Um Sonho Gleek escrita por katnissberry


Capítulo 57
Capítulo 57




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Segunda feira. Dia nublado. Silêncio. Eu numa cadeira, Finn na outra e Jesse bem ao lado. Sem professores, sem diretor, apenas uma chave na maçaneta do outro lado da porta.

–Vocês realmente vão ficar aqui?-disse Jesse se levantando.

–Como assim?- perguntei.

–Tem uma janela ao lado de vocês, é só empurrar.

–Mas a gente vai ficar de castigo de novo, mais cedo ou mais tarde. –disse Finn.

–Se liga cara! Eu nem estudo nessa escola, e daqui a pouco eu vou me formar e mudar de cidade! Esse diretor não pode fazer nada contra mim.

–Tem razão, mas a policia pode. –eu contrariei.

–E desde quando você quer me ajudar, Rachel?

–Que isso, Jesse? Somos amigos!

–Será que você não entende? Eu não tenho amigos. Eu não tenho amigos, meus pais estão chateados comigo, não tenho namorada, estou de castigo... Não tenho nada!

Eu e Finn ficamos chocados.

–Como assim, Jesse?- perguntou Finn.

–Eu não sei! Tudo saiu do controle e acho que foi principalmente por conta sua. –ele disse me olhando.

–MINHA?

–É. Eu fiquei obcecado pelo seu amor e pensei que abrindo mão de tudo eu ia conseguir você, mas não foi bem assim...

Eu realmente me senti culpada.

–Mas, calma, Rachel. –ele continuou. –A culpa não é sua. Se bem que... Você me daria uma segunda chance, se eu pudesse recomeçar? Com você?

–Jesse, eu...

–Me responde, Rachel! Por favor!- me senti culpada, forçada a aceitar.

–Eu ace...

–Ela não pode. –interrompeu Finn.

–Como assim?- perguntou

–Ela ta comigo.

Minha alma sorriu, mesmo sabendo que ele fez aquilo pra me ajudar.

–Desculpa, Jesse. –eu disse me agarrando ao Finn.

–Sei... –ele comentou. –Até a pouco nem se falavam. Prova!

Foi aí que ele me olhou, e nos beijamos. E sim, foi o beijo mais apaixonado na minha vida. Aqueles lábios macios... Começou com um beijinho, teatral mesmo, mas aí os meus dedos foram pro cabelo dele e comecei a pentear aqueles fios macios e castanhos, e ele apertava minha cintura.

–Ok, já entendi. –disse Jesse. –Pode parar! –ele falava incomodado, mas nós continuamos.

–EI! –gritou um professor abrindo a porta. –Sem namoro na detenção.

Nós dois nos separamos, ainda nos encarando.

O professor fechou a porta e Finn continuou me olhando com um sorrisinho safado no rosto.


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