"Aventuras de uma semideusa" escrita por Rafaela Chase Pichelli


Capítulo 3
Capítulo 3: Acampamento Meio-Sangue: meu novo lar




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Chegamos! Finalmente chegamos ao Acampamento Meio-Sangue! Estava tão feliz! Teria amigos, treinaria para matar monstros, e ainda, saberia a história de meus pais!

Percy estacionou o carro e subimos colina acima. Antes de entrarmos nas fronteiras mágicas do acampamento, ouvimos um barulho muito estranho, vindo das árvores que estavam perto do carro. Transformei minha espada. Conhecia aquele som: um monstro, claro. Mal chegamos e teremos de enfrentar um monstro.

Annabeth tirou de seu bolso uma faca de bronze, Percy tirou de seu bolso uma caneta. Ele a destampou e a caneta se transformou em uma espada de bronze, semelhante ao bronze da faca de Annabeth. Era um bronze bem diferente. E Grover, pegou uma flauta de bambu. Sabia que eles pensaram o mesmo que eu: teriam de enfrentar a fera.

Finalmente, o monstro saiu da árvore: um dragão. O mesmo dragão que enfrentei, que rasgou minhas calças. Fiquei indignada: já o matei!

–Você de novo! Olha o que você fez com as minhas calças! Você devia ter morrido!

–Você já enfrentou esse dragão uma vez? Perguntou Grover.

–Sim. Olha o que eu ganhei- apontei para as minhas calças que fui ao baile, rasgadas na coxa- Dessa vez eu cuido dele!

–Não, garota! Fique aqui. Disse Annabeth.

–Ei, meu nome é Mary, e eu já o matei antes.

Fiquei meio frustrada. Grover, Percy e Annabeth se olhavam de uma forma como se já tivessem um plano, e que eu não fazia parte dele.

Annabeth colocou um boné dos Yankees na cabeça e ficou invisível. Percy atacou o monstro de frente e Grover tocava sua flauta, fazendo um feitiço. E eu, como uma boba olhando tudo, sem fazer nada.

Tudo parecia dar certo, quando o monstro jogou Percy longe com uma de suas patas. Ele deu de cara com uma árvore e ficou lá, inconsciente. Grover parou seus feitiços e foi acudir Percy. Annabeth tornou-se visível, pois o seu boné caiu. O dragão a viu e tentou atacá-la.

Foi minha oportunidade: Cheguei no monstro e tentei lhe dar um golpe na pata. Ele me arranhou na boca. Um corte profundo no canto dos lábios. Annabeth viu o que aconteceu e gritou:

–Mary! Cuidado!

Tarde demais! Eu olhei para trás e a pata do dragão me lançou do lado de Percy. Minha visão ficou turva. De repente, Annabeth saltou nas costas do dragão e enfiou sua faca na mesma. A fera se transformou em pó. Depois que ela matou-a, correu na minha direção. A última coisa que ouvi foi: "Grover, vá buscar ajuda! Rápido!!'' Depois, minha visão ficou negra e não vi, nem ouvi mais nada.

Quando acordei, era dia. Estava numa espécie de enfermaria. Sentado ao meu lado, um homem loiro estava me dando um copo com uma bebida azul. Era um homem completamente normal, retirando seus milhares de olhos espalhados pelo corpo, todos me olhando. A bebida que tomava tinha gosto de milk-shake de chocolate: a única bebida do Cassino que me serviam e eu gostava. Na mesma hora, me senti mais forte, mas ainda estava muito fraca.

Ao meu lado, Percy tomava um gole da mesma bebida. Parecia ótimo, exceto por uma ferida no braço esquerdo, pequena, mas funda. Ele olhou pra mim, surpreso e disse:

–Mary! Graças aos deuses! Você está bem? O que sente?

–Olá, Percy- consegui dizer- Estou bem, retirando que sinto como se alguém tivesse me jogado de um prédio de cinco andares, me pegado de volta e me jogado de novo.

–Uau! É tão ruim assim?

–Com certeza. Aquele dragão estava, com certeza, mais forte.

–Nem acredito que conseguiu lutar contra ele antes. Ele só rasgou a sua calça, ou fez algo mais?

–Bem, ele me fez isso também- mostrei o meu ombro, com uma cicatriz média- mas consegui matá-lo. E você? Como se sente?

–Me sinto horrível, também. Mas o néctar melhorou as coisas.

–Néctar?

–É a bebida dos deuses. Um simples mortal, se tomasse essa bebida, literalmente explodiria. Mas, nós, semideuses, quando tomamos nos sentimos mais fortes. Há, também a ambrosia, a comida dos deuses. Tem gosto de pudim.

Estava conversando com ele, e ao mesmo tempo lembrando da noite de ontem. Sentia que não deveria ter me intrometido na estratégia deles. Mas sabe quando você vê que algo dá errado, e sente que se não fizesse algo, acabaria com tudo? Mais ou menos assim.

–Percy-disse e meus olhos estavam quase fechando. Temia que iria desmaiar novamente- Onde estão Annabeth e Grover?

–Eles estão bem. Grover está com os outros sátiros e- ele quase caiu da maca- Annabeth está lá fora, com seus irmãos.

–Hey, calma aí- saí da maca e o ajeitei-melhor a gente parar de conversar. Você tá muito fraco.

–Tudo bem. Acha que consegue sair da enfermaria?

–Sim. Eu consigo. Melhoras.

Saí cambaleando, mas consegui sair da enfermaria. Olhei à volta. O lugar era lindo! Um acampamento cheio de flores, árvores, mais abaixo, um laguinho. Mais à frente, uma plantação de morangos, e a praia. Acima da enfermaria, vários chalés. Era lindo demais!

Andava devagar, admirando aquela paisagem. Atrás de mim, uma voz masculina disse:

–Lindo, não é mesmo? Você deve ser a Mary. Tudo bem?

Olhei pra trás e dei de cara com um centauro.

–Ei, não se assuste! Venha, suba!

–Você... é um centauro?

–Sim, garotinha. Meu nome é Quíron. Suba! Vou lhe dar carona e mostrar o Acampamento. Fiquei sabendo de sua luta ontem. Você está melhor?

–Hã, sim. Obrigada.

Eu subi em suas costas, e normalmente ele começou a me mostrar o Acampamento.


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