O laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal constatou que a cabeça encontrada na noite dessa quarta-feira (13) e o corpo encontrado na manhã desta quinta-feira (14) são mesmo da modelo Anna Mia Secrever, de 17 anos. A menina desapareceu no dia 03 de julho de 2001, no St James’s, bairro nobre da cidade, que fica a cerca de 500 metros de sua casa.

Dois exames já foram concluídos: o papiloscópico (impressão digital) e o dos ossos e arcada dentária. A conclusão do exame de DNA está prevista para as 21h dessa sexta-feira (15).

Até agora, há três suspeitos para o caso. "O fato de ela ter conversado com a mãe uma hora e meia depois de ter desaparecido e ter aparentado estar calma leva a crer que ela estava com alguma pessoa de sua confiança", acredita o delegado-chefe da Delegacia de Repressão a Seqüestros (DRS).

O delegado, entretanto, não quis confirmar se algum desses três suspeitos é parente de Anna. Tanto o corpo quanto a cabeça da menina foram encontradas em um matagal, que fica a uma quadra da casa da avó da adolescente, na cidade de Londres.

Acredita-se que a menina foi morta ali, no mesmo local em que o corpo e a cabeça foram encontrados, apesar de haver indícios de que a menina foi arrastada. "Exames feitos no local também nos dão outra certeza: o autor do crime voltou até o corpo depois de cometer o crime."

Devido ao estado em que foram encontrados o corpo e o crânio, não é possível, com os elementos analisados até agora, determinar se Anna sofreu violência sexual ou a maneira como a cabeça foi separada do corpo. "Para divulgarmos um laudo preciso, com todas as informações sobre a morte, é preciso que analisemos o corpo durante uns 30 dias”.

Nesta manhã, o computador usado por Anna Mia Secrever foi levado pelos policiais. "É bem provável que o autor do crime tenha se comunicado com ela pelo computador". "A Polícia Civil de Londres vai apresentar o autor desse crime. Podem ter certeza disso", garantiram.

Ao lado da cabeça e do corpo de Anna, os policiais somente encontraram uma calça jeans e restos de uma meia em um dos tornozelos. O celular da menina, por meio do qual conversou com sua mãe uma hora e meia depois de ter sumido, não estava lá. 

"Apesar disso, temos certeza de que não se trata de um latrocínio (roubo seguido de morte), pois o objetivo do criminoso não era roubar, mas, sim, matar a vítima", ressalta o diretor da Polícia.