"Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle."

Fabrício Carpinejar

Agora com a nossa nova dieta conseguimos pelo menos ficar um pouco saudável para o futuro parto, Carlisle disse que em menos de uma semana poderíamos entrar em trabalho de parto e era de extrema importância que a casa estivesse abastecida com bolsas de sangue. E por essa razão que Emmett, Carlisle, Bree e Esme estavam indo até o hospital de Forks para arrumar algumas bolsas.

Bella e eu estávamos sentadas na sala assistindo Romeu e Julieta e claro que Rose e Alice não paravam de tentar nos entupir de pipoca e doces – todos estavam tentando nos engordar para que nos tivéssemos nenhum risco de vida. Alec e Edward estavam jogando xadrez o que era meio sem graça já Edward podia ler a mente de Alec.

— Já chega! – Alec se levantou com um sorriso. – Você lê minha mente e assim não vale. – derrubou a rainha entregando o jogo.

— Me desculpe, não consigo controlar às vezes isso é muito chato. – Edward sorriu.

Foi quando Jacob entrou na sala ele parecia estar cansado e logo em seguida Seth apareceu na porta usando apenas uma bermuda jeans escura.

— Eles passaram. – ele disse para Edward.

— Nem sei como agradecer. – Edward tocou o ombro de Jake.

— Hey Bella e Rebecca. – Seth disse. - Como vocês se sentem? – perguntou sentando-se ao lado do braço do sofá.

— Acho que bem. – sorri passando a mão em meus cabelos que estavam desalinhados.

— Bem também. – Bella disse.

Foi quando Rose e Alice passaram por nossa frente com um sorriso em seus lábios e Bella olhou para mim se sentindo irritada.

— O que eu perdi? – Jake perguntou.

— Rose está fazendo graça com os nomes dos bebês. – Edward disse com um sorriso torto.

— Não são tão ruins assim. – comentei fitando Alec que sorriu disfarçadamente.

— Pode contar comigo. – Jake sorriu.

— Se for menino eu tava pensando em E.J – Bella sorriu para mim. – Edward Jacob.

— Está bem esse não é tão ruim. – Rose comentou.

—Quieta! – Alice mandou.

— Eu tava aqui junto da Becca e estava combinando os nomes das nossas mães. – ela fez uma pausa. – Rene e Esme. – ela respirou. – E então formou Renesmee.

— Rene... Esme? – Jake tentou pronunciar.

— Eu gostei. – Edward sorriu. – É um nome único e especial, perfeito para a situação.

— E você Becca? – perguntou Alice. – Já pensou em algum?

— Sim, só que são um pouco mais simples. – sorri mexendo no meu cabelo tímida. – Se for menino eu pensei em Augustus e se for menina Clarissa. – Alec me fitou como se estivesse emocionado.

— Que lindos! – Alice comentou.

— De onde você teve a idéia? – Seth perguntou, porém antes que pudesse terminar Alec me interrompeu.

— São os nomes dos meus pais. – disse caminhando até mim e dando-me um beijo. – Eu te amo. – sussurrou.

— Ele gosta. – Bella sorriu se levantando indo em direção a mesinha de centro pegar o copo com sangue para mais um gole.

— Eu também gostei – disse sincera.

Ao se abaixar para tentar pegar o copo Bella se desequilibrou e sua coluna virou um “S” parecendo ter sido quebrada ao meio, fui tudo visto em câmera lenta e Bella caindo com força com os dois joelhos sua face estampava o horror pela dor, todos correram para cima dela e Edward segurou sua cabeça antes que pudesse bater no chão.

— Bella? – gritei chorando.

— Rebe...cca – me chamou esticando suas mãos enquanto Edward, Jake, Alec e Rose corriam para o andar de cima. Tentei me levantar, porém Alice me segurou no sofá.

— Me solta Alice! – mandei tirando suas mãos de cima de mim.

— Se acalme, isso só vai fazer mal a você e seu filho! – Alice disse tentando meu acalmar.

— Minha irmã precisa de mim. – disse nervosa.

— Você não pode ajudá-la. – Alice foi grossa comigo. – Agora fique aqui! Vou ajudá-los.

Alice subiu rapidamente ao segundo andar e minha preocupação era enorme, Seth tinha se levantado para ir ao banheiro e foi quando tentei me levantar sozinha caminhando até a porta da sala, porém eu senti alguém me pegando e tirando de dentro de casa, seu corpo era frio – Um vampiro. Fui jogada contra o chão duro da floresta fria e escura. Comecei a chorar com medo de serem os Volturi, eles me matariam mesmo grávida sem dó nem piedade com muita dificuldade me levantei encostando-me contra uma arvore tentando procurar pela mansão porem foi em vão.

— Quem está ai? – perguntei sentindo um frio em minha espinha, coloquei a mão em minha barriga sentindo uma grande agitação dentro dela. – Calma! Agora não é hora meu filho. – pedi aos céus para que não estivesse entrando em trabalho de parto se não meu filho e eu morreríamos aqui sem a ajuda de ninguém.

— Você deve ser muito tola. – A voz era extremamente familiar, fria e áspera e tão cruel quando o seu próprio nome. – Você sabe quem sou eu? – perguntou dando uma gargalhada monstruosa.

— Eu sei que é você Demetri. – gritei com medo e então suas mãos voaram em minha garganta prendendo-me com muita força. Comecei a senti a falta do ar e coloquei minhas mãos sobre a sua tentando tirar do meu pescoço, porém nem fez cócegas.

— Garota esperta. – ele sussurrou em meu ouvido com aquela boca imunda próximo a minha pele era quase que uma ofensa ele encostar-se a mim depois de tudo que ele fez. – Nada me da mais prazer do que matar a esposa e o bastardo filho de Alec. – cospi em seu rosto com toda a minha força.

— Não ouse tocar no nome do meu filho e Alec. – sua outra mão puxou minha cabeça a abatendo com força na arvore a dor era insuportável poderia dizer que até senti uma leve tontura. Ele soltou o meu pescoço dando-me um tapa em meu rosto fazendo-me cair no chão sentada.

Eu já estava sem esperanças ele iria me matar e matar o meu filho, minha pobre criança inocente. Abracei a barriga com força pedindo a deus para que ouvisse minhas preces, Demetri estava-me chutando na região das costas e dando-me tapas na cara o meu rosto já estava tão inchado que mal conseguia vê-lo.

— Isso mesmo... – disse sem força, ele me virou para cima e minha face estava lavada pelo sangue. – Seja o covarde que eu sei que você é, mate uma mulher e seu filho! – foi quando ele se abaixou na minha altura se aproximando do meu ouvido.

— Eu não vou te matar... – disse com aquela voz imunda e cruel. – Eu só vou te machucar... Muito! – e foi quando senti a mordida em meu pescoço, tentei afastado-lo porem eu estava perdendo a consciência e a sensação de dor começou a tomar conta de mim.

— Se afaste dela! - gritou Alice e um lobo gigante passou por cima de mim, Alice me pegou em seu colo com desespero eu só conseguia sentir o vento batendo em meu corpo sem força nenhuma e minhas veias queimando como a pior das torturas.

Estava entrando em um nível que já não conseguia mais me mexer, meu coração aparecia estar parando de bater, meu corpo já não estava respondendo e senti quando Alice me deixou sobre uma superfície minha visão estava ruim devido a surra que tinha levado.

— AMOR! – Alec gritou. – Meu deus, o que houve com você meu anjo. – ele abraçou com corpo desfalecido. Eu já não conseguia me concentrar na conversa dele com Alice.

— Quem fez isso com ela? – gritou Alec com Alice.

— Demetri, eu me afastei em menos de minutos e ele a pegou aqui dentro. – Alice estava nervosa eu podia ver sua voz tremer. – Me perdoe Alec, por favor... foi minha culpa. – Alice pedia em desespero.

— Não foi Alice, agora me ajude! – Alec disse rapidamente me pegando em seu colo eu sentia o bebê se mexer cada vez menos dentro de mim. – Ela esta se transformando! – ele disse.

— Temos de tirar o bebê agora! – Edward disse. – Se não ele vai ficar preso para sempre. E nesse instante eu usei todas as minhas forças para gritar.

— TIREM ELE AGORA! - gritei sentindo meu corpo ficando mole e minha visão apagando.