More Than This escrita por Ana Clara


Capítulo 13
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

(narrado por America)



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Legal, eu ia ser estuprada. Percebi que esse era o objetivo desde o princípio, só não sabia que chegaria a tal ponto.

Enquanto ele dirigia em direção à minha casa (o caminho certo dessa vez), meu pensamento voava. Eu precisava de um plano, e bem rápido. Como me livraria de Evan sem usar meu celular?

Voltei a vestir minhas roupas, e Evan questionou.

– O que está fazendo?

– E quer que eu atravesse a rua como? Pelada?

Ele riu do meu atrevimento. Meu Deus, o que eu iria fazer? De repente, uma ideia veio à mente. Vasculhei minha bolsa, encenando.

– Ér...

– O que foi? – ele olhou pra mim rapidamente, logo voltando a atenção para o trânsito.

– Esqueci minha a chave do apartamento na casa de Soraya.

Ele ficou em silêncio até que eu dissesse:

– Mas tem um motel dois quarteirões adiante.

Evan sorriu e apertou minha coxa.

– Que bom que mudou de ideia.

Por mais quinze minutos, ele dirigiu. O motel Treasure ficava bem perto do meu apartamento, no lote de trás. Estava lotado todas as noites, por amantes, drogados, prostitutas e todo o tipo de sujeira que você puder imaginar. Com certeza, o último lugar que eu esperava visitar naquela noite. Ou em qualquer noite de toda a minha vida.

– Chegamos. – avisou, estacionando na rua paralela.

No hall de entrada (coisa bem barata), Evan caminhou até o balcão e solicitou um quarto.

– 6B, sétimo andar. – avisou o atendente, que era baixinho e magro. Sua voz era robótica e repetitiva – tenham uma boa noite.

Evan agradeceu e murmurou um “nós vamos ter”.

No elevador, ele sorriu e começou a beijar meu pescoço. Senti nojo, mas segurei minha vontade de gritar. “Espere o momento certo, America”, aconselhei-me em pensamento. Quando o visor anunciou o sétimo andar e a porta se abriu, ele me agarrou pelo braço e girou a chave. Entramos.

O lugar era bem pequeno. Uma cama de casal com dossel no centro, uma cômoda num canto, criado-mudo com abajur e telefone, caso alguém fosse pedir serviço de quarto. Havia uma porta na parede esquerda, e presumi que fosse o banheiro.

Evan trancou a porta e jogou a chave no chão.

– Tá pronta pra se divertir?

– Eu que pergunto.

Ele sorriu e tirou minha blusa. Deixei que ele me beijasse e apertasse meus seios por cima do sutiã. Eu só conseguia pensar em “fuja, fuja, fuja, fuja”. Empurrei-o para a cama, e Evan caiu de barriga pra cima. Ele tirou meu short e fez menção de abaixar minha calcinha, mas eu o impedi.

– Ainda não. – repreendi.

– Você que manda. – sorriu, beijando meus seios enquanto tirava meu sutiã. Logo se livrou dele, e eu me senti desprotegida e desesperada.

– Porra, loirinha. Assim você vai me matar.

Ajudei-o a tirar a camiseta e a calça jeans, e ele deslizou o meu quadril até o dele, acho que pra se aliviar logo. Impedi de novo.

– Que foi agora?

– Não é o bastante.

– Como assim?

– Espera aí.

Vasculhei as gavetas do criado até encontrar duas fronhas de travesseiro e camisetas velhas. Comecei a amarrar suas mãos e pés nas partes superiores da cama.

– Quer me torturar, é?

– Aham.

– Fique à vontade.

Prendi fortemente os nós, do jeito que meu pai me ensinava quando íamos acampar e pescar no Lake Cost. Usei uma das fronhas como venda para os olhos. Me vesti como um furacão, peguei as chaves do carro que estavam no bolso de trás das calças jogadas no chão, e saí em disparada pela porta para nunca mais voltar.


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