POV Harry

Eu não conseguia me mover ou expressar algum sentimento em relação àquela figura parada em minha frente. Minha visão estava ficando turva, pois ele estava se tornando um ponto fixo. Eu sentia meu corpo esfriar... Era como se toda minha vida tivesse sido destruída apenas com um olhar. Me lembrei o mal que ele me causou (Não só a mim...) e não podia acreditar que ele estava em minha casa.

–O que está fazendo aqui? De onde você veio, seu psicopata?

– HAHAHAHAHAHA! Quanto tempo, não é mesmo, Potter? Uns 9, 10 anos... Estou certo?

–O que quer aqui?

–Ah, nada demais... Só quero terminar de destruir sua vidinha de merda. Não, eu não vou te matar. Quero que sofra o que eu sofri. SE VOCÊ NÃO FOSSE ENXERIDO, EU TERIA SAÍDO DE AZKABAN DEFINITIVAMENTE E O LORDE DAS TREVAS TERIA TERMINADO SEU SERVIÇO. ELE TERIA TE MATADO PARA QUE GOVERNÁSSEMOS UM NOVO MUNDO!

–Você acha que Voldemort se daria bem? E afinal, O QUE CARALHOS EU TENHO A VER COM ISSO? Ok, eu derrotei Voldemort. Acabei por destruir os "Comensais da Morte". Estão mortos ou em Azkaban alguns deles, não sei dizer... Mas isso não vem ao caso. Com direito você acha que tem de vir aqui, matar minha esposa, ficar assistindo o amor da minha vida sendo condenado e não dar as caras? É, seria coisa de idiota você dar as caras... Mas agora que sei a verdade... Nada vai me impedir de te entregar ao Ministério. Você terá uma longa viagem de volta... -Naquele momento, aquele tique irritante foi colocado à mostra novamente.- E PELAS BARBAS DE MERLIN, TRATE ESSE TIQUE. NINGUÉM É OBRIGADO A FICAR OLHANDO PARA ESSA SUA LÍNGUA IMUNDA BARTÔ CROUCH JR.

–HAHAHAHAHA! Coloque algo em sua cabecinha... Você não vai me entregar ao ministério... A menos que queira ver seu amado morrer mais cedo.

Ele tentou lançar um Avada em Malfoy, mas ele é tão burro que nem segurar a varinha direito ele sabe. A varinha saiu voando até o outro canto do quarto e eu, estupidamente com meu jeito bobo alegre, fiquei rindo da cara do pateta que foi mais ágil e correu até o outro canto.

Rimos muito, depois tomei um soco que logo revidei com um chute num lugar não tão agradável.

Eu sempre soube que Malfoy era meio doente das ideias. Mas eu não imaginei que fosse tanto para fazer o que fez.

Ele me defendeu de uma maneira tão heroica que logo que olhei pra ele pensei:

"Hm, se ele sobreviver... HOJE TEM!"

Okay, isso soou muito gay, mas foi exatamente o que eu pensei na hora. Depois de um diálogo meio exaltado entre mim e Draco, que fora brutalmente interrompida por Bartô, logo começamos a nos unir para formar um plano... No final, o plano acabou mais como uma ideia de girico de Draco, mas felizmente funcionou.

Por algum motivo, eu resolvi jogar o FUCKING POTE DE BALAS DE AÇÚCAR EM CIMA DO FUCKING BARTÔ. POR QUÊ CARALHOS EU FIZ ISSO? EU AMO BALAS DE AÇÚCAR!

Enfim, minha tara por balinhas não interessa agora. Eu e Draco pegamos o corpo inconsciente e só pra ter certeza, quebramos a janela do segundo andar com o corpo de Bartô... Mas sem querer querendo derrubamos ele da janela...

–Você disse que ia segurar, Malfoy...

–Foi mal, mas acho que o cara merece umas costelas quebradas... Só acho...

–Tá, caso perguntem ele mesmo caiu...

–Eu ia sugerir o mesmo...

Eu não queria continuar longe de Draco e caso o corpo sumisse, ele seria sentenciado da mesma forma. Então, me prontifiquei em levitar o corpo de Bartô e amarrá-lo numa cadeira.

É... Acho que terei chance de ficar velhinho ao lado de Draco...

POV Draco

Ok, eu fiquei inconsciente depois de um empurrão da vaca do Bartô Jr., mas não me importa. Quando Harry precisou de mim, eu fui útil o suficiente para me levantar e lançar um expelliarmus na mimosa. Mesmo assim, ele ficou zonzo por pouco tempo.

–POR ACASO VOCÊ TEM MERDA DE POMBO NA CABEÇA, MALFOY? SE ESSE NEGÓCIO LEVANTAR ELE NOS MATA.

–Pare de ser tão cagão, Potter. Nem parece o mesmo que lutou contra Voldemort há alguns anos.

–É DIFERENTE, CRIATURA. VOCÊ ESTÁ SOB PRISÃO DOMICILIAR, CONDENADO À MORTE. EU QUERO PODER FAZER ALGO, MAS SE EU MATAR ELE, EU NÃO VOU PODER FAZER MUITO, JÁ QUE EU VOU ESTAR PRESO, NÃO É?

–Olha, a briguinha do casal acabou? Eu quero matar logo o loiro de farmácia aí pra eu poder ir embora...

–CALADO!-Dissemos em conjunto- ISSO NÃO É UMA BRIGA... É UM DIÁLOGO COM AUMENTO DE VOZ. SÓ ISSO. Pera, por quê estamos discutindo...?

Eu fiquei muito confuso com tudo isso e com vontade de dar uns tabefes na cabeça de Potter.

–PEGA ELE, MERDA!!!!!!

–Ah, foi mal.

Nós precisamos arrumar tempo antes do Crouch vir pra cima... Depois de muito "quebra-tudo", conseguimos pensar em algo pra deter Bartô... É, foi meio no improviso, mas deu certo...

Jogamos o que parecia ser um pote em cima dele... Eu não sei o que era, só vi depois de quebrado, não faça perguntas (mentira, eu sei sim, mas não vou falar HEHEHEHE). Continuamos com o plano e quebramos uma janela com o corpo inconsciente de Bartô Crouch e o jogamos do segundo andar da casa.

Tá bom, admito que não foi uma ideia muito brilhante... Mas pelo menos apagou o fogo no cu da criatura.

Fizemos de tudo pra dar um jeito na casa antes do pessoal chegar. Já havíamos amarrado o corpo numa cadeira para ter certeza de que Bartô não iria escapar.

É... finalmente eu senti que eu tinha uma chance. Uma chance de sobreviver e levar uma vida ao lado de Harry.