Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 15
It's Dark Inside


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEYY, esse capítulo foi esperado hein? hehe mas ai está, tentei ao máximo deixá-lo de um jeito que pudesse ser praticamente vivido pelo leitor, E CHOREI POR CAUSA DA RECOMENDAÇÃO, gente vcs não sabem como eu fiuei feliz, leitora Anna vc é uma linda, Beijos gelados para você, isso sem contar os lindos comentários tbm né glr?? amo mt vcs e desculpa se alguns comentários saíram cortados no final, a culpa foi do teclado, teve um que eu n queria escrever o " P, Não" era pra ter saído "para não" lamento em qual saiu assim... mas anyways... ENJOY



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–Por que Jack? Por que não posso ver o cilindro?

–Elsa, é complicado de te explicar, por que não sei o que verá lá, mas existe uma coisa na qual você não deve acreditar, principalmente você, que é poderosa demais.

–Se você ao menos me dissesse, talvez eu pudesse controlar e...

–Não tem controle, tem apenas o risco... E você pode estar em sérios problemas se isso acontecer.

–Eu não irei discutir - minha expressão é séria. - eu já estou praticamente morta mesmo, meu coração congelado lembra? - fecho os olhos e viro meu rosto para baixo - Eu sou um monstro.

–Dá para você parar? - ele se levanta do banco e eu abro os olhos olhando para ele que está parado na minha frente com o cajado, ele está bravo. Me levanto também.

–Parar? - digo irritada - se é a verdade, porque devo parar? Eu sou sozinha, eu sempre fui assim. Porque eu sou um monstro.

–Você não acha que sou sozinho também? - grita - Acha que é a única com problemas aqui? Eu... Eu tenho tanta...esqueça. Não acredito...que se acha um monstro porque tem poderes de gelo, ou um coração congelado sei lá, você deveria começar a rever suas atitudes, são elas que te tornam algo, e você não é um monstro.

–Jack, eu não queria te magoar, mas você não sabe de nada da minha vida. Já disse que sou ruim, praticamente do mal, uma pessoa que congela o coração dos outros... É do mal. - estou encarando-o - Me deixe sozinha, é melhor pra todos nós.

Ele se aproxima de mim e apoia uma de suas mãos no meu ombro e me olha triste.

–Não vê que isso me machuca também?

–Não quis dizer você, eu sou o monstro, por ter um coração congelado. - estou gritando - Eu não falei que você era o mal dessa história.

– E quem disse que é por isso que estou triste?

–Como assim? - diminuo a voz e franzo a testa, analisando seu rosto, alguns fios de seus cabelos brancos caem um pouco sobre seus olhos de um azul profundo capaz de te fazer enxergar galáxias em suas pupilas.

Ele me mostra um sorriso, não brincalhão, nem triste, apenas sincero.

–Olha, eu sou seu amigo não sou? - ele me encara.

–É.

–Não quero te ver machucada, quero te proteger. E pra isso as vezes temos que esconder verdades.

Toco a mão dele que ainda está no meu ombro, estou com uma cara triste.

–Eu entendo, só...Nada - eu queria dizer pra ele não me deixar como disse para ele fazer anteriormente, mas não sei ser assim, por mais que eu queira.Sou orgulhosa demais pra isso.

–Não precisa se preocupar, eu vou estar sempre aqui. - parece até que lê meus pensamentos.

–É que... As vezes tenho certeza que você é o único que me entende.

Ele olha pra mim e sorri.

–Tenho minhas fontes de pesquisa.

Rimos. Observo o sorriso dele.

–As pessoas normais, elas sorriem o tempo todo, e isso me empurra para muito, muito longe, você sabe...- franzo o cenho - Mas quando você sorri, não é como se estivesse forçando, é acolhedor.

–Você deveria ver o seu sorriso. - ele responde de imediato.

Eu sorrio e ele sorri de volta.

Chega perto de mim e coloca suas duas mãos geladas segurando minha nuca e deposita um pequeno beijo em minha testa. Sinto o frio em seu pequeno gesto, um frio que a mim poderia ser normal.

Mas não aquele frio.

Aquele frio vinha de dentro e parecia atravessar meu corpo como um furacão. Um furacão de neve branca e de textura leve, capaz de consertar, e não de destruir.

–Sabe, você não precisa do cilindro pra ficar bem, pra ser feliz.

–Eu sei, eu só.... Já estou bem, não precisa se preocupar, não irei ver o cilindro.

Ele assente com a cabeça, claramente satisfeito por ter me tirado dessa ideia.

–Assim é melhor. - ele sorri. - deixa o passado no passado, é sempre melhor olhar pra frente. Me prometa que não vai fazer nenhuma besteira. - ele me olha desconfiado.

O observo e depois olho para cima, o céu é de um azul celeste naquele bosque, tão diferente do cinza de que estou acostumada que quase esqueço de que Jack espera uma resposta.

–Prometo.

~•~

No meio da noite, não era de minha natureza fugir, muito menos sem saber como eu iria, sempre a boa menina tive que ser, não é mesmo? Mas entrei na sala mesmo assim e me encaminhei até Jack Frost, ele dormia. Anna havia ido para Arendelle e passaria a noite lá com o Kristoff. E eu ainda tenho que congelá-lo, quase me esqueci desse detalhe.

–Apenas uma criança...– uma voz desdenhosa ecoou em minha cabeça.

Olhei para todos os lados mas nada se via.

Ignorei a voz e procurei delicadamente, sem fazer barulho, um globo daqueles que tem um portal.

Perto da lareira havia um par de meias, achei meio cedo para o natal, fui até as meias e ao olhar o que tinha dentro encontrei dois globos, um em cada meia.

Agora era só lembrar como funciona.

Sai em meio a neve, não sentia frio mesmo.

É só jogar o globo e falar pra onde quer ir, simples, eu consigo, o problema é que odeio portais.

Mas as vezes o orgulho deve ser posto de lado.

Jogo o globo e falo meu destino.

–Reino da fada dos dentes.

~•~

Azul, rosa e escuro.

E muitos, muitos, muitos cilindros, todos organizados mas mesmo assim, existem muitas pessoas que começam com a letra E.

–Elsa!– uma voz alarmante, mas distante, preencheu o lugar, as fadinhas que por ali dormiam pareceram não perceber.

–Elsa!– de novo a voz se tornou ouvível.

Fiz o óbvio, a segui.

Fui correndo e procurando, a voz vinha de algum daqueles cilindros.

–Elsa!– a voz continuava, incessantemente.

Um cilindro me chama atenção, ele está brilhando num tom de dourado intenso.

O pego na mão, nas laterais dele tem o desenho do meu rosto, não é roubo, são minhas memórias.

–Promete não fazer nenhuma besteira?

–Prometo.

Nota mental 2 : Eu tenho que parar de mentir.

Toco o cilindro no centro e uma luz dourada começa a me cegar.

Desejei ver o que meus sonhos significavam.

Esse foi meu último desejo antes de que a luz me cegasse por completo.

~•~

–Apenas uma criança...Tão parecida com você não é mesmo? - uma risada maligna foi ouvida.

Tudo estava escuro e o único ponto de luz vinha de um túnel acima, de algum buraco pelo qual podemos cair pelo caminho se não tomarmos cuidado.

Estava escuro mas ainda se enxergava tudo, menos de onde vinha aquela voz obscura. De repente outra voz.

–O que quer dizer com isso? - o menino rebelde de cabelos brancos e olhos de um azul safira estava logo embaixo do túnel, provavelmente havia caído, ou aparecido lá por mágica, afinal aquilo parecia ser uma caverna bem grande e não muito normal.

–Não se faça de tolo - rosnou a outra voz. - sei muito bem dos poderes daquela criança idiota.

–Onde ela está? - o força a dizer com o cajado apontado para lugar nenhum.

–Ha, se fosse tão fácil, acha mesmo que eu te devolveria ela? A sua maior fraqueza? - riu com desdém e um pedaço de sua sombra apareceu, ainda não dá para vê-lo completamente.

O cajado se vira instintivamente para o pedaço da sombra.

–Não ouse fazer nada...

–Não ouse fazer nada - diz a sombra imitando sua voz de um modo infantil. - menino idiota, acha mesmo que ela sairá ilesa? Destruir ela significa te destruir, e isso será divertido - a sombra ri maldosamente - te ver sofrer será melhor do que te ver morto.

–Onde. Ela. Está? - rosna o garoto.

–Jack Frost, Jack Frost, - repete a sombra em tom de desaprovação - amar dói não é mesmo? Tem certeza de que não quer entrar para o mundo escuro? Podemos trabalhar juntos, podem acreditar em nós... as vezes o medo e a escuridão são menos dolorosos do que o amor, você nunca vai esperar por ela... E se esperar, ela irá crescer e ser de outro, por que ela ficaria com você?

–Cale a boca - ele grita - cadê a Elsa? - ele aponta o cajado para a sombra e joga uma tempestade de gelo em direção a ela, apenas para acertar a parede.

–Por que eu lhe mostraria a Elsa? Não é melhor você procurar?

Jack grita e tenta acertar novamente a sombra. Uma perseguição começa e o garoto corre para todos os lugares a procura da garota e da sombra, várias camadas de gelo vão se formando no caminho, outras ele joga contra as paredes.

De repente o silêncio toma conta e o escuro se torna mais espesso, o medo dá pra ser sentido.

E um lugar mais iluminado aparece.

No lugar estava uma cadeira na qual a garota estava amarrada.

–Elsa! - ele corre em desespero e agarra a cadeira tentando ao máximo torar a corda, sem sucesso, ele retira a mordaça de sua boca.

–Jack! - ela grita. - Vai embora, ele pode te machucar.

–Ele nunca irá me machucar, nem a mim nem a você, precisamos sair daqui agora mesmo.

–Já vão embora? - a voz vem de um canto mais escuro da sala. - Vocês ainda nem falaram tchau. - ele se faz de triste.

Uma parte de seu manto preto passa da parte mais escura para a parte mais clara e aos poucos seu corpo vai aparecendo, ele anda pesadamente até a sala, seu rosto agora pode ser visto, e o escuro vem de um lugar onde parece ser impossível de ter alguma luz.

o escuro vem de dentro.

Ele é feito de escuro, feito de medo, feito de dor. Olhar pra ele dói.

Vestia uma manta preta que vai até seus pés que aparentemente estavam flutuando, sua pele é de um cinza melancólico, um cinza grafite, seu cabelo de um preto puro, e seus olhos duas esferas negras, contendo ódio.

Em seu sorriso de puro desdém, se via que seus dentes caninos eram mais avantajados, formando assim uma aparência ainda mais assustadora.

–Saia daqui Pitch. - Jack falou se colocando entre a garota e o homem escuro.

– Você não tem nada mais inteligente para dizer? - ele riu e estalou seus dedos.

A garota deu um grito e se contorceu na cadeira.

–Pare! - ele joga uma rajada de gelo no pitch, e acaba acertando-o, Jack aproveita a oportunidade e tenta levantar a cadeira para levá-la.

–Vocês não vão a lugar algum. - Pitch fala se levantando e estala os dedos fazendo aparecer cavalos negros, feitos de algo parecido com a areia do Sand, só que negra.

–Conhecem meus bebês? Não? Não fiquem com medo então, ele farejam o medo. - ele fala acariciando-os.

Os cavalos fazem uma barreira entre a garota e o garoto.

–Ai, Ai, Jack. - diz pitch. - deveria ter se juntado a mim quando foi proposto, mas escolheu... Isso. - falou apontando para a menina. - ela é só uma criança, e você sabe como crianças são com o medo. Mesmo assim ela é tão parecida com você não é mesmo? Tão sozinha, tão poderosa, tão corajosa quanto. - ele alisa o queixo pontudo. - Acha mesmo que vale a pena ter tanto esforço para ser corajosa agora, menina?

–Me tire daqui, eu não ligo pra o que você diz. - ela diz com o nariz empinado.

Gelo se forma sobre seus pés e onde suas mãos amarradas tocam a corda.

–Não seja ridícula - ele diz calmamente - é claro que você liga, eu sou o medo, e acho que você deve saber que a escuridão e o gelo são coisas que estarão com você sempre, vejo seu medo nesse exato momento, medo de perdê-lo - aponta para Jack - Mas você é só uma criança. Tão deliciosamente medrosa quanto qualquer outro mortal.

–Deixe-a em paz! - Jack grita e tenta se aproximar mas os cavalos entram na sua frente e o calor que sai deles poderia facilmente ser prejudicial só por encostar em alguma pele normal.

–Acho que isso não será possível. - ele estala os dedos e uma nuvem de areia negra cobre a garota, sufocando-a.

–Elsa!

–Ah, calado. - ele joga uma areia negra que lhe cobre a boca o amarrando contra uma parede.

–Você foi burro por ter se apaixonado por uma mortal, e ela foi burra por achar que era igual a você, ela é muito mais poderosa, e bem, não fará muita falta para mim, se bem que poderia usá-la em vez de você, talvez ela seja útil mas, é mais legal vê-la te fazendo ser fraco...não acho que valha a pena matá-la rápido, mas vê-la sofrer primeiro será mais legal.

Jack se debatia entre as areias, tentando ao máximo agarrar seu cajado que estava no chão perto de seus pés.

Pitch estala os dedos e uma areia negra perfura o peito da garota, passando por dentro dela sem deixar marca quando passa por completo.

A garota grita durante o acontecido e depois deixa sua cabeça pender desacordada.

–Vamos ver se é capaz de gostar dela mesmo ela não lembrando de quem você é, e mesmo ela sendo como eu, - aponta para si - com o coração feito de areia negra, congelado em plena escuridão, e que você não irá poder fazer nada a respeito, isso será interessante, a propósito, os pais dela são pessoas tão boas não é, talvez depois de certo convívio, seria uma pena se algo acontecesse a eles, como uma maldição talvez? - dá de ombros - A irmã dela a Anna, insignificante, iria ser tão triste se algo acontecesse a ela também, não é mesmo?

Ele estala os dedos de novo e Jack se debate enquanto uma areia negra o sufoca até ele ficar completamente desacordado.

–É bom você começar a correr - Coelhão diz enquanto Norte, Sandman e Fada dos dentes aparecem por um portal.

–Acho que chegamos tarde. - diz a Fada.

–Também acho que chegaram tarde. - Pitch lança uma rajada de areia negra neles.

A luz cega novamente meus olhos e eu acordo.

~•~

–Jack! - sacudo ele chegando em casa, eram quase 3 da manhã.

–O que foi? O que foi? - ele tenta focar os olhos em mim enquanto acorda - Elsa? - pergunta incrédulo. - quer me matar de susto?

O abraço e acabo chorando.

–Não me fale em morte, não me fale em nada, não fale.

Ele levanta e me abraça de novo.

–E não diga a ninguém que me viu chorando. - falo apontando o dedo para o rosto dele.

Ele ri e eu apenas encosto minha cabeça em seu peito, escutar sua risada é sinônimo de conforto, segurança.

–O que houve? - ele olha para mim desconfiado e com os olhos semicerrados. - Outro sonho?

Nota mental 2 : eu tenho que parar de mentir.

–Não. - respiro fundo - promete que não fica bravo e que não vai me deixar?

–O que fez dessa vez? - me encara um pouco, ponderando a situação. - Prometo.

–Eu vi o cilindro - disparei.

–Você o quê?! Elsa eu falei para não ir, Elsa é sério você não deveria ter visto o cilindro.

–Eu sei tá - falo mais alto. - eu sei. - relaxo um pouco.

–Você me prometeu e...

–Eu menti. Eu venho fazendo isso sempre, e eu tenho que parar.

–Elsa, olha para mim, - ele olha sério para mim e apoia suas duas mãos em meus ombros - o que você viu naquele cilindro?

–Pitch. - digo e o nome sai mais como um sussurro ele me olha e sua expressão é quase pânico. - e você. Ele tira as mãos e olha para o chão tentando achar o nada. - eu também estava no sonho.

Ele olha para mim.

–Não acredite - fala - Elsa, Pitch é só o bicho-papão das criancinhas, não precisa ter medo, ele não existe mais.

–Por isso tenho o coração congelado, - ignoro-o - eu nasci com poderes mas não com o coração congelado. - tento entender e franzo a testa enquanto fico com expressão aterrorizada. - foi ele quem matou meus pais, a maldição foi o mar. Foi ele quem deixou a neve fina para minha irmã cair. - eu não olhava para Jack e estava quase gritando. - foi ele quem tirou minhas memórias sobre você.

–Elsa...

–Eu o odeio. - digo baixo e olhando para Jack.

–Elsa, ele não existe mais, ele era forte naquela época, mas hoje em dia ele não existe. Não existe.

–Jack você... Me conhecia antes, não é? - o encaro.

–Conhecia. - ele sustenta meu olhar.

Alguns segundos de silêncio se passam.

–É...você deveria ir dormir, pelo menos essas poucas horas, deve ter sido cansativo ver o cilindro, amanhã conversamos sobre isso, preciso que me conte tudo

. Ele se vira para ir para o sofá.

–Jack...

–Oi.

–Você prometeu não me deixar.

Ele me olha.

–Como assim? - ele me olha sorrindo.

–Sei que terei de engolir meu orgulho mas... Você poderia dormir comigo se quisesse e... Bem, não vou mentir que dormir com você me deixa mais tranquila e... - o que eu estava pensando? - Deixa vou pro quarto, até mais tarde.

–Elsa.

Olho para ele temendo que vá rir de mim, mas ele diz algo que afunda meu coração em seu próprio gelo.

–Dorme comigo?

~•~


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Notas finais do capítulo

EAI?? pse pse pse, hehehe amo um suspense e um final com gostinho de quero mais, vcs sabem né? era pra eu ter postado esse capitulo na quinta, depois de amnha, mas como recebi uma recomendação linda e maravilhosa, eu postei mais cedo, espero que tenham gostado, proximo capitulo sai em breve ;** e gente, não se assustem quando respondo os comentários com respostas grandes, amo escrever e quanto maior o comentario, maior minha resposta, amo comentarios grandes, e pequenos tbm, os dois com conteudo lindo, amo vcs msm msm msm, beijos gelados a todos... vejo vcs nos comentarios e no proximo capitulo, beijao!! podem dar opinioes e ideias se quiserem, as vezes eu sigo algumas ideias... beijos gelados mais uma vez... fui ;***