– Nossos? - Ela me pergunta.

– Sim nossos! - Passei o resto da noite no quarto dela, de conchinha. Acordei com Abbey me dando um selinho.

– Vamos? Temos que estar na arena ás 13:00! - Ela sorriu.

– Meu pior pesadelo. Um de nós morrerá na Arena. E se for você, levarei esse ódio eterno. Se for eu, você pode voltar para casa, levar sua família para a casa dos vitoriosos, e por favor, ajude meu irmão.

Fui para o meu quarto, vesti apenas uma bermuda jeans e fui para o almoço. Almocei sem camisa, apenas de bermuda, não vi problema.

– Haymitch, uma última dica? - Pergunto para ele.

– Fiquei vivo.

As últimas palavras que ouvi antes de ser conduzido para o aerodeslizador na cobertura do "hotel" foi: Derik, que a sorte esteja a seu favor. Talvez, fosse a última coisa que Effie tenha me dito.

– Vocês serão conduzidos até a arena. Aqui os seus rastreadores serão instalados em seus braços. - Uma mulher com sotaque italiano avisou todos. O Aerodeslizador estava lotado, 53 tributos, 3 encarregados pelos rastreadores, 2 pilotos, fora os seguranças. Um homem ruivo com os olhos amarelos veio em minha direção, com uma enorme injeção, e colocou aquele negócio circular no meu braço.

– Ai cara! - Gritei, empurrando ele. Me olhou com mau-humor, mas ignorei. O resto da viagem foi bem tranquila, com gritos de dor e a Púrpura dando um soco em uma mulher ruiva que queria colocar o rastreador e ela dizia que era a privacidade dela. Desci do aerodeslizador por primeiro, pois queria acabar logo com isso. Descemos em uma plataforma reta, com uma porta no chão, parecia mais um alçapão. Desci as escadas estreitas e pequenas até uma divisão em 53 pequenos quartos. Vi um com uma placa: DISTRITO 12 ---->. Segui a placa normalmente. Derik Gentlos --->. Entrei em um quarto estreito. A única coisa que tinha no quarto era o tubo que subiria para a arena e uma cômoda de mais ou menos 5 centímetros, com uma roupa em cima.

– Acho que isso serve em mim! - Disse, pegando a roupa. Era uma regata preta, um casaco vermelho bem fino, uma bermuda vermelha curta, que ia até um pouco antes do joelho, um tênis azul bem simples, devia ser de pano. Apenas isso. Nem cuecas tinha!

– Boa sorte! - Ouvi Haymitch dizer, entrando no quarto. Já estava vestido, quando ele me avisou - Fique vivo!

– Seu último conselho é ....

– Fique vivo, apenas isso!

– Cuide do meu irmão por mim!

– Não precisarei. - Ele saiu do quarto, sendo conduzido pelos Pacificadores.

– O que faço? - Gritei, mesmo sabendo que não teria nenhuma resposta.

– Subam em seus tubos de lance. - Ouvi uma voz misteriosa e grossa dizer, parecida com a voz da nova namorada do Snow. Apostado que ela só quer poder! Foi o que fiz. Subi no prato, e vi o tubo fechar. Olhei para baixo, o prato começou a subir. Olhei para cima. A pequena abertura havia sido aberta, sendo iluminada pelo sol escaldante. O prato sobe cada vez mais, revelando a arena.

– Uaauuu! - O sol estava me tostando. Não conseguia ver, a luz havia me cegado por alguns instantes. Senti o impacto do prato parando, e olhei para os lados. Vi que Abbey estava logo a meu lado. - Olá! Que a sorte esteja a seu favor! - Digo para ela, sorrindo. Olho para o outro lado, e avisto Sullivan, uns 4 ou 5 tributos ao meu lado direito. Ele aponta para a Cornucópia, e aceito com a cabeça.

Cornucópia: Para quem não sabe, é o lugar onde se localizam as armas e outros objetos que você provavelmente irá ultilizar na arena. É em formato de cabeça de touro e normalmente é de prata. Voltando á história....

Aponto para a Cornucópia para que Abbey possa ver. Ela acena em concordância e finalmente vou observar a arena. Vejo que ela no teto é repleta de vidro, e nas laterais de cimento. Olho para o chão, e percebo que tem várias linhas.

– É um estacionamento! - Digo, baixinho, para Abbey ouvir.

– O que? - Ela diz, mas não respondo. Será que era uma loja? Ou um estacionamento da cidade? Não sabia. Mas avistei escadas atrás de mim, que levarei provavelmente para os níveis de baixo. Minha tática era correr para a Cornucópia, pegar itens e mochilas e correr para as escadas, me aliando á Abbey e Sullivan, tentando não matar ninguém. Olho bem para a Cornucópia, e avisto um cinto de facas e machadinhas. Era exatamente o que precisava! Vejo 2 mochilas vermelhas de couro ao lado do cinto, assim poderia pegar facilmente e correr.

– Sejam Bem-Vindos á 76º Edição dos Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre á seu favor. Contagem regressiva! - Ouvi a voz de Claudius, ajuante de Caesar, que iria comentar os jogos. Uma voz de mulher comunicou o relógio.

– 60 segundos.

Fiquei mais nervoso do que nunca. Mas de repente, ouço um grito ao meu lado esquerdo. Um garoto. Ele ficou desesperado, e correu em direção á Cornucópia. Vi o garoto ser explodido em 1.000 pedacinhos.

– Hahahahahaha - Ouvi risos á minha direita. Avistei Ashley, uns 2 tributos a minha direita. - Menos 1. Faltam 51! - Todos os Carreiristas começaram a rir loucamente.

– Menos 50, você também já foi! - Gritei, provocando-a.

– 15 segundos.

Me preparo para correr, na direção do cinto.

– 10 segundos.

Olho para Abbey, e ela também se posiciona.

–5, 4, 3, 2, 1, que os Jogos comecem!

Corri loucamente em direção á Cornucópia. O casaco vermelho voava no vento. Olhei para o lado direito e vi que Ashley já estava na boca da Cornucópia. Corri mais rápido. Cheguei finalmente na Cornucópia. Peguei o cinto, as 2 mochilas e corri em direção á escada. Vi que Abbey ainda estava na Cornucópia, então voltei para ajudar.

– Abbey! - Gritei, vendo que Joshua vinha com um machado em sua direção. Peguei umas das facas e lancei no rosto dele. Vi o machado cair de sua mão, e caiu aos poucos no chão. Ele me olhou assustado, e depois, ouvi o canhão. Alcancei Abbey, que naquele ponto já tinha pego 2 machados e 1 espada. - Você está bem? - Perguntei, pegando na mão dela e correndo.

– Acho que sim. - Olhei para trás e vi Sullivan com um arco e flecha nas mãos.

– Vem! - gritei na direção dele. Ele acelerou o passo, e veio atrás e nós. Vi que estava acompanhado de Katerineh, que carregava uma mochila. Eles nos alcançaram, e descemos as escadas loucamente. Na escada, conseguimos ver várias lojas velhas e abandonadas. Corremos em direção á uma loja de condimentos, onde a porta estava aberta. Sem fôlego, falo:

– Então, cadê o Finnick?

– Ali! - Vi Katerineh apontar para o lado de fora, onde a cerca separava as escadas para o outro andar. Januak, Púrpura, Ashley, Peeta e Marks estavam torturando Finnick.

– Fiquem aqui, vou resolver isso! - Disse, caminhando em direção a porta. Coloquei a mão em uma faca e em uma machadinha. - Hey, larguem ele.

– Hahahaha, você está brincando, Gentlos? - Perguntou Púrpura.

– Se ele estivesse brincando, porque perguntaria? - Vi Abbey se aproximar, com os 2 machados na mão. Ela havia dado a espada á Katerineh. Ela arremessou o machado, que pegou na cabeça de Marks, matando-o. Ouço o canhão.

– Quem será o próximo? - Perguntei, enfrentando eles. Vi todos correndo para a direção oposta, onde estava a Cornucópia. Corri em direção á Finnick, que estava totalmente torturado. Arranhões, cortes, ferimentos expostos, e todos os tipos de ferimentos possíveis. Arrastamos eles para dentro da loja. Katerineh, você e Abbey cuidem dele. Eu e Sullivan vamos proteger o lugar!

Ouvi um barulho de chute, depois, apenas o canhão.

– ABEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY! - Gritei, como nunca.