More Than This escrita por Ana Clara


Capítulo 31
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

(narrado por Caleb)



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Quando avistei a fachada do apartamento de Meri, já estava escuro. Pensei por alguns minutos se era mesmo uma boa ideia chegar lá sem avisar, ainda mais naquelas circunstâncias. Fazia cerca de uma semana e meia que nós não nos víamos e não sabia se ela iria querer me receber daquele jeito.

Depois de intenso debate interno, pressionei o botão do interfone. Ela atendeu rapidamente, pediu que eu subisse e me recebeu de moletom e com a ponta dos cabelos molhada. Presumi que ela tinha acabado de sair do chuveiro.

– Caleb... – ela disse, me olhando de cima a baixo – tá tudo bem? Que cara é essa?

Meri fez sinal pra que eu entrasse e fechou a porta.

– Eu precisava te ver.

Ela sentou-se no sofá ao meu lado e ergueu minha mão direita.

– Meu Deus, Caleb. O. Que. É. Isso?

Não tinha me dado conta do quanto aqueles socos tinham doído em mim. Os nós dos meus dedos ficaram roxo-avermelhados, revelando minha briga feia com Evan.

– Tive um desentendimento.

Meri aguardou pelo restante da explicação.

– ...com Evan.

– Você matou ele?

A perplexidade em sua voz me fez dar uma pequena gargalhada

– Não, Meri. – tirei uma das mechas de seu rosto e a coloquei atrás da orelha – mas cheguei bem perto.

– Não faça isso de novo... – ela sussurrou, enquanto me puxava para mais perto – você pode se machucar pra valer. Me prometa que não vai se meter nisso numa próxima ocasião.

– Eu prometo – respondi, antes de mergulhar em seus beijos doces.

America deslizou seus dedos da nuca até minhas costas e movimentava seus lábios devagar. Seu hálito tinha gosto de morango e pasta de dentes. Sua mão direita retornou à minha cabeça e começou a acariciar meu cabelo de leve. Ela mordeu meu lábio inferior com uma calma que eu desconhecia e tive vontade de beijá-la vorazmente, mas não o fiz. Minhas mãos repousaram em sua coxa quando ela começou a beijar meu pescoço. Nunca havia deixado que alguém me conduzisse daquele jeito, mas ela parecia saber ler todos os meus pensamentos. E, apesar da minha impressão de intensa eletricidade (acho que se alguém acendesse um fósforo, creio que eu, Meri e toda a casa explodiriam), seus beijos me deixavam em solene calmaria e a única coisa na qual eu conseguia pensar era que eu não conseguia pensar em absolutamente nada. Só queria que aquele momento se prolongasse indefinidamente até tudo no mundo desaparecer e só restarmos eu e ela, ali, juntos. Seus abraços me deixavam com frio na barriga (estranho um homem dizer isso? Mas era). Inclinei levemente seu corpo para trás até que estivéssemos deitados no sofá. Sua pele era tão quente e macia que me entorpecia a alma. Afundei meu rosto em seu pescoço, inalando seu perfume suave e hipnotizante enquanto seus braços me envolviam e me afagavam o cabelo. E, pouco a pouco, fui perdendo a consciência até mergulhar num mar de sonhos bons.


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