POV Draco

"EU TE AMO". ~ESSE FILHO DA PUTA FICA ANOS SEM FALAR COMIGO, DISCUTIA COMIGO NA ESCOLA, ME FAZIA IMPLICAR COM ELE MESMO EU SENDO APAIXONADO E AGORA ELE VEM COM EU TE AMO? VAI PRA PUTA QUE TE PARIU, NÃO É POSSÍVEL. AMANHÃ É MINHA EXECUÇÃO E SÓ HOJE ELE FALA ISSO?~

"-Você o quê?"

Por quê caralhos a gente nunca fala o que pensa?

"-Eu te amo, Draco. Te amo como Rony ama Hermione, como Remo amava Tonks, como Snape amava minha mãe, como minha mãe amava meu pai, como George amava Fred... Como eu nunca deixei de te amar."

Eu não podia crer no que estava ouvindo. Meu coração estava disparado e não havia nada que Harry pudesse dizer que me deixasse mais calmo. A cada palavra que ele pronunciava deixava meu coração mais acelerado, mas ao mesmo tempo extremamente apertado. Eu não tinha como saber se Harry havia percebido meus sentimentos e estava querendo me fazer ter uma execução pseudo tranquila e morrer feliz ou se ele realmente sentia o que dizia sentir. Eu não sabia o que fazer... Admitia tudo logo? Jogava a toalha? Continuava sendo o famoso "patético Malfoy" que qualquer coisinha que acontecia usava o pai como escudo? Não. Estava na hora de admitir tudo, mas não com palavras.

Me aproximei dele, segurei suas mãos e delicadamente o levei a parede, onde segurei seus braços para cima e fiquei encarando aqueles maravilhosos olhos verdes. Me inclinei levemente para não correr o risco de bater meu nariz no dele e o beijei. Não foi um beijo qualquer. Foi um beijo estonteante, um beijo inesquecível. Foi o beijo que me arrepiou de cima à baixo. Um beijo longo, sereno e com uma carga de sentimentos extremamente grandes.

Eu só tive certeza de que Potter estava gostando tanto quanto eu quando eu, após soltá-las, senti suas delicadas mãos passando pelo meu corpo, acariciando meu rosto e seus dedos passando pelos meus cabelos. Só tive certeza de que tudo estava perfeito quando senti Harry abrindo meu cinto e desabotoando minha blusa... Nesse momento, tive certeza de que minha última noite seria simplesmente maravilhosa.

Harry me puxou pela gravata e me levou para o quarto e assim que entramos, ele me jogou brutalmente na cama, enquanto tirava minha camisa. Ele estava de cueca box branca e posso dizer que o volume da mesma era bem interessante. Ele havia me prendido com algemas na cabeceira da cama, então eu basicamente estava imobilizado, sem poder fazer nada... Mas quem disse que eu queria fazer?

Potter começou a tirar minhas calças e meu consciente dizia para eu me contorcer, mas eu estava me controlando. Nisso, soltei um gemido não muito alto, mas pela resposta de Harry, suponho que tenha sido excitante.

"-Ah, acho que essa noite vai ser interessante pra nós dois, não acha?"

Não preciso entrar em detalhes... Só preciso dizer que foi a melhor noite da minha vida.

Acordei e, por incrível que pareça, dormimos abraçados. Fiquei com medo de me mexer demais e acordá-lo, então delicadamente, fui desatando nossos corpos para eu poder me levantar.

Era minha última manhã. Dali poucas horas, eu seria mandado à Azkaban para ser executado. Escrevi uma carta à próprio punho para Harry.

"Caro Harry,

Não preciso dizer nada sobre nossa última noite, certo? Eu suponho que seja melhor você deixar isso em segredo, isso pode te complicar com seus amigos depois. Ah, Harry. Eu não consigo acreditar que hoje eu vou te deixar. Eu não sei se você está tão mal quanto eu, mas eu prometi pra mim mesmo que seria corajoso por nós dois, então, não estranhe caso eu não demonstre emoção alguma.

Eu só quero agradecer por tudo. Desde o primeiro ano em Hogwarts, quando você teve coragem o suficiente pra peitar aquele filhinho de papai que eu era. Garanto que você nunca soube como Dobby, o elfo doméstico soube tanto de você, certo? Pois é, era eu. Eu não tinha com quem conversar, então, Dobby era minha única companhia pra eu poder realmente me abrir. Eu sou totalmente apaixonado por você desde aquela época.

Obrigado por me aturar nos últimos dias, com meus surtos e crises existenciais. E obrigado por me dar o gosto de saber que meu amor por você era correspondido. Afirmo e reafirmo que posso morrer feliz agora. Obrigado por tudo, meu anjo.

Eu te amo muito.

Com amor, Draco."

Deixei a carta num lugar visível para que Harry pudesse ler. Nisso, comecei a ouvir alguns barulhos... Vindos do meu quarto. Eu estava com medo, então, subi devagar as escadas. Quando cheguei lá em cima, me deparei com uma pessoa cuja jamais imaginaria que estava viva.

POV Harry

Eu espero que Draco não tenha ficado muito bravo comigo, por eu ter lhe contado sobre meus sentimentos tão em cima da hora. Eu achei que já era hora de me entregar, depois de tantos sinais que aquele boboca me deu. Meus sentimentos por Draco eram apenas indescritíveis. Eu não podia dizer o quanto eu o amava, pois era infinitamente maior do que eu jamais pensaria que fosse.

Eu supus que ele não fosse me responder... Mas respondeu. Ele me colocou serenamente contra a parede e me deu o melhor beijo que eu já recebera. Após soltar minhas mãos, eu pude sentir as mãos dele passando pelo meu corpo, me causando um certo conforto e uma certa... excitação. Não demorei muito pra retribuir as carícias, mas eu fiz mais que isso.

Após uns minutos beijando-o, desabotoei sua camisa e o puxei pela gravata. Levei-o para meu quarto onde o joguei na cama. Comecei a tirar sua camisa e suas calças, mas não deixei de beijar seu corpo definido. Continuamos a trocar carícias e Draco soltou um gemido que me fez ficar com um fogo interminável.

Eu estava de cueca box e Draco algemado na cama. Garanto que ele teve vontade de arrancar minha cueca. Eu soube disso só pelo olhar dele. Draco me tirou do sério durante a noite inteira. Não preciso entrar em detalhes... Só preciso dizer que foi a melhor noite da minha vida.

Eu estava dormindo quando Draco acordou. Ele, de alguma forma, desatou nossos corpos de maneira que eu nem me mexi. Após umas horas, provavelmente, eu acordei com um estrondo vindo do segundo andar, onde ficava o quarto de Draco. Saí todo desembestado da cama para ver o que tinha acontecido e na hora, nem me dei conta da carta em cima da cômoda. Quando cheguei ao quarto, meu corpo se gelou. Draco estava inconsciente no chão e havia uma pessoa em pé a sua frente. Uma pessoa que eu imaginei que estivesse presa em Azkaban.