Ela era tão linda.

Não do tipo que tem necessidade de mostrar o corpo para provar algo pra alguém. Não, ela não era assim. Meri tinha cartas na manga e não entregava de mão beijadaa, muito menos para qualquer um. E o cheiro dela, meu santo Deus, me deixava louco.

Enquanto andávamos para o lado de fora, que tinha uma ampla sacada com parapeito, eu podia perceber o quanto America estava nervosa. Talvez porque ela tenha se lembrado do “Acontecimento Walker”. Simplesmente não consigo acreditar em tudo que Evan escreveu sobre a Meri. (A minha Meri!). Aquilo me deixava tão irado.

Encostei-me no parapeito e olhei para ela.

– O que foi? – ela perguntou, sem graça.

– Só to olhando pra você, Meri. – respondi.

Ela olhou para o chão, sem saber o que dizer.

Passei o dedo indicador direito pelo seu pescoço, contornando o colar que usava. Envolvi os dedos da mão esquerda em sua nuca, o polegar acariciando a bochecha. Puxei sua cintura para mais perto e ela fechou os olhos, cerca de três segundos antes de quinze a vinte brutamontes invadirem a sacada correndo e gritando. Ela virou para trás, assustada. Um cara chamado Chris, colega meu, me bateu no ombro, o hálito alastrado de álcool.

– Anda logo, Caleb! Os formandos estão indo para o andar debaixo.

– Pra que, cara? – indaguei, em tom de reclamação. Tive vontade de bater em todo mundo, e culpá-los por me interromper.

“Tão perto”, lamentei.

– É tipo um ritual. – o Zack respondeu por ele, correndo e balançando o copo de cerveja. – Quem não for vai acordar sem as sobrancelhas!

Meri se afastou de mim sutilmente.

– Vai lá. A formatura é sua, né?

– Tem certeza? – insisti, desejando que ela me pedisse para ficar.

– Absoluta.

– Você vai ficar bem?

– Caleb. – ela disse, revirando os olhos. – vá logo se divertir. Depois a gente se vê.

E fui arrastado por outra rajada de homens semi embriagados.