram castanhos e escorriam por seu rostinho na cor pêssego.

— E vocês vão passear, Gus? – Alice perguntou entrando na sala. Os rapazes estavam todos na biblioteca, Edward e Alec passaram a noite estudando as táticas que os Volturi usam para eliminar um clã.

— Sim, titia. Vamos conhecer o vovô Charlie – sua voz era tão infantil e carinhosa. Então vi um vulto passar pelo meu lado, uma menininha de cabelos bronzes levemente cacheados. Ela usava um vestidinho cor de rosa, uma bota e um casaco vermelho escuro.

— Clary, Gus! – Renesmee correu em direção aos dois, Clary saiu do colo de Rose e abraçou a prima de forma gentil. Ouvi o som do passos de alguém se aproximando de forma leve e em seguida uma mão ser colocada em meu ombro. Me virei e abri um sorriso pequeno para Bella.

— Como está? – perguntei observando os três pequenos conversando sobre conhecer Charlie. Em seguida, passei a mão em meus cabelos os jogando para atrás. Eles estavam castanhos novamente, pelo que me parece a tinta acabou saindo durante o processo da transformação. Bella usava um jeans escuro, uma blusa vermelha vinho e uma jaqueta de couro marrom.

— Do mesmo jeito que você, Edward e Alec não saem para nada. – murmurou como se estivesse desabafando, sua mão foi para o seu bolso da calça e em seguida ela respirou.

— Eu conheço meu marido... – fiz uma pequena pausa e em seguida continuei. – E você conhece o seu, sabemos muito bem do que eles são capazes. Mas, isso é loucura Bella. Vivi anos ao lado deles, sei que quando eles vão atrás de um clã... – Não consegui terminar, minha voz estava tremulada e meu coração parecia que batia forte – mesmo sendo impossível.

            A porta da biblioteca foi aberta de forma um pouco brusca de dentro saia um Edward e um Alec tomados pela exaustão, mesmo nos não precisássemos dormir era necessário um descanso. Os cabelos negros de Alec estavam bagunçados, a fisionomia em seu rosto era de revolta e medo. Ele caminhou até o meu lado, dando-me um beijo em minha testa e depois ficou ali em pé. Edward estava encostado na parede próximo de Bella.

— Papai... – Clary e Gus disseram ao mesmo tempo, correndo em direção a Alec. Que pegou os dois no colo, um de cada lado e os abraçou de forma carinhosa. Ele passava a mão nos cabelo dos dois afagando.

— Hoje nós vamos conhecer o vovô Charlie – Renesmee comentou ao lado de seus pais, abraçando um ursinho daqueles marrom e um pouco surrados, que tinha uma gravata vermelha.

— Nós, vamos? – Alec questionou colocando as crianças no chão e me fitou. Fiz uma careta de “essa ideia não foi minha” e afaguei os cabelos de Gus que agora estava abraçado a mim.

— Ideia dela! – apontei para Bella, que deu de ombro e abriu um pequeno sorriso.

— Bem, achei que seria uma boa oportunidade para nosso pai conhecer os netos. – explicou Bella, enquanto Edward se matinha em total silencio. O clima estava pesado no ambiente e não era para menos.

— Ótima ideia, Bella. – Edward finalmente falou algo, em seguida ele se afastou da parede e passou a mão em seus cabelos.

— Então, vamos. – disse quebrando o meu silêncio e estiquei minha mão para poder pegar na mão das crianças. – Gus... Clary – os chamei e vi os dois caminhando em minha direção e cada um pegando em uma das minhas mãos.

            Saímos de dentro da mansão e caminhamos até os carros. Edward, Bella e Renesmee foram no Volvo prata dele. Sumi em nossa Mercedes preta, Gus e Clary se sentaram no fundo e Alec no banco do passageiro. Liguei o mesmo, seguido o Volvo a nossa frente. Entramos na estrada, que sempre estava vazia e o silencio do carro dominava. Olhei o retrovisor e vi Gus brincando no vídeo game portátil e Clary com sua boneca, fitei com o canto dos olhos Alec. Ele parecia estar tão petrificado e sua face estava com dor, de quando ele era um guarda de Aro. O carro era automático, senti a mão entrelaçando nossos dedos.

— Mamãe... – Clary disse baixinho.

— Sim, querida? – perguntei sem desviar o olhar da estrada. Porém, pude ver os dois se entre olharem.

— Você e o papai estão brigados? – Clary perguntou um pouco manhosa e com olhar triste. Fitei Alec que pareceu engolir em seco apertando minha mão.

— Por que diz isso, querida? – Alec perguntou.

— Por que vocês dois estão diferentes, mal se falam e parecem estar bravos. – Gus murmurou de forma desanimada, senti um nó em minha garganta e me encolhi um pouco no banco do carro.

— Papai e a mamãe, não estamos bravos e está tudo bem crianças. – Alec apertou minha mão, senti uma energia boa me tomar. Era como estivesse carregada de alguma coisa que me deixasse mais forte.

— É verdade, estamos bem meus amores. – disse de forma carinhosa, enquanto via os dois ainda em silencio. Dei um pequeno sorriso de lado para Alec, nos dois sabíamos que não seria possível esconder por muito tempo o que estava acontecendo, mas por hora seria assim.

            Estacionei o carro em frente a bela casa de madeira, o Volvo de Edward já estava parado em frente a alguns segundos. Respirei fundo, tirando a chave do painel e abri a porta. Sendo seguida por Alec e depois as crianças, ficamos um tempo do lado de fora planejando como iriamos contar a Charlie. As crianças assentiam a tudo que Edward explicava. 

— Vocês entenderam, certo? – Edward perguntou para os três que apenas mexiam a cabeça para cima e para baixo.

— Vamos entrar, então. – Bella disse.

            Seguimos até a porta da casa de Charlie, era estranho estar aqui. Não vinha aqui desde o meu casamento e nem virá Charlie pessoalmente. Apenas nos falávamos por telefone, já que ele não podia saber de nossa transformação. Subimos a pequena escada, as crianças iriam ficar com Alec por enquanto e Edward apertou a companhia com sutileza fazendo o som ecoar. E em questão de minutos surgiu um homem, com sua meia idade, olhos cansados e barba por fazer. Usava um jeans clara rasgada, uma camisa xadrex e um tênis velho. Seu cheiro invadiu a minha narina, então tranquei a minha respiração e seria necessário agir como uma humano.

— Edward, Bella e Becca. – Charlie disse em tom de surpresa, abrindo a porta com velocidade era possível ouvir seu coração a quilômetros de distância. Seus olhos brilhavam, enquanto ele passava a mão em seus bigodes e abri um sorriso sem jeito nenhum.

— Não vai nos convidar para entrar? – perguntei de forma contente, era maravilhoso poder ver meu pai novamente e acho que Bella sentia a mesma coisa.

— Oh, sim. Claro, entrem! – Charlie respondeu de forma desajeitada.

            Com a porta aberta seguimos até a sala, passando por Charlie. Ele coçou sua barba, porém nada disse se manteve em silencio. Edward ficou em pé ao lado da lareira, Bella e eu ficamos em pé próximo ao sofá. Charlie caminhou lentamente até sua poltrona e então ele respirou fundo.

— Por que vocês não vieram mais para casa? – perguntou Charlie quebrando o silencio.

— É complicado. – Bella respondeu.

— É complicado? Vocês duas... As duas, sabem como eu fiquei preocupado com vocês? Tem noção do quanto... Do quanto, eu sofri? – Charlie se levantou e sua voz estava um pouco alterada.

— Nós sabemos que o senhor passou, acha que não queríamos ligar e contar o que estava acontecendo? – perguntei dando alguns passos para perto dele. Seus olhos percorriam meu corpo, cabelos e olhos. Sorte que estava usando lentes da cor de meus olhos. Ele se aproximou um pouco para tocar em meu rosto, só que desviei dele.

— Queríamos te contar tudo, mas não é tão simples assim. – Bella comentou, se pudéssemos chorar provavelmente já estaria com os olhos cheios de lagrimas. Controlei minha emoção e me virei para ele novamente.

— Vamos contar tudo que precisar saber, somente o necessário e nada mais. – disse e então Charlie fez uma face de deboche e apontou o dedo para nós.

— E se eu não puder me contentar? – Charlie questionou, afinal ele era um cabeça dura igual a nós duas. Balancei a cabeça de um lado para o outro e vi Bella procurar o que dizer.

— Você nunca mais irá nós ver, lamento pai. – Bella disse. Charlie arregalou os olhos, em seguida fechou suas mãos. Puxando todo o ar para os seus pulmões e pude ver sua expressão mudar por completo.

— Minhas filhas, parecem minhas filhas. Mas, não são elas mesmas. – Charlie murmurou um tanto frustrado.

— Nós ainda somos suas filhas, pai. – meu coração se partiu e então caminhei em sua direção o abraçando, Bella me seguiu e o abraçamos com força. Sua mão era passada por minha costa, provavelmente me sentindo gelada. Charlie tentou dizer alguma coisa, porém nada saia dos seus lábios.

— Eu senti muita falta, das duas. – A voz dele estava chorosa e então nos afastamos de Charlie. Demos um pequeno sorriso e fingi que estava limpando os olhos, a lente incomodava um pouco. Edward saiu da sala caminhando até a porta e abriu a mesma.

— Charlie... – Edward o chamou.

— Queremos que conheça algumas pessoinhas. –  Alec disse entrando na porta, sendo seguido por Clary, Nessie e Gus. Os três estavam atrás de Alec e agora Edward vinha caminhando junto.

— Quem são? – Charlie perguntou enquanto passava a mão em seus cabelos e em seguida na barba.

— Nossos filhos. – Edward comentou, pegando na mão de Renesmee.

— Essa é a Renesmee, minha filha e de Edward. – Bella disse, seus olhos brilhavam e Nessie estava encolhida perto de seu pai. Charlie se abaixou e caminhou até ele e deu um pequeno sorriso.

— Ela tem os seus olhos, Bella. – Ele murmurou. – Oi, eu sou o vovô Charlie.

— Oi, eu sou a Nessie... Tenho 4 anos. – Renesmee disse de forma tímida.

— Esses são Augustus e a Clarissa, nossos filhos. – Alec se aproximou com os dois. Os dois pareciam mais acanhados que o normal, continuei a observa-los.

— Oi, sou o Gus... sou irmão gêmeo da Clary e nós dois temos 4 anos. – Augustus falou de forma simpática. Ele respirava forte, em seguida abria um sorriso pequeno.

— Oi, vovô. – Clary se aproximou de Charlie e o abraçou.

— Vocês os adotaram? – Charlie perguntou e então todos nós olhamos. – Tudo que eu preciso saber. – Murmurou revirando os seus olhos.

            Passamos a tarde toda juntos, Bella e eu tentamos fazer um bolo de cenoura que não deu muito certo. Charlie e os rapazes falavam sobre o futebol e as crianças brincavam na sala. Após o café da tarde, resolvemos voltar para casa. E Charlie nos levou para até a porta aonde nos despedimos.

— Venham mais vezes, o natal está se aproximando. – Charlie disse da porta, acenando para nós.

— Voltaremos, pai. – dei um abraço nele.

            Adentramos o carro seguindo em direção a mansão, quando meu celular começou a tocar. Dessa vez quem estava dirigindo era Alec, apanhei o mesmo e o atendi o mesmo. Era Alice.

Becca, aonde vocês estão? — sua voz estava um pouco apreensiva.

— Indo para casa, porque Alice? – perguntei curiosa. Fitei que as crianças estavam dormindo no banco de trás. O sol já começava se por.

Nossos primos do Alasca estão aqui, já liguei para Bella e a avisei. — Alice continuava a falar, mas ainda não havia entendido o motivo de sua apreensão.

— E qual o problema, Alice? – quis saber. Segurando o celular ao meu rosto.

Que eles... São a família de Irina.— Apertei meu celular com força, sentindo o mesmo se partir. E então fitei Alec e o mesmo entendeu o que quis dizer. Senti a velocidade do carro aumentar, assim como a minha fúria.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Acho que o Charlie merecia conhecer as crianças. Eu mudei sim, porque acho que seria melhor ele conhecer as crianças grandes para não ter aquele negocio de ver o bebe e em 3 meses eles ficarem com aparência de 8 anos.

E o que devo fazer para o próximo capitulo?



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